sexta-feira, 8 de julho de 2011

UnB: retirando o sofa da sala... ou fechando porta arrombada...

A UnB caminha para uma completa desmoralização.
Abaixo uma circular do "magnifíco" (entre aspas e minusculíssimas) que tenta reparar o ambiente deletério que já se instalou na UnB.
Isso depois de uma recente festa, que se chamava "a x...ta louca"!!!! Isso mesmo!

Bem, deixo vocês com esta demonstração de impotência e falta de autoridade:

ATO DA REITORIA N. 0856 /2011

Recomenda a suspensão da autorização de eventos festivos em espaços físicos dos campi da Universidade de Brasília e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO E REITOR DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, no uso de suas atribuições estatutárias e considerando os seguintes aspectos envolvendo a realização de eventos festivos nas dependências da Universidade de Brasília:
I a realização de eventos não autorizados pela Universidade;
II o crescente número de participantes em eventos autorizados, inclusive de pessoas estranhas à comunidade universitária;
III os eventos realizados com inadequada organização, controle e segurança;
IV os danos ao patrimônio da Universidade;
V os meios tecnológicos usados para a divulgação de festas, como as redes sociais, que impedem a estimativa adequada de participantes nesses eventos;
VI o debate em curso nos conselhos superiores acerca das Diretrizes de Convivência da Comunidade Universitária;
VII os termos das Resoluções do Conselho de Administração n. 5/1995 e n. 2/2003; e
VIII os termos do art. 4º da Resolução do Conselho de Administração n. 2/2003;

R E S O L V E:

Art. 1º Recomendar aos Decanos e Diretores das Unidades Acadêmicas e Administrativas que não concedam novas autorizações para realização de festas nas instalações acadêmicas dos campi da Universidade de Brasília, inclusive na circulação interna dos edifícios, até que a proposta de Diretrizes de Convivência da Comunidade Universitária seja apreciada pelo CONSUNI.
Art. 2º Reiterar, nos termos do art. 1º da Resolução n. 2/2003, que as festas que envolvam propaganda, venda de ingressos e de bebidas alcoólicas são restritas ao Centro Comunitário Athos Bulcão, em conformidade com as normas de utilização deste, sob supervisão do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC).
Art. 3º Orientar a Prefeitura do Campus (PRC) para que, por meio da Coordenadoria de Proteção ao Patrimônio (CoPP), impeça a realização de eventos não autorizados.
Art. 4º A realização de eventos não autorizados deverá ser apurada imediatamente por Comissão de Processo Disciplinar para determinação de responsabilidades individuais.
Parágrafo Único: A identificação, por parte da Prefeitura do Campus, de atuação de Centro Acadêmico na realização de eventos não autorizados implicará a suspensão da concessão dos auxílios previstos na Resolução n. 8/2008 até que os trabalhos da Comissão de Processo Disciplinar sejam concluídos.
Ar. 5º Os interessados na realização de eventos não previstos na regulamentação contida na Resolução n. 2/2003 deverão encaminhar solicitação, com antecedência mínima de 30 dias da data prevista do evento, ao Decanato de Assuntos Comunitários, a quem caberá deliberar acerca da autorização do evento.
Art. 6º Determinar que os casos omissos sejam encaminhados ao Decanato de Assuntos Comunitários, a quem fica delegada a competência para analisá-los e deliberar a respeito, ouvida a Prefeitura do Campus.
Art. 7º Este Ato entra em vigor a partir desta data.

Brasília, 8 de julho de 2011.
José Geraldo de Sousa Junior
Reitor

Recordar e viver, ou pelo menos sorrir... - Janer Cristaldo, sobre dois velhos amigos...

Esta crônica imaginária é de 1989, ou seja, antes que o socialismo desse dois suspiros e depois morresse (de morte morrida, não de morte matada), e foi retirada do e-book do Janer Cristaldo, Crônicas da Guerra Fria, um tempo que não volta mais, onde as coisas eram (aparentemente) mais simples: havia o lado de cá, e havia o lado de lá, ou seja, a famosa divisão de classes, operários de um lado, burguesia do outro, imperialismo de um lado, resistentes do Terceiro Mundo do outro, e assim íamos, tranquilitos, resistindo contra os malvados e proclamando velhos ideias de igualdade e justiça.
Depois a coisa se complicou um pouco, mas sempre é bom lembrar: recordar é viver, como diria uma antiga canção...

CUMBRE EN CUBANACAN
Janer Cristaldo
A Notícia (Joinville, SC), 22.01.1989

Havana (Urgente) — Em sua recente entrevista com Fidel Castro, o Dr. Luís Inácio da Silva, candidato do PT à presidência da República, revelou insuspeitados dotes de estadista, emergindo deste encontro no Caribe como um dos mais lúcidos líderes de Nuestra America. Hóspede oficial do governo cubano, Dr. Lula sequer necessitou deslocar-se de Cubanacan para discutir com o Líder Máximo os destinos do continente: na noite mesmo de sua chegada, mais precisamente às 23h30min de sábado passado, Fidel foi, verborrágica e pessoalmente, cumprimentá-lo. Exausto pela longa viagem e ciente da monologomania do velho ditador, mal Fidel esboçou um “bienvenido sea el compañero de luchas por la felicidad y bienestar de nuestro pueblo latinoamericano, impertérrito adversário del capitalismo y de la libre iniciativa, líder incontestable de las luchas laborales en Brasil...”, Dr. Lula cassou-lhe o verbo.
— Sei, sei — resmungou Dr. Lula, com a nonchalance de um plenipotenciário — e além do mais dispenso salamaleques, em verdade estou aqui apenas de passagem, mais diria em campanha eleitoral, pois se stalinismo passou de moda na Europa, ainda rende votos no Brasil. Quero em todo caso cumprimentá-lo por esta permanência de três décadas no poder, façanha que sequer foi atingida pelos militares brasileiros, com armas e atos institucionais em punho, sonho longe do alcance de caudilhos menores como Pinochet, desautorizado em plebiscito mal completou década e meia de governo. E quero particularmente cumprimentá-lo, camarada Fidel, por façanha bem mais insólita, a de preservar a simpatia da imprensa toda do Ocidente após trinta anos de ditadura, a propósito, bem gostaria que me passasse esta fórmula, nunca se sabe quantos séculos são necessários para educar uma nação.
Perplexo ante o sangue frio do jovem estadista, mal Castro esboçou um tímido “pero...”, Dr. Lula o atalhou:
— Ni pero, ni pera, Fidel. Você há de convir que trinta anos é um exagero. Se nem a CIA e o cigarro conseguiram te matar, mais dez aninhos e empatas com Franco. Visitar a ilha é uma espécie de batismo, sei disso, o Caetano e o Chico também sabem, acontece que nós envelhecemos e as gerações se renovam, estou aqui apenas para um gesto de aceno a meus companheiros de geração, acontece que conseguimos introduzir na Nova constituição o direito de voto a maiores de dezesseis anos, o que nos fornece uma fatia virgem no mercado eleitoral, são cinco ou seis milhões de eleitores, em sua maioria em fase de revolta com os pais, ou seja, voto certo no PT. Cá entre nós, camarada, esta minha visita até que me desprestigia, a imprensa burguesa vai gozar com a minha cara, ainda nem voltei e aposto que nalguma redação algum jornalista reacionário já deve estar me preparando alguma. Cuba já não dá mais crônica social, Fidel. A moda agora é Nicarágua e é pra lá que estou indo. Há centenas de jovens da classe média e alta classe média pagando mil dólares para passar fome e colher café para os nicas, que afinal isso de ser revolucionário não é para qualquer pé-rapado, não é qualquer zé-povinho que se pode dar ao luxo de pagar tanto para passar tão mal, e a classe média é muito intuitiva, assim que penso comer algumas lagostas em Havana, daquelas que você reserva para quem traz dólares e no meio da semana já estou voando pra Manágua, que mais não seja para abraçar “compa” Ortega. Desculpe o camarada Fidel minha franqueza, mas há razões que a razão não desconhece, são as famosas razões de Estado.
— Pe... pe... — quis balbuciar um Fidel perplexo — no que foi calado pelo líder petista.
— Ni pe ni pa, camará! Estou em campanha eleitoral e fica cada vez mais difícil, para um homem que ambiciona o poder e precisa namorar as esquerdas, explicar tua ilha. Quando jovem, vibrei com teu combate em Sierra Maestra, brindamos a queda de Fulgencio Batista, inovamos a autodeterminação dos povos e a Doutrina Monroe por ocasião da invasão da Baía dos Porcos. Pena que vivemos na era das comunicações, compañero, e não há hoje quem não saiba que na Cuba de Batista quem quisesse abandonar o país só precisava fazer as malas. Aquela fuga em massa pra Miami, lá por 80, caiu muito mal, meu caro Castro. Até o general Pinochet já fez plebiscito, mais ainda, aceitou o resultado da consulta, o que nos deixa numa situação muito desconfortável quando, convidado a confirmar tua legitimidade, declaras que os cubanos já fizeram um plebiscito há trinta anos. Como é que eu fico, Fidel, logo eu que lutei e luto pelas eleições diretas, como ficamos nós que denunciamos que há vinte e sete anos não votamos para presidente? Você há de convir que não é fácil explicar às novas gerações estas contradições dialéticas, certamente inevitáveis no processo histórico, mas dificilmente inteligíveis em um país onde a imprensa infelizmente é livre. Estamos te mandando turistas, camarada, e todos com os bolsos cheios de dólares e é claro que te somos gratos pela recepção, temos acesso a mordomias com as quais cubano algum ousa sonhar. O Chico, por exemplo, sempre cantou tua revolução, claro que ele sempre prefere sua cobertura no Rio, seu apartamento em Paris, mas isto é humano, Brecht já dizia que quem não sabe bem comer, bem beber e bem tratar uma mulher na cama não pode ser revolucionário. A reflexão é pertinente, só que dificilmente inteligível pelas massas. E nunca falta o jornalista de má-fé que insista em perguntar: mas se turismo é comércio de ida-e-volta, por que não vemos turistas cubanos no Brasil? Para os menos esclarecidos sempre podemos alegar que não se faz omelete sem quebrar os ovos, ameaça imperialista ao Norte, fortaleza sitiada pelo capitalismo, etc., mas meu suporte é a classe média e a classe média bem ou mal lê ou viaja e já não engole mais tais potocas. Camarada Castro! — e então Lula tentou erguer o braço até os ombros do Líder Máximo — até Gorbachov está conquistando o Ocidente, com não mais que duas palavrinhas, glasnost e perestroika. Custa muito ao camarada fazer uma concessãozinha aos ventos do Leste?
— Pe... pe... peres... que? — balbuciava atônito o Líder Máximo.
— Perestroika, camarada. Glasnost. Reestruturação. Transparência. Words, words, only words. Você acha que Gorbachov vai abrir fronteiras ou permitir críticas a seu governo na imprensa? Você imagina que vai liberar o xerox ou derrubar o Muro de Berlim? Nada disso, companheiro. Gorbachov está apenas tentando chegar ao século XX, antes que o Ocidente chegue ao século XXI. Mera ofensiva de charme. Estou até pensando em ver se descolo um encontro com o perestroistchki tovaritch Gorbachov, não há hoje quem não saiba que se ele deixa de enviar dólares aos bilhões à tua ilha, dia seguinte estás sem emprego. E depois, Fidel, isso de nomear sucessor. Logo um irmão! Eu, que fiz minha fortuna política xingando os militares, nem disso pude acusá-los! Trinta anos, meu caro — e Lula esfregou sua barbicha nas vetustas barbas do Caudilho — bem que eu gostaria de um período assim para endireitar aquele país, infelizmente lá a imprensa é livre, repito, e nunca falta um negativista profissional que nos cobre alternância de poder, eleições livres, em suma, esses empecilhos democráticos que nos impedem de construir a utopia.
Nesta cumbre, como dizem meus colegas de fala espanhola, o líder petista deixou claro que, uma vez presidente da República, só pensaria em uma aproximação com Cuba a partir do momento em que o Líder Máximo devolvesse aos cubanos o direito de voto.
— Não que eu acredite lá muito em eleições, camarada Fidel. Bem sabemos que a violência é o fórceps da História. Acontece que os brasileiros desde há muito estão contaminados pelos tais de ideais democráticos, culpa talvez em parte nossa, admito, afinal tanto falamos em democracia para contestar a ditadura que o povo acabou por intoxicar-se. A última tentativa de chegarmos ao poder pelas armas, o camarada viu no que deu e até hoje deve doer-lhe no bolso, meu caro Castro, aquele milhão de dólares repassadas a El Ratón, é assim que vocês chamam o Brizola aqui em Cuba, não é verdade? Por outro lado, compañero, isso de manter intelectuais e opositores na prisão, isso já era, Fidel, já era. As “autocríticas” de prisioneiros políticos não convenceram nem na época do Stalin. Aquela do Heberto Padilha, que desastre, hombre! Perdeste teus melhores garotos-propaganda, o Sartre, a Simone, Pasolini, Alain Resnais, Susan Sontag, Carlos Fuentes, Juan Rulfo, Vargas Llosa e vou ficando por aqui. O Gorbachov já está reabilitando Trotsky e você insiste em manter intelectuais no cárcere. Perestroicisesse, hombre, perestroicisesse antes que seja tarde.
— Pero pa qué si yo... — tentou atalhar Castro, impotente ante a verve do ex-metalúrgico.
— Ni pa que sí ni pa que no, camarada. Tua sorte foi a Armênia, não fosse aquele terremoto o Gorbachov dava entrevista no “Granma” e eu pagava pra te ver censurando o chefe, dia seguinte ele dispensava teu açúcar e fechava a torneira dos dólares. A propósito, isso do jornal da revolução ter um nome ianque, isso também cai mal, meu querido. Sem falar que eu tenho vergonha de voltar para o Brasil com um exemplar dele, lá no Brasil qualquer jornaleco de província tem mais informação e crítica do que este Diário Oficial. E mais, Fidel — e então o ex-metalúrgico foi de dedo em cima do Líder Máximo — tem mais, meu caro, isso de fazer discurso com pombinha branca no ombro é recurso fajuto de tua assessoria, imagina se lá no Brasil um milico, com farda e tudo, subisse a uma tribuna de pombinha ao ombro pra comemorar datas, ia ser mais divertido que ouvir o Sarney falando espanhol. Ou achas que alguém ignora tua presença armada em Angola? Isto nos coloca problemas terríveis, a nós, intelectuais de esquerda — (e neste momento o rosto do camarada Lula foi perpassado por um ligeiro rubor) — como explicar às massas que o cidadão cubano só come macarrão com ketchup o dia todo, isso quando tem a sorte de encontrar os dois? Como explicar os dois pares de sapato por ano a que tem direito os cubanos, quando não faltam coturnos para tuas tropas em território africano? Cá entre nós, Fidel, não é fácil vender tua revolução, quando se sabe que o turista em tua ilha tem acesso às dollarshops, ao que de mais sofisticado o capitalismo oferece, enquanto o ilhéu fica chupando no dedo. Acontecesse isso no Brasil, tuas lojinhas de caça ao dólar viravam cacos de vitrine no dia seguinte.
— Pe... pe... pero, Lula — tentava protestar o Supremo Comandante, já próximo à apoplexia, quando o futuro presidente da nação brasileira acalmou-o com um gesto imperioso:
— Tranqüilito, Fidelito, tranqüilito. Te convido para uma missa, sabes muito bem que só existo graças à Igreja, não é por acaso que me assessora um dos maiores ficcionistas catarinenses, frei Leonardo Boff. Ele vai oficiar uma missa e nós vamos rezar, meu querido, por muitos e muitos anos de vida a Stroessner. Sim, o Líder Máximo paraguaio. Pois se o homem morre, camarada, vais ganhar a desconfortável comenda de Decano dos Tiranetes da América Latina.

Operarios (sindicalizados) pedem desemprego e desindustrializacao!!!

Parece contraditório não é mesmo?
Mas é assim.
Leio no jornal do dia a seguinte manchete de primeira página:

"Metalúrgicos fazem greve contra desindustrialização"

Bem, não são todos os metalúrgicos, só os sindicalizados, e mais especialmente a aristocracia operária liderada pela máfia sindical, que são os que cruzaaram os braços, nas montadoras de automóveis do ABC paulista, pois estão preocupados:

"...com o aumento da presença de veículos e de outros produtos industrializados importados no mercado brasileiro e reivindicam o fortalecimento da indústria nacional". (Valor Econômico, 8-10 de julho de 2011, p. A1)

Trata-se de uma das muitas greves comandadas pela máfia sindical contra os interesses da população brasileira e a favor da burguesia, como diriam alguns, ou pelo menos a favor da aristocracia da indústria estrangeira instalada no Brasil, pois se supõe que essas montadoras vão conseguir o apoio ingênuo (ou idiota) dos trabalhadores para barrar concorrência estrangeira e assim poder continuar a cobrar mais caro dos consumidores nacionais.
Se der certo, quem sai perdendo são os brasileiros, em geral, e quem sai ganhando, temporariamente, são os donos das fábricas e os trabalhadores do setor, mas ilusoriamente e com prazo determinado.
Em última instância, quem sai perdendo é o país e a economia nacional, que se insula da concorrência estrangeira e que fica defasada e sem poder competir no exterior.

Que os problemas da indústria brasileira (ou estrangeira instalada no Brasil) não são derivados da concorrência estrangeira, isso eu deduzo de outra matéria no mesmo jornal, que diz o seguinte:

"A valorização exagerada do câmbio tornou mais dramáticos os problemas estruturais que atrapalham a vida do setor privado, como a carga tributária elevada, a infraestrutura precária e o alto custo dos insumos importantes, como a energia elétrica. Para complicar, falta mão de obra qualificada e os salários tem crescido acima da produtividade, num momento de forte aquecimento do mercado de trabalho." (Sergio Lamucci, "A indústria perde competitividade", Valor Econômico, 8-10 de julho de 2011, p. A2)

Ora, NENHUM, repito NENHUM, desses problemas, nem o câmbio, se deve minimamente, à concorrência estrangeira. TODOS eles foram feitos no Brasil, made in Brazil, e devem ser resolvidos aqui dentro.

Então, os metalúrgicos estão fazendo greve contra quem?
Deveriam fazer contra os responsáveis dessa situação.

Adivinhem que é o responsável maior?
Acho que nem preciso dizer...
Paulo Roberto de Almeida

========

Addendum em 9/07/2011:

Metalúrgicos fazem manifestação contra desnacionalização da indústria
Wagner Gomes
O Globo, 9/07/2011

Cerca de seis mil metalúrgicos, segundo estimativa da PM, ou 30 mil pelas contas dos organizadores, fizeram uma manifestação na manhã de ontem na Via Anchieta, na divisa entre São Paulo e São Bernardo do Campo, no ABC, contra o que chamam de desnacionalização da indústria brasileira. Eles reclamaram do aumento das importações e da geração de menos empregos para a produção no mercado doméstico.

Os trabalhadores paralisaram totalmente a linha de montagem da Ford para participar da manifestação. Na Mercedes-benz, o turno da manhã foi suspenso e 3.500 dos 13 mil trabalhadores da empresa cruzaram os braços. Nenhuma das duas montadoras informou os prejuízos e quantos veículos deixaram de ser produzidos. Já a Volkswagen informou que a manifestação ocorreu bem longe da fábrica e que os funcionários cumpriram normalmente o dia de trabalho.

Funcionários das empresas de autopeças da capital também participaram da manifestação. Os trabalhadores saíram em passeata pela rodovia, mas não chegaram a bloquear totalmente o trânsito.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a participação de veículos importados no mercado nacional passou de 5% em 2005 para 23% este ano. Nos últimos seis anos, o número de carros importados cresceu 115%, enquanto a produção nacional teve alta de 45%. Segundo a Anfavea, em 2010, as empresas instaladas no Brasil importaram 660 mil veículos. Este ano, serão importados 850 mil unidades.

— O Brasil vai importar este ano quase 900 mil veículos. É praticamente a produção total da Volkswagen em 2010. Mais de cem mil postos de trabalho poderiam ser gerados se os veículos importados fossem produzidos aqui — disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, disse que “mais um pouco e os trabalhadores brasileiros vão apenas apertar parafusos”.

Os sindicalistas defendem mudanças na política industrial, com regras como a da China, que só aceita a instalação de empresas estrangeiras em parceria com sócios locais.

A frase da semana: a ficcao do Estado - Frederic Bastiat

O Estado é essa grande ficção pela qual cada um tenta viver às custas de todos os demais.

Fréderic Bastiat (1801-1850)
que acrescentou:
"Para essa situação, só existe um remédio: tempo. As pessoas têm de aprender, por meio da dura experiência, a enorme desvantagem que existe em saquear o próximo".

"A única solução é o esclarecimento progressivo da opinião pública".

A tragedia do euro: uma visao liberal (Juraj Karpis)

The Euro: Its Inevitable End
by Juraj Karpis
Mises Daily, July 7, 2011

[Foreword to the Slovak edition of The Tragedy of the Euro, (2011).]

The political project of the euro is in deep trouble. It seems that Friedman's curse is beginning to materialize. Despite the European Union and International Monetary Fund's pledging three-quarters of a trillion of our euros to put out the debt-crisis wildfire, interest rates on troubled sovereign debts are even higher than before the announcement of the bailout funds. Not that this is a surprise to anyone.

Another loan to an already overindebted country is not a real solution to its problems — something private investors know very well. It's just a very expensive buying of time for those who happened to own the bonds and wonder what to do now. During this bought time, one can pretend that the problem will disappear thanks to sudden and miraculous economic growth. Ireland got bailed out. Portugal got bailed out. For Greece, one bailout was not enough.

Now, just a year later, Greece is asking again for the common European credit card in order to support a standard of living they became accustomed to thanks to the euro and with which it is very hard to part. Greece is a perfect example of the consequences of the implicit bailout guarantee from other EMU member states. A country on the edge of default with a debt-to-GDP ratio of over 150 percent — even after "radical" austerity measures — posted a public-finance deficit of 10.5 percent of GDP in 2010.

One troubling question keeps reappearing — What will happen to the patchwork safety net if the Italian or Spanish elephant falls into it? Will it hold? Or would Germany and the other countries holding it be better off letting go, so as to avoid being pulled over the cliff of default as well?

Today, we Slovaks are no longer just uninvolved bystanders, watching with interest as the euro drama unfolds. Since 2009, the euro's problems are our problems too, and now our chips are on the table. When you see press conferences announcing newer and bigger bailout packages, just divide the figures quoted by 100 to find out just how much European "solidarity" will cost us.

To mention solidarity while bailing out countries with irresponsible fiscal policy — and banks misled by the ECB's illusory easy-money policy — leaves a bad taste in Slovaks' mouths. This kind of "solidarity" is not permitted by the recently ratified Lisbon treaty. Moreover, the Slovak worker can only dream of a Greek-level pension, and Slovakia's own banking sector had to be restructured just a decade ago at a huge cost (over 10 percent of GDP). And now, as the second-poorest EMU member, we are expected to send money to pay Portuguese public workers and to save French banks after their unwise investments in Ireland?

There was not much of a discussion about euro adoption in Slovakia. The eagerness of politicians, experts, and the lay public to adopt the euro as soon as possible is easy to understand. The euro was supposed to protect us from our own politicians, who clearly showed what they are capable of in the late '90s. And it was flattering, too, to finally be a leader in at least something among our postcommunist neighbors. But this desire clouded our perception of the club we were about to join.

Yes, the common currency has its advantages, and monetary nationalism is costly and economically indefensible. But many ignore the key question of the currency's quality: What is the backing of the currency and who controls its production? In fear of another failure by our own political class, we forgot that the euro is not a gold standard lying outside the reach and control of politicians, but only a bigger and more complicated political project with all the ills that attend this sort of centrally planned structure. The fact that a politician speaks French or German doesn't make him a morally pristine agent free of any self-interest.

Thanks to its institutional character, the euro is a common resource utilized by the EMU countries. Control of money production, and all related benefits, has been moved from national governments into the platonically guarded supranational space of the eurosystem. Suddenly, it is possible to cover public-finance deficits with newly created euros, while the costs of this process — in the form of price inflation, various asset bubbles, and a deformed production structure — fall not just on the irresponsible country but on all members of the club.

Slovaks have a very intense historical experience with common resources. For them, the tragedy of the commons is not just an abstract economic concept, and the saying "He who does not steal, steals from his family" hints at an intimate public understanding of all the problems brought about by ill-defined or undefended property rights. The rules of the Stability and Growth Pact were supposed to police the euro commons, but the countries involved have simply ignored the rules, making the pact into an impotent manifesto.

With the onset of the financial crisis, the illusion created by newly created money and cheap loans not backed by savings evaporated. Losses from malinvestments — along with necessary reductions in standards of living or deep cuts in generous social benefits — are painful but inevitable. Changes in the rules of the euro game (the creation of the European Stabilization Mechanism by the addition of a new article to the Lisbon treaty) should allow a shifting of the losses from the places where they originated to taxpayers in other countries.

The European Union is changing into a wealth-redistribution mechanism between countries before our eyes. The potential default of one member state is automatically — and illogically — associated with the end of the union or even a potential war in Europe by EU representatives. However, hardly anything stirs nationalistic passion more than inequitable transfers of wealth. And an increase of indebtedness among the last relatively healthy countries left in the effort to avert the inevitable defaults doesn't add to the strength of the euro.

After 2013, as a part of the permanent European Stabilization Mechanism, Slovakia is projected to guarantee debts of up to almost six billion euros (one-fifth of the current government debt). You won't find risks like this in the official Slovak SWOT pre-EMU-entry analyses. Neither would you find discussion about possible government failures and fiscal free riding allowed by the institutional setup of the eurosystem there. We saw the euro as we wanted to see it, not as it really was. Ireland was presented as a role model for the positive effects of the common European currency, not as a Celtic Tiger on the steroids of irresponsible European monetary policy. The evidence of misuse of the euro for irresponsible fiscal policy was right in front of us, and in spite of the countless breaches of the Stability and Growth Pact, nobody held the fiscally unsound countries responsible. Nobody had to pay.

Even though we have already made the decision and the euro is already in our pockets, it's not yet too late in Slovakia to focus on the issues that didn't resonate enough in the pre-entry, euro-optimistic discussion. At least we will better understand what is happening to our money these days.

Juraj Karpiš is a cofounder of the free-market Institute of Economic and Social Studies in Bratislava. His work focuses on monetary policy, public finance, and healthcare systems. See Juraj Karpis's article archives.
This article is the foreword to The Tragedy of the Euro, the Slovak edition (2011).

Ludwig von Mises Institute
518 West Magnolia Ave.
Auburn, AL 36832

Uma simples formalidade - Giuseppe Tornatore

Acabo de assistir um belo filme na televisão, um filme europeu, o que é relativamente raro nas TVs brasileiras, mesmo a cabo. Gostei.
Música do mestre Ennio Morricone, como aliás em vários outros grandes filmes europeus e americanos, como lembra o Allan em seu comentário. Algumas são dele, outras são "chansons françaises", encore magnifiques en dépit du pop anglo-saxon...
Ai vai a ficha do filme, que recomendo...
Paulo Roberto de Almeida

Une pure formalité
(titre original : Una Pura formalità) est un film italo-français réalisé par Giuseppe Tornatore, sorti en 1994.

Le film commence par un gros plan sur un coup de feu tiré de la bouche d'un revolver. S'ensuit, dans un sous bois frappé par un déluge, la fuite éperdue d'un homme aussitôt interpellé par une brigade de police. Comme il n'a pas ses papiers, il est emmené au poste, endroit d'une vétusté archaïque, où son attitude confuse et suspecte va amener le commissaire à le mettre en garde à vue. Cet homme se révèle être l'auteur de talent et de renom Onoff, dont le commissaire est fan et connait l'œuvre par cœur. Va s'engager entre les 2 hommes au cours d'un long et dur interrogatoire, une dialectique soutenue qui ira en s'accélérant vers la fin du film, livrant la clé de l'histoire; à ce moment on entendra un piège à souris claquer dans l'armoire. [Attention ce qui suit révèle la fin de l’histoire] L'écrivain se confessant peu à peu révéle son for intérieur. On apprend qu'il a inventé sa biographie officielle, qu'inspiré par un clochard génial qui fut son plus grand ami et son mentor, il ne pensera jamais atteindre le niveau de son maitre et que son écriture n'est qu'une douloureuse catharsis. A la fin du film, l'interrogatoire améne l'écrivain à se souvenir qu'il s'est suicidé. D'autres éléments "surnaturel" amènent peu à peu à comprendre que le commissariat et ses hôtes ne se trouvent pas dans le monde réel : le piège à souris entendu s'avère vide, l'écrivain ne peut se faire entendre au téléphone, et surtout, il ne porte pas la blessure du coup du feu qu'il s'est porté en se suicidant. L'écrivain enfin confessé est devenu un homme apaisé au moment où il est emmené hors du commissariat vers une destination inconnue.

Titre : Une pure formalité
Titre original : Una Pura formalità
Réalisation : Giuseppe Tornatore
Scénario : Giuseppe Tornatore et Pascal Quignard
Production : Bruno Altissimi, Mario Cecchi Gori, Vittorio Cecchi Gori, Claudio Saraceni
Musique : Ennio Morricone
Photographie : Blasco Giurato
Montage : Giuseppe Tornatore
Pays d'origine : Italie - France
Format : Couleurs - Stéréo
Genre : Thriller
Durée : 108 minutes
Date de sortie : 1994

Gérard Depardieu : Onoff
Roman Polanski : Inspecteur
Sergio Rubini : Andre, le jeune policier
Nicola Di Pinto : Capitaine

Sélection au Festival de Cannes 1994

Como NAO se deve escrever a Historia do Brasil (nem a Politica Internacional, alias)...

Karl Friedrich Philipp von Martius esteve no Brasil em meados dos anos 1820, acompanhando a comitiva da primeira imperatriz do Brasil, quando ele viajou pelo país e recolheu muitas espécies botânicas, como correspondia a seu espírito naturalista e investigador.
Vinte anos depois, atendendo a um concurso do IHGB, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, criado em 1839, ele escreveu, em Munique em 1843, um texto, que ficou famoso:

MARTIUS, Karl Friedrich Philipp von:
Como se deve escrever a História do Brasil
Revista do IHGB. Rio de Janeiro 6 (24): 389 - 411. Janeiro de 1845.
(Revista Trimensal de História e Geografia ou Jornal do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro)

Pois bem, onde pretendo chegar?
Por enquanto, apenas argumentar sobre como NÃO se deve escrever a história do Brasil, nem a política internacional, com base, por exemplo, nas provas abaixo transcritas aplicadas em 2011 no concurso de ingresso à carreira diplomática.
Depois -- não agora, apenas por falta de tempo -- eu vou demonstrar por que provas abertas aos talentos não poderiam ter sido redigidas dessa maneira. Esse tipo de empreendimento intelectual exige critérios abertos à inteligência, não a submissão ao pensamento único e a subserviência mental. Desenvolverei, no devido tempo, meus argumentos metodológicos, obviamente, mas também de caráter substantivo, talvez políticos, quem sabe até históricos e, finalmente, sociológicos, para sustentar minha crítica em favor de um serviço diplomático de qualidade, colocado a serviço do Estado, não do governo, de qualquer governo. Infelizmente, no Brasil, a estreiteza mental se torna cada vez mais estreita.
Bem, no momento, o que faço, unicamente é postar.
Paulo Roberto de Almeida

Instituto Rio Branco Prova Escrita de História do Brasil
Admissão à Carreira de Diplomata (Terceiro Secretário)


PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA DO BRASIL PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA DO BRASIL
Na prova a seguir, faça o que se pede, usando, caso julgue necessário, as páginas para rascunho constantes deste caderno. Em seguida, transcreva os textos para as respectivas folhas do CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA ESCRITA DE HISTÓRIA DO BRASIL, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. Em cada questão, respeite o limite máximo de linhas estabelecido.

No caderno de textos definitivos, identifique-se apenas na capa, pois não serão avaliados os textos que tenham qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado.

QUESTÃO 1
Desenvolva análise comparativa do processo de definição das fronteiras do Brasil com a Guiana Francesa e com a Guiana Inglesa.
Extensão máxima: 90 linhas (valor: 30 pontos)

QUESTÃO 2
Redija texto dissertativo a respeito das iniciativas que caracterizaram a Política Externa Independente (1961-1964) no âmbito da descolonização afro-asiática, do descongelamento do poder mundial e do discurso desenvolvimentista. Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
- participação do Brasil no processo de descolonização africana naquele momento histórico;
- ideias de Araújo Castro acerca da ordem global;
- relação entre a Política Externa Independente e a formação de conceitos brasileiros de relações internacionais.
Extensão máxima: 90 linhas (valor: 30 pontos)

QUESTÃO 3
Disserte sobre a importância da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para a política externa brasileira na década de 50 do século XX.
Extensão máxima: 60 linhas (valor: 20 pontos)

QUESTÃO 4
Ao assumir a Presidência da República, em abril de 1964, o Marechal Castelo Branco alterou os rumos da ação do Brasil no plano internacional. Caracterize as rupturas verificadas nas relações do Brasil com a Argentina, em decorrência da política externa brasileira adotada no primeiro governo do regime militar.
Extensão máxima: 60 linhas (valor: 20 pontos)

===========

UnB/CESPE – Instituto Rio Branco Prova Escrita de Política Internacional
Admissão à Carreira de Diplomata (Terceiro Secretário)


PROVA ESCRITA DE POLÍTICA INTERNACIONAL
Na prova a seguir, faça o que se pede, usando, caso julgue necessário, as páginas para rascunho constantes deste caderno. Em seguida, transcreva os textos para as respectivas folhas do CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA ESCRITA DE POLÍTICA INTERNACIONAL, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. Em cada questão, respeite o limite máximo de linhas estabelecido. No caderno de textos definitivos, identifique-se apenas na capa, pois não serão avaliados os textos que tenham qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado.

QUESTÃO 1
Nos últimos anos, o Brasil ampliou sua interlocução externa com os mais variados parceiros. Nessa interlocução, o governo brasileiro vem defendendo os interesses nacionais e buscando produzir resultados socioeconômicos, sem negligenciar os esforços em prol da melhoria das condições tecnológicas e da competitividade de sua estrutura produtiva. Ao mesmo tempo, o país sinaliza com o “idealismo como horizonte”, em defesa de uma ordem mais justa e do respeito aos valores democráticos e aos direitos humanos.
Disserte sobre os desafios a serem enfrentados para a materialização desses objetivos políticos.
Extensão máxima: 90 linhas (valor: 30 pontos)

QUESTÃO 2
Em 17 de março de 2011, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) aprovou, por meio da Resolução n.º 1.973, o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Líbia. A adoção da resolução, em cuja votação se absteve, entre outros Estados, o Brasil, expressou a resposta do CSNU à situação interna naquele país. Comente tal situação, do ponto de vista político, econômico e humanitário, e identifique, com base nos traços definidores da diplomacia brasileira, as razões que levaram o Brasil a abster-se na votação da referida resolução.
Extensão máxima: 90 linhas (valor: 30 pontos)

QUESTÃO 3
Quem poderia imaginar, em um passado não tão distante, que os chefes de Estado do Brasil e da Argentina poderiam dar instruções a suas agências nucleares para que desenvolvessem conjuntamente um reator nuclear multipropósito com fins de pesquisa? Quem poderia supor que esses países desenvolveriam em conjunto um veículo militar para equipar os dois exércitos, ou que seriam capazes de cooperar em áreas tão variadas e de alta tecnologia como a construção de um satélite para observação de oceanos e da costa, a fabricação de peças para aviões, a TV digital? Há apenas três décadas, não seria possível, tampouco, iniciar estudos para a construção de hidrelétricas na fronteira ou para melhorar a integração rodoviária e ferroviária entre ambos os países. A fronteira, hoje, pode ser mais bem descrita como o espaço por excelência da integração, da paz, da união e da amizade.
Antonio Patriota, "Um exemplo de audácia". In: La Nación, 10/1/2011 (com adaptações).

Considerando o fragmento de texto acima, assim como a diversidade da agenda bilateral, analise os principais tópicos do relacionamento Brasil-Argentina.
Extensão máxima: 60 linhas (valor: 20 pontos)

QUESTÃO 4
Defina BRIC — grupo negociador, bloco econômico, grupo consultivo, agrupamento ou nenhuma dessas opções? Em sua resposta, especifique a participação do BRIC nos regimes globais de comércio, clima e segurança e explicite o modo como iniciativas como essa contribuem para os esforços da política externa brasileira em prol do fortalecimento das estruturas de governança global.
Extensão máxima: 60 linhas (valor: 20 pontos)

-------------

A bientôt...
Paulo Roberto de Almeida

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...