sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Orcamento Impositivo (so para gastanca parlamentar): o Brasil aprofundasua decadencia governamental

Todas as semanas, quase todos os dias, temos mais um exemplo de afundamento progressivo da governança no Brasil, juntando a inépcia dos companheiros com a voracidade e a irresponsabilidade da classe política.
O Brasil afunda por escolha própria...
Paulo Roberto de Almeida 

Política

Dilma sanciona LDO e mantém Orçamento Impositivo

Lei de Diretrizes Orçamentários de 2014 foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e prevê pagamento integral de emendas parlamentares

A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, no Plenário do Senado
A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, no Plenário do Senado (Pedro Ladeira/Folhapress)
A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014 e, como havia se comprometido em acordo com o Congresso para aprovar a peça orçamentária, não vetou o chamado Orçamento Impositivo. Com isso, o Planalto fica obrigado a disponibilizar integralmente os recursos das emendas de deputados e senadores, usados pelos parlamentares para atender demandas em suas bases. 
A LDO foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta quinta-feira. Dilma, que tinha até o dia 31 de dezembro para sancionar o texto, vetou alguns pontos da lei com obrigações de despesas para o Executivo, como por exemplo a reconstrução da Estação Comandante Ferraz, na Antártida – cuja licitação atrasou, adiando a obra por ao menos mais um ano – e dotações orçamentárias que, no entender do governo, poderiam prejudicar as finanças públicas e o alcance da meta do superávit primário. Nenhuma matéria mais importante, porém, sofreu alteração.
Barganha – O chamado Orçamento Impositivo era uma das principais bandeiras do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Aprovado pelo Congresso, se tornou elemento de barganha com o Planalto, que se comprometeu a não barrar o mecanismo em troca da aprovação da peça orçamentária enviada ao Legislativo. 
O Orçamento Impositivo torna obrigatória a liberação dos recursos previstos para as emendas parlamentares. Até agora, a execução do montante era feita a conta-gotas, conforme a vontade do governo. Os recursos costumam ser investidos nas bases eleitorais dos parlamentares em obras de infraestrutura.
A nova regra prevê o pagamento compulsório das emendas parlamentares e, acima e tudo, uma mudança nos costumes dos congressistas. O texto estabelece que o governo deve repassar o valor de 1,2% da Receita Corrente Líquida da União do ano anterior, que em 2013 equivale a cerca de 13 milhões de reais para cada deputado e senador. Pelo modelo atual, o montante é de 15 milhões, mas não há garantias de que esse valor seja realmente desembolsado. Com a mudança na lei, os parlamentares terão a certeza de que os recursos sairão dos cofres públicos.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.