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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sábado, 25 de janeiro de 2020

Bolsonaro e sua circunstância - Editorial Estadão

Bolsonaro e sua circunstância

O assessor que se inspirou em Goebbels só foi exonerado porque houve uma grita generalizada. O conteúdo da fala é o que Bolsonaro já disse inúmeras vezes

Editorial Estadão, 18/01/2020


Não causa surpresa o derretimento acelerado da popularidade do presidente Jair Bolsonaro detectado por uma pesquisa XP/Ipespe recentemente divulgada. O levantamento mostrou que, em um ano, a expectativa positiva em relação ao desempenho do governo para o restante do mandato caiu nada menos que 23 pontos porcentuais, de 63% para 40%. O índice de entrevistados que consideram Bolsonaro “ruim” ou “péssimo” passou de 20% para 39% no mesmo período. Pode-se dizer que esses números refletem não um ou outro problema em especial, mas o conjunto da obra. 
O governo Bolsonaro parece se esforçar para inspirar em cada vez mais brasileiros a sensação de que suas decisões estapafúrdias, que carecem de lastro jurídico ou mesmo de racionalidade, não são meros acidentes ou fruto de circunstâncias passageiras, e sim reflexo preciso daquilo que o presidente é. 
Não se trata apenas de despreparo para o cargo, dificuldade que se poderia amenizar com alguma dedicação aos livros e atenção aos conselhos de quem já viveu a experiência de governar; a esta altura, passado um ano de mandato, já está claro que Bolsonaro desacredita deliberadamente o exercício da Presidência porque não saberia fazer de outra forma e, graças a essa limitação insuperável, convenceu-se de que foi eleito para desmoralizar a política e sua liturgia institucional, algo que ele faz como ninguém. Vista em retrospectiva, a reunião ministerial em que o presidente apareceu de chinelos e camisa (falsificada) de time de futebol logo nos primeiros dias de governo parece hoje, perto do que já vimos, um encontro de estadistas. 
Num dia, o ministro da Educação aparece num vídeo dançando com um guarda-chuva, numa imitação circense do filme Dançando na Chuva, para acusar seus críticos de difundirem fake news; noutro, o secretário da Cultura toma emprestado trechos de um discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista, para anunciar o advento de uma cultura “nacional” financiada pelo Estado, causando horror e estupefação no País e fora dele. Entre um e outro desses momentos nada edificantes de seus assessores, o próprio presidente Bolsonaro achou tempo e oportunidade para fazer piadas de mau gosto sobre um vasto cardápio de temas grosseiros, como se estivesse em um churrasco com amigos. 
Enquanto isso, sempre que pressionado a tomar decisões realmente relevantes para o País, como autorizar privatizações potencialmente polêmicas, cortar privilégios de servidores públicos e reduzir subsídios, o presidente hesitou. Mesmo a reforma da Previdência, que o governo celebra como um feito de Bolsonaro, foi sabotada em vários momentos pelo presidente, tendo sido aprovada graças à mobilização de parlamentares e alguns técnicos do governo. Preocupado em construir seu próprio partido e sua candidatura à reeleição, sobre a qual fala quase todos os dias, Bolsonaro dedica todo o seu tempo não a pensar em maneiras de promover o desenvolvimento do País, mas a alimentar polêmicas de cunho claramente eleitoreiro, enquanto assina medidas destinadas à irrelevância – mas só depois de causar tumulto e insegurança jurídica no País. 
Quando confrontado pelos jornalistas a respeito disso ou a respeito dos cada vez mais volumosos problemas do clã Bolsonaro e de alguns de seus assessores mais próximos com a Justiça ou com a lisura administrativa, o presidente reage de forma truculenta. Mais recentemente, disse que os jornalistas são uma “espécie em extinção” e mandou que a imprensa tomasse “vergonha na cara” e tratasse de “deixar o governo em paz”. (Ver editorial A tenacidade da imprensa.) 
Não são rompantes, e perde tempo quem acredita na possibilidade de que, com o tempo, Bolsonaro vá temperar seu comportamento. O assessor que se inspirou em Goebbels para anunciar o “renascimento da cultura nacional” só foi exonerado porque houve uma grita generalizada diante de tamanho absurdo. Noves fora o plágio nazista, o conteúdo da fala que custou o cargo ao tal secretário é essencialmente o que Bolsonaro já disse e repetiu inúmeras vezes, mesmo antes da eleição. Portanto, ninguém pode se dizer surpreendido, nem mesmo os eleitores mais ingênuos. Bolsonaro é Bolsonaro há muito tempo.

sábado, 19 de outubro de 2019

Ricardo Bergamini oferece o perfil de um sociopata

Alguma relação com fatos, processos, personalidades da vida real?
Não é intencional, mas cada um que tire sua conclusão...
Apenas transcrevo.

Paulo Roberto de Almeida

Entorno de um sociopata nada pode brilhar além dele 
(Ricardo Bergamini).

Sociopatia: mentira, violência e ameaça aos direitos humanos

Doença que provoca atitudes como o desrespeito e violação de direitos das outras pessoas, a psicopatia, também chamada de sociopatia ou transtorno de personalidade antissocial, pode ter início ainda na infância ou na adolescência do paciente e continuar na fase adulta. Segundo os especialistas, até 3% da população mundial é composta de psicopatas, e eles reincidem na criminalidade três vezes mais que bandidos comuns. Para receber esse diagnóstico, o paciente deve ter pelo menos 18 anos e uma história de transtorno de conduta antes dos 15 anos.

Sociopatia: mentira, violência e ameaça aos direitos humanos

Segundo o psiquiatra e professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP), Geraldo José Ballone, no Brasil os transtornos de personalidade atingem mais de cinco milhões de pessoas das mais variadas profissões e classes sociais. Todas sofrem do mesmo problema: total ausência de compaixão, nenhuma culpa pelo que fazem ou medo de serem punidos. Um estudo feito pelo médico também aponta que esses pacientes têm inteligência acima da média e habilidade para manipular o que está a sua volta.

Audiência pública

Para aprofundar os estudos sobre os transtornos de personalidade e avaliar as consequências desse tipo de comportamento nas violações de direitos na sociedade, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), promove dia 17 de outubro, quarta-feira, às 14h, no plenário 9, uma audiência pública.

“O indivíduo adulto com o chamado transtorno da personalidade antissocial tem como características principais o engodo e a manipulação. Já em quem apresenta o transtorno da conduta na infância, acontece um padrão de comportamento repetitivo e persistente, com a violação dos direitos básicos dos outros, de normas e regras sociais importantes e adequadas à idade”, explica o deputado Luiz Couto (PT/PB), presidente da CDHM e que pediu a realização do debate.

Luiz Couto detalha o perigo que essa doença representa. “Há vários níveis de psicopatia, sempre diagnosticados pelos especialistas em transtornos mentais e comportamentais, e as pessoas com esses transtornos são responsáveis por violações de direitos alheios, além de tortura física e mental e até assassinatos”, alerta o deputado. 

O psiquiatra Geraldo José Ballone, também em seu trabalho sobre personalidade psicopática, diz que o psicopata não apenas transgride as normas, mas ignora e considera elas como obstáculos que devem ser superados na conquista de suas ambições. "A norma não desperta no psicopata a mesma inibição que produz na maioria das pessoas", afirma Ballone.

A lei e números

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM, na sigla em inglês) da Sociedade Americana de Psiquiatria, a prevalência do transtorno da personalidade antissocial em amostras comunitárias é de cerca de 3% em homens e de 1% em mulheres. As estimativas em contextos clínicos variam de 3% a 30%, dependendo das características das populações pesquisadas. Essas taxas podem ser ainda mais altas em ambientes forenses ou penitenciários e relacionados a abuso de drogas.

Na legislação brasileira existem três possibilidades que a lei oferece para delitos cometidos por psicopatas: responsabilidade total; responsabilidade atenuada; e isenção de responsabilidade. Nessa última opção, o psicopata é considerado doente mental, com anomalia estrutural da personalidade, e deve ser encaminhado a um hospital psiquiátrico ou ao chamado manicômio judicial.

Como identificar  

Especialistas usam um teste específico para identificar psicopatas, a Escala Hare PCL-R. Criada pelo psicólogo canadense Robert Hare, em 1991, é uma lista de 20 itens que englobam as principais características de um psicopata, como tendência a mentir e falta de culpa ou remorso. A avaliação, que só pode ser feita por psicólogos ou psiquiatras, também considera o histórico familiar e pessoal. De acordo com os especialistas, o teste é uma grande arma contra a criminalidade, já que pode revelar, por exemplo, se um bandido tende a continuar praticando crimes ou se foi só um ato isolado.

Devem participar do encontro promovido pela CDHM, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, que é autora do livro "Mentes Perigosas", a médica Hilda Morana, coordenadora do Departamento de Psiquiatria Forense da Associação Brasileira de Psiquiatria, o defensor público federal Vinícius Monteiro de Barros e o Conselho Federal de Psicologia.

Pedro Calvi / CDHM

Fontes:  Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais e Dr. Geraldo José Ballone, da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (SP).

Ricardo Bergamini

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Venezuela: a personalidade psicopatica de Hugo Chavez

LA PERSONALIDAD PSICOPÁTICA DE HUGO CHÁVEZ
Entrevista al psiquiatra Franzel Delgado Senior

Franzel Delgado Sénior recuerda que las estadísticas universales demuestran que la mayoría de las personalidades sociopáticas, en cuya clasificación incluye al presidente Chávez, tienen un final trágico. El psiquiatra cree que el mandatario está biológica e irrevocablemente diseñado para el conflicto. 'Pretender que cambie es como esperar que sus ojos pasen de marrones a azules'.

El poder relajante de la música se siente de entrada en el consultorio de Franzel Delgado Sénior. Mientras el médico se instala en su sillón para analizar la controversial personalidad del Presidente Chávez, se oyen, en el fondo, unos sutiles cantos hindúes que se repiten infinitamente. 'Yo no tengo ningún interés en descalificar a nadie. Simplemente creo que, sin el aporte de la psiquiatría, no va a ser posible comprender el escenario tan complejo en el que ha entrado Venezuela.'.

Delgado Sénior fue presidente de la Sociedad Venezolana de Psiquiatría, Premio Nacional de Psiquiatría, tiene master en psicoterapia en las universidades de Londres y California y ha dedicado toda su vida al ejercicio de la psiquiatría clínica.

Después de la primera pregunta, el especialista pasa del sereno estado alfa al atento estado beta.

-La tesis del magnicidio es recurrente en el presidente Chávez. ¿Tiene alguna explicación psicológica el hecho de que el mandatario apele a esta constante en su discurso?
-El Presidente tiene, como todo ser humano, una configuración de la personalidad. Ese proceso que nutre la construcción de la personalidad cierra, en promedio, a los 21 años en todas las personas. Y, después de los 21 años, no es modificable. Cuando las cargas de la personalidad están bien repartidas, podemos hablar de una personalidad normal. Pero cuando ese proceso de estructuración se produce de manera inadecuada y cierra con cargas desproporcionadas (muchas cargas de un tipo y pocas de otra), entonces la personalidad se configura patológicamente. Y esa configuración patológica es vitalicia.

-¿Hay alguna configuración patológica en el caso del jefe de Estado?
-Existen características muy claras que permiten, sin mayor dificultad, plantearse una estructura de personalidad de tipo sociopática y narcisista.
Los trastornos de personalidad sociopáticos están definidos en las clasificaciones universales de la psiquiatría. Se trata de personas que están diseñadas biológicamente para violar las normas; no ejercen la lealtad; no actúan con la verdad; tienen vidas afectivas sumamente inestables; en su estructura no hay sensibilidad; no hay arrepentimientos; tienen que vivir permanentemente en el conflicto; no saben vivir en paz con los demás; y son muy manipuladoras.

-¿Y la personalidad narcisista?
-En el caso del narcisismo, la percepción que la persona tiene de sí misma está fuera de la realidad; es exagerada; tiene la convicción de ser única; se siente por encima de los demás. Cualquier mala acción es posible para satisfacer esas necesidades narcisistas de la personalidad. Como los narcisistas se creen predestinados para una situación muy especial, perfectamente es factible que puedan abrigar el temor de que hay gente interesada en eliminarlos. El temor del Presidente ante un magnicidio es absolutamente justificable. Si revisamos las estadísticas universales, encontramos que una proporción muy significativa de personas con trastornos sociopáticos termina muerta. Porque son agresivas, son conflictivas, violan los derechos de los demás, y, en algún momento de su vida, alguien les cobra.

-¿Usted puede clasificar la personalidad del Presidente sin que él haya sido su paciente?
-Yo no hago un diagnóstico como médico, porque él nunca ha sido mi paciente, pero los psiquiátras podemos precisar que las conductas observables del presidente de la República se corresponden con este tipo de trastornos de la personalidad que menciono. Aparte de estas características, creo que Chávez es una persona con un grado intelectual muy básico; un hombre con muy poca cultura; acostarse católico y despertarse a las 8 horas evangélico, es una muestra fehaciente de ello.

-Pero inteligente????
-Podría ser inteligente. Lo que pasa es que a veces la inteligencia de una persona engaña. Durante mucho tiempo, las clasificaciones internacionales señalaban que una de las características de las personalidades sociopáticas era la inteligencia. Pero, con el tiempo, ese criterio se revisó, porque se comenzó a percibir que no era tanto la inteligencia, sino la habilidad para manipular a los demás lo que los hacía aparecer como inteligentes. Esperar que el Presidente cambie es pretender que sus ojos marrones pasen a ser azules. No es posible.

-¿Pero no podría cambiar ni siquiera apelando a un trabajo de ingeniería genética?
-Sobre la personalidad no se puede actuar. Aquí no podemos esperar paz mientras el presidente de la República sea Chávez. Porque Chávez no es que no quiera ser distinto, es que no puede ser distinto. Biológicamente está diseñado para hacer lo que está haciendo. Y ni que él se lo propusiera pudiese ser distinto. Mientras no entendamos eso, no vamos a comprender por qué le estamos declarando la guerra a los Estados Unidos, o por qué un gobierno que habla de paz anda comprando cien mil fusiles a Rusia o porqué desajusta la vida y la paz en Latinoamérica.

-La idea del magnicidio también la asoma recurrentemente Fidel Castro, quien ha inventariado la cantidad de veces que Estados Unidos habría intentado asesinarlo.
-Chávez y Castro, aunque intelectualmente son diferentes (el primero es el guerrero y el segundo el oráculo), deben tener personalidades muy parecidas. Para ser un dictador durante más de cuarenta años, Castro debe tener, sin duda, una estructura sociopática. Si no hay una estructura sociopática, no se puede ejercer la dictadura, porque la dictadura es violación de los derechos de los demás; el irrespeto de los límites; conflictividad; es crueldad. Y eso una personalidad sana no lo puede cohonestar. Ninguna persona que no tenga un componente narcisista, creerse superior a los demás, puede ser dictador. Porque precisamente el dictador lo que busca es poder; sumisión; subyugar eternamente.

-Usted dice que Chávez es insensible, pero lo que uno percibe, más bien, es que es precisamente su sensibilidad lo que lo lleva a establecer lazos profundos con los sectores populares.
-Lo que identifica al Presidente con los sectores populares es su gran capacidad de manipulación. Toda conducta pública del Presidente, desde abrazar a una viejita, hasta levantar a un bebé en brazos o fotografiarse en actitud de armonía con algún otro jefe de estado con quien tiene conflictos, son actos ficticios. Son actuaciones para manipular. En las personas con esa estructura sociopática, según los textos, no hay una identificación genuina con el dolor y la necesidad de los otros. Todo está en función de los beneficios que él pueda obtener. Yo creo que el chavismo tiene muchas características de secta. Las sectas siempre tienen un líder, a quien se considera como único, especial, como hombre predestinado a una acción superior; y todos los que siguen a esa persona le deben una sumisión incondicional. Quien participa en el proceso recibe todas las prebendas, siempre y cuando sea incondicional. Pero a aquél que disienta o se salga de la secta, lo acaban.
Hoy hay criterios de las ciencias, universales, que permiten hacer el diagnóstico de Secta destructiva para cualquier grupo organizado que emerja en el seno de una sociedad, y el chavismo los cumple todos.

-¿No existe la crítica?
-No existe la crítica. La lesión más grave que le ha producido la revolución al país es que le ha quebrado la lógica. Nos fracturó la lógica. Nos hemos acostumbrado a vivir con la lógica rota.
Un ejemplo típico de esta distorsión de la coherencia es que nos vemos obligados a exigirle al chavismo que cumpla con la Constitución que él mismo promovió.
Hay dos elementos que se nos han hecho cotidianos:
la paradoja y la incertidumbre.
Uno solo de esos elementos que se haga cotidiano, termina enfermando al cerebro.
El cerebro tiene que vivir dentro de una estructura lógica, que lo que perciban sus ojos sea lo que él procesa.
Cuando Chavez dice: Son unos escuálidos, a la marcha asiste un millón de personas.
Cuando Chavez dice: Éste es una maravilla de fiscal, llevémoslo al panteón y, a las dos semanas se sabe que sobre éste fiscal pesan enormes sospechas de extorsión.

-¿Cuál cree que será el destino del Presidente?
-Si esta llamada revolución tuviese alguna posibilidad de enmienda, la opción de que se mantuviera sería mucho mayor. Pero, como desde el punto de vista de la psiquiatría no hay ninguna posibilidad de enmienda, dada la estructura de personalidad del Presidente, que es inmodificable, esta revolución seguirá hacia el despeñadero. Indefectiblemente, desde el punto de vista de la ciencia, Chávez tiene algo seguro en su futuro, que es la soledad.