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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Index of Human Freedom 2018: Brasil perde da China em liberdade economica - Cato Institute

Human Freedom Index

The Human Freedom Index presents the state of human freedom in the world based on a broad measure that encompasses personal, civil, and economic freedom. Human freedom is a social concept that recognizes the dignity of individuals and is defined here as negative liberty or the absence of coercive constraint. Because freedom is inherently valuable and plays a role in human progress, it is worth measuring carefully. The Human Freedom Index is a resource that can help to more objectively observe relationships between freedom and other social and economic phenomena, as well as the ways in which the various dimensions of freedom interact with one another.
The report is co-published by the Cato Institute, the Fraser Institute, and the Liberales Institut at the Friedrich Naumann Foundation for Freedom.

The Human Freedom Index - 2018


O Brasil aparece num vergonhoso lugar 123, sobre 162, ou seja, no meio da segunda metade, com um índice geral de liberdade humana de 6,21 (sobre 10), sendo 6,67 nas liberdades individuais (lugar 94 sobre 162), mas apenas 5,75 nas liberdades econômicas (um alarmante lugar 144 sobre 162).
Na verdade, segundo se pode ver na evolução anual, as liberdades humanas e econômicas no Brasil vieram caminhando para trás, ou seja, retrocedendo de 2008 a 2016, o que é propriamente lamentável. 
Em outros termos: os governos lulopetistas fizeram o Brasil retroceder no índice de liberdades humanas e de liberdades econômicas, o que combina com o espírito totalitário da organização criminosa que presidiu aos destinos do país nesse período (confiram essa evolução negativa na p. 93 do relatório).

Agora vejam o caso da China, uma autocracia semitotalitária, que justificadamente encontra-se atrás do Brasil no ranking geral das liberdades humanas, em lugar 135 sobre 162, mas no campo das liberdades econômicas a China é mais livre do que o Brasil, por incrível que pareça (mas eu considero isso normal, conhecendo a China).
Seu índice de liberdade econômica é de 6,46 (contra apenas 5,75 no Brasil), o que a coloca num lugar 108 (contra 144 para o Brasil).

Mas o relatório é implacável com a falta de liberdades humanas na China, como se pode constatar por estes comentários, logo na Introdução (Foreword): 

"Another power is a far greater threat to freedom—and that is China. The Chinese Communist Party has grown increasingly despotic and imperialistic in recent years; it brutally enforces its model of totalitarianism at home and seeks to spread it globally. It employs a nasty array of mili- tary aggression, intimidation, imprisonment, and execu- tion of opponents domestically, with increasingly blatant use of those tools against external opponents. Its econom- ic clout is used to bribe, corrupt, intimidate, and indebt nations around the world.
The range of China’s efforts to suppress freedom do- mestically and internationally is breathtaking, so only a sampling is in order here. Actions that are generally known include its anti-Taiwan activity, its militarization of the South China Sea in an attempt to gain a chokehold on the world’s most important trade corridors, its intellectual property theft, its vast increases in military power and spending, its global propaganda, and, most horrifying, its brutal suppression of Muslim Uighurs. Yet the extent of China’s malicious threats and activities is little understood.
(...)
Religious persecution is endemic."

Em conclusão, se o Brasil se aproximasse das liberdades econômicas da China, sem imitar a sua execrável autocracia política, teríamos um enorme progresso para fazer avançar a criação de riqueza no Brasil.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Brasil, um pais socialista; China, um pais capitalista, e mais livre que o Brasil - Economic Freedom of the World

Brasil despenca em ranking de liberdade econômica: somos mais socialistas do que China e Rússia

Instituto Liberal de São Paulo
http://www.ilisp.org/noticias/brasil-despenca-em-ranking-de-liberdade-economica-somos-mais-socialistas-do-que-china-e-russia/

Lançada hoje, a versão 2017 do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation mostra o efeito do desastre criado pelos últimos anos do governo Dilma Rousseff (e até o momento não revertido por Michel Temer) na liberdade econômica do país.
Apenas em um ano, o país caiu 3,6 pontos percentuais no ranking, estando agora na 140a posição. Em outras palavras, somos tão socialistas quanto Togo (138°), Burundi (139°), Paquistão (141°) e Etiópia (142°), e mais socialistas do que países como Gabão (103°), Tadjiquistão (109°), China (111°, ainda controlada pelo Partido Comunista), Rússia (114°, o coração da antiga União Soviética), Nigéria (115°), Congo (117°), Senegal (120°), Zâmbia (122°), Tunísia (123°), Grécia (127°) e Quênia (135°).
Comparação da liberdade econômica de Brasil (cinza), China (amarelo) e Rússia (azul) nos últimos anos em relação à média mundial (rosa) Fonte: Heritage Foundation
De acordo com a análise da Heritage Foundation em relação ao Brasil, a interferência do estado na economia brasileira tem sido crescente, enquanto os serviços estatais continuam sendo de péssima qualidade. A implantação de qualquer reforma tem sido difícil e as barreiras ao empreendedorismo incluem altas taxas, excesso de regulação e uma rígida legislação trabalhista (a fascista CLT). Os escândalos de corrupção fizeram a população acreditar cada vez menos nas instituições, contribuindo para a queda do país no Ranking de Competitividade do Fórum Econômico Mundial (uma das 42 variáveis que compõem o ranking da Heritage). O aumento dos gastos do governo (39,5% do PIB), o contínuo aumento da burocracia para abertura ou expansão de empresas e o excessivo protecionismo governamental em relação às importações contribuíram para a queda do país no ranking.
Em relação à China, a análise da Heritage Foundation destaca que o país continua majoritariamente socialista (com o estado controlando todas as terras, por exemplo), mas que os avanços feitos no sentido de reduzir impostos, a manutenção de certa liberdade trabalhista (maior do que a brasileira) e uma maior liberdade para importação e exportação colocaram o país à frente do Brasil no ranking.
No caso da Rússia, a análise destaca que o país está igualmente longe de ter liberdade econômica (com uma crescente intervenção do estado na economia gerando problemas para empresas privadas e maior inflação), mas que o país tem impostos menores do que o Brasil – alíquota de imposto de renda para pessoas físicas fixa em 13% e uma alíquota máxima de 20% para empresas, em comparação com as alíquotas de até 27,5% para pessoas físicas e até 34% de impostos para empresas -, menores gastos e dívida pública (17,7% do PIB na Rússia contra 73,7% do PIB no Brasil), maior liberdade para abertura e fechamento de empresas do que o Brasil e maior facilidade para importação e exportação, garantindo a Rússia na 114a posição do ranking.
Os países com maior liberdade econômica (ou seja, com maior liberdade para trocas capitalistas e menor intervenção do estado na economia em comparação com os demais) do mundo continuam sendo Hong Kong, Singapura, Nova Zelândia, Suíça e Austrália. No continente americano, os países com maior liberdade econômica atualmente são Canadá (7°), Chile (10°) e Estados Unidos (17°, a cada ano caindo mais no ranking).