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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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domingo, 6 de novembro de 2016

RBPI: 60 anos, seminario em Brasília - IRel-UnB, 7/11/2016

Reproduzo aqui postagem já feita em 26 de outubro, sobre o seminário que terá lugar nesta segunda-feira, 7 de novembro, que não se destina a comemorar os 99 anos da Revolução bolchevique, mas sim os 60 anos da Revista Brasileira de Política Internacional, a ser comemorada a partir de seu volume 60, em 2017.
Em postagem subsequente, vou informar sobre minha intervenção, sobre:
60 anos em Revista – A trajetória da RBPI

RBPI: 60 anos, seminário em Brasília, 7/11/2016

Estou identificado intensamente com a RBPI, tendo colaborado com um de seus fundadores, Cleantho de Paiva Leite, ainda em sua fase do Rio de Janeiro (1958-1992), liderado o processo de sua transferência do Rio a Brasília (em 1993) e desde então na capital federal, com artigos ocasionais, e justamente nos momentos comemorativos como este.
Paulo Roberto de Almeida 

Seminário celebra 60 anos da RBPI

O Conselho Editorial da Revista Brasileira de Política Internacional e o Instituto Brasileiro de Relações Internacionais convidam para o Seminário Sessenta anos da Revista Brasileira de Política Internacional, a ser realizado a propósito da abertura das celebrações da publicação do sexagésimo volume da RBPI.
Fundada em 1958 no Rio de Janeiro, e transferida em 1993 para Brasília, a RBPI é uma das mais tradicionais publicações científicas da área de Relações Internacionais da América Latina e uma das mais influentes do Sul Global.
Em 2017 será publicado o sexagésimo volume da RBPI, e esta marca histórica será celebrada entre o final de 2016 e os primeiros meses de 2018, com a realização de várias atividades especiais. O marco inicial desta grande celebração será o seminário nacional que se realizará de acordo com a programação abaixo.

Programação

14h30min – Apresentação

  • Antônio Carlos Lessa, editor-chefe da Revista Brasileira de Política Internacional e professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília

14h40min – Mesa Redonda  – 60 anos em Revista – a inserção internacional do Brasil e a política internacional

  • Coordenação: José Flávio Sombra Saraiva, diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília
  • 60 anos em revista: A inserção internacional do Brasil e os desafios da modernização – Amado Luiz Cervo, professor emérito da Universidade de Brasília, ex-editor e presidente de honra do Conselho Editorial da RBPI
  • 60 anos em revista: A evolução da política internacional e a formação do mundo em que vivemos – Henrique Altemani de OIiveira, professor da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB e representante do Conselho Editorial da RBPI

16h – Mesa Redonda – 60 anos em Revista – Inovação e renovação na publicação científica na área de Relações Internacionais no Brasil

  • Coordenação: Virgílio Arraes, professor do Departamento de História da Universidade de Brasília;
  • 60 anos em Revista – A trajetória da RBPI – Ministro Paulo Roberto de Almeida, diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais e editor-associado da RBPI
  • 60 anos em Revista – a  RBPI e a inovação na publicação científica na grande área de humanidades no Brasil – Antônio Carlos Lessa, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e editor-chefe da RBPI.

17h20min – Encerramento – Programação futura

  • Data e local: 7 de novembro de 2016, a partir das 14h30min, no Auditório do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (Campus Universitário Darcy Ribeiro, Asa Norte, Brasília – DF).
  • Será emitido certificado de participação. Inscrições podem ser feitas aqui.
  • Informações adicionais podem ser obtidas pelo e-mail secretaria@ibri-rbpi.org .

segunda-feira, 14 de março de 2016

E por falar em diplomacia presidencial: palestra e livro na UnB, 15/03/2016, 14hs

Já postado aqui, mas renovado às vésperas do evento:
Transmito convite do Diretor do IRel-UnB:

O Diretor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (IREL/UnB), Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva, tem a honra de convidar a comunidade acadêmica para o seminário de abertura do ano letivo de 2016 em torno do Seminário 
A DIPLOMACIA PRESIDENCIAL NO BRASIL: Perspectivas históricas e atuais das relações internacionais no presidencialismo brasileiro
Local: Auditório do Edifício IREL/UnB
Dia: 15 de março de 2016, terça-feira
Horário: 14 horas
Participantes da Mesa: Prof. João Paulo M. Peixoto (UnB)
                                            Prof. Paulo Roberto de Almeida (UNICEUB)
                                            Prof. Dr. Eiiti Sato (UnB)
                                             Prof. Dr. Walber Muniz (UNIFOR/UnB)
Lançamento do livro ao final do Seminário: João Paulo M. Peixoto (organizador), Presidencialismo no Brasil: história, organização e funcionamento. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2015. 
Os autores João Paulo Peixoto, Paulo Roberto de Almeida e  Eiiti Sato estarão presentes para autógrafos.

Addendum:
Transcrevo mensagem recebida de leitor: 

"Prezado prof. Paulo,
Gostaria de saber se o evento "A diplomacia presidencial no Brasil: perspectivas históricas e atuais das relações internacionais no presidencialismo brasileiro" será gravado e compartilhado em algum veículo de mídia eletrônica, a exemplo do YouTube ou Vimeo. Pergunto porque, além do interesse que o tema desperta e das escassas oportunidades que temos de discuti-lo com especialistas, acredito que haja pessoas que, assim como eu, por diferentes razões, não conseguirão comparecer ao evento, apesar de serem interessadas pelo assunto.
Mais uma vez, parabéns pela sua produção acadêmica de alto nível.
Cordialmente,
[Nome]"

Transmiti o pedido aos organizadores do evento.

Transcrevo aqui mini-resenha que fiz sobre os dois capítulos pertinentes para a Revista da ADB, Associação dos Diplomatas, relativa ao primeiro quadrimestre de 2016, ainda não publicada:
 
João Paulo M. Peixoto (org.): Presidencialismo no Brasil: história, organização e funcionamento (Brasília: Senado Federal, 2015, 304 p.; ISBN: 978-85-7018-674-4);

Dois capítulos sobre diplomacia presidencial neste livro coletivo, um pelo professor da UnB Eiiti Sato, cobrindo as transformações do sistema internacional, o outro pelo diplomata Paulo Roberto de Almeida abordando o mesmo tema em perspectiva histórica, com ênfase nos mandatos mais recentes de FHC e de Lula. Desde o Império chefes de Estado se envolvem na política externa, mas essa interação foi bem mais errática na República, podendo ser datado um papel mais ativo a partir de Getúlio Vargas. A consolidação do conceito se deu com FHC, e sua exacerbação ocorreu com seu sucessor, que conduziu uma política externa personalista, talhada ao gosto terceiro-mundista e anti-hegemônico do seu partido, e claramente identificada com uma visão do mundo peculiar a essas formações de esquerda.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Magna Carta, discussao na UnB, 12 de junho, as 14hs, no Auditorio do IRel - Texto da Carta Magna

Antecipando sobre este evento:
Magna Carta, 800 anos
http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/06/magna-carta-800-anos-coloquio-no-irel.html

informo a seguir sobre um artigo que publiquei um ano atrás, antecipando sobre as comemorações deste ano e transmitindo minha opinião sobre como o Brasil, sobretudo suas elites políticas, ainda está muito aquém dos princípios e valores da Magna Carta


Os 800 anos da Magna Carta”, 
jornal O Estado de S. Paulo (14/07/2014)
Relação de Originais n. 2625; Publicados n. 1135.

Transcrevo a seguir o texto em inglês moderno da Magna Carta, para os curiosos sobre seu conteúdo "medieval", destacando estes parágrafos: 

[1] (...) We furthermore grant and give to all the freemen of our realm for ourselves and our heirs in perpetuity the liberties written below to have and to hold to them and their heirs from us and our heirs in perpetuity.
 
[11] Common pleas are not to follow our court but are to be held in a certain fixed place.

[29] No freeman is to be taken or imprisoned or disseised of his free tenement or of his liberties or free customs, or outlawed or exiled or in any way ruined, nor will we go against such a man or send against him save by lawful judgement of his peers or by the law of the land. To no-one will we sell or deny of delay right or justice.

Magna Carta Translation
 
[Preamble] Edward by the grace of God King of England, lord of Ireland and duke of Aquitaine sends greetings to all to whom the present letters come. We have inspected the great charter of the lord Henry, late King of England, our father, concerning the liberties of England in these words:

Henry by the grace of God King of England, lord of Ireland, duke of Normandy and Aquitaine and count of Anjou sends greetings to his archbishops, bishops, abbots, priors, earls, barons, sheriffs, reeves, ministers and all his bailiffs and faithful men inspecting the present charter. Know that we, at the prompting of God and for the health of our soul and the souls of our ancestors and successors, for the glory of holy Church and the improvement of our realm, freely and out of our good will have given and granted to the archbishops, bishops, abbots, priors, earls, barons and all of our realm these liberties written below to hold in our realm of England in perpetuity.

[1] In the first place we grant to God and confirm by this our present charter for ourselves and our heirs in perpetuity that the English Church is to be free and to have all its rights fully and its liberties entirely. We furthermore grant and give to all the freemen of our realm for ourselves and our heirs in perpetuity the liberties written below to have and to hold to them and their heirs from us and our heirs in perpetuity.

[2] If any of our earls or barons, or anyone else holding from us in chief by military service should die, and should his heir be of full age and owe relief, the heir is to have his inheritance for the ancient relief, namely the heir or heirs of an earl for a whole county £100, the heir or heirs of a baron for a whole barony 100 marks, the heir or heirs of a knight for a whole knight’s fee 100 shillings at most, and he who owes less will give less, according to the ancient custom of (knights’) fees.

[3] If, however, the heir of such a person is under age, his lord is not to have custody of him and his land until he has taken homage from the heir, and after such an heir has been in custody, when he comes of age, namely at twenty-one years old, he is to have his inheritance without relief and without fine, saving that if, whilst under age, he is made a knight, his land will nonetheless remain in the custody of his lords until the aforesaid term.

[4] The keeper of the land of such an heir who is under age is only to take reasonable receipts from the heir’s land and reasonable customs and reasonable services, and this without destruction or waste of men or things. And if we assign custody of any such land to a sheriff or to anyone else who should answer to us for the issues, and such a person should commit destruction or waste, we will take recompense from him and the land will be assigned to two law-worthy and discreet men of that fee who will answer to us or to the person to whom we assign such land for the land’s issues. And if we give or sell to anyone custody of any such land and that person commits destruction or waste, he is to lose custody and the land is to be assigned to two law-worthy and discreet men of that fee who similarly will answer to us as is aforesaid.

[5] The keeper, for as long as he has the custody of the land of such (an heir), is to maintain the houses, parks, fishponds, ponds, mills and other things pertaining to that land from the issues of the same land, and he will restore to the heir, when the heir comes to full age, all his land stocked with ploughs and all other things in at least the same condition as when he received it. All these things are to be observed in the custodies of archbishoprics, bishoprics, abbeys, priories, churches and vacant offices which pertain to us, save that such custodies ought not to be sold.

[6] Heirs are to be married without disparagement.

[7] A widow, after the death of her husband, is immediately and without any difficulty to have her marriage portion and her inheritance, nor is she to pay anything for her dower or her marriage portion or for her inheritance which her husband and she held on the day of her husband’s death, and she shall remain in the chief dwelling place of her husband for forty days after her husband’s death, within which time dower will be assigned her if it has not already been assigned, unless that house is a castle, and if it is a castle which she leaves, then a suitable house will immediately be provided for her in which she may properly dwell until her dower is assigned to her in accordance with what is aforesaid, and in the meantime she is to have her reasonable necessities (estoverium) from the common property. As dower she will be assigned the third part of all the lands of her husband which were his during his lifetime, save when she was dowered with less at the church door. No widow shall be distrained to marry for so long as she wishes to live without a husband, provided that she gives surety that she will not marry without our assent if she holds of us, or without the assent of her lord, if she holds of another.

[8] Neither we nor our bailiffs will seize any land or rent for any debt, as long as the existing chattels of the debtor suffice for the payment of the debt and as long as the debtor is ready to pay the debt, nor will the debtor’s guarantors be distrained for so long as the principal debtor is able to pay the debt; and should the principal debtor default in his payment of the debt, not having the means to repay it, or should he refuse to pay it despite being able to do so, the guarantors will answer for the debt and, if they wish, they are to have the lands and rents of the debtor until they are repaid the debt that previously they paid on behalf of the debtor, unless the principal debtor can show that he is quit in respect to these guarantors.

[9] The city of London is to have all its ancient liberties and customs. Moreover we wish and grant that all other cities and boroughs and vills and the barons of the Cinque Ports and all ports are to have all their liberties and free customs.

[10] No-one is to be distrained to do more service for a knight’s fee or for any other free tenement than is due from it.

[11] Common pleas are not to follow our court but are to be held in a certain fixed place.

[12] Recognisances of novel disseisin and of mort d’ancestor are not to be taken save in their particular counties and in the following way. We or, should we be outside the realm, our chief justiciar, will send our justices once a year to each county, so that, together with the knights of the counties, that may take the aforesaid assizes in the counties; and those assizes which cannot be completed in that visitation of the county by our aforesaid justices assigned to take the said assizes are to be completed elsewhere by the justices in their visitation; and those which cannot be completed by them on account of the difficulty of various articles (of law) are to be referred to our justices of the Bench and completed there.

[13] Assizes of darrein presentment are always to be taken before our justices of the Bench and are to be completed there.

[14] A freeman is not to be amerced for a small offence save in accordance with the manner of the offence, and for a major offence according to its magnitude, saving his sufficiency (salvo contenemento suo), and a merchant likewise, saving his merchandise, and any villain other than one of our own is to be amerced in the same way, saving his necessity (salvo waynagio) should he fall into our mercy, and none of the aforesaid amercements is to be imposed save by the oath of honest and law-worthy men of the neighbourhood. Earls and barons are not to be amerced save by their peers and only in accordance with the manner of their offence.

[15] No town or free man is to be distrained to make bridges or bank works save for those that ought to do so of old and by right.

[16] No bank works of any sort are to be kept up save for those that were in defense in the time of King H(enry II) our grandfather and in the same places and on the same terms as was customary in his time.

[17] No sheriff, constable, coroner or any other of our bailiffs is to hold pleas of our crown.

[18] If anyone holding a lay fee from us should die, and our sheriff or bailiff shows our letters patent containing our summons for a debt that the dead man owed us, our sheriff or bailiff is permitted to attach and enroll all the goods and chattels of the dead man found in lay fee, to the value of the said debt, by view of law-worthy men, so that nothing is to be removed thence until the debt that remains is paid to us, and the remainder is to be released to the executors to discharge the will of the dead man, and if nothing is owed to us from such a person, all the chattels are to pass to the (use of) the dead man, saving to the dead man’s wife and children their reasonable portion.

[19] No constable or his bailiff is to take corn or other chattels from anyone who not themselves of a vill where a castle is built, unless the constable or his bailiff immediately offers money in payment of obtains a respite by the wish of the seller. If the person whose corn or chattels are taken is of such a vill, then the constable or his bailiff is to pay the purchase price within forty days.

[20] No constable is to distrain any knight to give money for castle guard if the knight is willing to do such guard in person or by proxy of any other honest man, should the knight be prevented from doing so by just cause. And if we take or send such a knight into the army, he is to be quit of (castle) guard in accordance with the length of time the we have him in the army for the fee for which he has done service in the army.

[21] No sheriff or bailiff of ours or of anyone else is to take anyone’s horses or carts to make carriage, unless he renders the payment customarily due, namely for a two-horse cart ten pence per day, and for a three-horse cart fourteen pence per day. No demesne cart belonging to any churchman or knight or any other lady (sic) is to be taken by our bailiffs, nor will we or our bailiffs or anyone else take someone else’s timber for a castle or any other of our business save by the will of he to whom the timber belongs.

[22] We shall not hold the lands of those convicted of felony save for a year and a day, whereafter such land is to be restored to the lords of the fees.

[23] All fish weirs (kidelli) on the Thames and the Medway and throughout England are to be entirely dismantled, save on the sea coast.

[24] The writ called ‘praecipe’ is not to be issued to anyone in respect to any free tenement in such a way that a free man might lose his court.

[25] There is to be a single measure for wine throughout our realm, and a single measure for ale, and a single measure for Corn, that is to say the London quarter, and a single breadth for dyed cloth, russets, and haberjects, that is to say two yards within the lists. And it shall be the same for weights as for measures.

[26] Henceforth there is to be nothing given for a writ of inquest from the person seeking an inquest of life or member, but such a writ is to be given freely and is not to be denied.

[27] If any persons hold from us at fee farm or in socage or burgage, and hold land from another by knight service, we are not, by virtue of such a fee farm or socage or burgage, to have custody of the heir or their land which pertains to another’s fee, nor are we to have custody of such a fee farm or socage or burgage unless this fee farm owes knight service. We are not to have the custody of an heir or of any land which is held from another by knight service on the pretext of some small serjeanty held from us by service of rendering us knives or arrows or suchlike things.

[28] No bailiff is henceforth to put any man on his open law or on oath simply by virtue of his spoken word, without reliable witnesses being produced for the same.

[29] No freeman is to be taken or imprisoned or disseised of his free tenement or of his liberties or free customs, or outlawed or exiled or in any way ruined, nor will we go against such a man or send against him save by lawful judgement of his peers or by the law of the land. To no-one will we sell or deny of delay right or justice.

[30] All merchants, unless they have been previously and publicly forbidden, are to have safe and secure conduct in leaving and coming to England and in staying and going through England both by land and by water to buy and to sell, without any evil exactions, according to the ancient and right customs, save in time of war, and if they should be from a land at war against us and be found in our land at the beginning of the war, they are to be attached without damage to their bodies or goods until it is established by us or our chief justiciar in what way the merchants of our land are treated who at such a time are found in the land that is at war with us, and if our merchants are safe there, the other merchants are to be safe in our land.

[31] If anyone dies holding of any escheat such as the honour of Wallingford, Boulogne, Nottingham, Lancaster or of other escheats which are in our hands and which are baronies, his heir is not to give any other relief or render any other service to us that would not have been rendered to the baron if the barony were still held by a baron, and we shall hold such things in the same way as the baron held them, nor, on account of such a barony or escheat, are we to have the escheat or custody of any of our men unless the man who held the barony or the escheat held elsewhere from us in chief.

[32] No free man is henceforth to give or sell any more of his land to anyone, unless the residue of his land is sufficient to render due service to the lord of the fee as pertains to that fee.

[33] All patrons of abbeys which have charters of the kings of England over advowson or ancient tenure or possession are to have the custody of such abbeys when they fall vacant just as they ought to have and as is declared above.

[34] No-one is to be taken or imprisoned on the appeal of woman for the death of anyone save for the death of that woman’s husband.

[35] No county court is to be held save from month to month, and where the greater term used to be held, so will it be in future, nor will any sheriff or his bailiff make his tourn through the hundred save for twice a year and only in the place that is due and customary, namely once after Easter and again after Michaelmas, and the view of frankpledge is to be taken at the Michaelmas term without exception, in such a way that every man is to have his liberties which he had or used to have in the time of King H(enry II) my grandfather or which he has acquired since. The view of frankpledge is to be taken so that our peace be held and so that the tithing is to be held entire as it used to be, and so that the sheriff does not seek exceptions but remains content with that which the sheriff used to have in taking the view in the time of King H(enry) our grandfather.

[36] Nor is it permitted to anyone to give his land to a religious house in such a way that he receives it back from such a house to hold, nor is it permitted to any religious house to accept the land of anyone in such way that the land is restored to the person from whom it was received to hold. If anyone henceforth gives his land in such a way to any religious house and is convicted of the same, the gift is to be entirely quashed and such land is to revert to the lord of that fee.

[37] Scutage furthermore is to be taken as it used to be in the time of King H(enry) our grandfather, and all liberties and free customs shall be preserved to archbishops, bishops, abbots, priors, Templars, Hospitallers, earls, barons and all others, both ecclesiastical and secular persons, just as they formerly had.

All these aforesaid customs and liberties which we have granted to be held in our realm in so far as pertains to us are to be observed by all of our realm, both clergy and laity, in so far as pertains to them in respect to their own men. For this gift and grant of these liberties and of others contained in our charter over the liberties of the forest, the archbishops, bishops, abbots, priors, earls, barons, knights, fee holders and all of our realm have given us a fifteenth part of all their movable goods. Moreover we grant to them for us and our heirs that neither we nor our heirs will seek anything by which the liberties contained in this charter might be infringed or damaged, and should anything be obtained from anyone against this it is to count for nothing and to be held as nothing. 

With these witnesses: the lord S(tephen) archbishop of Canterbury, E(ustace) bishop of London, J(ocelin) bishop of Bath, P(eter) bishop of Winchester, H(ugh) bishop of Lincoln, R(ichard) bishop of Salisbury, W. bishop of Rochester, W(illiam) bishop of Worcester, J(ohn) bishop of Ely, H(ugh) bishop of Hereford, R(anulf) bishop of Chichester, W(illiam) bishop of Exeter, the abbot of (Bury) St Edmunds, the abbot of St Albans, the abbot of Battle, the abbot of St Augustine’s Canterbury, the abbot of Evesham, the abbot of Westminster, the abbot of Peterborough, the abbot of Reading, the abbot of Abingdon, the abbot of Malmesbury, the abbot of Winchcombe, the abbot of Hyde (Winchester), the abbot of Chertsey, the abbot of Sherborne, the abbot of Cerne, the abbot of Abbotsbury, the abbot of Milton (Abbas), the abbot of Selby, the abbot of Cirencester, H(ubert) de Burgh the justiciar, H. earl of Chester and Lincoln, W(illiam) earl of Salisbury, W(illiam) earl Warenne, G. de Clare earl of Gloucester and Hertford, W(illiam) de Ferrers earl of Derby, W(illiam) de Mandeville earl of Essex, H(ugh) Bigod earl of Norfolk, W(illiam) earl Aumale, H(umphrey) earl of Hereford, J(ohn) constable of Chester, R(obert) de Ros, R(obert) fitz Walter, R(obert) de Vieuxpont, W(illiam) Brewer, R(ichard) de Montfiquet, P(eter) fitz Herbert, W(illiam) de Aubigné, G. Gresley, F. de Braose, J(ohn) of Monmouth, J(ohn) fitz Alan, H(ugh) de Mortemer, W(illiam) de Beauchamp, W(illiam) de St John, P(eter) de Maulay, Brian de Lisle, Th(omas) of Moulton, R(ichard) de Argentan, G(eoffrey) de Neville, W(illiam) Mauduit, J(ohn) de Baalon and others. Given at Westminster on the eleventh day of February in the ninth year of our reign.

We, holding these aforesaid gifts and grants to be right and welcome, conceed and confirm them for ourselves and our heirs and by the terms of the present (letters) renew them, wishing and granting for ourselves and our heirs that the aforesaid charter is to be firmly and inviably observed in all and each of its articles in perpetuity, including any articles contained in the same charter which by chance have not to date been observed. In testimony of which we have had made these our letters patent. Witnessed by Edward our son, at Westminster on the twelfth day of October in the twenty-fifth year of our reign. (Chancery warranty by John of) Stowe.

Translation by Professor Nicholas Vincent, Copyright Sotheby's Inc. 2007



quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Politica Externa e Estudos de RI: III CORE (Funag-MRE) e os 40 anos da graducao na UNB - discurso do chanceler Figueiredo

Palestra Magna do Ministro de Estado das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, na III Conferência sobre Relações Internacionais – iREL-UnB


Mundorama, 10/12/2014

PROFESSOR IVAN MARQUES DE TOLEDO CAMARGO, MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
SENHOR EMBAIXADOR SÉRGIO MOREIRA LIMA, PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO ALEXANDRE DE GUSMÃPROFESSOR MARCO AURÉLIO GARCIA, ASSESSOR ESPECIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
EMBAIXADORES RONALDO MOTA SARDENBERG E SAMUEL PINHEIRO GUIMARÃES
PROFESSOR PAULO ESTEVES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
PROFESSOR JOSÉ FLÁVIO SOMBRA SARAIVA, DIRETOR DO INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA UNB
SENHORAS E SENHORES PROFESSORES E PESQUISADORES
CARAS E CAROS ALUNOS
SENHORAS E SENHORES

É com grande satisfação que venho à Universidade de Brasília para participar da abertura da III Conferência sobre Relações Internacionais, organizada em parceria entre a Fundação Alexandre de Gusmão e a Universidade de Brasília.

A realização da III CORE, aqui nesta Universidade, é uma justa homenagem aos 40 anos da criação do primeiro curso de Relações Internacionais do Brasil. O desenvolvimento impressionante e o aumento da qualidade da área de Relações Internacionais no País muito se devem a este pioneirismo da Universidade de Brasília, que desde os anos 1970 forma gerações de especialistas.

O Itamaraty sempre teve uma relação muito próxima com a UnB e beneficia-se dos talentos aqui formados, muitos dos quais passaram a integrar nossos quadros. Por isso, proferir esta palestra expressa, ao mesmo tempo, uma satisfação e um agradecimento.

O tema desta III CORE – "O Brasil e as Tendências do Cenário Internacional" – não poderia ser mais apropriado. A definição do lugar do Brasil no mundo de hoje se dá em um ambiente internacional em profunda transformação. Não é só o Brasil que tem se transformado. Também o mundo não é mais o mesmo. E o alcance dessas mudanças internacionais parece de muito mais difícil apreensão do que as transformações ocorridas em cada país em particular, como no caso do Brasil, onde há um claro sentido de fortalecimento da cidadania e da inclusão social.

Não é à toa que, passado um quarto de século desde a queda do muro de Berlim, continuemos a recorrer a expressões vagas, como o "sistema internacional pós-Guerra Fria", para caracterizar o mundo em que vivemos.

A indefinição, porém, não nos exime da obrigação de agir. Muito pelo contrário. A diplomacia exige uma capacidade permanente de reflexão e ação, especialmente nos momentos em que a ordem internacional se redefine, como agora. Este é um importante desafio para a atual diplomacia brasileira. Mais do que se preparar para uma nova realidade do século XXI, a política externa precisa engajar-se de modo ativo e construtivo para ajudar a moldá-la de acordo com os interesses do País.

Daí a importância renovada de pensar e agir estrategicamente, e não como mera reação aos eventos internacionais. Daí a importância também de discutir com a academia, em eventos como este, e com todos os setores da sociedade, sobre o mundo que teremos pela frente e como podemos ajudar a construí-lo com base em nossos valores e interesses.

Há pouco mais de um ano, assumi a chefia do Itamaraty com uma clara diretriz da Presidenta Dilma Rousseff: imprimir sentido estratégico e também instrumental à política externa, para concebê-la e executá-la como componente essencial do nosso projeto nacional de desenvolvimento.

A política externa deve estar a serviço do conjunto do Governo e da sociedade brasileira, em seus esforços de realizar as potencialidades do Brasil.

É preciso reforçar o papel da diplomacia como instrumento do projeto de desenvolvimento nacional em suas múltiplas vertentes. Sem prejuízo da contribuição que damos e continuaremos a dar à comunidade internacional, a ação do Itamaraty teve e tem compromisso fundamental com o atendimento das múltiplas necessidades do País. Assim, seu sentido e utilidade fundamentais consistem em contribuir para que o conjunto do Governo e a sociedade identifiquem, num mundo em transformação e, portanto pleno de oportunidades, novas possibilidades externas que possam trazer benefício interno.

Nesse sentido, a promoção e a defesa dos nossos interesses nacionais de desenvolvimento requer uma estratégia de política externa que defina nossos objetivos a partir de uma visão do sistema internacional e da realidade nacional; que se prepare materialmente para buscar tais objetivos; e que seja capaz de construir consensos domésticos para que possamos melhor implementar e defender aquela estratégia.

O Sistema Internacional em Transformação
Nos últimos vinte e cinco anos, o mundo vem transitando da clara supremacia de uma superpotência a uma paulatina redistribuição de poder que nos permite hoje, cada vez mais, caracterizar o sistema internacional como multipolar.

No imediato pós-Guerra Fria, certo clima de triunfo propiciava o surgimento de teses como a do fim da história. Anunciava-se a vitória final do liberalismo político e econômico como valores definidores da ordem internacional. A Organização das Nações Unidas (ONU), fortalecida com o fim do conflito Leste-Oeste, deveria resguardar consensos legítimos e universais da sociedade internacional. O processo de globalização econômica levaria ao desenvolvimento inevitável pela integração de todos os países à economia mundial. A unipolaridade e a promoção de projetos políticos e econômicos algo uniformes marcaram esse momento.

No Brasil, nos primeiros anos do imediato pós-Guerra Fria, buscavam-se superar fragilidades econômicas e políticas, tanto internas quanto externas. O País se recuperava de anos de instabilidade econômica e dava os primeiros passos para consolidar a redemocratização. Num quadro de considerável vulnerabilidade, a política externa brasileira buscava o caminho possível, que à época ganhou tantos nomes, da "diversificação da dependência" à “autonomia pela participação”. A uma autoimagem de fragilidade doméstica correspondia uma autoimagem de vulnerabilidade externa.

O triunfalismo do imediato pós-Guerra Fria não durou mais que uma década. A expectativa de formação dos consensos e de universalização de valores logo frustrou-se, com o acirramento dos conflitos e o recurso a intervenções militares.

A unipolaridade traduziu-se, por vezes, em unilateralismos. A força militar se reapresentava como meio e método de transformação e reforma em regiões do globo, como o Oriente Médio. É incalculável o preço que cada geração parece fadada a pagar pelo aprendizado, sempre provisório, sobre os limites da força nas relações internacionais. Nos vácuos de poder, que a força é incapaz de preencher, surgiram novas ameaças à paz e à segurança internacional.

Assim, a década de 2000 nas relações internacionais caracterizou-se por uma dinâmica perversa, em que os excessos de confiança em soluções unilaterais e consensos ideológicos herdados da década anterior redundaram em crises de alcance global. O uso da força militar no Iraque em 2003 deixou consequências, ainda hoje sentidas, para a estabilidade regional e global.

Já os excessos financeiros e econômicos da globalização encontraram seu limite na crise de 2008. A governança da paz e da economia, tal como comandadas pelas potências estabelecidas, passou a enfrentar uma crise de credibilidade e de eficácia.

Ao mesmo tempo, a década de 2000 testemunhou a ascensão de novos polos de poder. Países como a China, a Índia e o Brasil, por exemplo, ampliaram sua voz e seu peso internacionais. Ganhou impulso um processo de redistribuição do poder mundial. A participação dos países do G-7 no produto mundial caiu de 46% em 1992 para 33% em 2011. Em contrapartida, a participação dos BRICS subiu, no mesmo período, de 17% para 28%. Tendência semelhante ocorreu nas exportações mundiais de bens, em que a participação dos BRICS e do mundo em desenvolvimento em geral saltou de 34% para 47%.

Cresceu também o "potencial diplomático" dos países emergentes, justamente pela maior capacidade de articulação de seus interesses e visões por meio da criação de grupos e coalizões. Essa redistribuição do poder mundial tem sido paulatina e nem todos os polos emergem ou se consolidam com o mesmo vigor, mas o conjunto dessas mudanças aponta para um cenário mais propenso a soluções coletivas do que ao exercício de hegemonias.

Essas mudanças têm um impacto direto sobre a governança do sistema internacional. O arcabouço político, institucional e jurídico internacional montado a partir de 1945 reflete, especialmente em alguns de seus arranjos principais, níveis de concentração de poder em descompasso com a realidade atual. Isso cria barreiras à plena participação de novos atores. Os "donos do poder" resistem à eliminação ou mesmo à redução de tais barreiras.

Os casos mais evidentes, mas não únicos, são o da composição do Conselho de Segurança da ONU e a distribuição de quotas e cargos de direção nas instituições financeiras internacionais.

A atual crise de representatividade das estruturas de governança leva a uma crise também de eficácia das instituições globais. E justamente delas mais se necessita para gerir a maior integração de sociedades e economias nacionais.

Assim, por princípio e por legítimo interesse nacional e sistêmico, desejamos favorecer a desconcentração do poder e uma reforma da governança de modo a torná-la mais inclusiva e participativa, mas também mais funcional e legítima.

Isso exige o reforço do multilateralismo. A desconcentração de poder em curso só poderá produzir graus mais elevados de legitimidade e funcionalidade por meio do diálogo multilateral, ao qual não há alternativa.
Ao mesmo tempo, é indispensável assegurar que as organizações internacionais, em especial a ONU e seu sistema, sirvam – eficazmente - às necessidades de todos os Estados e de suas sociedades. Devem ser capazes de mostrar quotidianamente e na prática sua relevância para o conjunto da comunidade internacional.

A ordem internacional em formação tem também um forte elemento valorativo. A opinião pública internacional e nacional exigem crescentemente que os Estados e as organizações internacionais pautem sua ação pela proteção e promoção dos direitos humanos, inclusive os direitos políticos, sociais e culturais; pelo combate a toda forma de discriminação; pelo imperativo da solidariedade humanitária. Para além da discussão sobre se tais valores são ou não universais, é fato que, no plano internacional, há hoje e deverá haver no futuro, cada vez menos espaço para o puro exercício do poder, ou para a observância pura e simples de conveniências ou necessidades políticas ao arrepio de valores tidos como fundamentais.
É indispensável, no entanto, assegurar que os valores e as ações internacionais neles fundadas sejam genuínos, livres de politização indevida ou de uma seletividade interessada em objetivos alheios à sua defesa. Os valores não são propriedade de nenhuma potência, nem seu respeito o apanágio de um grupo determinado de nações, ricas ou pobres, grandes ou pequenas.

Toda ordem internacional depende de certo equilíbrio de poder, mas sobretudo de valores compartilhados que criam um senso de finalidade e propósito. Como sociedade que é e se deseja crescentemente democrática e plural, o Brasil estimula e apoia uma ordem internacional que reflita os valores que fundam nossa sociedade. Isso significa uma ordem mais aberta e participativa, que reforce a capacidade do País e da comunidade internacional de promover a paz e o desenvolvimento. Significa também uma ordem comprometida com a prosperidade compartilhada, com o desenvolvimento associado à inclusão social e ao respeito aos direitos humanos.

É de se prever também que, em um cenário de crescente multipolaridade, o regionalismo será mais – e não menos – importante nas relações internacionais. O Brasil é favorável a uma ordem em que as regiões sejam cada vez mais estáveis, harmônicas e integradas. É um desenvolvimento que guarda sintonia com os esforços que estamos empreendendo, junto com nossos vizinhos, para a integração da América do Sul.

A Política Externa Brasileira – Um Duplo Diálogo: Internacional e Nacional
Em um mundo interdependente, marcado por fluxos crescentes de pessoas, bens, serviços, conhecimento e informações, a ação externa é parte fundamental da agenda do desenvolvimento nacional, mais ainda para um país com as dimensões, as características e os interesses do Brasil.

Como diz a Presidenta Dilma Rousseff, "as dimensões interna e externa da política de um país são inseparáveis".

A complexidade dos desafios inerentes ao processo de desenvolvimento de um país como o Brasil requer uma estratégia de inserção externa diversificada e em sintonia com os anseios nacionais. Essa estratégia dever ser capaz de garantir uma presença no mundo ao mesmo tempo competitiva e sensível aos desafios da redução das desigualdades sociais.

Isso é talvez mais evidente quando pensamos na agenda de nossa política externa econômica, que inclui:
- a participação ativa nas discussões sobre governança econômica e financeira mundial, em particular no G-20;
- a conclusão de negociações comerciais externas que garantam acesso a mercados ampliados, na região e no mundo;
- o apoio constante ao empresário brasileiro que exporta e cada vez mais se internacionaliza;
- a atração e a promoção de investimentos que auxiliem nosso esforço de desenvolvimento;
- a consolidação de parcerias em setores estratégicos;
- a cooperação em ciência, tecnologia e inovação, fundamentais para alçar a indústria brasileira a um novo patamar de competitividade;
- ou ainda a formação de recursos humanos de qualidade e a participação ativa das cadeias internacionais de conhecimento.

Mas a preocupação com o desenvolvimento perpassa outras agendas da nossa política externa.
- A consolidação de um entorno regional estável e próspero;
- a ampliação e a diversificação das nossas parcerias, sem descuidar dos nossos parceiros tradicionais;
- a atualização das instâncias de governança internacional, em particular as Nações Unidas;
- a geração de novos espaços de concertação, como o BRICS e o IBAS;
- as negociações de parâmetros e metas para um desenvolvimento sustentável, tanto do ponto de vista econômico, ambiental e social;
- ou ainda nossa constante atuação em prol da superação dos conflitos e da promoção de um ambiente de paz e cooperação internacional.

Todas essas iniciativas e vertentes são parte da construção do pano de fundo necessário para a plena consecução do desenvolvimento nacional.

Nossa política externa tem aproveitado condições propícias à projeção dos interesses do Brasil. No plano interno, avanços econômicos e sociais têm proporcionado bases sólidas para nossa inserção internacional. No plano externo, o sistema internacional em transformação tem criado mais espaços de atuação para as potências emergentes.

Temos adotado um padrão amplo e diversificado de atuação, em termos tanto geográficos como temáticos. Ao mesmo tempo em que atuamos para fortalecer relações novas e tradicionais com parceiros em todos os continentes – naturalmente com foco imediato na América do Sul –, mantemos participação ativa nos debates e negociações sobre amplo espectro de temas da agenda internacional.

A política externa brasileira procurou aprofundar o perfil diversificado da inserção internacional do Brasil. Conciliamos a universalidade das relações diplomáticas com um compromisso renovado com o multilateralismo e com o engajamento em instâncias de formato mais reduzido, como BRICS e IBAS. Com os esforços dos últimos anos de aprofundar as relações com países de todos os continentes, o Brasil passou a exercer uma política externa de alcance efetivamente global. Essa é uma resposta estratégica ao atual contexto de transformações internacionais.

A diversificação cada vez maior da atuação do Brasil é condizente com um cenário em que as potências tradicionais coexistem com potências emergentes. Condizente também com um mundo cada vez mais interdependente no plano econômico. Trata-se, portanto, de um contexto que desaconselha opções excludentes: nem alinhamentos automáticos, nem a alienação de parcerias.

Ao contrário, sem descuidar das relações tradicionais que continuam a merecer um lugar privilegiado em nossa política externa, passamos a buscar também novos parceiros e novas coalizões, que complementam ou suprem lacunas das estruturas tradicionais de poder.

A última década foi um período de grande atividade e criatividade da política externa brasileira. Formamos o G-20 nas negociações agrícolas da OMC, que mudou a dinâmica das negociações comerciais da Rodada Doha. Criamos o IBAS e, mais tarde, o BRICS, coalizões comprometidas com a reforma da ordem internacional. Articulamos o BASIC nas negociações de clima. A dimensão Sul-Sul de nossa diplomacia não foi uma opção ideológica ou uma tentativa de restaurar um terceiro-mundismo do passado, como alguns críticos insistem em caracterizar. Partiu, ao contrário, de um claro diagnóstico de que o Sul era parte ativa na geopolítica e na geoeconomia global.

A rigor, já não faz sentido falar em busca de autonomia em nossa política externa. Já logramos alcançá-la, graças às conquistas internas de nossa sociedade e ao trabalho de nossa diplomacia. Tornamo-nos a sétima economia mundial em um contexto de estabilidade macroeconômica; de devedores passamos a credores líquidos internacionais; realizamos progressos expressivos em matéria de inclusão social, de fortalecimento da consciência ambiental e de promoção e proteção dos direitos humanos. Desenvolvemos uma política externa que buscou, com determinação, ocupar e criar espaços. O Brasil transformou-se em um país com influência na formação da nova ordem internacional, do desenvolvimento sustentável ao comércio, da paz e segurança aos caminhos da integração regional.

Em uma política externa marcada pela universalidade, interessa ao Brasil um entorno regional estável e próspero. A América do Sul permanece como área prioritária da política externa. A fim de consolidar a região como espaço de paz, estabilidade e cooperação, o Brasil continua empenhado em uma estratégia de convergência e integração regional. Este é o "cimento" da paz e da estabilidade em nossa região.

Além da manutenção da paz e da estabilidade, a integração regional é importante em nossa estratégia de desenvolvimento econômico e social. O nosso entorno é um espaço para a expansão econômico-comercial do Brasil. É na América do Sul que muitas empresas brasileiras iniciam seu processo de internacionalização e encontram mercados atraentes para seus produtos e serviços. O superávit comercial do Brasil com a região em 2013 foi de US$ 9,1 bilhões, montante muito mais elevado do que o saldo com o resto do mundo, que foi de US$ 2,4 bilhões.

A integração regional está na pauta da política externa há três décadas, independentemente das ênfases de cada Governo, tendo-se firmado como uma política de Estado e consagrado no texto constitucional. Interessa ao Brasil trabalhar ativamente pela consolidação de um espaço sul-americano próspero, democrático e crescentemente integrado. Essa não é uma "opção ideológica", como muitas vezes se tem dito. Só há uma ideologia da nossa política externa, na região como no mundo: a promoção do interesse nacional.

A evolução que tivemos no MERCOSUL estimulou o impulso integracionista no Brasil e na região. A UNASUL consolidou-se como principal organismo de concertação sul-americana e tem conseguido dar soluções próprias para os problemas e desafios da região, inclusive para o fortalecimento da democracia e da estabilidade política. Uma prova recente disso é o diálogo trilateral de chanceleres com a Venezuela, de que tenho participado.

Dentro da série de iniciativas e coalizões diplomáticas que surgiram nos últimos anos, o BRICS ganhou uma grande importância nos seus poucos anos de existência e se tornou uma força incontornável nas relações internacionais. Os resultados da VI Cúpula dos líderes, realizada em Fortaleza, foram históricos. O grupo afirmou sua vocação global e sua força política em prol do aprimoramento das instituições de governança internacional. Entre as vertentes de cooperação mais promissoras, destaca-se a área econômico-financeira. Os acordos sobre o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS e o Arranjo Contingente de Reservas (CRA) demonstram a disposição do grupo de aprofundar a parceria na área econômico-financeira e representam um estímulo às necessárias reformas das estruturas financeiras internacionais.

Também as relações do Brasil com os países africanos têm sido aprofundadas. Isso ocorre em um momento de crescente conscientização da sociedade brasileira sobre suas raízes africanas. Além dos laços históricos, econômicos e culturais, a África tem para nós uma importância de natureza estratégica. Compartilhamos com o continente africano uma longa "fronteira" marítima, o Atlântico Sul, crucial para nosso desenvolvimento e nossa defesa.

Nossa política externa tem dado atenção especial à diplomacia econômica como instrumento para o desenvolvimento e, em particular, para o aumento da produtividade e competitividade da economia. Nesse contexto, procuramos fazer avançar a Rodada Doha da OMC e as tratativas para o Acordo de Associação MERCOSUL-UE.

Também nos empenhamos para criar e fortalecer parcerias em educação e ciência, tecnologia e inovação, tendo-nos mobilizado para prestar apoio ao Programa Ciência sem Fronteiras.

A diplomacia econômica e da inovação assume, portanto, uma importância fundamental no atual ciclo de desenvolvimento brasileiro. Precisamos intensificar ainda mais os esforços no sentido de contribuir para o aumento do volume e valor das exportações, estimular e amparar a internacionalização de empresas, atrair investimentos para o País e assegurar um espaço normativo para a promoção das políticas nacionais de desenvolvimento.

Nos temas de paz e segurança internacional, é permanente a defesa pelo Brasil da via diplomática, da não-intervenção e da solução pacífica de controvérsias como princípios centrais do relacionamento entre as Nações.
Permanece vital o respeito à Carta da ONU, em particular a proibição do uso da força sem a autorização do Conselho de Segurança ou em contexto que não seja o de autodefesa. O Brasil considera que a interdição às intervenções militares em situações que não as previstas na Carta é o fundamento de uma ordem internacional estável, e deve ser observada por todos os países, em todas as regiões do mundo.

A observância seletiva da Carta e sua interpretação enviesada minam parte dos fundamentos daquela ordem, sem substituí-la por outra mais afim com as aspirações por paz fundada na justiça e por prosperidade compartilhada. Ao contrário, ameaça debilitar aspecto civilizacional e político do mundo pós-Guerra que cabe sustentar continuamente e, onde couber, reforçar.

Há hoje um quadro preocupante no campo da paz e segurança internacional. Como assinalou a Presidenta Dilma Rousseff na Assembleia-Geral da ONU, não se resolvem muitos dos conflitos antigos, e surgem novos, cuja solução tampouco se alcança. Muitos deles são acompanhados de graves crises humanitárias e violações de direitos humanos.

Entre as diversas razões para explicar essa situação, está a inclinação de responder a conflitos ou crises com o uso da força. Usa-se a força antes mesmo de se buscar exaurir os meios de solução política. O foco na solução pacífica, na negociação e no diálogo diplomático não é expressão de idealismo de um país que vive em paz com seus vizinhos há mais de 140 anos.

É fruto de valores enraizados na sociedade brasileira, mas também da constatação empírica do fracasso do uso da força como "solução padrão" de problemas cuja efetiva resolução exige não só a diplomacia, mas a transformação de práticas e estruturas de poder político e econômico à qual muitos resistem. Líbia, Iraque, Síria e Palestina são apenas alguns exemplos dos limites da força como instrumento para a superação de crises ou conflitos.

Além desta agenda, a qual chamo de agenda clássica, há conjunto amplo de novos temas tem demandado maior atenção do Brasil, relacionados à crescente importância da agenda do desenvolvimento social, aos compromissos internacionais em matéria de direitos humanos, à definição de novos paradigmas de desenvolvimento sustentável e às questões relativas à privacidade no espaço cibernético e à governança da internet.

Temos de ter consciência de que, na esteira do reconhecimento internacional do Brasil como exemplo de país que deu um salto de crescimento com distribuição de renda em contexto democrático, o Itamaraty passa a atuar cada vez mais na vertente da diplomacia social. A cooperação Sul-Sul prestada pelo Brasil tem-se firmado progressivamente, em apoio a programas de inclusão social e erradicação da pobreza em outros países em desenvolvimento. Vem contribuindo para projetar uma imagem positiva do Brasil, com efeitos benéficos para todas as dimensões do relacionamento com os países receptores. Nesse ponto, tivemos um notável acréscimo de capital diplomático.

No plano do desenvolvimento sustentável, o País sediou em 2012, no Rio de Janeiro, a maior conferência da história das Nações Unidas. Com a liderança brasileira, a Rio+20 teve o papel de consolidar o conceito de desenvolvimento sustentável e consagrar o consenso de que “a erradicação da pobreza extrema representa o maior desafio global da atualidade e constitui requisito indispensável para a sustentabilidade”. Nas negociações internacionais sobre mudança do clima, o Brasil também teve posição de destaque, lastreado por suas credenciais internas de sustentabilidade.

Na questão da privacidade no espaço cibernético e da governança da internet, o Brasil assumiu uma posição de liderança. Esses temas ganharam maior relevo na sequência das denúncias sobre as atividades de espionagem de serviços de inteligência estrangeiros. O Brasil, junto com a Alemanha, conseguiu aprovar, por consenso, na Assembleia Geral da ONU, duas resoluções sobre o direito à privacidade na era digital.
O Governo brasileiro também realizou este ano, em São Paulo, a Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet. A "NETmundial" foi um desdobramento da proposta de debate sobre um "Marco Civil Internacional" para a Internet, apresentada pela Presidenta Dilma Rousseff na abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2013.

Como disse no início da minha exposição, o diálogo diplomático tem hoje importante dimensão interna. Como reflexo do amadurecimento de nossa democracia e do crescente interesse em assuntos internacionais no Brasil, o Itamaraty tem buscado aprofundar seus canais de interação com os demais órgãos públicos e a sociedade. De fevereiro a abril deste ano realizamos, no Itamaraty, um amplo debate com a sociedade, os “Diálogos sobre Política Externa”.

O Itamaraty também está elaborando um Livro Branco da Política Externa brasileira, que deverá ser ultimado até o final do ano. O propósito é oferecer um retrato das atividades do Ministério e das linhas de atuação externa do Brasil. Queremos, com isso, aprofundar o debate público sobre a política externa brasileira.

Quero concluir observando que a política externa brasileira reflete, a um só tempo, uma avaliação das tendências em curso e uma aposta no futuro a que aspiramos. Há um componente analítico e um componente que poderíamos chamar de "idealista". Essa combinação é essencial para toda política que se quer transformadora. É o desafio da fusão entre o conhecimento e a ação. Por isso que eventos como este são tão importantes para o Itamaraty e para o debate de política externa.

Palestra proferida no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília em 27/11/2014.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Parece que foi ontem: 40 anos de Relacoes Internacionais na UnB


40 anos da graduação de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, o mais tradicional curso de graduação em RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO BRASIL, que será realizado no período de 22 a 24 de abril de 2014.

No link abaixo, folder/programação.
Clique aqui folder

Atenciosamente,
Assessoria de Assuntos Internacionais

UnB

sexta-feira, 28 de março de 2014

IRel-UnB: 40 anos - seminario comemorativo, UnB, 22-24/04/2014


Mundorama, 27 Mar 2014 07:22 AM PDT

O Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília tem a satisfação de convidar para o Seminário Internacional “Relações Internacionais no Brasil: Diálogos, conexões e perspectivas”,que realizará por ocasião da celebração dos 40 anos do ensino de Relações Internacionais na Universidade de Brasília.
O evento ocorrerá entre os dias 22 e 24 de abril de 2014, no Auditório do IREL (Prédio do IREL/IPOL – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Universidade de Brasília – Brasília – DF).
Informações podem ser obtidas pelo telefone (61) 3107-3636 e inscrições podem ser feitas pelo e-mail celioli@unb.br.

PROGRAMA
PRIMEIRO DIA: 22 de abril de 2014, terça-feira
 18h: Mesa de abertura
●      Prof. Dr. Ivan Marques de Toledo Camargo – Reitor da UnB
●      Prof. Dr. Eiiti Sato – Diretor do IREL/UnB
●      Prof. Dr. Antonio Carlos Lessa – Coordenador do PPGRI-REL/UnB
●      Profa. Dra. Cristina Y. Inoue – Coordenadora de Graduação – IREL/UnB
●      Profa. Dra. Vânia Carvalho Pinto – Coordenadora de Extensão – IREL/UnB
●      Paulo Adriano Brito – Presidente do CA – IREL/UnB
●      Vanderlei C. Valverde – Assistente de Direção do IREL/UnB
Audição musical: Lurian Lima e seu violão
18h30min: Mesa de Homenagem aos professores aposentados e amigos do IREL
  • Prof. Dr. Eiiti Sato – Diretor do Irel/UnB
  • Profa. Dra. Ana Flávia Granja e Barros – Diretora do INT/Reitoria da UnB
  • Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva – Professor Titular de Relações Internacionais da UnB
  • Prof. Dr. Alcides Costa Vaz – Ex-Diretor do Irel/UnB
 Professores e Servidores Homenageados: Amado Luiz Cervo, Antonio Augusto Cançado Trindade, Argemiro Procópio Filho, Fernando Augusto Albuquerque Mourão, José Carlos Brandi Aleixo,  Lytton Leite Guimarães, Maria Helena Castro Santos, Maria Izabel Valadão de Carvalho e Vanderlei C. Valverde
19h: Primeira Conferência: O desenvolvimento do estudo e da pesquisa em Relações Internacionais nos grandes centros do Norte
●      Prof. Dr. Andrew Hurrell – Full Professor, The University of Oxford,  Inglaterra
●      Coordenador: Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva – IREL/UnB

SEGUNDO DIA: 23 de abril de 2014, quarta-feira
9h: Segunda Conferência: As transformações globais e as novas formas de pensar as Relações Internacionais nos dias atuais
●      Prof. Dr. Eduardo Viola – Professor Titular do IREL/UnB
●      Coordenador: Prof. Dr. Daniel Jatobá – IREL/UnB
10h-12h: Mesa-redonda: As Relações Internacionais no Brasil: balanços e perspectivas
●      Prof. Dr. Tullo Vigevani (com Laís Forti e Lucas Leite) – UNESP e Instituto dos Estados Unidos
●      Prof. Dr. Eiiti Sato – Diretor do IREL/UnB
●      Prof. Dr. Henrique Altemani de Oliveira – UEPB
●      Coordenador: Prof. Dr. Roberto Goulart Menezes – IREL/UnB
14h00min-16h: Mesa-redonda: Relações Internacionais do Sul
●      Prof. Dr. Fernando Mourão – Professor Titular aposentado da Universidade de São Paulo (USP)
●      Prof. Dr. Pio Penna – IREL/UnB
●      Prof. Dr. Argemiro Procópio – Professor Titular aposentado do IREL/UnB
●      Prof. Dr. José Flávio S. Saraiva – IREL/UnB
●      Coordenadora: Profa. Dra. Vânia Carvalho Pinto – IREL/UnB
16h-18h: Os 40 anos: as Relações Internacionais na UnB
●      Prof. Dr. José Carlos Brandi Aleixo – Professor Emérito da UnB e   Primeiro Chefe do Departamento de Ciências Polítiacas e Relações Internacionais da UnB (ano 1974)
●      Embaixador Carlos Henrique Cardim – Ministério das Relações Exteriores (MRE)
●      Prof. Dr. Antonio Jorge Ramalho – Ministério da Defesa e IREL/UnB
●      Profa. Dra. Maria Izabel Valadão de Carvalho – IREL/UnB
●      Coordenadora: Profa. Dra. Danielly Silva Ramos  Becard  – IREL-UnB
TERCEIRO DIA: 24 de abril de 2014, quinta-feira
9h: Conferência Terceira: Conceitos e modelos de inserção internacional na  América Latina
●      Prof. Dr. Alejandro Simonoff – Professor Titular da Universidade Nacional de la Plata e da Universidade de Buenos Aires (UBA), Argentina
●      Coordenador: Prof. Dr. Alcides da Costa Vaz – IREL/UnB
10h30min-12h: Mesa-redonda: Perspectivas e conexões continentais das Relações Internacionais da Europa com a América Latina
●       Prof. Dr. Antonio Carlos Lessa – IREL/UnB
●       Prof. Dr. Andrew Hurrell – University of Oxford
●      Coordenadora: Profa. Dra. Tânia Pechir Gomes Manzur – IREL/UnB
14h-16h: Agendas emergentes no ensino de Relações Internacionais no Brasil
●      Prof. Dr. Eugênio Diniz – PUC-MG
●      Prof. Dr. Marcos Cepik – UFRGS
●      Profa. Dra. Maria Helena Castro Santos – IREL/UnB
●      Prof. Dr. Paulo Esteves – Presidente da ABRI e Professor da PUC/RJ
●      Coordenador: Prof. Dr. José Flávio Sombra Saraiva – IREL/UnB
16h15-18h: Ensino de graduação e pós-graduação em Relações Internacionais no Brasil: perspectivas nacionais e regionais
●      Profa. Dra. Maria Regina Soares de Lima – IESP/RJ
●      Prof. Dr. Rafael Duarte Villa – USP e CAPES
●      Prof. Dr. Alejandro Simonoff – Universidade Buenos Aires, Argentina
●      Coordenadora: Profa. Dra. Cristina Y. Inoue  – IREL/UnB
18h: Conferência de encerramento: O crescimento das Relações Internacionais no Brasil e sua projeção nos próximos anos
  •  Prof. Dr. Amado Luiz Cervo – Professor Emérito da UnB
  • Coordenador: Prof. Dr. Eiiti Sato – Diretor do IREL/UnB