Uma revista histórica, para tempos antigos e modernos
I was pleased to be writing this history because I had always believed that history should be written in the large. (…) I did my best, but I am not all sure that I succeeded. I was sometimes accused by reviewers of writing not a true history but a biased account of the events that I arbitrarily chose to write of. But to my mind, a man without a bias cannot write interesting history – if, indeed, such a man exists. I regard it a mere humbug to pretend a lack of bias. Moreover, a book, like any other work, should be held together by its point of view. This is why a book made up of essays by various authors is apt to be less interesting as an entity than a book by one man. Since I do not admit that a person without a bias exists, I think the best that can be done with a large-scale history is to admit one’s bias and for dissatisfied readers to look for other writers to express an opposite bias. Which bias is nearer to the truth must be left to posterity.
Bertrand Russell, Autobiography (first edition: 1975; New York: Routledge, 2009, p. 444; consultada na edição Google Books), falando a respeito das críticas dirigidas à sua obra em quatro volumes: History of Western Philosophy (1945).
Bertrand Russell pretendia que uma pessoa desprovida de vieses não poderia escrever uma história interessante, se de verdade uma pessoa assim existisse. Aceito integralmente a assertiva, e começo por declarar explicitamente meus vieses, como forma de introduzir esta nova coletânea de escritos das últimas duas décadas e meia, desta vez, os textos publicados na Revista Brasileira de Política Internacional, com a qual estou identificado, e na qual imprimo meus vieses, desde que tomei a iniciativa de impedir o seu desaparecimento, ao dar os primeiros passos para concretizar a sua transferência do Rio de Janeiro para Brasília, onde passou a ser editada a partir de 1993. Pretendo, portanto, confessar meus vieses, deixá-los explícitos, e não me redimir por isso, mas declarar em total transparência quais são eles e dizer por que eles foram importantes em minha trajetória intelectual.
No prólogo à sua autobiografia, cujo primeiro volume foi publicado em 1967, três anos que ele morresse, na idade de 98 anos, Russell começava por informar que, dentre as paixões que tinham guiado a sua vida, estava a busca por conhecimento, provavelmente vinculada à sua outra paixão: uma insustentável compaixão pelo sofrimento da humanidade. Não tenho certeza de compartilhar dessa outra qualidade, embora certamente a preocupação com a condição humana, a partir de minha própria situação pessoal e familiar, faz parte dos meus vieses, e como tal orientou meus estudos e minha ação voluntária no decorrer de toda uma vida dedicada à leitura atenta dos livros, a observação ainda mais atenta do mundo e a uma síntese tentativa de minhas reflexões a esse respeito, nos muitos escritos, mais inéditos do que publicados, que fui acumulando ao longo dos anos.
Antes de falar de meus vieses, cabe, contudo, uma qualificação a respeito do que são, e de que papel eles cumprem, na reflexão intelectual e enquanto guias para a ação. Em primeiro lugar, cabe deixar claro que vieses não são exatamente aquilo que se comumente se chama “ideologia”. Esta é geralmente o resultado de uma adesão, consciente ou não, a um conjunto de crenças e de argumentos, aparentemente lógicos e racionais, que ordenam uma determinada visão do mundo, orientam a sua ação em relação ao meio em que se vive e que impregnam nossas interações com esse meio com as demais pessoas, ou partidos e organizações, que fazem parte de nossa vida. Depois de Napoleão (que não li extensivamente), Marx (que li extensivamente) tinha um enorme desprezo pelos ideólogos, sem admitir, no entanto, que ele próprio foi um dos maiores representantes da espécie, como eu mesmo acredito ter sido, marxista ou pós-marxista.
Os vieses são mais sutis, mais matizados, geralmente inconscientes, raras vezes admitidos e menos ainda tornados explícitos. O racismo, por exemplo, é mais um viés do que uma ideologia, ainda que muitos, alegadamente intelectuais ou até mesmo cientistas, fizeram desse viés todo um campo de estudo para construir uma proposta de ordem social condizente com a separação da humanidade em raças distintas: pode até não significar segregação prática, desprezo por supostas raças “inferiores” ou políticas ativas de discriminação, mas acaba resultando nisso, pela ação de outros agentes menos teóricos e mais práticos. Gobineau e Rosenberg, para citar apenas dois “intelectuais” mais conhecidos nesse campo, foram dois ideólogos do racismo em suas respectivas esferas de reflexão, que acabaram dando munição teórica, e legitimação “científica”, para os homens “práticos” que transformaram o racismo em políticas públicas com amplas consequências no decorrer do século 20: o Apartheid na África do Sul (mas também nos Estados Unidos) e o holocausto nazista contra os judeus, promovido por Hitler com ampla colaboração da população alemã (como também já tinha sido o caso dos pogroms contra os mesmos judeus na Polônia ou na Rússia czarista, antes disso).
Mas este é apenas um exemplo extremo de uma ideologia nefasta que deixou sua terrível marca na história da humanidade. O fundamento dessa ideologia é um viés que existe no plano individual, de modo embrionário, que tende a enquadrar as pessoas em grupos sociais distintos. Cabe registrar, contudo, que esse viés é tão forte que acaba criando uma espécie de racismo inverso, que tende a sustentar ideologias de “justiça social” – neste caso contra o “racismo” – que carregam um inevitável componente racialista: esta é a base, inquestionável, de todas as políticas de “ação afirmativa” que tendem a separar no Brasil – mas se trata de uma ideologia importada dos EUA – os afrodescendentes de um lado e todos os demais brasileiros de outros. É o Apartheid em construção, associado a uma causa aparentemente nobre, a do resgate da “dignidade dos negros” (mas que termina por criar cotas inconstitucionais aprofundando o viés racial, em lugar de eliminá-lo).
Muito bem: mas o que isso tem a ver com meus vieses – políticos, econômicos , sociais – que vão aqui expressos nos artigos oferecidos em colaboração à mais antiga revista de relações internacionais do Brasil? Cabe, portanto, deixá-los transparentes, pois eles perpassam, mesmo sub-repticiamente, cada um dos textos elaborados ao longo de meu itinerário de grande leitor e de mero escrevinhador, ao lado de minhas outras atividades profissionais na diplomacia e no mundo acadêmico. Esses vieses podem ser expressos através de conceitos bastantes simples, que se vinculam a realidades para mim evidentes, pela experiência pessoal, mas que também podiam ser percebidas no plano mais global do Brasil no contexto regional e mundial. Quais seriam esses conceitos? Ei-los: pobreza, consciência da miséria extrema e da riqueza ostensiva, desigualdades, injustiças sociais, atraso material, insuficiências educacionais, falta de oportunidades, privilégios, corrupção, em resumo, subdesenvolvimento, ou talvez, não desenvolvimento. Parece mais um programa político-partidário do que simples vieses pessoais, não é mesmo caro leitor?
Não pretendo que tudo isso estive presente de modo claro em minha mente, desde os primeiros anos de leituras “estudiosas”, digamos assim. (Sim, eu costumo distinguir as leituras estudiosas daquelas para simples lazer intelectual, prazer pessoal ou entretenimento momentâneo, e eu me dediquei a elas desde o primeiro momento, não sei precisar com que idade exatamente, em que tomei de um livro de Monteiro Lobato, História do Mundo Para As Crianças, uma simples leitura de Dona Benta a partir de uma obra americana, para ler, reler e quase decorar esse livro.) Mas o fato é que esses conceitos não eram simplesmente ideias vagas, noções exteriores para as quais minha atenção era chamada por alguma motivação puramente intelectual. Eram realidades da minha vida, não todas, nem de forma explícita, mas elementos que penetravam por alguns poros, algumas janelas de minha condição pessoal e da situação familiar.
Foi provavelmente o contraste entre o que eu tinha, entre o que a minha família tinha, e aquilo que eu via em outras pessoas, outras crianças, outras famílias, que me levou, desde muito cedo, às tais leituras “estudiosas”. Dos livros juvenis, e alguns adultos, aos editoriais do circunspecto Estadão foi um passo natural, e creio ter aprendido tudo o que aprendi de política internacional e de economia nas páginas desse “jornal reacionário”, muito antes de me debruçar sobre os manuais universitários e as obras do terceiro ciclo (o que fiz, aliás, muito antes de chegar ao ensino superior).
Toda a primeira fase de minha formação intelectual foi feita sob o domínio da sociologia, que, segundo Mário de Andrade, seria a “arte de fazer a revolução no Brasil” (não tenho certeza de que ele tenha dito isto, e posso apenas estar repetindo o que li em alguns dos livros da chamada Escola Paulista de Sociologia, à qual me sentia pertencer bem antes de ingressar nas Ciências Sociais da USP). Foram os grandes mestres do pensamento social brasileiro – os chamados intérpretes do Brasil – junto com os mestres do marxismo, já devorado em toda a extensão permitida pelas edições brasileiras, que primeiro consolidaram os meus vieses, e a eles me ative mesmo quando modifiquei, de modo amplo, a “metodologia” pela qual eu passei a abordar as realidades tangíveis às quais os vieses eram supostos representar. Pobreza, desigualdade, exploração do trabalhador, opressão capitalista, liberação socialista, tais foram os vieses rapidamente incorporados em minha mente à medida em que ia aprofundando as leituras, afinando minhas concepções, produzindo minhas reflexões, muitas delas transformadas em escritos da juventude, que infelizmente se perderam na saída do Brasil para um longo exílio na Europa, voluntariamente decidido, no início dos anos 1970.
Até então eu havia trabalhado com a sociologia política – classes sociais, poder político, revolução, essas coisas – mas com a partida do Brasil um novo horizonte se abriu, e portanto novos motivos de leitura, de conhecimento, de reflexão, e de redação de textos que passam a não ser mais apenas de sociologia política e passam a ser em torno das comparações entre os diferentes graus de desenvolvimento econômico de povos e nações. Uma universidade europeia, nos anos da guerra do Vietnã e das guerrilhas latino-americanas era um caldeirão em permanente ebulição, e o mesmo Russell de quem eu começo citando um trecho de sua biografia tinha iniciado, através de sua Fundação, um movimento para fazer condenar os EUA por crimes contra a humanidade no Vietnã. Quando cheguei na Bélgica, em 1971, o famoso Tribunal Russell se preparava para julgar a ditadura militar brasileira, e eu estava entre os colaboradores da iniciativa. Lembro-me inclusive de ter ido – financiado pelo comitê belga – visitar o líder político Miguel Arraes, exilado na Argélia, para convencê-lo a participar como testemunha no “julgamento” que ocorreria em 1973, durante uma grande exposição comercial programa pelo governo brasileiro para ocorrer em Bruxelas, justamente. No intervalo ocorreu o golpe de Pinochet, no Chile, e o Tribunal passou a ter coisas ainda mais horripilantes para julgar, além das torturas infligidas aos prisioneiros políticos brasileiros pela ditadura militar.
Seja como for, minha educação “internacional” continuou a se desenvolver, inclusive porque eu fiquei conhecendo vários dos socialismos reais, e pude assim confrontar o que diziam, e o que eu lia deles, Jean-Paul Sartre e Raymond Aron. Como eu minhas leituras precoces dos artigos de Roberto Campos no Estadão, eu me esforçava para rejeitar, mediante argumentos racionais, e empiricamente embasados, o que os direitistas e reacionários diziam sobre o capitalismo, o socialismo, a famosa luta de classe e outras “realidades” que frequentavam os meus vieses desde vários anos. A comparação prática, as leituras intensas, a reflexão honesta, o convencimento pelos dados, mais do que pela retórica, acabaram transformando profundamente minha maneira de pensar, ainda que os vieses permanecessem substancialmente os mesmos.
Uma prova do que afirmo processou-se quando da elaboração de minha tese de doutoramento, cuja concepção e primeiro projeto ocorreram logo após o término do mestrado, aos 25 anos – uma dissertação sobre o comércio exterior brasileiro desde os anos 1960 até o primeiro choque do petróleo – e que tinha por objeto, bias oblige, a revolução burguesa no Brasil. A arquitetura conceitual, obviamente, era inteiramente florestânica, cujo magnum opus, que tinha precisamente o nome de meu tema, eu li, reli e anotei minuciosamente durante os anos de leituras solitárias no exílio europeu. Entre o projeto inicial e a redação final mediou um longo intervalo, usado para voltar ao Brasil, ingressar na carreira diplomática, logo em seguida contrair matrimônio, ter o primeiro filho, com Carmen Lícia, em Berna, e para decidir, finalmente, retomar o projeto, mas já com uma abordagem muito diferente dos velhos vieses de juventude.
A sede de conhecimento, como diria Russell, tinha me conduzido a um outro universo de interpretações sobre as raízes da pobreza, sobre a natureza das desigualdades sociais, sobre as realidades da exploração capitalista e sobre as fontes de corrupção política, como resultado de todas as leituras, certo, mas sobretudo da confrontação dessas leituras com a realidade que me era dada contemplar, seja no capitalismo “ideal” da Europa ocidental, seja do socialismo “surreal” e de fato opressor, que eu conheci em todos os países da órbita soviética, inclusive no coração do sistema, que eu pude visitar, como antes como estudante e militante de uma causa, depois como turista relativamente privilegiado, já desfrutando do status de diplomata. Não existe nada de mais didático, para revisar vieses e confrontar ideologias, do que confrontar as leituras com a experiência da realidade, ver o mundo como exatamente ele é.
O fato é que na defesa da tese, em plena banca, eu me desentendi com o meu orientador, ele um velho professor marxista de história econômica, e eu, um jovem que ousava desafiar as concepções comumente aceitas sobre o capitalismo no Terceiro Mundo e sobre a revolução burguesa no Brasil, já nas antípodas do que pensava Florestan Fernandes. Acabei obtendo grande distinction, mais talvez pelos vieses bem mais liberais dos demais membros da banca, do que pela insatisfação demonstrada pelo meu orientador, ao constatar que eu não partilhava mais de certos supostos que eram os mesmos contra os quais lutavam pensadores como Roberto Campos, no Brasil, ou Raymond Aron, na França. Enfim, eu tinha realizado a minha Canossa intelectual, tendência que continuei aprofundando nos anos seguintes, ao aprofundar estudos em economia e sociologia do desenvolvimento e em relações econômicas internacionais.
Mas o que isto tudo tem a ver com o fato de eu ter me tornado, poucos anos depois, colaborador eventual, preservador por acaso e, finalmente, editor adjunto da Revista Brasileira de Política Internacional, um título simplesmente honorífico, para quase nenhuma contrapartida ou responsabilidade editorial me foi exigida?
A Revista Brasileira de Política Internacional, mal comparando com o Ministério das Relações Exteriores, também sempre soube prestar serviços da melhor qualidade, e se esmerar na informação confiável, mesmo dispondo de exíguos recursos, raramente tendo soberano de qualquer espécie a quem apelar, ou talvez sim: na figura da Capes-CNPq, que desde o segundo número editado em Brasília, passou a colaborar generosamente com esta iniciativa. Para o primeiro número da nova série, editado de maneira algo improvisada, depois da triste interrupção momentânea causada pelo falecimento do seu antigo editor no Rio de Janeiro, Cleantho de Paiva Leite, tive de apelar para a generosidade de pessoas físicas, de que gostaria, neste momento, de deixar um registro formal e nominal, na pessoa do empresário Stefan Bogdan Salej, um esloveno naturalizado brasileiro e que sempre soube valorizar não só as coisas do Brasil, como também a sua diplomacia, a ponto de a ela se vincular pessoalmente.
A editoria da RBPI esteve assegurada, numa primeira etapa, pelo professor Amado Luiz Cervo, do Departamento de História da UnB, depois associado ao Instituto de Relações Internacionais da mesma universidade, passando depois o bastão ao professor Antonio Carlos Lessa, sob cuja direção a revista deu um salto qualitativo, no sentido de cumprir galhardamente os melhores padrões comparativos com os melhores journals da área, recebendo, portanto, uma alta classificação nos rankings do setor. Ela saiu de um formato tradicional – periodicidade semestral, impressa e distribuída pelas velhas vias da remessa postal – para adotar o formato eletrônico, em edições contínuas, disponível nas novas redes de disseminação digital, com destaque para o Scielo.
Durante todo o período de consolidação da RBPI em Brasília emprestei intensa colaboração em seus primeiros passos, revisando artigos submetidos – o que continuei a fazer de modo regular dali para a frente – e publicando eu mesmo um número razoável de artigos, notas de informação e resenhas de livros em suas páginas. Conectado às datas comemorativas da RBPI, ou do próprio IBRI, também emprestei colaboração à organização e realização de seminários em homenagem a essas duas instituições do panorama brasileiro de pesquisa em relações internacionais, assim como tive o cuidado de preservar a memória da revista, e das próprias instituições oficiais do ramo, elaborando índices remissivos e quadros analíticos cronológicos relativos aos eventos, processos e produção intelectual ano a ano.
Em resumo, posso orgulhosamente dizer que grande parte de minha vida acadêmica e intelectual, durante a quase totalidade de meu desempenho funcional na carreira diplomática e nas atividades universitárias, se deu em torno, em função, a serviço ou em conexão com a RBPI ou o IBRI, o que ainda continuo fazendo. Foi, e ainda é, uma fonte de informação, de reflexão, de inspiração, merecendo, portanto, uma dedicação especial de minha parte. Fui, provavelmente, um dos autores mais editados e publicados, o que até induziu a certa restrição deliberada, nos últimos anos, como forma de não se incorrer naquela endogenia condenada pelos padrões bastante rigorosos das publicações científicas indexadas.
Os ensaios, artigos e notas aqui compilados foram organizados em torno de grandes áreas de interesse, mas ao final apresento uma listagem cronológica das colaborações (mais de meia centena, no total, dos quais apenas 33 são coletados aqui), o que revela, justamente, uma grande incidência nos anos finais da RBPI no Rio de Janeiro e nos primeiros dez anos da série de Brasília. Essas áreas revelam os principais focos de interesse acadêmico e intelectual deste autor, com ênfase nas relações econômicas internacionais do Brasil, sua história diplomática, a política externa, nas interações com o sistema político-partidário e temas de política internacional em geral. Ficaram de fora desta coletânea duas dezenas de resenhas de livros – correspondendo a um volume bem maior de livros, uma vez que eu costumava fazer artigos de resenha, ao estilo dos review-articles da New York Review of Books, o mais famoso periódico de livros dos EUA, de inclinação progressista ou até esquerdista, do qual fui assinante por duas décadas e que ainda leio regularmente –, para não torná-la excessivamente “pesada”, mas coloquei três obituários que elaborei de membros do Conselho Editorial da RBPI (um outro ficou de fora, e fica fora da relação ao final do volume). As resenhas serão incluídas em outra coletânea, dedicadas exclusivamente a esse outro grande vício que alimento desde minha primeira adolescência (ou talvez até antes).
Continuo colaborando com a RBPI, atualmente bem mais para oferecer pareceres a artigos submetidos por autores desconhecidos, do que como articulista, o que, no entanto, permanece como possibilidade eventual. Fico, em qualquer hipótese, extremamente gratificado por ter atuado decisivamente no momento crucial, depois da morte de Cleantho de Paiva Leite, quando a RBPI também poderia ter desaparecido. A gratificação continua ao constatar que a revista se consolidou como publicação de prestígio dentre os journals da área e que ela coloca o Brasil entre os majors do setor.
Vida longa à RBPI e ao IBRI.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de dezembro de 2019