Dez obras fundamentais para um diplomata
Paulo Roberto de Almeida
(pralmeida@mac.com; www.pralmeida.org)
Fui consultado, no final de setembro de 2006, por um candidato à carreira diplomática, sobre as dez obras que eu julgava fundamentais para um diplomata. Interpreto esse tipo de consulta como uma demanda típica de quem pretende ler, ou pelo menos conhecer, as dez obras mais importantes que poderiam integrar a cultura geral de todo diplomata ou que permitiriam a um “paisano” preparar-se para a carreira.
Não tenho certeza de conseguir satisfazer tal curiosidade, uma vez que toda lista restritiva é sempre um pouco subjetiva, denotando mais as preferências pessoais do seu autor do que, necessariamente, as obras “funcionalmente” mais importantes ou aquelas “culturalmente” relevantes, que deveriam integrar a bagagem cultural de todo ser humano medianamente bem informado ou razoavelmente bem formado. Como, entretanto, não se trata de “cultura de salão”, vou tentar traçar uma lista indicativa dos livros que considero importantes para uma boa cultura clássica ou para uma formação adequada no quadro da cultura brasileira.
Como, adicionalmente, se trata de selecionar obras “operacionalmente” relevantes do ponto de vista do diplomata, permito-me indicar aqui aquelas que apresentam uma inclinação especial para os temas de relações internacionais do Brasil. Esta lista, segundo minhas preferências pessoais, seria composta das seguintes obras:
1) Heródoto: História (440 a.C.)
Trata-se, obviamente, do nascimento da história, tal como vista por um grego refinado que interpreta os acontecimentos contemporâneos – as chamadas guerras pérsicas – do ponto de vista de uma pequena comunidade de homens livres que consegue derrotar as tropas de um poderoso império, aliás o mais poderoso então existente; Heródoto faz descrições dos povos habitantes do Mediterrâneo. Existem muitas traduções desta obra clássica, inclusive em português, mas uma boa tradução em inglês pode ser vista neste link: http://classics.mit.edu/Herodotus/history.html; para uma introdução rápida ao conjunto da obra e um útil sumário dos nove livros, consultar este outro link: http://mcgoodwin.net/pages/otherbooks/herodotus.html.
2) Maquiavel: O Príncipe (1513; divulgado pela primeira vez em 1532)
A mais famosa obra de “política prática” conhecida na tradição ocidental – existe um Maquiavel indiano, chamado Kautilya, que escreveu um guia de “administração” do Estado, conhecido como Arthashastra – e que tem servido de referência a incontáveis oportunistas da dominação política, interessados em justificar suas ações nem sempre fundamentadas na moralidade ou na ética. Existem inúmeras traduções em português, com prefácios de cientistas políticos ou de filósofos – um das mais famosos é o de Isaiah Berlin – assim como arquivos eletrônicos livremente disponíveis, em diversas línguas. O mais famoso estudioso da vida e da obra de Maquiavel é o italiano Pasquale Villari, em seus três volumes de Niccolò Machiavelli e i suoi tempi (consultei a 3ª edição, “riveduta e corretta dall’autore”: Milano: Ulrico Hoepli, 1912; a primeira edição foi publicada em Florença, em 1877). Ver um arquivo eletrônico da obra, entre muitos outros, no original italiano (mas modernizado, obviamente) no seguinte link: http://metalibri.incubadora.fapesp.br/portal/authors/m/machiavelli-niccolo-di-bernardo-dei/il-principe/.
3) Tocqueville: A Democracia na América (1835)
Uma “enquête” sobre o sistema carcerário americano, feito a pedido do governo francês, redundou no mais famoso livro sobre a formação política da maior nação do hemisfério ocidental. Depois de entregar seu relatório sobre o sistema prisional dos EUA, Tocqueville aprofundou a análise do sistema representativo republicano, até então inédito no plano mundial, bem como se estendeu sobre outros aspectos – políticos, sociais e econômicos – da ex-colônia inglesa, na qual ele viu a semente do gigante americano. Um site da universidade do Québec, no Canadá, é o mais acessível para a versão completa, em francês, desta obra legitimamente clássica: http://classiques.uqac.ca/classiques/De_tocqueville_alexis/democratie_1/democratie_tome1.html.
4) Pierre Renouvin (org.): Histoire des relations internationales (1953-58)
O grande historiador francês dirigiu a edição original, em oito volumes, com quatro autores. Apesar de démodée, em vários aspectos, historicamente datada, ainda é uma obra de referência, sobretudo por conter uma história abrangente, inserida no contexto da civilização ocidental. Existe um nova edição, em três volumes encadernados, publicados em 1994 pela mesma editora da primeira edição: a Hachette, de Paris. Fiz uma resenha desta obra, destacando as (poucas) partes que se referem ao Brasil, neste trabalho: “Contribuições à História Diplomática: Pierre Renouvin, ou a aspiração do total”, Paris, 8 agosto 1994, 15 p. Resenha crítica de Pierre Renouvin (ed): Histoire des Relations Internationales (Paris: Hachette, 1994, 3 vols: I: Du Moyen Âge à 1789 (876 pp.); II: De 1789 à 1871 (706 pp.); III: De 1871 à 1945 (998 pp.); publicada na seção Livros da revista Política Externa (São Paulo: vol 3, nº 3, dezembro-janeiro-fevereiro 1994/1995, pp. 183-194); disponível em, sua versão integral, no site Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=21.
5) Henry Kissinger: Diplomacy (1994; várias edições posteriores)
Três séculos de história diplomática, desde Westfália até o final do século XX, por um dos mais conhecidos adeptos da teoria realista (mas com enorme conhecimento da história). Sua tese de doutoramento, sobre o Congresso de Viena, ainda hoje é uma referência em história diplomática. O autor é, evidentemente, kissingeriano, e não se cansa de dar seus conselhos sobre como os EUA devem tratar com os demais gigantes da política mundial, sendo meramente condescendente com “lesser actors”. Ainda assim, uma grande e indispensável leitura a todos aqueles que desejam conhecer o “inner functionning” da política externa da grandes potências. O autor se estende nos movimentos da própria diplomacia americana, dividida entre o idealismo wilsoniano e o pragmatismo realista que ele mesmo sempre buscou imprimir à condução dos assuntos externos quando foi conselheiro de segurança nacional do presidente Nixon e depois Secretário de Estado de Nixon e de Gerald Ford. Tem quem deteste Kissinger, por sua ação “imperial”, mas nem por isto este livro deixa de ser indispensável.
6) Manuel de Oliveira Lima: Formação histórica da nacionalidade brasileira (1912; nova edição: Rio de Janeiro: Topbooks, 1997)
Oriundo de conferências que o historiador-diplomata realizou na Sorbonne, em 1911, quando era ministro em Bruxelas, a obra foi concebida em francês, depois traduzida e publicada no Brasil. Trata-se de um vasto panorama da formação histórica, inclusive comparativa, do Brasil, por um dos nossos maiores historiadores sociológicos. Não conheço análises de uma das obras menos referidas de Oliveira Lima, a não ser os prefácios de José Veríssimo e de Gilberto Freyre para a edição brasileira de 1944. A nova edição deste clássico sobre a formação do Brasil foi enriquecida, na edição da Topbooks, pelo acréscimo de conferência do autor sobre o Brasil e os estrangeiros.
7) Pandiá Calógeras: A política exterior do Império (3 volumes, 1927-1933; reedição fac-similar, 1989; Brasília: Câmara dos Deputados)
Alguns dizem que esta obra é excessiva e, de fato, para tratar da diplomacia brasileira da época imperial, ela recua um pouco demais: começa na formação da nacionalidade portuguesa e se estende até a queda de Rosas (1852), apenas. Efetuei uma análise dessa obra no seguinte trabalho: “Contribuições à História Diplomática do Brasil: Pandiá Calógeras, ou o Clausewitz da política externa”, Brasília: 21 março 1993, 13 pp., revisto em 22 maio 1993. Artigo-resenha dos livros de João Pandiá Calógeras, A Política Exterior do Império (vol. I: As Origens; vol. II: O Primeiro Reinado; vol. III: Da Regência à Queda de Rosas; edição fac-similar: Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, Câmara dos Deputados, Companhia Editora Nacional, coleção “Brasiliana, 1989, xl + 490, 568 e 620 pp.). Publicado na revista Estudos Ibero-Americanos (Porto Alegre, PUCRS, v. XVIII, n. 2, dezembro 1992, pp. 93-103). Disponível neste link do site Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=22.
8) Carlos Delgado de Carvalho: História Diplomática do Brasil (1959; reedição fac-similar, 1998; Brasília: Senado Federal)
Apesar de antiquada em sua metodologia e historicamente defasada, tendo deixado de servir de livro-texto depois da publicação da obra conjunta de Amado Luiz Cervo e Clodoaldo Bueno – História da Política Exterior do Brasil (3ª ed.; Brasília: UnB, 2006) – essa obra permanece ainda uma referência parcialmente válida para o estudo dos períodos colonial, imperial e republicano, até o final dos anos 1950. Efetuei uma análise neste trabalho (que serviu, ao mesmo tempo, de introdução à sua reedição facsimilar): “Em busca da simplicidade e da clareza perdidas: Delgado de Carvalho e a historiografia diplomática brasileira”, Brasília, 12 dezembro 1997, 25 pp.; revisão em 05.01.98. Texto introdutório à reedição de Carlos Delgado de Carvalho (1884-1980), História Diplomática do Brasil (1ª ed.: São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959; edição facsimilar: Brasília: Senado Federal, 1998; Coleção Memória brasileira n. 13, lxx, 420 p.), pp. xv-l, incorporando ainda apresentação do Emb. Rubens Ricupero (pp. iii-xiv), elaborada originalmente em 1989, em Genebra). Elaborei uma versão revista dessa introdução, com prefácio, para uma segunda edição, em 2004, mas ela foi publicada sem minhas correções e acréscimos; para a edição de 1998, ver: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/24DelgadoHistoDiplom.html; meu texto: http://www.pralmeida.org/01Livros/1NewBoooks/PrepNewEdDelg2004.pdf.
9) Marcelo de Paiva Abreu (org.). A Ordem do Progresso: cem anos de política econômica republicana, 1889-1989 (Rio de Janeiro: Campus, 1989; várias reedições)
Uma coletânea indispensável de estudos especializados, por onze diferentes autores, para conhecer a trajetória econômica e política do século republicano. O organizador assina o capítulo relativo à modernização autoritária, entre 1930 e 1945. O volume se abre por um estudo de Gustavo Franco sobre a primeira década republicana, seguido de Winston Fritsh, que se ocupa do apogeu e crise da primeira República, de 1900 a 1930. Sérgio Besserman Vianna assina dois excelentes ensaios sobre o imediato pós-guerra, de 1945 a 1954. Marcelo de Paiva Abreu volta para tratar dos conturbados anos 1961-1964, sobre a inflação, estagnação e ruptura. A estabilização e a reforma, entre 1964 e 1867, são tratadas por André Lara Rezende e as distorções do “milagre” econômico , de 1967 a 1973, por Luiz Aranha Corrêa do Lago. Dionísio Dias Carneiro vem na seqüência (1974-1980) e divide com Eduardo Modiano um capítulo sobre a primeira metade dos anos 1980. Esse último autor encerra a obra com a “ópera dos três cruzados”, uma análise das tentativas de estabilização no final da década. Um anexo estatístico cobre o longo século republicano, contendo os principais indicadores da atividade econômica e das relações externas. Este livro pode ser completado pela leitura desta outra coletânea: Fabio Giambiagi, André Villela, Lavínia Barros de Castro e Jennifer Hermann (orgs.), Economia Brasileira Contempohttp://www.blogger.com/img/gl.link.gifrânea (1945-2004) (Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, 432 p.), do qual efetuei uma resenha, neste link de Parlata: http://www.parlata.com.br/parlata_indica_interna.asp?seq=39.
10) Paulo Roberto de Almeida: Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (publicado em primeira edição em 2001; reedição em 2005 pela Senac-SP; ver em ).
Com a permissão dos leitores para esta demonstração de auto-indulgência, termino esta lista, narcisisticamente, por um dos meus livros. Eu poderia indicar outros livros de história diplomática do Brasil, mas disponho, aparentemente, de crédito suficiente – em matéria de pesquisa e de estudos acumulados na área da história e das relações econômicas internacionais do Brasil – para destacar minha própria investigação histórica sobre os fundamentos da nossa moderna diplomacia econômica, com a promessa de que vou continuar esse trabalho de pesquisa em dois volumes subsequentes cobrindo o longo século republicano. Uma apresentação geral da obra foi feita neste artigo: “A formação da diplomacia econômica do Brasil”, Lua Nova, revista de cultura e política, São Paulo: CEDEC, n. 46, 1999, p. 169-195; link: www.pralmeida.org/04Temas/11academia/05materiais/673FDERevLuaNova2.pdf.
Voilà: creio que os candidatos à carreira diplomática, já dispõem de leituras para os próximos meses...
Brasília, 29 de setembro de 2006
Revisão: 14 de outubro 2006.
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
sexta-feira, 29 de setembro de 2006
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
624) Acredito...
Acredito...
Em algumas verdades simples, muito simples:
Que a palavra do homem é uma só,
que todos têm o dever social e individual da verdade, que ela é única e imutável.
que devemos, sim, assumir, nossas responsabilidades pelos cargos que ocupamos,
que não podemos descarregar sobre outros o peso dessas responsabilidades,
que devemos sempre procurar saber o que acontece, em nossa casa ou trabalho,
que não devemos jactar-nos indevidamente por grandes ou pequenas realizações,
que sempre nos beneficiamos do legado dos antepassados, sobretudo em conhecimento,
que nenhuma obra social possui paternidade única e exclusiva, sendo mais bem coletiva,
que a tentativa de excluir antecessores ou auxiliares é antipática e contraproducente,
que devemos zelar pelo dinheiro público,
que temos o dever de pensar nas próximas gerações, não na situação imediata,
que vaidade é uma coisa muito feia, além de ridícula,
que sensação de poder pode perturbar a capacidade de raciocínio,
que poder concentrado desequilibra o processo decisório,
que ouvir apenas elogios embota o senso da realidade,
que o convívio exclusivo com áulicos perturba a faculdade de julgamento,
que, enfim, não comandamos ao julgamento da história.
Eu também aprendi, que os resultados são sempre mais importantes do que as intenções, mas que os fins não justificam os meios...
Acredito, para terminar, que coisas simples assim podem ser partilhadas com outros...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25 de setembro de 2006
Em algumas verdades simples, muito simples:
Que a palavra do homem é uma só,
que todos têm o dever social e individual da verdade, que ela é única e imutável.
que devemos, sim, assumir, nossas responsabilidades pelos cargos que ocupamos,
que não podemos descarregar sobre outros o peso dessas responsabilidades,
que devemos sempre procurar saber o que acontece, em nossa casa ou trabalho,
que não devemos jactar-nos indevidamente por grandes ou pequenas realizações,
que sempre nos beneficiamos do legado dos antepassados, sobretudo em conhecimento,
que nenhuma obra social possui paternidade única e exclusiva, sendo mais bem coletiva,
que a tentativa de excluir antecessores ou auxiliares é antipática e contraproducente,
que devemos zelar pelo dinheiro público,
que temos o dever de pensar nas próximas gerações, não na situação imediata,
que vaidade é uma coisa muito feia, além de ridícula,
que sensação de poder pode perturbar a capacidade de raciocínio,
que poder concentrado desequilibra o processo decisório,
que ouvir apenas elogios embota o senso da realidade,
que o convívio exclusivo com áulicos perturba a faculdade de julgamento,
que, enfim, não comandamos ao julgamento da história.
Eu também aprendi, que os resultados são sempre mais importantes do que as intenções, mas que os fins não justificam os meios...
Acredito, para terminar, que coisas simples assim podem ser partilhadas com outros...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25 de setembro de 2006
sábado, 23 de setembro de 2006
623) Frases daquele baixinho, o corso Napoleao...
Um amigo me enviou uma coleção de frases do pequeno caporal, aquele corso baixinho que bagunçou a história da Europa no comeco do século XIX.
Selecionei algumas mais apropriadas ao momento que estamos vivendo:
O homem menos livre é o homem de partidos.
Nada funciona num sistema político em que as palavras não combinam com os fatos.
As transações aviltam o poder .
Um governo formado de elementos heterogêneos não é durável .
A separação do Tesouro e do Ministério das Finanças é a única possível.
Um soberano deve sempre confiscar a publicidade para seu proveito.
Há patifes tão patifes que se comportam como pessoas honestas.
A expressão virtude-política é um contra-senso.
Não há leis possíveis contra o dinheiro.
O comércio une os homens. Portanto o comércio é prejudicial à autoridade.
Uma nação em que todos querem cargos importantes está vendida de antemão.
Se a grande maioria da sociedade quisesse ignorar as leis, quem haveria de impedi-la?
Tronos não se consertam.
Toda indulgência com culpados é uma conivência.
Não há roubo. Tudo se paga.
CHEFE DE ESTADO NÃO DEVE SER CHEFE DE PARTIDO.
Selecionei algumas mais apropriadas ao momento que estamos vivendo:
O homem menos livre é o homem de partidos.
Nada funciona num sistema político em que as palavras não combinam com os fatos.
As transações aviltam o poder .
Um governo formado de elementos heterogêneos não é durável .
A separação do Tesouro e do Ministério das Finanças é a única possível.
Um soberano deve sempre confiscar a publicidade para seu proveito.
Há patifes tão patifes que se comportam como pessoas honestas.
A expressão virtude-política é um contra-senso.
Não há leis possíveis contra o dinheiro.
O comércio une os homens. Portanto o comércio é prejudicial à autoridade.
Uma nação em que todos querem cargos importantes está vendida de antemão.
Se a grande maioria da sociedade quisesse ignorar as leis, quem haveria de impedi-la?
Tronos não se consertam.
Toda indulgência com culpados é uma conivência.
Não há roubo. Tudo se paga.
CHEFE DE ESTADO NÃO DEVE SER CHEFE DE PARTIDO.
622) Previsoes imprevidentes...
Do site da SBPC de PE (boletim de 18 de setembro de 2006):
VEJA AS PREVISÕES MAIS FURADAS DA HISTÓRIA DA TECNOLOGIA
Portal Terra Tecnologia
Um site chamado 2Spare compilou dezenas de previsões furadas sobre o futuro, em diversas áreas, como tecnologia, comunicação, aviação, guerra e outras. Algumas anteciparam o fracasso das "compras à distância" e da "transmissão de documentos por cabos de telefone" antes mesmo de se ouvir falar em Internet e compras online.
Nem mesmo cientistas e inventores consagrados, como Thomas Edison e Albert Einstein, escaparam de cometer as suas "gafes". Selecionamos - e traduzimos - 30 dessas previsões furadas. A página original, que tem 87 frases, pode ser acessada no endereço
www.2spare.com/item_50221.aspx.
Confira:
Computadores e tecnologia
"Não há razão para que alguém queira ter um computador em casa".
Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp. (DEC), fabricante de computadores mainframe computers, discutindo os computadores pessoais, em 1977.
"Mas... para o que serve isso?"
Robert Lloyd, executivo da IBM, sobre o microprocessador, em 1968.
"Na medida em que uma calculadora no ENIAC é equipada com 18 mil tubos de vácuo e pesa 30 toneladas, os computadores do futuro deverão ter apenas mil tubos de vácuo e pesar 1,5 mil toneladas".
Revista Popular Mechanics, em 1949.
"Eu viajei por todos os cantos deste país e conversei com as melhores pessoas, e posso assegurar a você que o processamento de dados é uma moda e não vai durar até o final do ano".
Editor responsável por livros de negócios da Prentice Hall, em 1957.
"Esta coisa de antitruste vai passar".
Bill Gates, fundador da Microsoft (data não disponível).
"O potencial mercado de máquinas de cópia é de, no máximo, cinco mil (unidades)."
IBM, para os eventuais fundadores da Xerox, dizendo que as fotocopiadoras não teriam um mercado tão grande que justificasse a sua produção, em 1959.
Internet e comunicação por satélite
"A transmissão de documentos por cabos de telefone é possível, em princípio, mas o aparato requerido é tão caro que nunca irá se tornar uma proposta prática".
Dennis Gabor, físico britânico e autor de Inventing the Future, em 1962.
"A compra à distância, apesar de ser completamente possível, irá fracassar - porque a mulher gosta de sair de casa, segurar a mercadoria, gosta de estar apta a mudar a sua intenção".
Revista Time, descartando as compras online antes mesmo de se ouvir falar nelas, em 1966.
"Não há praticamente nenhuma chance dos satélites espaciais de comunicação serem usados para prover melhores serviços de telefone, telégrafo, televisão ou rádio dentro dos Estados Unidos".
T. Craven, membro do conselho da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos, em 1961 (o primeiro satélite comercial de comunicações entrou em serviço em 1965).
Telefone
"O telefone tem muitas desvantagens para ser considerado, seriamente, um meio de comunicação. O aparelho não tem valor para nós".
Memorando da Western Union, entre 1876 e 1878.
"Os americanos têm necessidade de telefones, mas nós não. Temos um monte de mensageiros".
Sir William Preece, engenheiro-chefe da Escritório Postal Britânico, em 1878.
"É uma grande invenção, mas de qualquer forma, quem iria usar isso?"
Rutherford B. Hayes, presidente norte-americano, depois da demonstração do telefone de Alexander Bell, em 1876.
Televisão e cinema
"A televisão não vai durar. É uma tempestade num copo d'água".
Mary Somerville, pioneira em radiodifusão educacional, em 1948.
"A televisão não vai durar porque, logo, as pessoas irão ficar cansadas de olhar para uma caixa de madeira todas as noites".
Darryl Zanuck, produtor de cinema da 20th Century Fox, em 1946.
"Quem diabos deseja ouvir os atores falando?"
H. M. Warner, co-fundador da Warner Brothers, em 1927.
Rádio e música
"O rádio não tem futuro"
Lord Kelvin, matemático e físico, em 1897.
"A caixa de música sem fio não tem valor comercial imaginável. Quem pagaria para uma mensagem enviada para ninguém em particular?"
Associados de David Sarnoff, respondendo a um pedido de investimento para o rádio, em 1921.
"O fonógrafo não tem nenhum valor comercial".
Thomas Edison, inventor norte-americano, nos anos 1880.
Automóveis
"O cavalo está aqui para ficar, mas o automóvel é apenas uma novidade, uma moda".
Presidente do banco de Michigan alertando o advogado de Henry Ford para não investir na montadora, em 1903.
"Que o automóvel praticamente chegou ao seu limite é confirmado pelo fato de que, nos últimos anos, nenhum aprimoramento radical foi introduzido."
Revista Scientific American, em 1909
"A 'carruagem sem cavalo' normal é, no momento, uma luxuria para os ricos, e por causa do seu preço, provavelmente vai falhar no futuro. Com certeza, jamais se tornará tão comum como a bicicleta".
Literary Digest, em 1899.
Aviação
"O homem não irá voar em 50 anos".
Wilbur Wright, pioneiro da aviação, ao irmão Orville, depois de uma tentativa fracassada de voar, em 1901 (os dois norte-americanos obtiveram sucesso em 1903).
"Máquinas de voar mais pesadas do que o ar são impossíveis".
Lord Kelvin, matemático, físico e presidente da Sociedade Real Britânica, em 1895.
"Aviões são brinquedos interessantes, mas não têm valor millitar".
Marechal Ferdinand Foch, professor de estratégia da Ecole Superieure de Guerre, em 1904.
"Jamais será construído um avião grande".
Engenheiro da Boeing, depois do primeiro vôo do modelo 247, que tinha motor duplo e transportava 10 pessoas.
Outros temas
"Tudo que pode ser inventado já foi inventado".
Charles H. Duell, oficial do escritório de patentes dos Estados Unidos, em 1899
"Qualquer um familiarizado com o assunto vai reconhecer isso como um evidente fracasso"
Henry Morton, presidente do Instituto de Tecnologia Stevens, sobre a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1880.
"Um foguete jamais será capaz de deixar a atmosfera da Terra".
Jornal New York Times, em 1936.
"A energia atômica deve ser tão boa como os explosivos de hoje, mas é improvável que produza algo muito mais perigoso".
Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, em 1939
"Não há a menor indicação de que a energia nuclear será obtida. Isso significaria que o átomo teria que ser rompido no futuro".
Albert Einstein, em 1932.
Pela transcrição:
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
Concluindo: ainda há esperanças para a humanidade, independentemente de que certas pessoas mereçam ganhar, por exemplo, o prêmio Nobel da burrice...
VEJA AS PREVISÕES MAIS FURADAS DA HISTÓRIA DA TECNOLOGIA
Portal Terra Tecnologia
Um site chamado 2Spare compilou dezenas de previsões furadas sobre o futuro, em diversas áreas, como tecnologia, comunicação, aviação, guerra e outras. Algumas anteciparam o fracasso das "compras à distância" e da "transmissão de documentos por cabos de telefone" antes mesmo de se ouvir falar em Internet e compras online.
Nem mesmo cientistas e inventores consagrados, como Thomas Edison e Albert Einstein, escaparam de cometer as suas "gafes". Selecionamos - e traduzimos - 30 dessas previsões furadas. A página original, que tem 87 frases, pode ser acessada no endereço
www.2spare.com/item_50221.aspx.
Confira:
Computadores e tecnologia
"Não há razão para que alguém queira ter um computador em casa".
Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp. (DEC), fabricante de computadores mainframe computers, discutindo os computadores pessoais, em 1977.
"Mas... para o que serve isso?"
Robert Lloyd, executivo da IBM, sobre o microprocessador, em 1968.
"Na medida em que uma calculadora no ENIAC é equipada com 18 mil tubos de vácuo e pesa 30 toneladas, os computadores do futuro deverão ter apenas mil tubos de vácuo e pesar 1,5 mil toneladas".
Revista Popular Mechanics, em 1949.
"Eu viajei por todos os cantos deste país e conversei com as melhores pessoas, e posso assegurar a você que o processamento de dados é uma moda e não vai durar até o final do ano".
Editor responsável por livros de negócios da Prentice Hall, em 1957.
"Esta coisa de antitruste vai passar".
Bill Gates, fundador da Microsoft (data não disponível).
"O potencial mercado de máquinas de cópia é de, no máximo, cinco mil (unidades)."
IBM, para os eventuais fundadores da Xerox, dizendo que as fotocopiadoras não teriam um mercado tão grande que justificasse a sua produção, em 1959.
Internet e comunicação por satélite
"A transmissão de documentos por cabos de telefone é possível, em princípio, mas o aparato requerido é tão caro que nunca irá se tornar uma proposta prática".
Dennis Gabor, físico britânico e autor de Inventing the Future, em 1962.
"A compra à distância, apesar de ser completamente possível, irá fracassar - porque a mulher gosta de sair de casa, segurar a mercadoria, gosta de estar apta a mudar a sua intenção".
Revista Time, descartando as compras online antes mesmo de se ouvir falar nelas, em 1966.
"Não há praticamente nenhuma chance dos satélites espaciais de comunicação serem usados para prover melhores serviços de telefone, telégrafo, televisão ou rádio dentro dos Estados Unidos".
T. Craven, membro do conselho da Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos, em 1961 (o primeiro satélite comercial de comunicações entrou em serviço em 1965).
Telefone
"O telefone tem muitas desvantagens para ser considerado, seriamente, um meio de comunicação. O aparelho não tem valor para nós".
Memorando da Western Union, entre 1876 e 1878.
"Os americanos têm necessidade de telefones, mas nós não. Temos um monte de mensageiros".
Sir William Preece, engenheiro-chefe da Escritório Postal Britânico, em 1878.
"É uma grande invenção, mas de qualquer forma, quem iria usar isso?"
Rutherford B. Hayes, presidente norte-americano, depois da demonstração do telefone de Alexander Bell, em 1876.
Televisão e cinema
"A televisão não vai durar. É uma tempestade num copo d'água".
Mary Somerville, pioneira em radiodifusão educacional, em 1948.
"A televisão não vai durar porque, logo, as pessoas irão ficar cansadas de olhar para uma caixa de madeira todas as noites".
Darryl Zanuck, produtor de cinema da 20th Century Fox, em 1946.
"Quem diabos deseja ouvir os atores falando?"
H. M. Warner, co-fundador da Warner Brothers, em 1927.
Rádio e música
"O rádio não tem futuro"
Lord Kelvin, matemático e físico, em 1897.
"A caixa de música sem fio não tem valor comercial imaginável. Quem pagaria para uma mensagem enviada para ninguém em particular?"
Associados de David Sarnoff, respondendo a um pedido de investimento para o rádio, em 1921.
"O fonógrafo não tem nenhum valor comercial".
Thomas Edison, inventor norte-americano, nos anos 1880.
Automóveis
"O cavalo está aqui para ficar, mas o automóvel é apenas uma novidade, uma moda".
Presidente do banco de Michigan alertando o advogado de Henry Ford para não investir na montadora, em 1903.
"Que o automóvel praticamente chegou ao seu limite é confirmado pelo fato de que, nos últimos anos, nenhum aprimoramento radical foi introduzido."
Revista Scientific American, em 1909
"A 'carruagem sem cavalo' normal é, no momento, uma luxuria para os ricos, e por causa do seu preço, provavelmente vai falhar no futuro. Com certeza, jamais se tornará tão comum como a bicicleta".
Literary Digest, em 1899.
Aviação
"O homem não irá voar em 50 anos".
Wilbur Wright, pioneiro da aviação, ao irmão Orville, depois de uma tentativa fracassada de voar, em 1901 (os dois norte-americanos obtiveram sucesso em 1903).
"Máquinas de voar mais pesadas do que o ar são impossíveis".
Lord Kelvin, matemático, físico e presidente da Sociedade Real Britânica, em 1895.
"Aviões são brinquedos interessantes, mas não têm valor millitar".
Marechal Ferdinand Foch, professor de estratégia da Ecole Superieure de Guerre, em 1904.
"Jamais será construído um avião grande".
Engenheiro da Boeing, depois do primeiro vôo do modelo 247, que tinha motor duplo e transportava 10 pessoas.
Outros temas
"Tudo que pode ser inventado já foi inventado".
Charles H. Duell, oficial do escritório de patentes dos Estados Unidos, em 1899
"Qualquer um familiarizado com o assunto vai reconhecer isso como um evidente fracasso"
Henry Morton, presidente do Instituto de Tecnologia Stevens, sobre a lâmpada elétrica de Thomas Edison, em 1880.
"Um foguete jamais será capaz de deixar a atmosfera da Terra".
Jornal New York Times, em 1936.
"A energia atômica deve ser tão boa como os explosivos de hoje, mas é improvável que produza algo muito mais perigoso".
Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, em 1939
"Não há a menor indicação de que a energia nuclear será obtida. Isso significaria que o átomo teria que ser rompido no futuro".
Albert Einstein, em 1932.
Pela transcrição:
-------------
Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/
Concluindo: ainda há esperanças para a humanidade, independentemente de que certas pessoas mereçam ganhar, por exemplo, o prêmio Nobel da burrice...
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
621) Em tempos bicudos, um pouco de poesia nao pode fazer mal: Sete nafagafinhos
Sete nafagafinhos
Num ninho de nafagafos
há sete nafagafinhos.
Quando a nafagafa sai
ficam os nafagafinhos sozinhos.
E é um rodopio, uma roda viva,
os nafagafinhos nafagafam
com ruído tal que acordam
todos os não-nafagafinhos.
O nafagafinho mais novo
rebola feito bola,
gira que gira ao sol
feito girassol.
O segundo nafagafinho
quer montar uma burra que ali trota
mas torta lhe troca as voltas,
e lá cai o nafagafinho.
O terceiro nafagafinho
brinca com o eco que lá há:
mão-ão, mar-ar, nafagafinho-finho.
Há lá eco há!
Dois nafagafinhos palram sem parar
com o pequeno pardal pardo.
Outro nafagafinho ri até chorar
das boas graças da garça.
Um nafagafinho pergunta ao sábio mocho
quanto tempo o tempo tem.
O mocho responde-lhe que o tempo
tem tanto tempo quanto o tempo tem.
Há quem diga que nafagafos
é coisa que não há.
Mas como poderia isso ser,
se tudo isto pôde acontecer,
com sete nafagafinhos sozinhos?
Sofia Vilarigues
Num ninho de nafagafos
há sete nafagafinhos.
Quando a nafagafa sai
ficam os nafagafinhos sozinhos.
E é um rodopio, uma roda viva,
os nafagafinhos nafagafam
com ruído tal que acordam
todos os não-nafagafinhos.
O nafagafinho mais novo
rebola feito bola,
gira que gira ao sol
feito girassol.
O segundo nafagafinho
quer montar uma burra que ali trota
mas torta lhe troca as voltas,
e lá cai o nafagafinho.
O terceiro nafagafinho
brinca com o eco que lá há:
mão-ão, mar-ar, nafagafinho-finho.
Há lá eco há!
Dois nafagafinhos palram sem parar
com o pequeno pardal pardo.
Outro nafagafinho ri até chorar
das boas graças da garça.
Um nafagafinho pergunta ao sábio mocho
quanto tempo o tempo tem.
O mocho responde-lhe que o tempo
tem tanto tempo quanto o tempo tem.
Há quem diga que nafagafos
é coisa que não há.
Mas como poderia isso ser,
se tudo isto pôde acontecer,
com sete nafagafinhos sozinhos?
Sofia Vilarigues
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
620) Gonzaguinha, para os momentos de infortunio...
Quanto tantas noticias são propriamente deprimentes, vindas do meio político, a solução é parar um pouco com tudo e refugiar-se na música...
Gonzaguinha cantava “Nunca pare de sonhar”.
A letra é a seguinte:
“Ontem, o menino que brincava me falou
que hoje é semente do amanhã;
para não ter medo que esse tempo vai passar.
Não se desespere,
nem pare de sonhar.
Nunca se entregue.
Nasça, sempre, com as manhãs.
Deixe a luz do Sol brilhar no céu do seu olhar.
Fé na Vida. Fé no Homem.
Fé no que virá.
Nós podemos tudo, nós podemos mais.
Vamos lá, fazer o que será!”
Plante, então, somente o que é bom.
Amor, respeito, dignidade, paz, alegria, saúde, trabalho...
Pequenas sementes que, como o tempo, germinarão rapidamente.
Sonhe, muito!
E tente fazer desse sonho a sua realidade.
Olhe nos olhos, acredite e faça crer.
Acorde com o Sol, descanse com a Lua, mas deixe que a chuva molhe o que plantou...
(cortesia LP)
Gonzaguinha cantava “Nunca pare de sonhar”.
A letra é a seguinte:
“Ontem, o menino que brincava me falou
que hoje é semente do amanhã;
para não ter medo que esse tempo vai passar.
Não se desespere,
nem pare de sonhar.
Nunca se entregue.
Nasça, sempre, com as manhãs.
Deixe a luz do Sol brilhar no céu do seu olhar.
Fé na Vida. Fé no Homem.
Fé no que virá.
Nós podemos tudo, nós podemos mais.
Vamos lá, fazer o que será!”
Plante, então, somente o que é bom.
Amor, respeito, dignidade, paz, alegria, saúde, trabalho...
Pequenas sementes que, como o tempo, germinarão rapidamente.
Sonhe, muito!
E tente fazer desse sonho a sua realidade.
Olhe nos olhos, acredite e faça crer.
Acorde com o Sol, descanse com a Lua, mas deixe que a chuva molhe o que plantou...
(cortesia LP)
sexta-feira, 15 de setembro de 2006
619) Uma nova capa, para um livro semi-novo
Tenho o prazer de anunciar a próxima publicação de meu livro
O Estudo das Relações Internacionais do Brasil:
um diálogo entre a diplomacia e a academia
Paulo Roberto de Almeida
(Brasília: LGE Editora, 2006)
(capa elaborada por Samuel Tabosa Pessoa)
Sumário (resumido) do livro:
Prefácio à segunda edição
Introdução: o estudo das Relações Internacionais do Brasil
Capítulo I
A Produção brasileira em relações internacionais:
avaliação, tendências e perspectivas
Capítulo II
O Brasil no contexto econômico mundial: 1820-2006
Capítulo III
A estrutura constitucional das relações internacionais no Brasil
Capítulo IV
A periodização das relações internacionais do Brasil
Capítulo V
Cronologia das relações internacionais do Brasil, 1415-2006
Guia da produção em relações internacionais do Brasil e bibliografia geral
Guia de periódicos nacionais e estrangeiros em relações internacionais
Livros do autor
(Disponível nas livrarias a partir de outubro)
Maiores informações sobre o livro, ver neste link.
618) Bolivia: uma pedra no caminho...
Lula irrita-se com Bolívia e diz que "paciência tem limite"
Fabio Graner e Cida Fontes
Agencia Estado, 14 de setembro de 2006 - 22:51
Lula estava "contrariado" com a atitude de Morales, segundo descreveram interlocutores. Estava ainda mais irritado com as cobranças por uma reação mais enérgica. "Que querem que eu faça? Que invada a Bolívia?", desabafou
BRASÍLIA - Quase 24 horas depois de ter sido surpreendido por uma decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales - desta vez confiscando as instalações e o fluxo de caixa das refinarias da Petrobrás boliviana - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinais de sua irritação com o assunto. Ao chegar à residência do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, para um jantar com empresários, disse que o Brasil não pode "aceitar decisões unilaterais". "A paciência é importante nas negociações internacionais, mas tem limites."
Morales já havia pego o governo brasileiro desprevenido em maio, quando nacionalizou as reservas de gás de seu país e colocou tropas do exército na porta das refinarias. Agora, ao tomar as refinarias, Evo rompeu uma espécie de acordo pré-eleitoral que havia feito com Lula.
Lula estava "contrariado" com a atitude de Morales, segundo descreveram interlocutores. Estava ainda mais irritado com as cobranças por uma reação mais enérgica. "Que querem que eu faça? Que invada a Bolívia?", desabafou. O Brasil foi brando em suas reações contra a Bolívia em maio, quando Morales tentava eleger um congresso constituinte que o apoiasse. A recíproca não foi verdadeira.
O presidente disse também estar tranqüilo em relação ao abastecimento de gás ao Brasil. "Os consumidores brasileiro de gás não têm que ter nenhum minuto de intranqüilidade porque as coisas estão controladas."
Medida "congelada"
A 17 dias das eleições, o governo correu para evitar que o mais recente ataque boliviano se reflita nas urnas. Antes de ir para o jantar com empresários, depois de gestões feitas durante todo o dia por assessores com o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera (Morales estava em Cuba), Lula ganhou uma trégua e pôde anunciar, em entrevista ao Jornal da Band que a decisão boliviana estava "congelada".
Ou seja, o confisco das instalações e o fluxo de caixa das refinarias da Petrobrás boliviana deixará de ser aplicado de imediato e será discutido, depois das eleições, no âmbito das negociações que os dois países mantém em torno do fornecimento de gás natural ao Brasil. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, propôs ao seu colega boliviano, Andrés Solíz Rada, uma reunião no dia 9 para retomar as conversas.
Nesta entrevista à TV, Lula já dava sinais de irritação. Ele disse que independente das boas relações que mantém com aquele país e seu presidente Evo Morales, "se a Bolívia teimar em tomar atitudes unilaterais o Brasil vai ter que pensar em como fazer uma coisa mais dura."
No final da noite, o vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, confirmou que o governo boliviano decidiu de fato congelar a decisão.
Mesmo irritado, Lula mantém postura de colaboração
Apesar de mostrar desconforto com a atitude do governo de Morales, Lula insistiu na atitude conciliatória que sempre adotou em relação ao vizinho. Segundo ele, é necessário que o governo faça um esforço para garantir a tranqüilidade não só na Bolívia como também em outros países vizinhos, como Uruguai e Paraguai. "São países que o Brasil tem que ajudar na economia a para que eles possam se desenvolver", disse.
Lula disse ainda que pretende fortalecer a relação Brasil-Bolívia. "O Brasil tem que ajudar. Temos projetos importantes para dinamizar a economia da Bolívia junto com o Brasil. Temos um pólo gás químico para construir na divisa, temos rodovias ligando pontos importantes do território boliviano."
Informou também que ainda não conversou com Morales, porque ele estava em vôo da Guatemala para Cochabamba. Mas declarou que vai fazer todo o esforço para que Evo Morales tenha sucesso no governo. "Quero contribuir para que isto aconteça, mas para que haja a contribuição brasileira é preciso a contribuição boliviana."
Fabio Graner e Cida Fontes
Agencia Estado, 14 de setembro de 2006 - 22:51
Lula estava "contrariado" com a atitude de Morales, segundo descreveram interlocutores. Estava ainda mais irritado com as cobranças por uma reação mais enérgica. "Que querem que eu faça? Que invada a Bolívia?", desabafou
BRASÍLIA - Quase 24 horas depois de ter sido surpreendido por uma decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales - desta vez confiscando as instalações e o fluxo de caixa das refinarias da Petrobrás boliviana - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu sinais de sua irritação com o assunto. Ao chegar à residência do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, para um jantar com empresários, disse que o Brasil não pode "aceitar decisões unilaterais". "A paciência é importante nas negociações internacionais, mas tem limites."
Morales já havia pego o governo brasileiro desprevenido em maio, quando nacionalizou as reservas de gás de seu país e colocou tropas do exército na porta das refinarias. Agora, ao tomar as refinarias, Evo rompeu uma espécie de acordo pré-eleitoral que havia feito com Lula.
Lula estava "contrariado" com a atitude de Morales, segundo descreveram interlocutores. Estava ainda mais irritado com as cobranças por uma reação mais enérgica. "Que querem que eu faça? Que invada a Bolívia?", desabafou. O Brasil foi brando em suas reações contra a Bolívia em maio, quando Morales tentava eleger um congresso constituinte que o apoiasse. A recíproca não foi verdadeira.
O presidente disse também estar tranqüilo em relação ao abastecimento de gás ao Brasil. "Os consumidores brasileiro de gás não têm que ter nenhum minuto de intranqüilidade porque as coisas estão controladas."
Medida "congelada"
A 17 dias das eleições, o governo correu para evitar que o mais recente ataque boliviano se reflita nas urnas. Antes de ir para o jantar com empresários, depois de gestões feitas durante todo o dia por assessores com o vice-presidente da Bolívia, Álvaro Garcia Linera (Morales estava em Cuba), Lula ganhou uma trégua e pôde anunciar, em entrevista ao Jornal da Band que a decisão boliviana estava "congelada".
Ou seja, o confisco das instalações e o fluxo de caixa das refinarias da Petrobrás boliviana deixará de ser aplicado de imediato e será discutido, depois das eleições, no âmbito das negociações que os dois países mantém em torno do fornecimento de gás natural ao Brasil. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, propôs ao seu colega boliviano, Andrés Solíz Rada, uma reunião no dia 9 para retomar as conversas.
Nesta entrevista à TV, Lula já dava sinais de irritação. Ele disse que independente das boas relações que mantém com aquele país e seu presidente Evo Morales, "se a Bolívia teimar em tomar atitudes unilaterais o Brasil vai ter que pensar em como fazer uma coisa mais dura."
No final da noite, o vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, confirmou que o governo boliviano decidiu de fato congelar a decisão.
Mesmo irritado, Lula mantém postura de colaboração
Apesar de mostrar desconforto com a atitude do governo de Morales, Lula insistiu na atitude conciliatória que sempre adotou em relação ao vizinho. Segundo ele, é necessário que o governo faça um esforço para garantir a tranqüilidade não só na Bolívia como também em outros países vizinhos, como Uruguai e Paraguai. "São países que o Brasil tem que ajudar na economia a para que eles possam se desenvolver", disse.
Lula disse ainda que pretende fortalecer a relação Brasil-Bolívia. "O Brasil tem que ajudar. Temos projetos importantes para dinamizar a economia da Bolívia junto com o Brasil. Temos um pólo gás químico para construir na divisa, temos rodovias ligando pontos importantes do território boliviano."
Informou também que ainda não conversou com Morales, porque ele estava em vôo da Guatemala para Cochabamba. Mas declarou que vai fazer todo o esforço para que Evo Morales tenha sucesso no governo. "Quero contribuir para que isto aconteça, mas para que haja a contribuição brasileira é preciso a contribuição boliviana."
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
617) O Estudo das Relacoes Internacionais do Brasil, livro de Paulo R. de Almeida
Tenho o prazer de anunciar a próxima publicação de meu livro
O Estudo das Relações Internacionais do Brasil:
um diálogo entre a diplomacia e a academia
Paulo Roberto de Almeida
(Brasília: LGE Editora, 2006)
(capa provisória; em elaboração por Samuel Tabosa Pessoa)
(Nota em 13 de outubro: capa substituída)
Sumário (resumido) do livro:
Prefácio à segunda edição
Introdução: o estudo das Relações Internacionais do Brasil
Capítulo I
A Produção brasileira em relações internacionais:
avaliação, tendências e perspectivas
Capítulo II
O Brasil no contexto econômico mundial: 1820-2006
Capítulo III
A estrutura constitucional das relações internacionais no Brasil
Capítulo IV
A periodização das relações internacionais do Brasil
Capítulo V
Cronologia das relações internacionais do Brasil, 1415-2006
Guia da produção em relações internacionais do Brasil e bibliografia geral
Guia de periódicos nacionais e estrangeiros em relações internacionais
Livros do autor
(Disponível nas livrarias a partir de outubro)
Maiores informações sobre o livro, vá neste link.
616) E agora, os professores dos diplomatas...
Corpo Docente do Curso de Formação
Portaria do IRBr - Ano Letivo 2006-2007
Ato do Diretor do Instituto Rio Branco
PORTARIA DE 31 DE AGOSTO DE 2006
O DIRETOR DO INSTITUTO RIO BRANCO, considerando o disposto no artigo 33 do Decreto 5032, de 05 de abril de 2004, que dispõe sobre a Estrutura Regimental do Ministério das Relações Exteriores; no uso da competência que lhe confere o artigo 35 do Regulamento do Instituto Rio Branco, aprovado pela Portaria de 20 de novembro de 1998, publicada no Diário Oficial da União de 25 de novembro de 1998, alterado pela Portaria nº 11, de 17 de abril de 2001, publicada no Diário Oficial da União de 25 de abril de 2001; de acordo com a Portaria Ministerial nº 336, de 30 de maio de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 12 de junho de 2003; e ainda em conformidade com o Parecer/CJ/CGDA/nº288, de 2 de agosto de 2006, resolve:
DESIGNAR para lecionarem no Curso de Formação do Instituto Rio Branco, no ano letivo 2006-7, os seguintes professores titulares e assistentes:
PROFESSORES TITULARES:
André Jean Nestor (Francês)
Antônio Augusto Cançado Trindade (Direito Internacional Público)
Antônio Paulo Cachapuz de Medeiros (Direito das Relações Exteriores)
Braz da Costa Baracuhy Neto (Teoria de Relações Internacionais)
Claire Lucie Dadies (Francês)
Edith do Céu Fayal Jacques (Inglês; Português para Estrangeiros)
Eugênio Vargas Garcia (História das Relações Internacionais do Brasil)
Everton Vieira Vargas (Linguagem Diplomática)
Geraldo Cordeiro Tupynambá (Redação em Língua Portuguesa)
Hélène Michel de Araújo (Francês)
Isabelle Fermier Gonçalves de Souza (Francês)
James Kelly (Inglês)
José Paulo Tavares Kol (Inglês)
Leila de Oliveira e Bragança (Espanhol)
Luiz Carlos Delorme Prado (Economia)
Maria Angélica Brasil Madeira (Leituras Brasileiras)
Mariza Veloso Motta Santos (Leituras Brasileiras)
Pedro Delgado Hernández (Espanhol)
Sara Burkitt Walker (Inglês)
Susan Catherine Casement Moreira (Inglês)
PROFESSORES ASSISTENTES:
Ana Luiza Membrive Martins (Inglês)
Carlos Eduardo de Carvalho Pachá (Linguagem Diplomática)
Carlos Ribeiro Santana (História das Relações Internacionais do Brasil)
Cesar de Oliveira Lima Barrio (História das Relações Int. do Brasil)
Gustavo Sénéchal de Goffredo Jr (Teoria de Relações Internacionais)
João Ernesto Chistófolo (Leituras Diplomáticas)
Leandro de Oliveira Moll (Direito Internacional Público)
Marcelo Bohlke (Direito Internacional Público)
Patricia Wagner Chiarello (Teoria de Relações Internacionais)
Rubem Mendes de Oliveira (Diplomacia e Política)
Simone Meira Dias (Linguagem Diplomática)
Thomaz Diniz Guedes (Leituras Brasileiras)
FERNANDO GUIMARÃES REIS
Portaria do IRBr - Ano Letivo 2006-2007
Ato do Diretor do Instituto Rio Branco
PORTARIA DE 31 DE AGOSTO DE 2006
O DIRETOR DO INSTITUTO RIO BRANCO, considerando o disposto no artigo 33 do Decreto 5032, de 05 de abril de 2004, que dispõe sobre a Estrutura Regimental do Ministério das Relações Exteriores; no uso da competência que lhe confere o artigo 35 do Regulamento do Instituto Rio Branco, aprovado pela Portaria de 20 de novembro de 1998, publicada no Diário Oficial da União de 25 de novembro de 1998, alterado pela Portaria nº 11, de 17 de abril de 2001, publicada no Diário Oficial da União de 25 de abril de 2001; de acordo com a Portaria Ministerial nº 336, de 30 de maio de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 12 de junho de 2003; e ainda em conformidade com o Parecer/CJ/CGDA/nº288, de 2 de agosto de 2006, resolve:
DESIGNAR para lecionarem no Curso de Formação do Instituto Rio Branco, no ano letivo 2006-7, os seguintes professores titulares e assistentes:
PROFESSORES TITULARES:
André Jean Nestor (Francês)
Antônio Augusto Cançado Trindade (Direito Internacional Público)
Antônio Paulo Cachapuz de Medeiros (Direito das Relações Exteriores)
Braz da Costa Baracuhy Neto (Teoria de Relações Internacionais)
Claire Lucie Dadies (Francês)
Edith do Céu Fayal Jacques (Inglês; Português para Estrangeiros)
Eugênio Vargas Garcia (História das Relações Internacionais do Brasil)
Everton Vieira Vargas (Linguagem Diplomática)
Geraldo Cordeiro Tupynambá (Redação em Língua Portuguesa)
Hélène Michel de Araújo (Francês)
Isabelle Fermier Gonçalves de Souza (Francês)
James Kelly (Inglês)
José Paulo Tavares Kol (Inglês)
Leila de Oliveira e Bragança (Espanhol)
Luiz Carlos Delorme Prado (Economia)
Maria Angélica Brasil Madeira (Leituras Brasileiras)
Mariza Veloso Motta Santos (Leituras Brasileiras)
Pedro Delgado Hernández (Espanhol)
Sara Burkitt Walker (Inglês)
Susan Catherine Casement Moreira (Inglês)
PROFESSORES ASSISTENTES:
Ana Luiza Membrive Martins (Inglês)
Carlos Eduardo de Carvalho Pachá (Linguagem Diplomática)
Carlos Ribeiro Santana (História das Relações Internacionais do Brasil)
Cesar de Oliveira Lima Barrio (História das Relações Int. do Brasil)
Gustavo Sénéchal de Goffredo Jr (Teoria de Relações Internacionais)
João Ernesto Chistófolo (Leituras Diplomáticas)
Leandro de Oliveira Moll (Direito Internacional Público)
Marcelo Bohlke (Direito Internacional Público)
Patricia Wagner Chiarello (Teoria de Relações Internacionais)
Rubem Mendes de Oliveira (Diplomacia e Política)
Simone Meira Dias (Linguagem Diplomática)
Thomaz Diniz Guedes (Leituras Brasileiras)
FERNANDO GUIMARÃES REIS