Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Prata da Casa: as instituições de Bretton Woods - Carlos Marcio B. Cozendey
A politica externa companheira: uma diplomacia anomala - Alberto Pfeifer
Acho que ele ele combina com texto em meu último (ops, mais recente) livro, Nunca Antes na Diplomacia..., que se chama, justamente: Uma diplomacia exótica (também bizarra...).
Enfim, eu e o Alberto Pfeifer devemos estar profundamente errados, pois essa mesma diplomacia, anômala, exótica, ou seja lá o que for, é admirada e exaltada por 90%, ou mais, dos membros da nossa academia, sem falar de outras esferas, onde a aceitação deve beirar 120%.
Enfim, já nao estou mais sozinho...
Paulo Roberto de Almeida
A Primeira Guerra Mundial e o Brasil - Paulo Roberto de Almeida (Mundorama)
1. O que era o Brasil em 1914, e o que representou a guerra europeia?
Para abordar o impacto da guerra de 1914-1918 sobre o Brasil seria preciso ter bem presente o que era o Brasil em 1914, o que era a Europa, o que ela representava para o Brasil nessa época, e o que a guerra alterou no padrão de relacionamento, direta e indiretamente. Vamos resumir um complexo quadro político, econômico e diplomático. Saiba mais
Transcrevo o artigo:
1. O que era o Brasil em 1914, e o que representou a guerra europeia?
Para abordar o impacto da guerra de
1914-1918 sobre o Brasil seria preciso ter bem presente o que era o
Brasil em 1914, o que era a Europa, o que ela representava para o Brasil
nessa época, e o que a guerra alterou no padrão de relacionamento,
direta e indiretamente. Vamos resumir um complexo quadro político,
econômico e diplomático.
O Brasil de cem anos atrás era o café, e o
café era o Brasil. Toda a política econômica, aliás toda a base fiscal
da República e dos seus estados mais importantes, assim como a própria
diplomacia, giravam em volta das receitas de exportação, que
compreendiam tanto ao próprio produto, e que faziam a riqueza dos barões
do café, quanto os impostos de exportação, que afluíam ao orçamento de
São Paulo e dos demais estados produtores. Dez anos antes, angustiados
por um problema que eles próprios haviam criado, a superprodução de
café, esses estados realizaram um esquema de valorização do produto, via
retenção de estoques, no famoso Convênio de Taubaté, para cujo
financiamento tivemos, pela primeira vez, a participação de bancos
americanos. Os próprios banqueiros oficiais do Brasil, os Rothchilds de
Londres, haviam se recusado a fazer parte do esquema, pois se tratava de
uma típica manobra de oligopolistas contra os interesses dos
consumidores. O Brasil dominava então quase quatro quintos da oferta
mundial de café, e essa posição lhe assegurava a capacidade de fazer
grandes manobras.
Mais tarde, em 1914, justamente, outros
concorrentes tinham entrado nesse lucrativo mercado, a Colômbia, por
exemplo, que sem poder competir em quantidade, começou a dedicar-se a
melhorar a qualidade dos seus cafés. Na mesma época, o Brasil estava
sendo processado em tribunais de Nova York, por praticas
anti-concorrenciais na oferta de café, justamente. Foi também quando os
mercados financeiros se fecharam repentinamente para o Brasil, com o
estalar da guerra em agosto desse ano. O Brasil sempre dependeu do
aporte de capitais estrangeiros, seja para financiar projetos de
investimento em infraestrutura – que eram feitos sob regime de
concessão, num esquema muito similar ao que viria a ser conhecido depois
como PPP, ou seja, parcerias público-privadas, com garantia de juros de
6% ao ano –, seja para o financiamento do próprio Estado, que vivia
permanentemente em déficit orçamentário.
O Brasil já tinha efetuado uma operação
de funding-loan en 1898, isto é, um empréstimo de consolidação trocando
os títulos das dívidas anteriores por novos títulos, e tinha conseguido
fazer um novo pouco antes da guerra, e já não mais teve acesso ao
mercado de capitais durante toda a duração do conflito europeu. Este
representou um tremendo choque para a economia brasileira, pois os
mercados europeus ainda eram importantes consumidores dos produtos
primários de exportação, e os principais ofertantes de bens
manufaturados, equipamentos e, sobretudo, capitais, ainda que os Estados
Unidos já fossem o principal comprador do café brasileiro desde o final
do século 19, e que suas empresas já tivessem começado a fazer
investimentos diretos no Brasil.
2. Impactos imediatos do conflito iniciado em 1914
O espocar dos canhões de agosto
representou, em primeiro lugar, uma interrupção nas linhas de
comunicação marítimas, já que a Alemanha tinha construído para si uma
marinha de guerra quase tão importante quanto a da Grã-Bretanha. Mais
adiante a British Navy consegue desmantelar boa parte da frota
germânica, mas de imediato, os transportes marítimos com os portos da
Europa do norte foram bastante afetados pelas batalhas navais e pela
ação dos surpreendentes submarinos alemães. Mas mesmo os estoques de
café nos portos de Trieste, no Mediterrâneo, ficaram retidos, sob
controle dos impérios centrais, neste caso da monarquia multinacional
representada pela Áustria-Hungria, que seria desfeita com a derrota em
1918.
O produto mais importante de exportação
do Brasil foi, assim bastante afetado pela perda de importantes mercados
consumidores, o que aumentou tremendamente a dependência da demanda
americana. Mas, os principais financiadores externos da jovem República
ainda eram banqueiros europeus, agora comprometidos com a compra de
títulos da dívida nacional de seus próprios países. A Alemanha também se
tinha convertido num importante parceiro comercial do Brasil, além de
ter iniciado um itinerário promissor com alguns investimentos diretos de
suas empresas e casas comerciais. Outros mercados do velho continente
também se viram engolfados no conflito, causando novos e continuados
prejuízos ao Brasil.
O debate interno, sobre quem o Brasil
deveria apoiar na guerra europeia, também foi importante, colocando
importantes intelectuais em oposição, assim como tribunos e magistrados
dos dois lados da cerca. O grande historiador João Capistrano de Abreu
foi considerado um germanófilo, ao passo que Rui Barbosa insistiu na
culpa moral da Alemanha, que tinha invadido e esquartejado a Bélgica, um
país neutro. Uma das vítimas desse debate passional foi o próprio
sucessor de Rio Branco, o chanceler Lauro Muller, considerado talvez
menos isento por causa de sua ascendência alemã: ele renunciou ao cargo
quando o Brasil fez a sua escolha. A maior parte da classe culta no
Brasil, os membros da elite que adoravam gastar seus mil-réis nos
cabarés de Paris, era evidentemente francófila, mas os alemães ajudaram a
empurrar o Brasil para o lado da aliança franco-britânica ao atacarem
navios comerciais brasileiros no Atlântico, quando o Brasil ainda era
oficialmente neutro no conflito. Acabamos entrando modestamente na
guerra, quase ao seu final, enviando um batalhão médico para a França.
No conjunto, a guerra representou imensas
perdas comerciais e financeiras para o Brasil, que tentou se ressarcir,
na conferência de paz de Paris, sem obter de verdade satisfação plena
por suas reivindicações de obter compensação pela apropriação de navios
alemães: os próprios países europeus se encarregaram de extorquir a
Alemanha o máximo que puderam, e o caso do Brasil não era julgado
realmente importante em face do conjunto de demandas dos países mais
afetados pela guerra.
3. Impactos de mais longo prazo, efeitos permanentes
Os efeitos mais importantes da primeira
guerra mundial, porém, não se limitaram aos terrenos militar e
comercial, mas foram verdadeiramente impactantes no domínio econômico no
seu sentido mais lato, provocando mudanças extremamente importante nas
políticas econômica de todos os países, com consequências negativas para
todo o mundo, e moderadamente positivas para o Brasil. Uma das
primeiras consequências econômicas da guerra foi a cessação de
pagamentos entre os inimigos, o que era lógico, com a cessação de toda
relação comercial, confisco de bens e sequestro de ativos financeiros.
Os países suspenderam o famoso padrão-ouro, ou seja, a garantia em metal
das emissões de moeda papel; ainda que teoricamente em vigor, para
alguns países, e a despeito de tentativas de seu restabelecimento ao
final do conflito, ficou evidente que o lastro metálico tinha deixado de
fato de ser um fator relevante nas políticas monetárias dos países.
Todos os governos, depois de esgotadas as possibilidades de
financiamento voluntário interno do esforço de guerra – via emissão de
bônus da dívida pública, e até mediante empréstimos compulsórios –
passaram a imprimir dinheiro sem maiores restrições, provocando a
primeira grande onda inflacionária nas economias contemporâneas.
Mais impactante ainda foi a intervenção
direta na atividade produtiva, não apenas desviando para a produção de
guerra quase todas as plantas industriais que tivessem alguma relação
com o aprovisionamento bélico, inclusive alimentar, de transportes e
comunicações, mas também via controles de preços, restrições
quantitativas, mobilizações laborais e vários outros expedientes
intrusivos na vida do setor privado. Nacionalizações e estatizações
foram conduzidas por simples medidas administrativas e a planificação
nacional tornou-se praticamente compulsória. O mundo nunca mais seria o
mesmo, e nesse tipo de economia de guerra estaria uma das bases dos
regimes coletivistas que depois surgiriam na Europa, o fascismo e o
comunismo.
O Brasil não foi tão afetado, naquele
momento, pela estatização, mas ele também sofreu esses impactos de duas
maneiras. De um lado, as dificuldades de aprovisionamento e de acesso a
mercados levaram ao estímulo a novas atividades industriais no país,
ainda que com todas as restrições existentes para a compra de bens de
produção nos principais parceiros envolvidos no conflito. O mercado
interno se torna mais relevante para a economia nacional. De outro lado,
o nacionalismo econômico conhece um novo reforço nesse período. O
Brasil já tinha uma lei do similar nacional desde o início da República,
mas a guerra ajuda a consolidar a tendência introvertida, a vocação de
autonomia nacional que já estavam presentes no pensamento de tribunos e
de empresários. O Brasil encontrou naquela situação uma espécie de
legitimidade acrescida para continuar praticando aquilo que sempre fez
em sua história: a preferência nacional e o protecionismo comercial como
políticas de Estado.
Este talvez seja o efeito mais
importante, ainda que indireto, da guerra europeia sobre o pensamento
econômico brasileiro, especialmente em sua vertente industrial. As
gerações seguintes, sobretudo aquelas que ainda viveram a crise de 1929,
e uma nova guerra mundial, dez anos depois, consolidaram uma orientação
doutrinal em economia que também tendia para o nacionalismo econômico,
uma política comercial defensiva, uma vocação industrial basicamente
voltada para o mercado interno e uma tendência a ver no Estado um grande
organizador das atividades produtivas, quase próxima do espírito
coletivista que vigorou na Europa durante o entre-guerras e mais além.
Essencialmente, a geração de militares
que passou a intervir de forma recorrente na vida política do país, ao
final da Segunda Guerra, e que depois assumiria o poder no regime
autoritário de 1964, era em grande medida formada por jovens cadetes que
tinham feito estudos e depois academias militares no entre-guerras e na
sua sequência imediata, e que tinham se acostumado exatamente com esse
pensamento: um intenso nacionalismo econômico, a não dependência de
fontes estrangeiras de aprovisionamento (sobretudo em combustíveis e em
materiais sensíveis), a introversão produtiva, a ênfase no mercado
interno, enfim, tudo aquilo que nos marcou tremendamente durante décadas
e que ainda forma parte substancial do pensamento econômico brasileiro.
Tudo isso, finalmente, foi o resultado
político e econômico da Primeira Guerra Mundial, que durante muito tempo
ficou conhecida como a Grande Guerra. Os custos e as destruições da
Segunda foram mais importantes, mas as alterações mais significativas
nas políticas econômicas nacionais, no papel dos Estados na vida
econômica, já tinham sido dados no decorrer da Primeira. O mundo mudou, a
Europa começou sua longa trajetória para o declínio hegemônico, e o
Brasil deu início ao seu igualmente longo itinerário de nacionalismo
econômico e de intervencionismo estatal. Parece que ainda não nos
libertamos desses dois traços relevantes do caráter nacional.
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Israel-Hamas: Guga Chacra contra o extremistas da FSP
De fato não é monopólio da FSP, mas esse jornal tornou-se um emblema do mau jornalismo, ultimamente, ao publicar matérias não controladas por seus diretores editoriais, deixando portanto que a ralé do subjornalismo, esse lumpen formado nas Faculdades Tabajara e militantes de um partido conhecido, divulguem mentiras politicamente orientadas.
Aqui uma matéria que vale tanto como lição de jornalismo, como informação equilibrada sobre esse dramático conflito, que eu não veria como sendo entre Israel e "Palestina", mas entre Israel e os terroristas do Hamas. Estou praticando viés? De forma alguma: existem terroristas no mundo e o Hamas entra nessa categoria.
Querem mais: temos aqui ao lado, um grupo terrorista, as Farc, aliás muito amigas dos companheiros no poder...
Paulo Roberto de Almeida
Nos dois lados, no Brasil, tenho lido absurdos envolvendo o conflito entre Israel-Palestina escritos por pessoas sem o menor conhecimento do tema e que nunca pisaram em Tel Aviv, Gaza, Jerusalém, Ramallah, Nazaré e Haifa. Eu não critico ninguém no meu blog, pois acho que cada um deva ter uma opinião. Mas chegou o momento de pessoas como eu se levantarem contra os radicais dos dois lados que vêm alimentando os sentimentos antissemitas, islamofóbicos, anti-árabes e anti-cristãos em grandes órgãos de imprensa, como a Folha. Portanto fiz este guia para entender o atual conflito
1. Israel e Palestina estavam bem próximos de um acordo de paz meses atrás. Os dois lados concordavam em praticamente tudo. Basicamente, um Estado palestino seria criado na maior parte da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Os principais blocos de assentamento ficariam com Israel em troca de outras terras. A Palestina seria desmilitarizada, com a segurança inicialmente nas mãos de Israel em uma transição para a OTAN (Costa Rica também é desmilitarizada). Jerusalém seria uma municipalidade unificada, mas capital dos dois Estados. Os refugiados palestinos poderiam retornar para o novo Estado, mas não para o que hoje é Israel. Vale lembrar que, em 2013, morreram apenas 36 pessoas no conflito, sendo 33 palestinos e 3 israelenses. É menos do que o total em 8 horas nos últimos dias.
2. O plano, que ainda pode dar certo, apenas não foi assinado por divergências no processo, incluindo mal-entendidos entre Israel e EUA. Os israelenses enxergavam o processo (não o acordo) como a libertação de prisioneiros palestinos durante quatro etapas em troca de a Palestina não ingressar em entidades internacionais até o acordo definitivo e de o governo poder autorizar novas unidades residenciais em assentamentos que em um acordo final ficariam no lado de Israel. A Autoridade Palestina e os EUA argumentavam que o acordo previa a libertação de palestinos e árabes-israelenses em troca apenas de os palestinos não ingressarem em entidades internacionais. O mal entendido teria ocorrido em conversas entre o secretário de Estado John Kerry e o premiê Benjamin Netanyahu nas quais os termos não ficaram claro. Além disso, o líder israelense cedeu a pressões de alas extremistas de seu governo, como Naftali Bennet, em vez de se aproximar mais de figuras moderadas como Yair Lapid e Tzipi Livni.
3. Depois de o plano fracassar, a Autoridade Palestina, com o aval dos EUA, fez um governo tecnocrático com o apoio do Fatah e do Hamas, mas sem a presença de membros dos dois partidos. Israel, em vez de enxergar o acordo como um concessão do Hamas, que pela primeira vez apoiava um governo reconhecendo o Estado israelense, viu como uma provocação do presidente palestino Mahmoud Abbas. Os dois lados romperam.
4. Semanas depois, três colonos adolescentes israelenses foram sequestrados na Cisjordânia em uma área sob controle civil e militar de Israel. O governo israelense imediatamente acusou o Hamas e disse ter provas. Os EUA dizem que havia indicações de que poderia ter havido envolvimento do Hamas, mas nunca cravou. Israel não tornou públicas as provas. Mas lançou uma mega operação em Hebron, na Cisjordânia, prendendo centenas de palestinos e matando ao menos três. O Hamas nega envolvimento, mas celebrou o sequestro, visto na Palestina como um crime comum. Dias depois, os corpos dos adolescentes israelenses foram encontrados. E extremistas judaicos sequestraram e queimaram vivo um adolescente palestino para se vingar. Os extremistas judaicos estão presos. Os suspeitos palestinos ainda não foram encontrados.
5. Tudo isso na Cisjordânia. Na Faixa de Gaza, Israel bombardeou um túnel do Hamas usado para contrabando e invasão do território israelense. Militantes do grupo morreram. A organização palestina intensificou o lançamento de foguetes contra o território israelense. Israel iniciou os bombardeios contra a Faixa de Gaza. Depois de alguns dias, o Egito propôs um cessar-fogo. O Hamas não aceitou, mas Israel, sim. Em seguida, o governo israelense iniciou uma mega ofensiva por terra. Mais de mil palestinos morreram, a maioria civil, incluindo dezenas de crianças. Trinta e cinco israelenses morreram, a maior parte militar. A diferença no total de vítimas se deve em parte à precariedade dos armamentos do Hamas e ao escudo anti-mísseis de Israel. Mas uma série de países, incluindo os EUA, dizem que Israel deveria fazer mais para evitar a morte de civis. Israel retruca dizendo que ninguém no mundo faz mais do que os israelenses para evitar baixas civis.
6. Hoje existe um esforço internacional, com apoio de quase todas as nações do mundo, para um cessar-fogo. Israel e Hamas não aceitam, a não ser por pequenas pausas humanitárias para resgatar corpos. Os dois levam em conta seus interesses. Os israelenses acham melhor seguir com a ação militar mais algum tempo para eliminar o máximo possível de túneis do Hamas. O grupo palestino, por sua vez, isolado depois de perder apoio do Irã, da Síria e do Egito, tenta se fortalecer vendendo o atual conflito como vitória. Para atingir este objetivo, precisa reduzir a intensidade do bloqueio em um cessar-fogo definitivo. A tendência é o conflito se encerrar em alguns dias ou semanas com cessar-fogo unilateral dos dois lados, como ocorreu em 2009.
Agora, sério, recomendo pararem de ler extremistas que apenas falam bobagens dos dois lados e ficam discutindo história seletiva de questões de séculos ou décadas atrás.
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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires
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Revista Brasileira de Política Internacional: número 1 do Volume 57 (1/2014) - IBRI
Sumário
- O Brasil e a cooperação em defesa: a construção de uma identidade regional no Atlântico Sul, por Adriana Erthal Abdenur e Danilo Marcondes de Souza Neto;
- As medidas de confiança no Conselho de Defesa Sul-americano (CDS): análise dos gastos em Defesa (2009–2012), por Héctor Luis Saint-Pierre e Alberto Montoya Correa Palacios Junior;
- From Tegucigalpa to Teheran: Brazil’s diplomacy as an emerging Western country, por Andrea Quirino Steiner, Marcelo de Almeida Medeiros e Rafael Mesquita de Souza Lima;
- Discursos em disputa: uma leitura alternativa acerca dos dilemas da ação internacional na Somália durante a década de 90, por Marta Regina Fernandez y Garcia Moreno;
- A harder edge: reframing Brazil’s power relation with Africa, por Pedro Seabra;
- Towards an uncertain future? The strengthening of Japan’s autonomy in Asia-Pacific, por Shiguenoli Miyamoto e Paulo Daniel Watanabe;
- Considerations about the recommendations of the Commission on the Limits of the Continental Shelf on the Amazon fan, por Rodrigo Fernandes More;
- Chinese Multinational Corporations in Brazil: strategies and implications in energy and telecom sectors, por Danielly Silva Ramos Becard e Bruno Vieira de Macedo;
- Exploring the interplay between Framing and Securitization theory: The case of the Arab Spring protests in Bahrain, por Vânia Carvalho Pinto;
- Revisionismos de relações com os Estados Unidos e suas variáveis nos governos progressistas da América do Sul, por Leonardo Valente Monteiro;
- Economic sanctions and human rights: an analysis of competing enforcement strategies in Latin America, por Cristiane de Andrade Lucena Carneiro.