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sábado, 16 de agosto de 2025

A degradação moral dos bolsonaristas, ao defender o negacionista que queria uma nova ditadura militar no Brasil - Paulo Roberto de Almeida, editorial do Estadão

A degradação moral dos bolsonaristas, ao defender o negacionista que queria uma nova ditadura militar no Brasil


Paulo Roberto de Almeida, editorial do Estadão

Tarcíso está errado. Que Lula e os petistas sejam nefastos no terreno econômico, da corrupção e de uma diplomacia equivocada e míope, não quer dizer que Bolsonaro seja melhor, o que este editorial do Estadão também afirma.

Mas é preciso deixar algo MUITO CLARO: o Brasil já viveu 21 anos de ditadura militar, que fez repressão ampla contra políticos, artistas, acadêmicos, jornalistas e quaisquer pessoas que não concordavam com um regime autoritário, com polícia política à espreita e censura à cultura e às artes, à mídia e aos simples professores de esquerda, uma fauna que existe em qualquer país do mundo.

Mas quem ELOGIOU TORTURADORES, quem disse claramente que "A DITADURA MATOU DE MENOS", que o regime militar deveria ter eliminado pelo menos TRINTA MIL OPOSITORES foi Bolsonaro, o MONSTRO NEGACIONISTA, que matou, indiretamente, ALGUNS MILHARES DE INFECTADOS PELA COVID-19 durante a pandemia, em grande medida os próprios bolsonaristas, que acreditaram na FRAUDE ANTIPROFILÁTICA do presidente boçal, OPOSTO A VACINAS, e só se rendendo quando o governador de SP começou a importar vacinas.

Tarcísio se opõe acertadamente a Lula no lado econômico e moral, mas deveria com maior razão se opor ao psicopata perverso que infelicitou milhares de famílias, e que pretendia se manter no poder por meio de um GOLPE MILITAR.

Paulo Roberto de Almeida

Tarcísio está certo

Editorial O Estado de S. Paulo, 15/08/2025

Ele resumiu bem: ‘O Brasil não aguenta mais o Lula’ – e desbancá-lo é condição para superar o atraso. Mas os candidatos à direita devem saber que o Brasil também não aguenta mais Bolsonaro

 

“O Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula.” O desabafo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, num encontro promovido pelo BTG Pactual com outros presidenciáveis de centro-direita, como Ratinho Jr., Eduardo Leite e Ronaldo Caiado, vocaliza mais que um diagnóstico político. É a expressão condensada de um esgotamento histórico, comprovado por dados e pelo cotidiano. Não se trata de mera retórica eleitoral. O sentimento popular, traduzido em índices de rejeição, ecoa uma realidade objetiva: o modelo lulopetista é fiscalmente insustentável, economicamente estagnante, institucionalmente corrosivo e diplomaticamente anacrônico.

Na oposição, recorde-se, o PT sempre foi irresponsável, rejeitando marcos civilizacionais, a começar pela Constituição e o Plano Real. No governo, o resultado foi inequívoco: retrocesso na produtividade, deterioração fiscal, aparelhamento do Estado, corrosão da moralidade pública e uma política externa que confunde alinhamento com ditaduras e hostilidade ao Ocidente com “soberania”. Na economia, o lulopetismo substituiu reformas estruturais por expansão desenfreada do gasto corrente, subsídios distorcivos e intervencionismo improvisado. O preço está na dívida crescente, no déficit crônico, nos juros exorbitantes, na paralisia do investimento privado. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 45 anos o Brasil despencou do 48.º para o 87.º lugar no ranking de PIB per capita, aproximando-se da metade mais pobre do planeta – e isso tem relação direta com o fato de que o Brasil foi governado pelo PT em 16 dos últimos 22 anos.

A cultura institucional moldada pelo PT é adversa ao mérito e complacente com o clientelismo. A máquina pública foi loteada a aliados; as estatais, transformadas em cabides de emprego; o Congresso é tratado ora como inimigo, ora como balcão de negócios. Na política externa, Lula insiste em bajular autocratas e dar declarações contra o “imperialismo estadunidense”, mesmo enquanto China, Europa ou até o Vietnã negociam pragmaticamente com Washington. No campo moral, a marca é um relativismo corrosivo: o partido que reivindica o monopólio da ética capitaneou o maior escândalo de corrupção da história nacional.

Ao dizer que o Brasil “não aguenta mais”, Tarcísio verbaliza um limite estrutural. A população sente – e as projeções confirmam – que o País não suporta mais regimes fiscais que empilham déficits e empurram a conta para o futuro. A exaustão também é geopolítica e tecnológica: enquanto o mundo corre atrás da transição energética e da economia do conhecimento, o lulopetismo insiste em reviver debates marxistas antediluvianos, preso a um saudosismo sindical e a rancores de grêmio estudantil.

Não é preciso endossar candidaturas para reconhecer que os princípios defendidos pelos governadores durante o encontro apontam na direção certa: responsabilidade social sustentada por responsabilidade fiscal, reforma orçamentária, modernização administrativa, combate à corrupção e privilégios e uma visão de futuro conectada às oportunidades globais. É essa virada de página que importa.

Mas, para ser completa, ela não pode omitir um dado incômodo: o Brasil não aguenta mais o bolsonarismo também. Entre os muitos males que Lula e o PT causaram ao País, um dos mais degradantes foi a ascensão de Jair Bolsonaro. O populismo bolsonarista foi um subproduto dialético do populismo lulopetista. O antipetismo viabilizou a ascensão de Bolsonaro, e o antibolsonarismo viabilizou o retorno de Lula, mantendo o País cativo de um ciclo infernal de ressentimento, radicalização e estagnação. Rompê-lo é condição para avançar. Como resumiu singelamente Ratinho Jr., basta eleger “uma pessoa normal”.

Virar a página não é trocar um demagogo por outro. É abandonar a mentalidade retrógrada que nos prende a crises recorrentes, colocar a responsabilidade fiscal no centro da agenda, reafirmar o compromisso com instituições sólidas e abraçar o mundo como ele é, e não como o imaginário ideológico o descreve. O Brasil não aguenta mais Lula e Bolsonaro – e, se não superá-los de uma vez, estará condenado à mais profunda mediocridade.


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