O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 5 de maio de 2024

Trajetória de Paulo Roberto de Almeida nas relações internacionais: livros comerciais e próprios

 Trajetória de Paulo Roberto de Almeida nas relações internacionais, nas relações exteriores do Brasil e na diplomacia brasileira: um itinerário acadêmico-prático


Paulo Roberto de Almeida

Relação de meus trabalhos nos campos afetos à política internacional e do Brasil, como refletido em livros publicados desde os anos 1990.

 

Seleção dos livros publicados por editoras comerciais: 23

 

1)      55) Intelectuais na diplomacia brasileira: a cultura a serviço da nação (Brasília: 15 maio 2023, 310 p.; em publicação. Relação de trabalhos n. 4397)

2)      50) Apogeu e demolição da política externa: itinerários da diplomacia brasileira (Curitiba: Appris, 2021, 291 p.; ISBN: 978-65-250-1634-4)

3)      36) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Boa Vista: Editora da UFRR, 2019, 165 p.; ISBN livro impresso: 978-85-8288-201-6; ISBN livro eletrônico: 978-85-8288-202-3)

4)      35) Contra a corrente: Ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil (2014-2018) (Curitiba: Appris, 2019, 247 p.; ISBN: 978-85-473-2798-9)

5)      33) O homem que pensou o Brasiltrajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Appris, 2017, 373 p.; ISBN: 978-8547304850)

6)      32) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (3ª edição; Brasília: Funag, 2017; 2 vols.; 964 p.; ISBN: 978-85-7631-675-6).

7)      31) Nunca Antes na Diplomacia…: a política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Editora Appris, e-book, 2016, 450 p.; 1366 KB; Kindle, ASIN: B0758G8BXL).

8)      21) Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Editora Appris, 2014, 289 p.; ISBN: 978-85-8192-429-8).

9)      19) Integração Regional: uma introdução (São Paulo: Saraiva, 2013, 192 p.; ISBN: 978-85-02-19963-7).

10)   18) Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: LTC, 2012, 328 p.; ISBN: 978-85-216-2001-3). 

11)   17) Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização. Rio de Janeiro: Lumen Juris Editora, 2010, xx+272 p.; ISBN: 978-85-375-0875-6). 

12)   14) O Estudo das Relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE Editora, 2006, 385 p.; ISBN: 85-7238-271-2).

13)   Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (2ª edição; São Paulo: Editora Senac, 2005, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9).

14)   12) Relações internacionais e política externa do Brasil: história e sociologia da diplomacia brasileira (2ª ed.: revista, ampliada e atualizada; Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004, 440 p.; ISBN: 85-7025-738-4). 

15)   09) Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, 286 p.; ISBN: 85-219-0435-5).

16)   8) Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (São Paulo: Editora Senac, 2001, 680 pp., ISBN: 85-7359-210-9).

17)   7) Le Mercosud: un marché commun pour l’Amérique du Sud. Paris : L’Harmattan, 2000, 160 p.; ISBN: 2-7384-9350-5). 

18)   6) O estudo das relações internacionais do Brasil (São Paulo: Editora da Universidade São Marcos, 1999, 300 p.; ISBN: 85-86022-23-3).

19)   5) O Brasil e o multilateralismo econômico (Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, na coleção “Direito e Comércio Internacional”, 1999, 328 p.; ISBN: 85-7348-093-9).

20)   4) Velhos e novos manifestos: o socialismo na era da globalização (São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 1999, 96 p.; ISBN: 85-7441-022-5).

21)   3) Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: Editora LTr, 1998, 160 p.; ISBN: 85-7322-548-3).

22)   2) Relações internacionais e política externa do Brasil: dos descobrimentos à globalização (Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1998, 360 p.; ISBN: 85-7025-455-5).

23)   O Mercosul no contexto regional e internacional (São Paulo: Edições Aduaneiras, 1993, 204 p.; ISBN: 85-7129-098-9).

 

Seleção dos livros publicados digitalmente: 19

 

1)    51) A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2022, 277 p.; 1377 KB; ISBN: 978-65-00-46587-7; ASIN: B0B3WC59F4)

2)    49) O Itamaraty sequestrado: a destruição da diplomacia pelo bolsolavismo, (Brasília: Diplomatizzando, 2021, 130 p. ISBN: 978-65-00-22215-9; ASIN: B094V28NGD)

3)    48) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira(Brasília: Diplomatizzando, 2020, 169 p.; ISBN: 978-65-00-19254-4; Academia.edu)

4)    46) A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 394 p.; 2286 KB; ISBN: 978-65-00-05967-0; Kindle, ASIN: B08CCFDVM2)

5)    45) O Mercosul e o regionalismo latino-americano: ensaios selecionados, 1989-2020 (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 497 p.; 2537 KB; ISBN: 978-65-00-05970-0; Kindle, ASIN: B08BNHJRQ4)

6)    44) O Itamaraty num labirinto de sombras: ensaios de política externa e de diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 205 p.; 1309 KB; ISBN: 978-65-00-05968-7; Kindle, ASIN: B08B17X5C1).

7)    41) Minhas colaborações a uma biblioteca eletrônica: contribuições a periódicos do sistema SciELO (Brasília: Edição de Autor, 2019, 525 p.; 920 KB; Kindle, ASIN: B08356YQ6S).

8)    40) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Brasília, Edição do Autor, 2019, 543 p.; 1908 KB; Kindle, ASIN: B082Z756JH).

9)    39) O panorama visto em Mundorama: ensaios irreverentes e não autorizados (Brasília: 2ª. edição do Autor, 2019, 655 p.; 5725 KB; Academia.edu; Kindle, ASIN: B082ZNHCCJ).

10) 38) Pontes para o mundo no Brasil: minhas interações com a RBPI (Brasília, Edição do Autor, 2019, 685 p.; 1693 KB; Kindle, ASIN: B08336ZRVS).

11) 36) Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Brasília: Edição do autor, 2019, 184 p., ISBN: 978-65-901103-0-5; Academia.eduAmazon.com.br)

12) 29) Die brasilianische Diplomatie aus historischer Sicht: Essays über die Auslandsbeziehungen und Außenpolitik Brasiliens (Saarbrücken: Akademiker Verlag, 2015, 204 p.; Übersetzung aus dem Portugiesischen ins Deutsche: Ulrich Dressel; ISBN: 978-3-639-86648-3; Amazon.comAmazon.com.br).

13) 28) O Panorama visto em Mundorama: Ensaios Irreverentes e Não Autorizados (Hartford: 2a. edição do autor, 2015, 294 p.; DOI: 10.13140/RG.2.1.4406.7682; nova edição, ampliada dos artigos até o final de 2015, em 4/12/2015, em 374 p.; Research Gate; edição original: Academia.edu)

14) 27) Paralelos com o Meridiano 47: Ensaios Longitudinais e de Ampla Latitude (Hartford: Edição do Autor, 2015; 543 p.; 1908 KB; DOI: 10.13140/RG.2.1.1916.4006; Academia.edu; ASIN: B082Z756JHResearch Gate). 

15) 26) Volta ao Mundo em 25 Ensaios: Relações Internacionais e Economia Mundial (Brasília: 1ª edição: 2014; 2ª. edição: 2018; Kindle edition; 809 KB; ASIN: B00P9XAJA4).

16) Rompendo Fronteiras: a Academia pensa a Diplomacia (Kindle, 2014, 414 p.; 1324 KB; ASIN: B00P8JHT8Y).

17) Codex Diplomaticus Brasiliensis: livros de diplomatas brasileiros (Kindle, 2014, 326 p.; ASIN: B00P6261X2Academia.edu; ).

18) 23) Polindo a Prata da Casa: mini-resenhas de livros de diplomatas (Kindle edition, 2014, 151 p., 484 KB; ASIN: B00OL05KYG).

19) 22) Prata da Casa: os livros dos diplomatas (Hartford: edição para a Funag, 2013, 667 p; não publicada; disponível em Research Gate; 2ª. edição de Autor; 16/07/2014, 663 p.; Academia.eduResearch Gate).

 

Brasília, 8 abril 2024

Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2024/04/trajetoria-de-paulo-roberto-de-almeida.html)

 

Quels sont les fondamentaux de la puissance ? - Pierre VERLUISE (Diploweb)

 Extrait de la Masterclass : 

Quels sont les fondamentaux de la puissance ?

Pierre VERLUISE

Docteur en géopolitique de l’Université Paris IV – Sorbonne. Fondateur associé de Diploweb. Chercheur associé à la FRS. Il enseigne la Géopolitique de l’Europe en Master 2 à l’Université catholique de Lille. 

Texte de cette introduction

LE TERME DE PUISSANCE est synonyme de pouvoir. Les langues anglaise avec power ou allemande avec Macht utilisent d’ailleurs le même mot.

En géopolitique, comme dans les relations internationales, le concept de puissance fait le plus souvent référence à des États. Nous y reviendrons.

Thierry Garcin fait remarquer dans l’entretien accordé au Diploweb indiqué en bibliographie : « La notion de puissance est polysémique, il s’agit d’un mot valise qui recoupe en partie le concept de pouvoir. Si le pouvoir renvoie à une capacité, alors la puissance peut se définir comme du pouvoir en action. C’est une dynamique tendue vers un but. En ce sens, telle la flèche qui vise sa cible, elle est toujours stratégique. Elle est souvent invoquée dans la discipline géopolitique, laquelle étudie justement les politiques de puissance dans un cadre géographique déterminé. Raymond Aron parlait de la puissance comme de la capacité à « imposer sa volonté ». On n’a pas encore trouvé de définition plus courte ni plus juste.  » Pour en savoir plus, je vous recommande la lecture de l’ouvrage de Raymond Aron, Paix et guerre entre les nations, éd. Calmann-Lévy, indiqué en bibliographie.

S’inspirant de Raymond Aron, le Professeur Serge Sur développe cette définition de façon remarquablement féconde dès l’an 2000 : « On définira la puissance comme une capacité - capacité de faire ; capacité de faire faire ; capacité d’empêcher de faire ; capacité de refuser de faire. » [1] C’est une des cinq phrases les plus intelligente que je connaisse. Il s’agit maintenant pour vous d’une clé de lecture de l’histoire comme de l’actualité. Vous verrez, c’est extrêmement stimulant et fécond.

D’autres diraient que la puissance est une relation, mais l’approche géopolitique y verrait plutôt un rapport de force, avec des dominants et des dominés.

Nous l’évoquions en introduction, le concept de puissance fait le plus souvent référence à des États, et nous y reviendrons. Cependant, d’autres acteurs sont dotés d’une puissance indéniable, notamment les institutions financières, les firmes transnationales ou les organisations non gouvernementales majeures.

Vidéo et texte. Comment définir la puissance ? P. Verluise
Pierre Verluise
Docteur en géopolitique, fondateur du Diploweb.com
Verluise

Pour les institutions financières, nous pouvons penser au Fonds monétaire international. Rappelons-nous combien les propos de son président au sujet de la Grèce ont pesé en 2010, pour persuader les dirigeants de la zone euro de la possibilité que le FMI accorde un prêt de 30 milliards d’euros à la Grèce, dans une situation économique désastreuse. Et puisque nous parlons de l’Union européenne, deuxième exemple d’institution financière : la Banque centrale européenne, dite BCE, dont le siège est en Allemagne fédérale, à Frankfort. Chacun se souvient de son rôle déterminant dans les années qui ont suivi la crise financière de 2008.

Pour les firmes transnationales, chacun peut penser à Microsoft ou Amazon et plus largement aux acteurs du numérique, nous y reviendrons.

Quant aux organisations non gouvernementales majeures, rappelons-nous le rôle de Médecins sans frontières pour alerter les instances internationales et nationales lors de l’épidémie du virus Ébola, en Afrique de l’Ouest, en 2013 et 2014. Nous pourrions aussi parler de l’ONG spécialisée dans l’évaluation et la dénonciation de la corruption, Transparency international. Ses évaluations sont prises en compte dans les rapports de la Commission européenne au sujet des pays candidats à l’adhésion. Ce qui n’est pas rien.

Enfin, dernier type d’acteur susceptible d’incarner la puissance : les organisations criminelles. Le procureur anti-mafia Piero Grasso ouvre ainsi en 2012 un colloque en Italie, à Florence : « En fragilisant les entreprises et en multipliant les faillites, la crise économique qui frappe l’Europe depuis 2008 offre de multiples opportunités aux mafias. En effet, il leur devient plus facile que jamais d’acquérir à bas prix des entreprises pour blanchir l’argent du crime et s’insérer dans l’économie légale. Lorsque leur affaire bat de l’aile, les entrepreneurs sont tentés de ne pas se poser trop de questions sur l’origine de l’argent et les conditions induites par cet investissement "tombé du ciel". D’autant que les moyens financiers de la mafia sont tellement importants qu’ils permettent à l’entreprise investie par la criminalité organisée de procéder à d’importants investissements qui assèchent la concurrence. Les sociétés contrôlées par la mafia deviennent les plus compétitives pour remporter les appels d’offre. Résultat, l’entreprise dans laquelle la mafia a investi se retrouve rapidement en situation de quasi monopole ». Rien n’interdit de penser qu’il en va de même à la suite de la pandémie du Coronavirus COVID-19, dont les conséquences économiques occuperont la décennie 2020.

Pour autant, revenons-en à l’acteur État. Thierry Garcin explique dans l’entretien publié sur le Diploweb cité en bibliographie, que l’État moderne, né en Europe (Angleterre, France) et organisé autour d’un territoire, d’une population et d’un gouvernement, a été et reste un remarquable acteur de la puissance, infiniment plus que les organisations internationales à vocation universelle ou à vocation régionale, les grandes firmes économiques de dimension mondiale, les organisations non gouvernementales et ladite « société civile ». Pourquoi ? Parce que l’État incarne la souveraineté, permet le pacte social et met en œuvre, pour de bonnes ou de mauvaises raisons, des facteurs de puissance remarquables : politiques, diplomatiques, juridiques, militaires, économiques, scientifiques et techniques, culturels. Ajoutons que l’État peut incarner la durée, la profondeur de l’espace temps, y compris de manière plus ou moins mythique.

Si vous êtes de culture française, j’attire votre attention sur le fait que les français ont souvent tendance à surévaluer la place et le rang de l’État parmi les nombreux acteurs. Pourquoi ? Parce qu’au moins depuis le roi Louis XIV (1661-1715) nous baignons dans une culture politique stato-centrée, qui fait de l’État une figure centrale de l’État. Nous avons culturellement tendance à surestimer son rôle et à sous-estimer ses limites, ses contraintes et ses contradictions. Volontiers schizophrènes, les mêmes dirigeants d’entreprises prompts à dénoncer un état qui les taxes et les impose toujours trop, attendront de ce même état des aides, et des actions structurantes à la moindre crise. Sans ce demander d’où vient l’argent, d’où viennent les subventions.

Finalement, après avoir pris conscience des conséquences de leur retrait durant les années 1980, 1990 et 2000, les États ont progressivement repris la main les questions de sécurité et de régulation financière. Ce retour de la puissance étatiquerenvoie à la réaffirmation des logiques nationales de puissance au début du XXIe s.

Plus récemment, au sein de l’Union européenne, chacun se souvient que les États ont décidé souverainement et unilatéralement de relever leurs frontières durant les mois de mars, avril et mai 2020. Or la frontière renvoie par nature à la question de l’État et de la souveraineté.

Ainsi, la puissance caractérise la capacité d’un acteur du système international à agir sur les autres acteurs et sur le paramétrage du système lui-même pour défendre ses intérêts, atteindre ses objectifs, préserver voire renforcer sa suprématie.

Une nouvelle fois donnons un exemple avec un peu de profondeur historique : au lendemain de la Seconde Guerre mondiale, les Etats-Unis contribuent à modeler un système international qui repose sur le multilatéralisme, notamment via l’ONU et la Banque mondiale, le Fonds monétaire international, le GATT puis l’OMC. Ils considèrent longtemps que cet ordre leur est favorable, non sans raison. Jusqu’à ce que les grands électeurs américains portent Donald Trump à la présidence des Etats-Unis, en novembre 2016. A compter de son entrée à la Maison blanche en janvier 2017, D. Trump déconstruit avec un mélange de brutalité et de méthode un système multilatéral qui serait devenu contraire aux intérêts des Etats-Unis. Il en bloque le fonctionnement, par exemple pour l’OMC, ou le remodèle selon les cas, par exemple pour l’ALENA.

Robert Kagan résume ainsi la puissance comme la capacité à faire l’Histoire, avec un H majuscule. Et l’exemple de Trump l’illustre, quoi qu’on en pense, chacun convient qu’il a fait l’histoire, ne serait-ce que parce qu’il y aura un avant et un après. Et je doute que l’on revienne à la situation antérieure.

La puissance a toujours pour objectif affiché la sécurité nationale, mais elle peut devenir autodestructrice, selon Paul Kennedy. Notamment lorsqu’elle atteint le seuil de la « surextension impériale ». Un exemple, l’implosion de l’Union des républiques socialistes soviétiques, l’URSS, en 1991. Vous noterez que les trois acteurs de cette implosion sont l’Ukraine, la Biélorussie… et la Russie elle-même. B. Eltsine semble alors considérer que la surextension de l’URSS joue contre la Russie. Et il tente via la Communauté des États indépendants (CEI) de réorganiser ses relations avec la périphérie ex-soviétique, avec des résultats inégaux.

La puissance est donc une pratique de l’équilibre instable au sens où elle n’est pas forcément continue, elle peut être interrompue et ne pas aboutir à ses fins.

La puissance peut aussi peut devenir autodestructrice lorsque sa mise en œuvre est maladroite. La plupart des dirigeants politiques prétendent par leurs politiques développer la puissance de leur État, mais force est de constater qu’ils n’y arrivent pas tous aussi bien et qu’ils obtiennent même parfois le résultat inverse à celui annoncé. Il arrive que des stratégies vendues aux opinions comme gagnantes se terminent par des défaites cinglantes qu’on pense à la capitulation du Japon en 1945, ou des non victoires qu’on pense à la France au Sahel depuis 2013. Par non victoire, j’entends une situation militaire ou politique éloignée des objectifs avancés, où le temps voire la distance rendent l’opération de plus en plus coûteuse, ce qui conduit à des retraites désordonnées susceptibles de dégénérer quelques années plus tard en une énième crise. Qu’on pense à l’intervention de la France en Lybie en 2011, qui débouche ensuite sur une intervention au Sahel, dont l’impasse reste un déni, selon Gérard Chaliand.

La puissance est donc bien une affaire complexe, parce que la promesse de la puissance n’est pas l’assurance d’un succès.

La problématique de cette Masterclass  :  Quels sont les fondamentaux de la puissance ?

Une section présentera une réflexion sur le concept de puissance. Une autre section identifiera trois fondamentaux de la puissance. 

Retrouvons-nous tout de suite pour la section sur le concept de puissance ! 

Copyright 2020-Verluise/Diploweb.com


Comment la guerre d’Ukraine change l’Europe? - S. Kahn (DiploWeb)

Comment la guerre d’Ukraine change l’Europe ?

https://www.diploweb.com/Video-Comment-la-guerre-d-Ukraine-change-l-Europe-S-Kahn.html?utm_source=brevo&utm_campaign=Europe%20Ukraine%20Russie&utm_medium=email

Vidéo + synthèse. Comment la guerre d’Ukraine change l’Europe ? S. Kahn

Alors que la guerre d’Ukraine a débuté le 24 février 2022, quelle est la situation sur le front 2 ans après ? Quelles sont les transformations induites par la guerre d’Ukraine en Europe ? En quoi cette guerre a-t-elle un impact sur la société européenne ainsi que sur la construction européenne ? Est-ce que la guerre d’Ukraine a un impact sur les opinions publiques européennes ? Le Pr Sylvain Kahn répond. La vidéo est accompagnée d’une synthèse rédigée par Marie-Caroline Reynier, validée par S. Kahn.

Sylvain KAHN | Professeur agrégé d’histoire à Sciences Po, docteur en géographie, chercheur au Centre d’histoire de Sciences Po. Auteur de « L’Europe face à l’Ukraine », PUF. 


Vidéo. Comment la guerre d’Ukraine change l’Europe ? S. Kahn

Par Arthur ROBINMarie-Caroline REYNIERPierre VERLUISESylvain KAHN, le 4 mai 2024

Sylvain Kahn, professeur agrégé d’histoire à Sciences Po, docteur en géographie, chercheur au Centre d’histoire de Sciences Po. Auteur de « L’Europe face à l’Ukraine », PUF, 2024. 
Synthèse de la conférence par Marie-Caroline Reynier, diplômée d’un M2 de Sciences Po. Co-organisation de la conférence Pierre Verluise, fondateur du Diploweb et l’ADEA MRIAE de l’Université Paris I, CINUP et Centre géopolitique. Images et son : Arthur Robin. Montage : Arthur Robin et Pierre Verluise.

Alors que la guerre d’Ukraine a débuté le 24 février 2022, quelle est la situation sur le front 2 ans après ? Quelles sont les transformations induites par la guerre d’Ukraine en Europe ? En quoi cette guerre a-t-elle un impact sur la société européenne ainsi que sur la construction européenne ? Est-ce que la guerre d’Ukraine a un impact sur les opinions publiques européennes ? Le Pr Sylvain Kahn répond. La vidéo est accompagnée d’une synthèse rédigée par Marie-Caroline Reynier, validée par S. Kahn.

Cette vidéo peut être diffusée en amphi pour nourrir un cours et un débat. Voir sur youtube/Diploweb

Synthèse de la conférence complète par Marie-Caroline Reynier pour Diploweb, validée par S. Kahn

Alors que la guerre d’Ukraine a débuté le 24 février 2022, quelle est la situation sur le front 2 ans après ?

Sylvain Kahn [1] rappelle la chronologie de l’opération militaire lancée par l’État russe en février 2022, dont l’objectif était d’envahir et de contrôler la totalité de l’Ukraine. Cette offensive est rapidement stoppée, à la grande surprise des observateurs puisque l’armée ukrainienne est, sur le papier, bien moins importante que celle de l’État russe. Durant l’automne 2022, l’armée russe est repoussée au-delà de la rive droite du Dniepr. La Russie occupe mi-mars 2024 une partie (17 à 20 %) du territoire ukrainien, dans l’Est.

S. Kahn constate que la guerre d’Ukraine est partie pour durer longtemps, et fait l’analogie, en termes de durée et de forme de front, avec la Première Guerre mondiale (1914-1918). Plus précisément, il compare la situation de mars 2024 avec la ligne de front en 1916figée mais caractérisée par des combats quotidiens, durs et très meurtriers. En effet, le front en Ukraine n’est actuellement pas gelé mais bien figé. Le fait que cette guerre puisse durer longtemps incite les Ukrainiens à demander davantage de matériel à leurs alliés européens. Si les Européens et les Américains ont puisé dans leurs stocks, l’Ukraine n’est mi-mars 2024 pas suffisamment approvisionnée pour riposter comme elle le souhaite. Les Ukrainiens s’adaptent donc pour fabriquer une zone de défense et éviter une contre-offensive russe au printemps 2024. Enfin, en raison des dissensions américaines concernant le soutien à l’Ukraine, S. Kahn souligne que la capacité ukrainienne à changer le cours de la guerre repose de plus en plus sur les épaules des Européens. Pour que les pays membre de l’UE atteignent leur objectif, fixé en Conseil européen, à savoir que l’Ukraine recouvre l’entièreté de son intégrité territoriale, ceux-ci doivent faire plus pour aider l’Ukraine.

S. Kahn fait également le point sur le lourd bilan humain causé par cette guerre. Du côté ukrainien (dont la population est de 38 millions d’habitants), si le gouvernement avance officiellement le chiffre de 31 000 morts, la fourchette se situerait plutôt entre 50 000 et 80 000 morts, et 100 000 retirés (personnes blessées). Ce bilan est d’autant plus coûteux pour l’Ukraine que l’armée russe a pour tactique de bombarder systématiquement les villes (ce faisant, les populations civiles) et les infrastructures critiques que les Ukrainiens reconstruisent quasiment au jour le jour. Du côté russe (dont la population atteint 144 millions d’habitants), le nombre de morts au combat serait 2 fois plus élevé que chez les Ukrainiens. En effet, le gouvernement russe ne cherche pas à économiser ses troupes, au contraire. La Russie envoie ainsi des prisonniers au front, verse des soldes élevées pour attirer les citoyens de la Fédération de Russie, en particulier des territoires périphériques défavorisés, et offre d’importants dédommagements afin d’éviter les mouvements de contestation des familles.

Cette vidéo peut être diffusée en amphi pour nourrir un cours et un débat. Voir sur youtube/Diploweb

Synthèse de la conférence complète par Marie-Caroline Reynier pour Diploweb, validée par S. Kahn

Alors que la guerre d’Ukraine a débuté le 24 février 2022, quelle est la situation sur le front 2 ans après ?

Sylvain Kahn [1] rappelle la chronologie de l’opération militaire lancée par l’État russe en février 2022, dont l’objectif était d’envahir et de contrôler la totalité de l’Ukraine. Cette offensive est rapidement stoppée, à la grande surprise des observateurs puisque l’armée ukrainienne est, sur le papier, bien moins importante que celle de l’État russe. Durant l’automne 2022, l’armée russe est repoussée au-delà de la rive droite du Dniepr. La Russie occupe mi-mars 2024 une partie (17 à 20 %) du territoire ukrainien, dans l’Est.

S. Kahn constate que la guerre d’Ukraine est partie pour durer longtemps, et fait l’analogie, en termes de durée et de forme de front, avec la Première Guerre mondiale (1914-1918). Plus précisément, il compare la situation de mars 2024 avec la ligne de front en 1916figée mais caractérisée par des combats quotidiens, durs et très meurtriers. En effet, le front en Ukraine n’est actuellement pas gelé mais bien figé. Le fait que cette guerre puisse durer longtemps incite les Ukrainiens à demander davantage de matériel à leurs alliés européens. Si les Européens et les Américains ont puisé dans leurs stocks, l’Ukraine n’est mi-mars 2024 pas suffisamment approvisionnée pour riposter comme elle le souhaite. Les Ukrainiens s’adaptent donc pour fabriquer une zone de défense et éviter une contre-offensive russe au printemps 2024. Enfin, en raison des dissensions américaines concernant le soutien à l’Ukraine, S. Kahn souligne que la capacité ukrainienne à changer le cours de la guerre repose de plus en plus sur les épaules des Européens. Pour que les pays membre de l’UE atteignent leur objectif, fixé en Conseil européen, à savoir que l’Ukraine recouvre l’entièreté de son intégrité territoriale, ceux-ci doivent faire plus pour aider l’Ukraine.

S. Kahn fait également le point sur le lourd bilan humain causé par cette guerre. Du côté ukrainien (dont la population est de 38 millions d’habitants), si le gouvernement avance officiellement le chiffre de 31 000 morts, la fourchette se situerait plutôt entre 50 000 et 80 000 morts, et 100 000 retirés (personnes blessées). Ce bilan est d’autant plus coûteux pour l’Ukraine que l’armée russe a pour tactique de bombarder systématiquement les villes (ce faisant, les populations civiles) et les infrastructures critiques que les Ukrainiens reconstruisent quasiment au jour le jour. Du côté russe (dont la population atteint 144 millions d’habitants), le nombre de morts au combat serait 2 fois plus élevé que chez les Ukrainiens. En effet, le gouvernement russe ne cherche pas à économiser ses troupes, au contraire. La Russie envoie ainsi des prisonniers au front, verse des soldes élevées pour attirer les citoyens de la Fédération de Russie, en particulier des territoires périphériques défavorisés, et offre d’importants dédommagements afin d’éviter les mouvements de contestation des familles.

Vidéo. Comment la guerre d'Ukraine change l'Europe ? S. Kahn
Sylvain Kahn
Sylvain Kahn, professeur agrégé d’histoire à Sciences Po, docteur en géographie, chercheur au Centre d’histoire de Sciences Po. Auteur de « L’Europe face à l’Ukraine », PUF, 2024.

Quelles sont les transformations induites par la guerre d’Ukraine en Europe ? En quoi cette guerre a-t-elle un impact sur la société européenne ainsi que sur la construction européenne ?

S. Kahn note que l’expression « la guerre est de retour en Europe » est beaucoup usitée. Cependant, aucun pays européen (au sens des 30 pays membres de l’Union européenne et de l’Espace économique européen) ne fait la guerre. Même si la question de l’envoi de troupes au sol a été soulevée par le président français E. Macron le 26 février 2024 lors de la Conférence de soutien à l’Ukraine, aucun pays membre de l’UE n’envoie actuellement de contingent en Ukraine (hors forces spéciales, par définition peu nombreuses et clandestines). S. Kahn mentionne également l’utilisation de l’expression « économie de guerre », employée lorsque le politique décide d’orienter l’appareil productif vers l’industrie militaire de manière coercitive, sans que cela ne se matérialise pour l’instant. Pour autant, comme l’illustrent de nombreuses enquêtes d’opinion, dont les Eurobaromètres, les Européens peuvent avoir le sentiment d’être menacé actuellement.

En outre, cette guerre permet aux Européens de réaliser qu’ils disposent d’une boîte à outils, l’UE et ses politiques publiques, construite depuis 3 générations. En effet, S. Kahn souligne la longévité de la construction européenne, depuis la Déclaration Schuman (1950), le Traité de Paris (1951) instituant la Communauté européenne du charbon et de l’acier (CECA) et le Traité de Rome (1957).

Durant ce qu’il désigne comme la « crise des 15 ans » (2005 à 2020), le sentiment dominant était que l’Union européenne faisait partie du problème et des nombreuses difficultés à résoudre. Depuis 2020, au vu de sa réponse – collective - au Brexit, puis de celles données aux chocs externes du COVID et de l’invasion de l’Ukraine par la Russie, l’impression dominante est que l’UE fait partie de la solution.

La guerre d’Ukraine concerne tout particulièrement l’UE puisque l’UE partage 2257 km de frontières communes avec la Russie - dont l’exclave de Kaliningrad - et 1300 km de frontière avec l’Ukraine qui est un pays associé à l’UE depuis 2017.

Enfin, la guerre d’Ukraine a un impact décisif sur la construction européenne en ce que les États européens ont décidé d’agir de façon géopolitique depuis février 2022 : ils décident d’élargir à nouveau l’UE pour lutter contre la Russie ; et ils se posent avec acuité la question de leur défense collective dans le cadre de l’UE. Comme le soulignent les enquêtes Eurobaromètre, les citoyens européens s’expriment nettement en faveur de la mise en place d’une politique européenne de défense. Néanmoins, en dépit de cette demande citoyenne pour une défense européenne, la classe politique ne se presse pas d’y répondre de façon effective. Or, cette demande devient urgente. S. Kahn met donc en avant l’opportunité que représentent les élections européennes de juin 2024 pour que les gouvernements et les citoyens se saisissent du thème de débat suivant : qu’est-ce que serait une politique européenne de défense ? Ce sujet est paradoxal puisque la construction européenne se caractérise par l’absence de guerre entre les pays qui en sont membres.

En ce sens, S. Kahn reprend à son compte l’interrogation formulée par Jean-Louis Bourlanges, président de la Commission des Affaires étrangères de l’Assemblée nationale : est-ce que les Européens sont en paix parce qu’ils ont fait l’UE ou est-ce qu’ils ont fait l’UE car ils sont en paix ? Il avance l’hypothèse suivante : lorsqu’un pays demande à entrer dans l’UE, il sait que faire la guerre à ses voisins n’est plus une option. Les Européens ont ainsi rompu avec leur histoire pluriséculaire, à savoir « qu’en Europe, l’État a fait la guerre et la guerre a fait l’État » (Charles Taylor).

Le prix Nobel de la paix attribué à l’UE en 2012 est venu souligner que les Européens ne se font plus la guerre entre eux depuis 60 ans (près de 75 ans maintenant). Néanmoins, un changement prégnant est à l’œuvre : alors que les Européens se sont construits autour de l’idée qu’ils ont mieux à faire que la guerre entre eux, ils se demandent désormais comment ils peuvent ensemble se préparer à se défendre et à faire la guerre à un État extérieur à eux susceptible de les agresser d’une façon ou d’une autre.

Est-ce que la guerre d’Ukraine a un impact sur les opinions publiques européennes ? 

Les enquêtes Eurobaromètre, notamment, montrent un clair soutien de l’opinion publique européenne aux mesures prises par l’Union européenne en réponse à l’invasion de l’Ukraine par la Russie. Si les Européens s’expriment majoritairement en faveur de la politique européenne pour l’Ukraine, cette majorité peut être écrasante (Portugal, Pays-Bas, Estonie) ou nette ; elle peut-être plus mesurée dans certains pays seulement (Grèce, Slovaquie, Bulgarie).

Plus précisément, ces enquêtes mesurent le soutien aux différentes manières dont l’UE soutient l’Ukraine, à savoir l’aide humanitaire aux populations touchées par la guerre, le soutien financier et budgétaire, le soutien militaire, les sanctions économiques contre la Russie. Sur ces quatre items, le soutien humanitaire recueille la plus grande approbation ; le soutien financier fait l’unanimité, avec des nuances sensibles selon les pays ; le soutien militaire, majoritaire, est le soutien qui est le plus nuancé. Ainsi, le Portugal, l’Irlande, la Suède, les Pays-Bas, la Pologne, la Finlande, l’Estonie sont les pays où l’opinion publique exprime la plus nette approbation concernant le soutien militaire. Si certains de ces pays (Suède, Finlande, Estonie, Pologne) ont pour point commun d’avoir été directement confronté à l’impérialisme russe puis soviétique, d’autres (Portugal, Pays-Bas, Irlande) partagent avec eux le trait caractéristique d’avoir été en proie à l’impérialisme d’un pays voisin au cours de leur histoire.

Enfin, S. Kahn note que, mi-mars 2024, le débat concernant la politique européenne de défense n’est pas présent dans la campagne des élections européennes. Sans doute car ce sujet est consensuel. Les sujets structurants sont plutôt le Pacte vert et la politique migratoire européenne. Il explique cette absence de débat en matière de défense par le net soutien à la politique menée par l’UE en appui à l’Ukraine. Mais, S. Kahn souligne que ce débat serait opportun, afin de déterminer concrètement la nature de cette politique ainsi que les choix industriels et budgétaires.

Copyright Mai 2024-Reynier/Diploweb.com


Vidéo. Comment la guerre d'Ukraine change l'Europe ? S. Kahn
Sylvain Kahn

Sylvain Kahn, professeur agrégé d’histoire à Sciences Po, docteur en géographie, chercheur au Centre d’histoire de Sciences Po. Auteur de « L’Europe face à l’Ukraine », PUF, 2024.

Quelles sont les transformations induites par la guerre d’Ukraine en Europe ? En quoi cette guerre a-t-elle un impact sur la société européenne ainsi que sur la construction européenne ?

S. Kahn note que l’expression « la guerre est de retour en Europe » est beaucoup usitée. Cependant, aucun pays européen (au sens des 30 pays membres de l’Union européenne et de l’Espace économique européen) ne fait la guerre. Même si la question de l’envoi de troupes au sol a été soulevée par le président français E. Macron le 26 février 2024 lors de la Conférence de soutien à l’Ukraine, aucun pays membre de l’UE n’envoie actuellement de contingent en Ukraine (hors forces spéciales, par définition peu nombreuses et clandestines). S. Kahn mentionne également l’utilisation de l’expression « économie de guerre », employée lorsque le politique décide d’orienter l’appareil productif vers l’industrie militaire de manière coercitive, sans que cela ne se matérialise pour l’instant. Pour autant, comme l’illustrent de nombreuses enquêtes d’opinion, dont les Eurobaromètres, les Européens peuvent avoir le sentiment d’être menacé actuellement.

En outre, cette guerre permet aux Européens de réaliser qu’ils disposent d’une boîte à outils, l’UE et ses politiques publiques, construite depuis 3 générations. En effet, S. Kahn souligne la longévité de la construction européenne, depuis la Déclaration Schuman (1950), le Traité de Paris (1951) instituant la Communauté européenne du charbon et de l’acier (CECA) et le Traité de Rome (1957).

Durant ce qu’il désigne comme la « crise des 15 ans » (2005 à 2020), le sentiment dominant était que l’Union européenne faisait partie du problème et des nombreuses difficultés à résoudre. Depuis 2020, au vu de sa réponse – collective - au Brexit, puis de celles données aux chocs externes du COVID et de l’invasion de l’Ukraine par la Russie, l’impression dominante est que l’UE fait partie de la solution.

La guerre d’Ukraine concerne tout particulièrement l’UE puisque l’UE partage 2257 km de frontières communes avec la Russie - dont l’exclave de Kaliningrad - et 1300 km de frontière avec l’Ukraine qui est un pays associé à l’UE depuis 2017.

Enfin, la guerre d’Ukraine a un impact décisif sur la construction européenne en ce que les États européens ont décidé d’agir de façon géopolitique depuis février 2022 : ils décident d’élargir à nouveau l’UE pour lutter contre la Russie ; et ils se posent avec acuité la question de leur défense collective dans le cadre de l’UE. Comme le soulignent les enquêtes Eurobaromètre, les citoyens européens s’expriment nettement en faveur de la mise en place d’une politique européenne de défense. Néanmoins, en dépit de cette demande citoyenne pour une défense européenne, la classe politique ne se presse pas d’y répondre de façon effective. Or, cette demande devient urgente. S. Kahn met donc en avant l’opportunité que représentent les élections européennes de juin 2024 pour que les gouvernements et les citoyens se saisissent du thème de débat suivant : qu’est-ce que serait une politique européenne de défense ? Ce sujet est paradoxal puisque la construction européenne se caractérise par l’absence de guerre entre les pays qui en sont membres.

En ce sens, S. Kahn reprend à son compte l’interrogation formulée par Jean-Louis Bourlanges, président de la Commission des Affaires étrangères de l’Assemblée nationale : est-ce que les Européens sont en paix parce qu’ils ont fait l’UE ou est-ce qu’ils ont fait l’UE car ils sont en paix ? Il avance l’hypothèse suivante : lorsqu’un pays demande à entrer dans l’UE, il sait que faire la guerre à ses voisins n’est plus une option. Les Européens ont ainsi rompu avec leur histoire pluriséculaire, à savoir « qu’en Europe, l’État a fait la guerre et la guerre a fait l’État » (Charles Taylor).

Le prix Nobel de la paix attribué à l’UE en 2012 est venu souligner que les Européens ne se font plus la guerre entre eux depuis 60 ans (près de 75 ans maintenant). Néanmoins, un changement prégnant est à l’œuvre : alors que les Européens se sont construits autour de l’idée qu’ils ont mieux à faire que la guerre entre eux, ils se demandent désormais comment ils peuvent ensemble se préparer à se défendre et à faire la guerre à un État extérieur à eux susceptible de les agresser d’une façon ou d’une autre.

Est-ce que la guerre d’Ukraine a un impact sur les opinions publiques européennes ? 

Les enquêtes Eurobaromètre, notamment, montrent un clair soutien de l’opinion publique européenne aux mesures prises par l’Union européenne en réponse à l’invasion de l’Ukraine par la Russie. Si les Européens s’expriment majoritairement en faveur de la politique européenne pour l’Ukraine, cette majorité peut être écrasante (Portugal, Pays-Bas, Estonie) ou nette ; elle peut-être plus mesurée dans certains pays seulement (Grèce, Slovaquie, Bulgarie).

Plus précisément, ces enquêtes mesurent le soutien aux différentes manières dont l’UE soutient l’Ukraine, à savoir l’aide humanitaire aux populations touchées par la guerre, le soutien financier et budgétaire, le soutien militaire, les sanctions économiques contre la Russie. Sur ces quatre items, le soutien humanitaire recueille la plus grande approbation ; le soutien financier fait l’unanimité, avec des nuances sensibles selon les pays ; le soutien militaire, majoritaire, est le soutien qui est le plus nuancé. Ainsi, le Portugal, l’Irlande, la Suède, les Pays-Bas, la Pologne, la Finlande, l’Estonie sont les pays où l’opinion publique exprime la plus nette approbation concernant le soutien militaire. Si certains de ces pays (Suède, Finlande, Estonie, Pologne) ont pour point commun d’avoir été directement confronté à l’impérialisme russe puis soviétique, d’autres (Portugal, Pays-Bas, Irlande) partagent avec eux le trait caractéristique d’avoir été en proie à l’impérialisme d’un pays voisin au cours de leur histoire.

Enfin, S. Kahn note que, mi-mars 2024, le débat concernant la politique européenne de défense n’est pas présent dans la campagne des élections européennes. Sans doute car ce sujet est consensuel. Les sujets structurants sont plutôt le Pacte vert et la politique migratoire européenne. Il explique cette absence de débat en matière de défense par le net soutien à la politique menée par l’UE en appui à l’Ukraine. Mais, S. Kahn souligne que ce débat serait opportun, afin de déterminer concrètement la nature de cette politique ainsi que les choix industriels et budgétaires.

Copyright Mai 2024-Reynier/Diploweb.com

The empires of the 21st century - Foreign Policy

 Editor of Foreign Policy:

We often think of the age of empire as in the past—the Roman Empire, the Qing Dynasty, British imperialism. But as the essays below argue, empires are alive and well in the 21st century. Some take new forms, such as the corporate titans of the internet age. Others are directly inspired by imperial histories and a revanchist spirit.

This edition of Flash Points considers the mythmaking, ambitions, and follies of today’s empires, and how they are (and aren’t) changing the world order.—Chloe Hadavas




Cartões Corporativos sempre foram fontes primárias de corrupção - Ricardo Bergamini

Cartões Corporativos sempre foram fontes primárias de corrupção (Ricardo Bergamini)

Cartões Corporativos

Prezados Senhores

Resumo da posição dos malditos cartões corporativos até fevereiro de 2024.

1 – Portadores dos malditos cartões corporativo: 1.924 iluminados indicados pelo governante de plantão.

2 - Gastos totais com esses malditos cartões corporativos: R$ 170,2 milhões.

3 - Gastos apenas com a presidência da república foram de R$ 3,4 milhões, sendo 1.614 movimentações, com valor médio de R$ 2.083,13 por movimentação, tendo sido apenas 7 iluminados portadores desses cartões. Cabe lembrar que essas despesas da presidência da república, em sua grande maioria são sigilosas, contrariando decisão do STF.

4 - Em 2018, o governo Temer gastou R$ 244,9 milhões em cartões corporativos. Em 2022, o governo Bolsonaro gastou R$ 422,9 milhões. Crescimento de 72,68%, em relação ao ano de 2018. 

5 - Em 2023, o governo Lula gastou R$ 430,6 milhões (média de R$ 35,9 milhões ao mês). Crescimento de 1,82% em relação ao ano de 2022. Até fevereiro de 2024 foi gasto R$ 170,2 milhões (média de R$ 85,1 milhões ao mês). Crescimento de 137,05% em relação ao ano de 3023. 

Aos que desejarem conhecer a orgia ampla, geral e irrestrita, clique abaixo:

Estudo completo clique aqui http://www.portaltransparencia.gov.br/cartoesorgia