Senhor Deus dos desgraçados
(mas isto não é um poema):
Paulo Roberto de Almeida
Aviso aos navegantes, de direita e de esquerda, semitas e antissemitas, sionistas e antissionistas (e já vou avisando que eu não sou nem uma coisa, nem outra, muito pelo contrário, pois não tenho partido, nem religião, sequer um timezinho de futebol):
Os maiores inimigos de Israel, do povo judeu, da ideia mobilizadora do sionismo e daquele velho ideal da “única democracia” no Oriente Médio são a clique fascista e genocidária atualmente instalada no poder em Israel e seus auxiliares, que conduzem um morticínio sistemático contra o povo palestino, a pretexto de combater um movimento terrorista fascista e genocidário, e que estão se igualando a outros grandes, talvez os maiores, criminosos de guerra da história recente da humanidade (digamos nas últimas nove décadas).
Estou desistindo de ver noticiário na TV (e vejo quase todos os canais nacionais e várias internacionais (em inglês, francês, italiano, espanhol, lusitano etc., além de rádios e ferramentas de comunicações sociais) porque não suporto mais ver, todos os dias, dezenas de mortos, civis, desarmados, na fila da farinha (nem é comida de verdade), mulheres, crianças, velhos, todo mundo.
Alguém aguenta ver?
Tem alguma justificativa?
Quem pode ficar indiferente a essas imagens ou relatos?
Tem alguém com alma de Castro Alves para compor um novo poema do morticínio absoluto e irrestrito?
Por que tanto horror perante os céus?
Qual é a ideia que sustenta o genocídio? A impossibilidade de limpar o terreno para construir um balneário, um resort de luxo?
A ONU está muito distante e a clique dos criminosos de guerra, Netanyahu e snypers, muito perto?
O que dirão, vários anos à frente, os filhos e netos de judeus e palestinos aos seus antecessores que sobreviveram à tragédia? Vocês não fizeram nada? Assistiram a tudo aquilo absolutamente impassíveis?
Não posso crer e também não posso fazer nada, além de me comover e desejar não saber mais dessas coisas.
Só tenho este minúsculo espaço para expressar minha inconformidade. É pouco, muito pouco…
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 28/06/2025
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