Alguém ainda se lembra do tal de “decolonial”?
Mimesis, imitação, submissão a modelos estrangeiros é quase uma tendência natural num país que importou e absorveu tecnologias, modas e cultura estrangeira durante séculos. A maior parte dessas importações perdura e se integra naturalmente ao mores nacional.
Mas tem uma que de tão ridícula durou pouco entre pessoas supostamente educadas e instruídas como são os membros da academia: o tal de pensamento “decolonial”, um remorso tardio de europeus anteriormente colonialistas e que resolveram se redimir propondo eles mesmos um suposto pensamento dos colonizados, que foram e são a maioria do planeta, nesse tal de “Sul Global”, outra expressão sem qualquer sentido, a não ser substituir o antigo Terceiro Mundo por algo que parece ter mais sonoridade.
Essa coisa de Sul Global ainda está na moda, mas a do “decolonial” já passou, não sei se vcs repararam.
Sempre achei ridículo acadêmicos brasileiros aderirem à tal moda do “decolonial”, uma inutilidade simplória que não precisava ter sido importada.
Afinal de contas, assim como fizemos nossa substituição de importações na indústria entre os anos 1950 e 1970, já fizemos, com relativo sucesso, nossa substituição de importações na área acadêmica dos anos 1970 aos 80.
Não precisaríamos estar voltando a importar modismos estrangeiros de forma tão subserviente.
Bye bye “decolonial”…
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 9/11/2025