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sábado, 22 de janeiro de 2022

Resenha do livro Heróis do Castello, de Cristiano Berbert, por Roberto Klotz

Meu amigo e colega Cristiano Bernert postou no Linkedin, de onde copio, uma resenha sobre seu romance baseado em fatos verdadeiros, de uma bela história brasileira, a saga da FEB na luta contra os alemães nos campos de batalha da Itália.

Cristiano Berbert
Cristiano Berbert • 1st Chief of Staff, Secretary of Bilateral Negotiations for the Middle East, Europe and Africa at Brazilian Ministry of Foreign Affairs (Itamaraty) 

Compartilho resenha de Roberto Klotz sobre meu romance, Heróis do Castello.

 https://lnkd.in/eUSPpXqY

"Ansioso, esperei meu exemplar de Heróis do Castello chegar pelo correio.

A expectativa foi confirmada: leitura prazerosa.

É uma história de um piloto de caça da FAB – Força Aérea Brasileira que lutou durante a Segunda Guerra, participando na batalha de tomada ao Monte Castello, no norte da Itália. Essa batalha foi duríssima, nela morreu o maior contingente de pracinhas e, pelo resultado, foi também a vitória mais heroica da FEB – Força Expedicionária Brasileira. 

Interessei-me porque papai foi piloto e combateu pela FAB na ELO – Esquadrilha de Ligação e Observação e também participou na famosa batalha.

O romance ficcional se inicia no litoral sul da Bahia a bordo de uma barcaça que é torpedeada por um submarino alemão. Um jovem tripulante, André Mendonça, que nas horas vagas desenhava aviões, sobrevive ao ataque e ao naufrágio. 

Nesse interim, provocado por inúmeros ataques dos submarinos alemães, o Brasil entra na guerra aliando-se aos norte-americanos. André se alista na aeronáutica e em pouco tempo é selecionado junto com vários outros companheiros para participar de um treinamento no Texas. O treinamento é longo. André é um dos poucos que conseguem ser aprovados para pilotar o P-47 thunderbolt.

André é convocado para a guerra e participa de inúmeras missões de bombardeio na Itália. Em fevereiro de 1942 sua esquadrilha é intimada a auxiliar a infantaria brasileira em mais uma tentativa de vencer os alemães que estavam numa posição estratégica muito superior no monte Castello. 

O autor foi ousado ao narrar uma história inserindo um herói fictício entre verdadeiros combatentes. Teve o cuidado de trocar os nomes de pessoas ao torná-las personagens do romance, como no episódio em que insere André na criação do emblema “Senta a pua”. O autor do desenho foi o piloto major Fortunato Câmara da Silva, cujo nome, na narrativa, foi transformado em Honorato.

A soma de feitos para um único protagonista aponta para uma história épica digna de ser transformada em um roteiro para um filme hollywoodiano nos moldes da “Jornada do herói”, consagrado livro de Joseph Campbell.

Berbert estreou como um experiente escritor. 

O autor mostra-se um ótimo contador de histórias ao fazer o leitor sentir e participar das emoções do protagonista em cada situação.

André, apesar do papel de herói, comete pecados, mesmo que justificados pelas situações impostas. Apesar das falhas, torcemos pelo personagem. A criatividade do autor é tão extraordinária quanto a do protagonista ao inseri-lo em inúmeras situações conflitantes e resgatá-lo cada vez com mais heroísmo. Torcemos para que consiga sair das enrascadas e, por fim, nos orgulhamos de que ele seja brasileiro.

O romance, acima de tudo, destaca o valor dos combatentes na Segunda Guerra elevando o orgulho de ser brasileiro.

Roberto Klotz".

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Cristiano Berbert já tem dois outros livros publicados: