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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Alianca do Pacifico avanca agressivamente para o livre comercio; enquanto outros...

Parece que as comparações são inevitáveis, com certos "foot-draggers" (ou seja, os indecisos) do outro lado do continente.
Os desafios existem, inclusive o de aprofundar o déficit comercial, temporariamente, como preço a pagar pelo aumento geral dos fluxos comerciais. Mais adiante os desequilíbrios são corrigidos, via câmbio ou investimentos diretos, e o país fica melhor.
Só não acham os protecionistas renitentes...
Paulo Roberto de Almeida

Pacific Alliance: moving forward

Peru's Ollanta Humala, Chile's Sebastián Piñera, Colombia's Juan Manuel Santos, Mexico's Enrique Peña Nieto and Costa Rica's Laura Chinchilla in Cartagena, Colombia
Peru's Ollanta Humala, Chile's Sebastián Piñera, Colombia's Juan Manuel Santos, Mexico's Enrique Peña Nieto and Costa Rica's Laura Chinchilla in Cartagena, Colombia
It’s all about free trade. The Pacific Alliance, a growing bloc in Latin America that stands among the world’s 10 largest economies, sealed a deal on Monday to eliminate tariffs on 92 per cent of goods and services in a move that distances it further from some of its more protectionist neighbours.
“I don’t think there has been an integration process that has taken decisions so fast as the Pacific Alliance has done,” Colombia’s President, Juan Manuel Santos, told beyondbrics.
Formed in June 2012 and cemented in May last year, the tie-up links the free-trading economies of Chile, Colombia, Mexico and Peru, and is moving quickly to fulfil the goal of unrestricted movement of capital, goods and services, as well as people.
Santos, Ollanta Humala of Peru, Enrique Peña Nieto of Mexico, and outgoing Sebastián Piñera of Chile shook hands at a presidential summit in Colombia’s colonial city of Cartagena, also agreeing that the remaining tariffs for agricultural goods will be eliminated gradually over the coming years.
The total output for the four members accounts for more than a third of Latin America’s total gross domestic product. According to the latest available data, in 2o12 the bloc attracted some 41 per cent of all foreign direct investment inflows. Exports were $550bn and imports $561bn in the same year.
Even if trade between the nations has been flowing thanks to bilateral agreements that were in place before the Pacific rim union was established, the alliance also opens the door for member countries to export to markets where some of them had limited or no access, strengthening their value chains to be more competitive in the global supply chain, with a particular focus on Asia.
Santos added:
“We have a common vision on how to manage our economies, common attitudes regarding foreign investment, the role of the market in the economy, respect for private property.”
“Because we have common denominators, we would be able to play with more specific weight on the global economy.”
Other regional economies such as Brazil, Argentina and Venezuela – which are part of another regional bloc called Mercosur – are more inward-looking when it comes to trade and capital flows, and have been struggling with slippery economic growth.
Notwithstanding, late last week, Brazil’s foreign minister, Luiz Alberto Figuereido ,said Mercosur was interested in trade integration with members of the Pacific bloc.
The Pacific Alliance is set to expand in coming months with the entrance of Costa Rica as a full member. Panama and then Guatemala are likely to follow suit. Several other countries inside and outside the region act as observers – including the US, the UK and China.
In addition to removing trade barriers, member countries have opened joint trade offices and diplomatic missions around the world in places such as Ghana, Azerbaijan and Vietnam.
Sceptics say that, for the moment, the Pacific club is not much more than a very successful marketing strategy that highlights how the member countries are open for business. Eduardo Ferreyros, Peru’s former foreign trade minister, shrugs off the argument, saying “what’s been agreed today demonstrates there are concrete results, there is dynamism.”

sábado, 28 de dezembro de 2013

Guerrilheiros das FARC eliminados na Colombia, em ataque apoiado pela CIA

Alguns (ou vários) companheiros vão lamentar, outros sentir muita raiva do imperialismo, alguns ainda até chorar, emotivos que são, com a morte de irmãos do mesmo combate anti-burguês e anti-imperialista. O pessoal do MST, por exemplo, deve estar de bandeira a meio pau, e provavelmente vai emitir alguma nota protestando contra esse apoio da CIA ao exército colombiano.
Bem, vejamos: sozinhas, nenhuma das FFAA da região conseguiriam empreender certas operações sem uma logística sofisticada, envolvendo rastreamento por satélite, interceptação de comunicações e depois bombas "inteligentes". Se não fosse a CIA, quem seria que prestaria ajuda a um governo legítimo, sob ataque de narcotraficantes, sequestradores e terroristas?
Se o Brasil estivesse na mesma posição, ou seja, enfrentando grupos armados criminosos, o Exército iria pedir ajuda a quem? Se dependesse dos companheiros, provavelmente à Inteligência Cubana, que tem um acordo de cooperação com os arapongas da ABIN, gentilmente patrocinado pelo chefe da quadrilha, agora preso, quando era o grão-vizir, ou mais, o Richelieu do cerrado central...
Paulo Roberto de Almeida

Nova ação da Colômbia com apoio da CIA mata 10 guerrilheiros das Farc

27/12/2013 14:12
Por Redação, com agências internacionais - de Bogotá

Guerrilheiro das Farc monta guarda em área próxima ao local onde ocorreu o bombardeio
Guerrilheiro das Farc monta guarda em área próxima ao local onde ocorreu o bombardeio
Um grupamento de 10 guerrilheiros das Farc, incluindo um importante líder rebelde, foi aniquilado em um bombardeio militar na região central da Colômbia, informou o governo na manhã desta sexta-feira, numa demonstração de que a ofensiva contra a insurgência prossegue apesar do diálogo de paz para pôr fim a um conflito interno de quase 50 anos e a uma trégua unilateral do grupo esquerdista. O ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, disse que a operação militar ocorreu numa área montanhosa do município de Cubarral, no departamento de Meta, e resultou na morte de dez rebeldes, inclusive o comandante da Frente 53 das Farc, conhecido como Jhon 26.
Segundo Pinzón, o bombardeio contra o acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia ocorreu na madrugada de domingo, mas, por causa de dificuldades climáticas e topográficas, só na quinta-feira os militares conseguiram chegar ao local para recolher os corpos e armamentos de longo alcance. Pinzón descreveu Jhon 26 como um “indivíduo de enorme relevância” para as Farc, dedicado à captação de recursos na região central da Colômbia, o que inclui Bogotá, uma metrópole com mais de 8 milhões de habitantes.
O governo do presidente Juan Manuel Santos e as Farc iniciaram há 13 meses, em Havana, uma negociação de paz que busca encerrar um conflito interno que já dura quase meio século e deixou mais de 200 mil mortos e milhões de refugiados internos. Santos se recusou a declarar uma trégua bilateral durante as negociações, como propunha a guerrilha, alegando que as Farc poderiam tirar proveito militar dessa situação para estender o processo de paz indefinidamente. Em 15 de dezembro, as Farc declararam uma trégua unilateral de um mês, como gesto de boa vontade, mas o governo manteve sua ofensiva contra os insurgentes.
Embora os assassinatos, chacinas e sequestros tenham se reduzido consideravelmente na Colômbia, ainda são frequentes os bombardeios das Forças Militares contra a guerrilha e os ataques rebeldes contra o Exército e a polícia, bem como os ataques contra a infraestrutura econômica do país.
Apoio da CIA
O governo de Juan Manuel Santos recebe o apoio dos Estados Unidos no combate às Farc. Um programa secreto da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA ajudou o governo da Colômbia a eliminar vários líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na última década, entre eles Raúl Reyes no Equador, segundo reportagem publicada diário conservador norte-americano The Washington Post, no início da semana.
De acordo com o jornal, o programa contou com ajuda fundamental da Agência Nacional de Segurança (NSA), e teve um “orçamento de muitos milhões de dólares”, de caráter sigiloso, que não faz parte do chamado Plano Colômbia – pelo qual o governo norte-americano envia US$ 700 milhões por ano aos militares colombianos. O programa da CIA foi implementado com autorização do então presidente George W. Bush (2001-2009), no início do seu governo, e mantido por Barack Obama, afirmou o jornal, que consultou mais de 30 fontes envolvidas no processo.
Desde o início, o papel dos EUA era proporcionar inteligência para localizar líderes das Farc e, a partir de 2006, fornecer um sistema de rastreamento por GPS para converter bombas de gravidade em bombas de alta precisão. A combinação dos dados da inteligência e das bombas guiadas por GPS permitiu, em 2008, que a Força Aérea colombiana localizasse e eliminasse o líder da guerrilha, Raúl Reyes, em território equatoriano, o que desencadeou a pior crise diplomática entre os dois países em mais de uma década.
O Washington Post lembrou que, em 2006, a Colômbia foi o país que recebeu a terceira maior ajuda militar americana, depois de Egito e Israel, mas este programa secreto deu um salto qualitativo quando passou a incluir os dispositivos GPS. Uma bomba com esse sistema matou, naquele ano, Abu Musab al-Zarqawi, um dos chefes da Al-Qaeda, no Iraque. O ataque fez o então presidente colombiano, Álvaro Uribe, pedir em caráter reservado a Bush para receber o equipamento.
Entretanto, os norte-americanos não entregaram aos colegas de Bogotá os códigos de criptografia que permitiam comunicar o sistema de orientação das bombas aos cérebros eletrônicos guiados por GPS. Em 2007, operações realizadas com o novo sistema de bombas inteligentes provocaram a morte de dois líderes das Farc. Primeiro, Tomás Medina, o Negro Acacio, e, seis semanas mais tarde, Gustavo Rueda, o Martin Caballero.
Em 2008, a CIA localizou Reyes num acampamento no Equador, a pouco mais de 1,5 quilômetro da fronteira com a Colômbia. “Foi uma descoberta incômoda para a Colômbia e os EUA. Realizar um ataque significava que pilotos colombianos em aviões colombianos destruiriam um acampamento usando bombas construídas nos EUA e com um cérebro eletrônico controlado pela CIA”, destacou oWashington Post.
Em 2010, os EUA repassaram à Colômbia os códigos de criptografia das bombas inteligentes.
Guerrilheiros
Um tribunal do Estado da Virgínia, nos EUA, solicitou em novembro que a Colômbia extradite dois membros das Farc que fazem parte da equipe que negocia com o governo de Juan Manuel Santos em Havana, segundo reportagem da edição desta sexta-feira do jornal colombiano El Tiempo. Os guerrilheiros Omar Retrepo e Adán Jimenez seriam responsáveis pela “Frente 36″ das Farc no Departamento (Estado) de Antioquia, no norte da Colômbia, e são acusados de tráfico de armas e de drogas, segundo documentos da Procuradoria-Geral da Colômbia, citados pelo jornal.
Em 2012, o presidente Santos baixou decreto que suspendeu todas as ordens de captura de membros das Farc que façam parte da equipe de negociação. O texto não suspende, porém, ações penais em andamento.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Colombia-EUA unidos contra as FARC: protestos em vista pelos planos de eliminacao de guerrilheiros

Protestos serão certamente realizados em toda a América Latina por esse plano de assassinatos "científicos" de guerrilheiros das FARC, já que sem a ajuda da CIA a Colômbia não teria conseguido eliminar os terroristas e narco-traficantes das FARC. Certamente...
E as almas cândidas pretendiam o que, exatamente? Que a Colômbia permanecesse eternamente refém dos guerrilheiros anacrônicos?
Os companheiros vão mais uma vez dizer que os imperialistas estão por perto, e que temem por suas vidas...
Talvez...
Paulo Roberto de Almeida

Colombia: FARC y la CIA

Plan secreto de la CIA permitió matar a líderes guerrilleros en Colombia

Uribe y Bush
Infolatam Efe
Washington, 22 diciembre 2013

Estados Unidos y Colombia fortalecieron su ya estrecha relación militar desde 2000 con la puesta en práctica de un programa secreto de la CIA que permitió ayudar a matar decenas de líderes guerrilleros de las FARC, detalló hoy una investigación del diario Washington Post.
El programa, autorizado por el expresidente estadounidense George W. Bush en 2000 y prolongado por el actual mandatario Barack Obama, incluía la utilización de bombas inteligentes guiadas por sistemas de GPS.
Aunque la colaboración entre ambos países estaba canalizada a través del “Plan Colombia”, el programa secreto contaba con un presupuesto adicional de 9.000 millones de dólares y era coordinado directamente por la Agencia Central de Inteligencia de EE.UU. (CIA).
El Washington Post, que cita como fuentes una treintena de entrevistas con funcionarios diplomáticos y de inteligencia estadounidense y colombiana, fecha el inicio formal de las operaciones en 2003, justo después del secuestro por parte de las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC) de tres contratistas estadounidenses tras estrellarse su avión en la selva.
Bush encargó la gestión a George Tenet, entonces director de la CIA, quien ordenó la creación la Célula de Fusión de Inteligencia de la Embajada de EE.UU. en Colombia, conocida informalmente como “el Búnker”.
Desde esa oficina, con cerca de una veintena de empleados, se diseñó el plan de inteligencia que incluía la localización de líderes guerrilleros de las FARC y en menor medida del Ejército de Liberación Nacional (ELN), segundo guerrilla de Colombia, y la identificación de sus vínculos con organizaciones de narcotráfico y lavado de dinero.
De acuerdo con el Post, EE.UU. dejó de lado las organizaciones paramilitares de derecha que también tenían relaciones con los carteles de narcos.
A través de sofisticados sistemas de localización por satélite similares a los utilizados por Washington en otras partes del mundo como Afganistán, Iraq, Somalia o Yemen, los analistas de la CIA trataban de ubicar los campos guerrilleros y pasaban luego información al Ejército colombiano.
Sin embargo, las tácticas de seguridad de las FARC, con varios círculos de seguridad, lograban esquivar las operaciones militares colombianas, ya que cuando llegaban los soldados solo se encontraban con campamentos vacíos.
Frustrado ante la falta de resultados, el entonces presidente colombiano Álvaro Uribe mencionó en 2006 al Secretario de Defensa Donald Rumsfeld y al presidente Bush, en un encuentro en la Casa Blanca, el exitoso operativo que eliminó al entonces jefe de Al Qaeda en Irak, Abu Misab Al Zarqawi.
Tras ese encuentro, la CIA decidió dar un paso al frente y explicó la posibilidad de colocar sistemas de guía Paveway sobre bombas de gravedad MK-82, que permite convertir a esos explosivos en bombas inteligentes dirigidas por satélite.
La primera operación de esas características se llevó a cabo en el oriente de Colombia en septiembre de 2007 contra Tomás Medina Caracas, conocido como “Negro Acacio”, y se saldó con la muerte del líder guerrillero.
Las misiones tenían todas las misma estructura: primero el bombardeo de precisión sobre la ubicación seleccionada, después bombardeos generalizados con aviones Embraer A-29 SuperTucanos, a continuación se ametrallaba la zona con AC-47 y finalmente tropas colombianas transportadas en helicópteros Black Hawk recogían los restos, a los heridos y equipos electrónicos.
Hasta 2010, las bombas inteligentes estaban encriptadas para que Colombia tuviese que pedir autorización a EE.UU, y desde entonces Washington entregó al país andino control completo sobre los ataques.
La operación estrella, y la más polémica, fue la que se lanzó contra Raúl Reyes, considerado número dos de las FARC, en febrero de 2008 en la frontera entre Colombia y Ecuador.
Los aviones colombianos, guiados por los informes de la CIA y sin salir del espacio aéreo de Colombia, bombardearon el campamento de Reyes, situado al otro lado del río Putumayo, en el lado ecuatoriano, y posteriormente tropas colombianas se llevaron los restos del ataque.
La operación provocó una escalada de tensiones en la región, con el entonces presidente venezolano Hugo Chávez enviando tropas a la frontera y Ecuador haciendo lo propio.
Uribe se vio obligado a disculparse por la operación, que tuvo un fuerte impacto en la guerrilla.
Se trata de la primera vez que se detalla la participación activa de la CIA en dicho ataque.
De acuerdo con la investigación del Washington Post, el número de operaciones de esas características ha aumentado desde la llegada a la Presidencia de Colombia de Juan Manuel Santos en 2010, especialmente en los últimos dos años.
Tanto los oficiales de Bogotá y Washington las consideran responsables de la actual situación de vulnerabilidad y debilidad de las FARC, grupo que negocia un acuerdo de paz con el Gobierno de Santos, en la capital de Cuba.
Los diálogos de paz de La Habana cuentan con el auspicio de Cuba y Noruega, el “acompañamiento” de Chile y Venezuela, y el respaldo de muchos otros países, incluyendo a Estados Unidos

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Os companheiros dos companheiros... na Colombia...


DESMOBILIZADOS DAS FARC CONTAM TODA A VERDADE!
El País, 01/12/2013

Medardo Maturana, de 53 anos, era um intelectual, um tipo educado que se ocupava do trabalho com as comunidades campesinas, um homem valioso e conhecido, com responsabilidade na mobilização de massas. “Eu saí da guerrilha sem um arranhão. Os comandos nunca me arriscaram em combate”.
        
Em duas décadas na guerrilha viu um “discurso ideológico desfigurado”. Conta que viu um alcoolismo generalizado nos comandos, abusos às guerrilheiras, acordos com os criminosos para transportar a coca. “As FARC se converteram em  protetores da coca”, assegura, e controlam zonas inteiras onde só eles podem acessar a produção. “Compram ao camponês o quilo por 2 milhões de pesos e o vendem por 2,5 milhões” aos narcos.

domingo, 29 de setembro de 2013

Alvaro Mutis: um viajante das palavras e dos livros, 1923-2013; toda a eternidade para ler...


Álvaro Mutis, Novelist Who Created a Rambling, Ruminative Soul, Dies at 90

William Yardley
The New York Times Review of Books, September 28, 2013

Álvaro Mutis, a Colombian poet and novelist who created one of Latin American literature’s more memorable characters, the rambling and ruminative Maqroll, an inadvertent explorer of jungles and his own jaded soul for whom life seemed a long and futile boat ride, mostly upriver, often running aground, died on Sept. 22 in Mexico City. He was 90.
Denis Doyle/Associated Press
The novelist Álvaro Mutis, right, with King Juan Carlos of Spain in 2002, when he was awarded the Cervantes Prize.
The cause was cardiorespiratory problems, his wife, Carmen Miracle, told news agencies in Mexico.
Mr. Mutis was 19 when, in verse, he first introduced Maqroll to readers as the “Gaviero,” the Lookout, a label linked to his early life as a seaman whose duties included scanning the horizon for potential peril, even if he did not always recognize it.
More than 40 years later — after Mr. Mutis had become a widely admired poet, spent more than a year in prison on embezzlement charges that were later dropped, moved to Mexico and was a well-traveled representative for Standard Oil and two Hollywood studios — he transferred his protagonist to prose. Beginning in the late 1980s, Maqroll appeared in a popular series of seven novellas that were eventually published as a single volume in 1997.
The collection appeared in English in 2002 as “The Adventures and Misadventures of Maqroll.”
In a 2003 review of the collection for The New Yorker, John Updike wrote that Maqroll’s journey in the first novella, “The Snow of the Admiral,” in which he hopes to reunite with a former lover, is “rendered so vividly as to furnish a metaphor for life as a colorful voyage to nowhere.”
Mr. Mutis was well known and well read in Latin America and Europe but received far less attention in the United States than his fellow Colombian writer and confidant, Gabriel García Márquez. They became friends in their youth and stayed close after both moved to Mexico City, reading each other’s work before it was published and sometimes sharing the same translator for their English editions, Edith Grossman.
“One of the greatest writers of our time,” Mr. García Márquez called his friend. Mr. Mutis received numerous awards, including the Cervantes Prize, the most prestigious literary award in the Spanish-speaking world, and the Neustadt International Prize for Literature. But Maqroll rarely got much recognition. He was a bundle of conflicts and foolish schemes, his life filled with close calls. Alternately optimistic, realistic and fatalistic, he kept going, compelled even as he lost lovers, friends, money and hope.
“I’m really intrigued: these disasters, these decisions that are wrong from the start, these dead ends that constitute the story of my life, are repeated over and over again,” he says as the narrator in “The Snow of the Admiral.” “A passionate vocation for happiness, always betrayed and misdirected, ends in a need for total defeat; it is completely foreign to what, in my heart of hearts, I’ve always known could be mine if it weren’t for this constant desire to fail.”
He continues: “We’re about to re-enter the green tunnel of the menacing, watchful jungle. The stink of wretchedness, of a miserable, indifferent grave, is already in my nostrils.”
Yet Maqroll’s destiny was not death but the journey toward it. The Chilean poet Gonzalo Rojas threatened to sue Mr. Mutis if he ever killed off his beloved character. Mr. Mutis spoke of Maqroll as if he were a living person.
“He often accompanies me, but we are no longer side by side but face to face,” he said in an interview with the writer Francisco Goldman, who wrote the introduction to the 2002 collection. “So Maqroll doesn’t surprise me too much, but he does torment me and keep me company. He is more and more himself, and less my creation, because of course, as I write novels, I load him up with experiences and actions and places that I don’t know but that he of course does.”
Álvaro Mutis Jaramillo was born on Aug. 25, 1923, in Bogotá. His father, Santiago, was a Colombian diplomat, and Mr. Mutis spent much of his early childhood in Brussels. In the summer, his family returned to Colombia by boat, and he later said his writing was rooted in his long stays at the sugar and coffee plantation his grandfather owned in Tolima Province. He never graduated from high school, but he read voraciously and widely, from Jules Verne to Marcel Proust.
Maqroll read, too, bouncing between biographies of dukes and saints. “In each novella, internal life is represented by the book he happens to be reading,” Leonard Michaels wrote in a review of three novellas in The New York Times in 1992. “One night, after a grueling effort to carry guns up the side of a mountain, Maqroll must sleep. But first he must read.”
Mr. Mutis published books of poetry in 1948 and 1953 (his early verse was praised in reviews by Octavio Paz), and he also wrote short stories and nonfiction. But he did not write full time until he began writing novels in his 60s. In the decades between, he worked in jobs whose only link to his literary interests were the experiences they provided — traveling to Latin American capitals, venturing into jungles to search for oil, riding with river captains through rain forests.
“My life became a long trip and I met thousands of people, in all different kinds of situations,” Mr. Mutis told Mr. Goldman. “And this was like a continuation of what I had experienced as a child. In this way I lost the sense of belonging to a particular country.”
Many people in Latin America also knew him for his dubbing of English-language television programs into Spanish, most notably for “The Untouchables.” Information on his survivors was not immediately available.
While he was at Standard Oil, he was accused in 1956 of spending company money on friends, including those who opposed the Colombian dictator at the time, Gustavo Rosas Pinilla. Warned by a friend that his arrest was imminent, Mr. Mutis fled to Mexico. He avoided immediate extradition back to Colombia but was jailed for 15 months while awaiting trial. When the Rojas Pinilla government fell in 1957, Mr. Mutis was freed. He later said the experience was more influential than any great book.
“There is one thing that I learned in prison, that I passed on to Maqroll,” he said, “and that is that you don’t judge others, you don’t say, ‘That guy committed a terrible crime against his family, so I can’t be his friend.’ In a place like that, one coexists because the judging is done on the outside.”

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Álvaro Mutis, creador del Maqroll y amigo íntimo de García Márquez

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Muerte de Álvaro Mutis
Los escritores colombianos, Alvaro Mutis (izq) y el premio Nobel Gabriel Garcia Marquez.

Mutis jamás se consideró a sí mismo "un escritor profesional".

El escritor colombiano Álvaro Mutis, fallecido este domingo en México a los 90 años, se consagró como uno de los mejores poetas y narradores de su generación y como un excepcional exponente del "realismo mágico". (Lea también: Murió el escritor colombiano Álvaro Mutis)
Hijo de diplomático y nacido en Bogotá en 1923, Álvaro Mutis creó una extensa obra poética caracterizada por la exuberancia, la torrencialidad, la vegetación sensual y feraz, según los críticos.
Su labor literaria comenzó con la publicación de poemas y crítica literaria en el suplemento del diario El Espectador de la capital colombiana principalmente, como su colega Gabriel García Márquez. (Lea también: En las redes sociales le dicen adiós a Mutis / Reacciones)
En 1947 publicó su primer poemario, ‘La balanza’, en colaboración con Carlos Patiño y a partir de entonces empezó a publicar una obra limpia, que en su mayor parte se gestó lejos de su natal Colombia. (Lea también: Respuesta de Álvaro Mutis al homenaje que quisieron hacerle a la HJCK)
Alguna vez dijo que era escritor "por necesidad, para sobrevivir día a día el terrible mundo que habitamos", fruto de las "caídas y debilidades del hombre que tan bien retrató Cervantes en 'El Quijote'". (Vea un paso de EL TIEMPO del escritor)
Mutis jamás se consideró a sí mismo "un escritor profesional" y sostenía que sus libros no nacían de coyunturas particulares, sino que se nutrían de un particular modo de entender la literatura.
"Yo dejo que los temas vayan trabajando en mi cabeza y en mi memoria, y llega un momento en que empiezo a escribir, pero no tengo planes ni obras ya planificadas completas", aseguró. (Lea también: ¿Cuál es la importancia de Mutis para la literatura?)
Aunque su obra es esencialmente poética y él se considera más poeta que otra cosa, a partir de 1986, año en que lanzó su primera novela, ‘La nieve del Almirante’, su aportación fundamental fue narrativa.
Entre sus libros sobresale el enigmático personaje de Maqroll, El Gaviero, su "alter ego", un marinero protagonista de la narrativa y la poesía de Mutis que apareció en el poemario ‘Los elementos del desastre’ (1953).
Del personaje llegó a confesar que "vino lentamente" a su vida y no sabe cuál puede ser su final: "Yo tengo la impresión que Maqroll nació en la costa belga y es muy posible que haya sido así, pero él nunca me ha dicho (risas). Se lo guarda por algún motivo", afirmó hace varios años. (Vea la infografía: Vida y obra de Álvaro Mutis)
La vida de Mutis en Colombia dio un giro en 1956, durante la dictadura del general Gustavo Rojas Pinilla (1953-1957), cuando fue acusado de malversación de fondos en la petrolera Esso, donde era jefe de relaciones públicas, y se vio obligado a exiliarse en México, donde fijó su residencia.
A partir de entonces escribiría ‘El diario de Lecumberri’ (1960), un relato sobre los quince meses en que estuvo encarcelado a la espera de su posible extradición a Colombia por los delitos que se le imputaban y que a la postre nunca se consumó, ‘Summa de Maqroll el Gaviero’ y relatos ‘La mansión de Araucaíma’ (ambos en 1973), así como ‘Ilona llega con la lluvia’ (1988). Otros destacados libros suyos son ‘Un bel morir’ (1989), ‘La última escala del Tramp Steamer’ (1990), ‘La muerte del estratega’ (1990), ‘Amirbar’ (1990), ‘Abdul Bashur, soñador de navíos’ (1991), y ‘Empresas y tribulaciones de Maqroll el Gaviero’ (1997). (Lea también: Colombia entera lamenta la muerte del poeta: Santos)
En 2002 leyó sus poemas en la madrileña Residencia de Estudiantes (audiolibro ‘La voz de Álvaro Mutis’) e hizo un encendido ‘Elogio de la lectura’ en una intervención que comenzaba así: ‘Leer un libro es volver a nacer’.
En tierras mexicanas frecuentó a escritores y artistas como Octavio Paz, Carlos Fuentes, Luis Buñuel y Fernando Botero, entre otros. En 2004 García Márquez confesó que tres décadas atrás había llegado a México "por una semana" para ver a su amigo Álvaro Mutis y a consecuencia de aquel viaje se quedó toda una vida en este país, donde escribió ‘Cien años de soledad’ (1967), su obra maestra.
De su relación con Gabo, Mutis dijo en la XXI Feria Internacional del Libro de Guadalajara (FIL) de 2007 que era una amistad sincera y entrañable: "Ha sido muy armónica, llena de afecto, de lealtad. Nunca hemos tenido la menor discusión sobre nada. Siempre hemos estado unidos en todo. Lo siento como algo fraterno", reveló.
En 1988 se le concedió en México el título de Comendador de la Orden del Águila Azteca, al año siguiente fue nombrado Caballero de las Artes y las Letras de Francia, en 1993 recibió la Gran Cruz Boyacá de Colombia, y en 1996 la Gran Cruz española de Alfonso X El Sabio.
También fue galardonado con el Príncipe de Asturias de las Letras y el Reina Sofía de Poesía (ambos en 1997), el Cervantes de Literatura (2001), el Premio Médicis a la mejor novela extranjera en Francia ('La nieve del almirante', 1988) y el Grinzane-Cavour de Italia (1997).
EFE



quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Confusoes colombiano-venezuelanas sobre certidao de nascimento de Maduro: nem a OEA vai resolver...

Denuncian a Santos por ocultar partida de nacimiento de Maduro


Dos pequeñas agrupaciones opositoras venezolanas denunciaron hoy ante la sede de la Organización de Estados Americanos (OEA) en Caracas al presidente de Colombia, Juan Manuel Santos, porque aseguran que oculta una partida de nacimiento colombiana del gobernante venezolano, Nicolás Maduro. El secretario general de Democracia Renovadora, José García Urquiola, y el exsindicalista Pablo Medina, miembro de la Junta Patriótica de Venezuela, presentaron hoy la denuncia por lo que consideraron "intromisión" de Santos "en los asuntos internos de la política venezolana", reportó el canal privado Globovisión.
"Estamos solicitando (a la OEA) que convoque una reunión extraordinaria para tratar el tema violatorio de nuestra constitución, de nuestra nacionalidad y del principio de no intervención el cual desconoce el presidente de Colombia al tener en sus manos la partida de nacimiento del señor Nicolás Maduro", indicó Medina.
Medina, uno de los candidatos que corrió en las internas de la oposición en febrero del año pasado, en las que apenas consiguió unos miles de votos, volvió a mencionar una supuesta polémica sobre el lugar de nacimiento de Maduro.
A finales de julio Guillermo Cochéz, exembajador de Panamá ante la OEA, cargo del que fue destituido por sentar posición sobre Venezuela sin autorización de su Gobierno, presentó una supuesta partida de nacimiento colombiana para demostrar que Maduro no nació en Venezuela y por tanto no puede ser presidente de su país.
La Registraduría de Colombia respondió asegurando que el documento que había presentado Cochez no contenía "las características especiales" de los registros colombianos y mostraba un número identificativo de otro ciudadano.
"El registrador público de Colombia negó que esa partida de nacimiento fuera auténtica porque los sellos y números no correspondían, esto quiere decir que Santos tiene el documento original en Bogotá", indicó hoy Medina.EFE