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sexta-feira, 15 de março de 2024

"Declaro o Estado de Sítio", dentro das quatro linhas de uma ditadura: a prova definitiva do golpe de Bolsonaro - Jamil Chade (UOL)

 

'Declaro o Estado de Sítio'; leia o texto que decretaria o golpe


Jamil Chade

Colunista do UOL, em Genebra

Reportagem, 15/03/2024 12h26

 

O documento que estabeleceria o Estado de sítio no Brasil consta no depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército. O ministro do STF Alexandre de Moraes derrubou hoje o sigilo de 27 depoimentos.

Segundo disse o general Freire Gomes, trata-se do material encontrado com o tenente-coronel Mauro Cid, então auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, e que foi alvo de debates.

Questionado sobre o documento, o general Freire Gomes confirmou que o texto foi apresentado numa reunião no dia 7 de dezembro de 2022. O texto teria sido lido por Filipe Martins, Assessor Internacional da presidência.

Martins então se retirou da sala, "ficando apenas os militares, o então Ministro da Defesa e o então Presidente da República Jair Bolsonaro". "O Presidente informou ao depoente [Freire Gomes] e aos presentes que o documento estava em estudo e depois reportaria a evolução aos Comandantes".

 

Eis a íntegra do documento:


Ordem e Progresso: o lema de nossa bandeira requer nossa constante luta pela "segurança jurídica" e pela "liberdade" no Brasil, uma vez que não há ordem sem segurança jurídica, nem progresso sem liberdade.

Nossa Constituição Federal de 1988, a Constituição Cidadã, reúne normas gerais favoráveis à "segurança jurídica" e à liberdade da sociedade brasileira na medida em que direitos e garantias (como o direito à vida, a liberdade e a igualdade), princípios fundamentais (como o devido processo legal, o contraditório e a imparcialidade) e remédios constitucionais (como o Habeas Corpus ou o Habeas Data) foram criados pelo Constituinte em linha com os interesses de todos os membros da sociedade brasileira.

Sem dúvida, neste contexto, a ideia de justiça para o Direito do Estado presume que o Poder emana do povo e que a realização da justiça é um imperativo para a sociedade e os agentes públicos. É dizer numa perspectiva constitucional, a ideia de justiça para o Direito depende de leis justas e legítimas no Estado Democrático de Direito, assim como de decisões judiciais justas e legítimas. Para tanto, devemos considerar que a legalidade nem sempre é suficiente: por vezes a norma jurídica ou a decisão judicial são legais, mas ilegítimas por se revelarem injustas na prática. Isto ocorre, quase sempre, em razão da falta de constitucionalidade, notadamente pela ausência de zelo à moralidade institucional na conformação com o ato praticado.

Devemos lembrar que a Constituição Federal de 1988 inovou ao prever expressamente o "princípio da moralidade" no caput de seu artigo 37.

Este princípio constitucional (de inspiração humanista e iluminista) surgiu na jurisprudência do Conselho de Estado Francês há mais de 100 anos, como forma de controle para o desvio de finalidade na aplicação da lei. Para além de seu reconhecimento e aplicação na França, o Princípio da Moralidade também vem servindo de baliza para o exercício dos agentes públicos em outros países.

À evidência, de forma louvável e pautada por este precedente, a Constituição Federal de 1988 converteu a "moralidade" em fator de controle da "legalidade", inclusive quanto à interpretação e aplicação do texto constitucional e de suas lacunas, justamente para conferir a justa e esperada "legitimidade" aos atos praticados pelos agentes públicos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.

Insta dizer que o "Princípio da Moralidade Institucional" presume a probidade de todo e qualquer agente público, ou seja, sua honestidade e lisura. Ele proíbe o desvio de finalidade, enquanto arbitrariedade supralegal. Enfim, não permite que leis e/ou decisões injustas sejam legitimadas por atos autoritários e afastados do marco constitucional.

De modo geral, todo servidor público (seja ele um Ministro do Supremo Tribunal Federal ou um "gari" de uma cidadezinha do interior) deve atuar sempre de acordo com o "Princípio da Moralidade Institucional": deve atuar de forma íntegra e legítima, sempre de acordo com a justa legalidade!

O "servidor público" no exercício da magistratura não pode aplicar a lei de forma injusta, ou seja, contra a Constituição, em especial de modo contrário ao Princípio da Moralidade Institucional, isto porque, este mandado constitucional não pode ser afastado, nem ter o seu alcance mitigado: deve sempre ser considerado aplicado. Do contrário, teremos uma atuação ilegítima.

O juiz de direito (seja ele ministro do STF, ou não) nunca pode agir sem a devida esperada conformação de suas decisões à moralidade institucional.

Enquanto, os "guardiões da Constituição", os Ministros do Supremo Tribunal Federal, STF, também estão sujeitos ao "Princípio da Moralidade", inclusive quando promovem o ativismo judicial.

Aliás, o desmedido "ativismo judicial" e a aparente "legalidade" (desprovidas de legitimidade; contrárias ao Princípio da Moralidade Institucional; e, assim injustas) não podem servir de pretextos para a desvirtuação da ordem constitucional pelos Tribunais Superiores, senão vejamos, entre outros, algumas situações recentes:

 

1) as normas legitimas autorizando a atuação de juízes suspeitos (nestas eleições, o Ministro Alexandre de Moraes nunca poderia ter presidido o TSE, uma vez que ele e Geraldo Alckmin possuem vínculos de longa data, como todos sabem);

2) as decisões legítimas permitindo a censura prévia (restringindo as prerrogativas profissionais da imprensa e de parlamentares, por exemplo);

3) as decisões afastando muitas "causas justas" da apreciação da Justiça (o TSE não apurou a denúncia relativa à falta de inserções de propaganda eleitoral);

4) as decisões limitando a transparência do processo eleitoral e impedindo o reconhecimento de sua legitimidade (impedindo o acesso do Ministério da Defesa ao "código fonte" das urnas, não apurando a denúncia do PL quanto às urnas velhas; e, ainda, impondo multa arbitrária e confiscatória para constranger o PL em razão de suposta litigância de má-fé - aliás, os dois primeiros dígitos da multa imposta coincidem com o número do partido político em questão); e

5) as decisões abrindo a possibilidade de revisão do "trânsito em julgado" de importantes matérias já pacificadas pelo STF (notadamente, para prejudicar os
interesses de certos e determinados contribuintes)

É importante dizer que todas estas supostas normas e decisões são ilegítimas, ainda que sejam aparentemente legais e/ou supostamente constitucionais, isto porque, são verdadeiramente inconstitucionais na medida em que ferem o Princípio da Moralidade Se Institucional: maculando a segurança jurídica e na prática se revelando manifestamente injustas.

 

Para além deste fundamento comum de verdadeira inconstitucionalidade, outros princípios, direitos e garantias também restam vulnerados de forma pontual. Enfim, são normas e decisões aparentemente constitucionais, mas inconstitucionais, em verdade) que colocam em evidência a necessidade de restauração da segurança jurídica e de defesa às liberdades em nosso país.

Não à toa, encontramos ao longo da história algumas ideias convergentes ao apelo de nosso discurso. Na Antiguidade, "Dar a cada um o que é seu" já era uma ideia defendida por Aristóteles, como definição de justiça e princípio de direito. No Iluminismo, a necessidade de "resistência às leis injustas" já era uma ideia defendida por Tomás de Aquino. Mais recentemente, após a Segunda Guerra Mundial, Otto Bachof defendeu na Alemanha a possibilidade de controle das normas constitucionais inconstitucionais, em especial ao reconhecer a existência de um direito supralegal, ou seja, um direito pressuposto natural acima da Constituição e de suas normas.

Afinal, diante de todo o exposto e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem.

 

Depoimento de Mauro Cid

Em setembro do ano passado, o UOL revelou que Mauro Cid havia narrado à PF, no âmbito de seu acordo de colaboração, que Bolsonaro consultou os comandantes das Forças Armadas sobre um plano de golpe de estado, após perder as eleições de 2022.

Naquele conjunto de depoimentos, Cid afirmou que os comandantes da Aeronáutica e do Exército se opuseram à trama.


'Não deixem Bolsonaro na mão', disse Zambelli, segundo ex-chefe da FAB


Pazuello sugeriu usar Forças Armadas contra posse de Lula, diz Freire Gomes


Jamil Chade

Às vésperas de eleição, PF abriu apuração para ligar narcotráfico a Lula

 https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/03/15/as-vesperas-de-eleicao-pf-abriu-apuracao-para-ligar-narcotrafico-a-lula.htm

15/03/2024 13h57

 

 

 

sexta-feira, 1 de março de 2024

Editor do principal jornal independente russo é preso em Moscou

 Editor do principal jornal independente russo é preso em Moscou

 https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2024/02/29/editor-do-principal-jornal-independente-russo-e-preso-em-moscou.htm?cmpid=copiaecola

MOSCOU, 29 FEV (ANSA) - O editor-chefe do renomado jornal independente russo Novaya Gazeta foi detido em Moscou nesta quinta-feira (29) após ter sido acusado de desacreditar as forças armadas da Rússia.

A informação foi confirmada pela própria publicação, que especifica que Serghei Sokolov foi levado por oficiais do Centro Russo de Combate ao Extremismo.

Ainda segundo o jornal, a acusação contra o editor russo está relacionada a um artigo publicado no Novaya Gazeta. Até o momento, não há informações sobre a data da audiência.

Sokolov foi oficialmente nomeado editor do Novaya Gazeta em setembro de 2023, após a demissão do vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Dmitry Muratov, que foi considerado um "agente estrangeiro" pelas autoridades russas.

Na mesma ocasião, um tribunal de Moscou revogou a licença do jornal independente, que há anos critica o Kremlin, como parte da contínua repressão das autoridades à dissidência.

Na sequência, também foi aprovada uma legislação para proibir a depreciação dos militares russos ou a divulgação de "informações falsas" sobre as ações do país liderado por Vladimir Putin no território ucraniano. Com a medida, os jornais independentes russos foram banidos.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Diezmada, la oposición rusa tiene pocas opciones para desafiar a Vladimir Putin - Luisa Corradini (La Nación)

Diezmada, la oposición rusa tiene pocas opciones para desafiar a Vladimir Putin

Tras la muerte en prisión del principal opositor Alexei Navalny el viernes, otras figuras que le hacen frente al mandatario ruso dudan sobre los próximos pasos a seguir para enfrentar al jefe del Kremlin

LA NACION, 18/02/2024

https://www.lanacion.com.ar/el-mundo/diezmada-la-oposicion-rusa-tiene-pocas-opciones-para-desafiar-a-vladimir-putin-nid18022024/

PARÍS.– En los 24 años que ha dirigido Rusia con mano de hierro, Vladimir Putin consiguió aniquilar casi totalmente las voces disidentes. Mostrando su verdadera naturaleza de dictador sin escrúpulos, el autócrata del Kremlin fue eliminando uno a uno cada uno de aquellos que intentaron ponerse en su camino con todos los recursos a su alcance.

Hoy, los últimos opositores realmente mediáticos se encuentran casi todos en el exilio o en prisión. Mientras la oposición propiamente dicha, dividida afuera y amordazada dentro del país, espera una nueva figura providencial, capaz de remplazar al desaparecido Alexei Navalny y provocar un sobresalto democrático. 

Todos aquellos que estamos en la oposición no sabemos muy bien lo que deberíamos hacer ahora. Toda nuestra vida de oposición giró siempre en torno a Alexei Navalny”, reconoció este fin de semana Maxim Katz, 39 años, influencer en YouTube y excampeón de póker, basado actualmente en Israel.

Como él, toda una generación de jóvenes rusos debe su despertar democrático a través de las redes sociales a Navalny, fallecido el viernes en una prisión rusa del círculo polar. Según YouTube Analytics, el canal de Katz recibió cerca de 10 millones de visitas únicas en los últimos tres meses, 60% de las cuales provenían del interior de Rusia.

Pero, ¿acaso las principales figuras de la oposición podrían reemplazar a Navalny en el futuro? ¿Tal vez formando una alianza que aumente sus pesos políticos individuales?

La alternativa siempre fue desechada por Navalny y por su equipo, explicando que el tiempo y el esfuerzo gastado en administrar alianzas políticas debía ser utilizado en denunciar a Putin. “Seré directo: vete al demonio con tus coaliciones”, escribió Navalny en respuesta al llamado de Katz a formar una alianza electoral.

No es esa la posición de otra gran figura de la oposición en exilio, el múltiple campeón de ajedrez Garry Kasparov. “Siempre defendí la idea de una coalición porque, entre otras razones, sabía cuán vulnerables son los líderes opositores. Una coalición es mucho más estable como sistema, porque si una persona desaparece, quedan otras, y otras más”, afirma.

La solución a esos interrogantes no se producirá en forma inmediata. Putin sabe muy bien que, en el exterior, ninguna disidencia tiene demasiadas chances de éxito. En cuanto a aquellos opositores que aún quedan en el país, solo basta condenarlos al silencio, como lo demuestra la siguiente lista.

Vladimir Kara-Mourza, encarcelado por “alta traición”.

Reconocido culpable en 2023 de “alta traición”, difusión de “falsas informaciones” sobre el Ejército ruso y trabajo ilegal para una organización “indeseable” en Rusia, Vladimir Kara-Mourza, 42 años, purga una pena de 25 años de cárcel en una colonia penitenciaria de Siberia. Recientemente escribió haber sido colocado en aislamiento por lo menos durante cuatro meses. Padre de tres hijos, fue detenido en la primera boreal de 2022, cuando regresó a Rusia.

Experiodista galardonado en 2022 con el premio Vaclav-Havel de los derechos humanos, Kara-Mourza afirma haber sido víctima de dos intentos de envenenamiento, en 2015 y 2017, que atribuye al poder ruso. Como consecuencia, hoy padecería de polineuropatía y patología neuromuscular.

El opositor Vladimir Kara-Mourza
El opositor Vladimir Kara-Mourza

Ruso de nacimiento, Kara-Mourza también es ciudadano del Reino Unido, país donde se instaló con su madre cuando tenía 15 años. Ya adulto se acercó a la oposición rusa, en particular a Boris Nemtsov, asesinado de cuatro balazos a dos pasos del Kremlin en 2015. Antes de ser encarcelado, en 2021, estimaba no tener la intención de dejar Rusia a pesar de los riesgos: “Somos hombres políticos rusos, nuestro lugar es en este país”, afirmaba, agregando que “el mayor regalo” que los opositores podían hacerle a Putin era “abandonar y escapar”.

Kara-Mourza fue presidente de la ONG Open Russia, fundada en 2001 por Mikhail Jodorkovski, exoligarca en exilio y opositor del Kremlin, y vicepresidente del partido opositor liberal Parnas.

Illia Yashim, encarcelado después de criticar la ofensiva Rusia contra Ucrania

Por haber criticado en directo en YouTube la invasión rusa a Ucrania, Illia Yashim fue condenado a ocho años y medio de prisión en diciembre de 2022. Una pena ratificada en apelación en abril de 2023. Yashim había denunciado “el asesinato de civiles” en la ciudad ucraniana de Bucha, donde el Ejército ruso cometió terribles exacciones, negadas hasta hoy por el Kremlin.

El político de 40 años fue juzgado por violar la ley “sobre los fake news”, pasible de una pena de hasta 15 años de cárcel para todo aquel que “desacredite” o publique “falsas informaciones” sobre las fuerzas armadas rusas.

Illia Yashim
Illia Yashim

Oleg Orlov, confundador de la disuelta ONG Memorial, podría ir a la cárcel durante cinco años.

Considerado en Rusia como un “agente del extranjero”, Oleg Orlov, de 70 años, es juzgado desde el viernes pasado por haber denunciado en varias oportunidades el asalto ruso contra Ucrania. Cofundador de Memorial, Orlov se ha negado a declarar durante ese proceso que podría llevarlo hasta cinco años a la cárcel. Las próximas audiencias han sido fijadas para el 21 y el 26 de febrero.

Una ONG rusa que fuera pilar de la lucha contra las represiones en la Rusia contemporánea, guardiana de la memoria de las víctimas del Gulag y laureada con el premio Nobel de la Paz 2022, Memorial fue disuelta por la justicia rusa en 2021.

El activista de derechos humanos Oleg Orlov
El activista de derechos humanos Oleg Orlovpicture alliance - picture alliance

Mikhail Jodorkovski, el exoligarca exiliado

Exmillonario de 60 años, el que fuera alguna vez el hombre más rico de Rusia gracias a su empresa petrolera, Yukos, fue detenido en octubre de 2003 en su jet privado, inmovilizado en la pista del aeropuerto de Novossibirk, en Siberia. Fue inculpado por el régimen de estafa en gran escala, evasión fiscal y malversación. La Justicia rusa lo condenó a 14 años de prisión y redujo después su pena en apelación. Putin lo indultó diez años después, en 2013, y le permitió exiliarse. Actualmente reside en Londres.

Tras su liberación, Jodorkovski había prometido no aventurarse en política. Pero en 2013 lanzó Open Russia, destinada a reunir fuerzas proeuropeas en Rusia, con vistas a las elecciones parlamentarias de 2016. La respuesta del Kremlin no se hizo esperar. En 2015, la Justicia lanzó un mandato de arresto internacional por “organización de asesinato e intento de asesinato contra dos personas y más”, hechos que habrían sucedido en 1998.

Ya en 2001, Jodorkovski había fundado una primera versión de Open Russia, aquella vez con carácter humanitario, que financió liceos para huérfanos de guerra y ayudó a desarrollar internet en las escuelas.

Mikhail Jodorkovski, el exoligarca exiliado que está en la mira del Kremlin
Mikhail Jodorkovski, el exoligarca exiliado que está en la mira del KremlinMatt Dunham

Evgueni Roizman, el exalcalde de Ekaterimburgo que logró escapar de la cárcel de milagro.

A los 61 años, Evgueni Roizman es un hombre libre. Pero logró escapar de milagro a la prisión. En marzo de 2023, el emblemático exalcalde (2013-2018) de Ekaterimburgo, la cuarta ciudad más importante del país, situada en los Urales, fue condenado a 14 días de prisión por haber compartido en las redes sociales un video que llevaba el logo de la Fundación Anticorrupción de Alexei Navalny, organización juzgada de “extremista”.

En mayo del mismo año, fue juzgado por haber “desacreditado” al Ejército ruso en otro video difundido en YouTube, donde criticaba la ofensiva contra Ucrania. Veredicto: una multa de unos 3000 euros.

Evgueni Roizman
Evgueni Roizman

Garry Kasparov, excampeón mundial de ajedrez exiliado

No se puede negociar con un cáncer. Como un cáncer, Putin y sus elites deben ser arrancados de cuajo”, declaró en 2015 ante el Senado de Estados Unidos el opositor Garry Kasparov, cinco días después del asesinato de Nemtsov en Moscú. A los 60 años, el séxtuple campeón del mundo de ajedrez vive exiliado en Estados Unidos, donde preside la Fundación de Derechos Humanos (HRF).

El político y cofundador del Foro Rusia Libre Garry Kasparov asiste a la sesión pública del 'Foro Rusia Libre' el 1 de diciembre de 2022 en Vilna, Lituania
El político y cofundador del Foro Rusia Libre Garry Kasparov asiste a la sesión pública del 'Foro Rusia Libre' el 1 de diciembre de 2022 en Vilna, LituaniaOleg Nikishin - Getty Images Europe