Mercosul
Argentina culpa elétricas por apagão e ameaça estatizá-las
Governo argentino afirma que empresas executaram estratégia para responsabilizar o governo pelos problemas na rede
Jorge Capitanich, chefe do gabrinete de ministros da Argentina (Reuters)
O chefe do gabinete de ministro da Argentina, Jorge Capitanich, tentou desvincular do governo a culpa pelos apagões que têm ocorrido no país e afirmou que a população deve responsabilizar as empresa elétricas Edenor e Edesur. "Estamos preocupados e irritados porque não é possível que os usuários não tenham uma resposta para os problemas que emergem", afirmou Capitanich, segundo o jornal argentino Clarín.
Segundo o ministro, novo 'cão-de-guarda' do protecionismo argentino, houve uma "estratégia" das empresas elétricas de transferir a culpa para o governo Kirchner. "A mídia deve saber que, em vez de criticar o governo, deve colocar a responsabilidade onde ela deve estar, que é na qualidade da prestação de serviço por parte das empresas", disse o ministro, que afirmou ainda que haverá multas pelos apagões, além do ressarcimento aos usuários prejudicados.
Capitanich finalizou seu discurso à imprensa com uma ameaça: "Se não são capazes de prestar o serviço, então o estado está disposto a prestar o serviço de forma direta. Vamos agir com todo o rigor", afirmou.
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Racionamento - O governo argentino anunciou na quarta-feira que não descartaria implementar "cortes programados e rotativos" de energia elétrica para evitar um colapso devido a uma onda de calor que já produziu apagões em áreas urbanas do país.
Na quarta, o governo havia informado que trabalhava com as empresas elétricas para antecipar-se ao aumento excessivo da demanda.
Os prolongados cortes de energia dos últimos dias motivaram protestos em vários pontos da capital e sua área metropolitana, onde desde o fim de semana passado se registraram temperaturas superiores aos 35ºC.
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