O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

Mostrando postagens com marcador Itália. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Itália. Mostrar todas as postagens

sábado, 6 de novembro de 2021

Benvenuto na Itália? Mai suceso - José Horta Manzano

 

Bolsonaro na Itália – benvenuto? Por José Horta Manzano

… Saudades do tempo em que visita de chefe de Estado estrangeiro era um acontecimento. Tanto cá quanto além-fronteiras, era a mesma festa. Algumas visitas chegaram a marcar a história.

Bolsonaro na Itália

Saudades do tempo em que visita de chefe de Estado estrangeiro era um acontecimento. Tanto cá quanto além-fronteiras, era a mesma festa. Algumas visitas chegaram a marcar a história.

Em 1961, finzinho de maio e começo de junho, John F. Kennedy, então presidente dos EUA, esteve de visita à França, presidida pelo general De Gaulle. Durante a estada, Jacqueline Kennedy, a esposa do visitante, chamou a atenção de todos. Era bela, tinha uma graça especial e, qualidade maior: falava francês. O velho general se derreteu.

Foi engraçado o dia em que a senhora Kennedy, orgulhosa das origens de sua família, contou a De Gaulle: “O senhor sabe, eu tenho ascendência francesa!”. E o general, de bate-pronto: “Pois imagine a senhora que eu também!”.

Pouco antes de embarcar de volta para os EUA, o presidente americano deu uma entrevista coletiva. Logo na abertura, o homem mais poderoso do planeta mostrou que tinha forte senso de humor. Fez cara dramática e declarou, sério: “I do not think it altogether inappropriate to introduce myself to this audience. I am the man who accompanied Jacqueline Kennedy to Paris. And I have enjoyed it.” Trocando em miúdos, fica mais ou menos assim: “Pensando bem, não acho inapropriado me apresentar a esta plateia. Sou o homem que acompanhou Jacqueline Kennedy em Paris. E gostei muito.

A tradição de visitas de dirigentes brasileiros a países estrangeiros é antiga. Começou já nos tempos do imperador, quando viagens eram vagarosas e podiam demorar semanas. Das menos antigas, lembro de JK nos EUA, de FHC na França, de Lula passeando de carruagem com a rainha da Inglaterra. Todos sempre foram bem recebidos. Aliás, todos os dirigentes brasileiros sempre foram recebidos com simpatia aonde quer que se dirigissem. Correligionário ou não do presidente, todo brasileiro sentia uma pontinha de orgulho.

Agora que terminou a vilegiatura que nosso capitão fez em terras italianas, a gente sente muita tristeza. Não me lembro de ter jamais visto, no exterior, manifestações de protesto contra a visita de presidente nosso. Essas viagens costumam ser instantes de confraternização, aqueles momentos em se põem (temporariamente) as querelas de molho. Com Bolsonaro, não foi possível. Como dizem por aqui, “sua fama o precede” – antes mesmo de ele apontar na esquina, todos já sabem de que barro é feito o personagem.

Falando do capitão, Elio Gaspari resumiu com maestria: “Pisou no pé da chanceler alemã Angela Merkel, teve uma conversa desconexa com o presidente turco, conversou com garçons e, por não usar máscara nem tomar vacina, ficou sem o aperto de mão do primeiro-ministro Mário Draghi.”. Foi um vexame atrás do outro.

O capítulo mais impressionante ocorreu justamente no deslocamento sentimental ao vilarejo de origem da família. Era pra ser um momento apolítico, que não se prestava a manifestações. Mas deu chabu. A proverbial belicosidade do capitão suscita sentimentos pouco pacíficos. Aconteceu o contrário do esperado.

Em Pádua, os manifestantes estavam tão exaltados, que a polícia teve de intervir com canhões de água. A visita à basílica de Santo Antônio teve de ser cancelada. O bispo da diocese negou-se a receber Bolsonaro. Disse que, se o presidente desejasse, podia vir como um fiel comum, mas que não seria recebido com honras de visitante especial. O capitão desistiu.

Em Anguillara Veneta, a cidadezinha de origem da família, estava prevista uma recepção na prefeitura, para entrega do diploma de cidadão honorário. A intensidade das manifestações de rua não permitiram. De última hora, mudou-se o programa. O almoço e a entrega do canudo foram feitos num restaurante situado fora da cidade, instalado num casarão do século 19. Para não fomentar uma revolta entre os moradores, a prefeita resolveu pagar do próprio bolso. Pelo jeitão sofisticado do restaurante (e pelo volume da comitiva presidencial), imagino que a prefeita se arrependeu da hora em que teve a ideia de conferir o título de cidadão a Bolsonaro.

Bolsonaro na Itália

E assim continuamos. Se já era malvisto, o capitão confirmou a fama e virou empesteado, daqueles que todos querem ver pelas costas. Nenhum dirigente estrangeiro quer ser visto em sua companhia, que é pra não perder popularidade nem votos no país natal.

Na COP26, Ninguém acreditou nas boas intenções do Brasil; a ausência do chefe dá dois recados. Primeiro, de que ele não esta ligando a mínima para aquele circo; segundo, de que o compromisso brasileiro não passa de encenação pra inglês ver – perdão! – pra escocês ver (a conferência é na Escócia).

Se a Lega (partido da extrema-direita italiana) já era vista com desconfiança, as honras oferecidas a Bolsonaro hão de ter tido o efeito contrário. Fortaleceram a convicção de que se trata de um agrupamento de gente pouco recomendável. Quem é amigo de Bolsonaro bom sujeito não é.

 Resumo da ópera

Eles, que estão longe, ainda podem dar-se ao luxo de se esquivar do capitão, de ignorá-lo, de dar-lhe as costas, de fingir que não viram. Os que estão no Brasil e são obrigados a sobreviver com os sustos diários aplicados no país por aquele estropício, ah!, isso já uma outra história. Deve fazer parte de nosso carma coletivo.

 Disclaimer

No título, usei a palavra italiana benvenuto, que se traduz por bem-vindo. É ironia.

__________________________________________________________

JOSÉ HORTA MANZANO – Escritor, analista e cronista. Mantém o blog Brasil de Longe. Analisa as coisas de nosso país em diversos ângulos,  dependendo da inspiração do momento; pode tratar de política, línguas, história, música, geografia, atualidade e notícias do dia a dia. Colabora no caderno Opinião, do Correio Braziliense. Vive na Suíça, e há 45 anos mora no continente europeu. A comparação entre os fatos de lá e os daqui é uma de suas especialidades.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Da velha Guerra Fria geopolítica à nova Guerra Fria Econômica - Paulo Roberto de Almeida

Aproximadamente dez anos atrás, no final de 2009, ao preparar-me para passar oito meses na China, durante a Exposição Universal de Xangai, a realizar-se de maio a outubro de 2010, redigi o primeiro rascunho de um ensaio, depois elaborado e divulgado durante aquela estada, no qual eu me manifestava sobre a substituição da antiga Guerra Fria, de natureza geopolítica, por uma nova Guerra Fria Econômica, cujos principais protagonistas seriam os Estados Unidos e o gigante asiático, então ainda flexionando seus músculos econômicos e militares para o exercício de uma futura preeminência mundial.
Embora sequer aberta ou declarada naquela ocasião, eu já dizia que se podia declarar a China como vencedora potencial da nova contenda geoeconômica, simplesmente porque ela possuía a estratégia adequada para esse tipo de embate. Creio que esse cenário está em pleno desenvolvimento nos dias que correm.
Cabe reconhecer que o governo Trump vem facilitando enormemente esse desenlace fatal, na medida em que o presidente mercantilista e protecionista colabora na aceleração desse processo, ao retirar os EUA da globalização e ao deixar os chineses livres para implementar de forma praticamente desimpedida seu intento globalizador — agora traduzido na estratégia “Belt and Road Initiative” —, desta vez com parceiros do próprio G7, como a Itália, ademais de outros sócios menores do império americano, como a Nova Zelândia, por exemplo, que também se prepara para aderir.
A nova Guerra Fria Econômica refaz a história mundial de antes da época dos descobrimentos ultramarinos, ao levar, desta vez, produtos e serviços chineses ao coração da Eurásia e ao seu promontório ocidental, em lugar de serem os antigos mercadores ao estilo de Marco Polo a penetrar nos poeirentos caminhos da velha Rota da Seda até o império então dominado pelos sucessores de Gengis Khan.
Sinto-me gratificado por ter antecipado em dez anos uma evolução que já então me parecia inevitável. Vou buscar e postar novamente neste espaço aquele meu ensaio antecipatório.
E o que faz o atual chanceler brasileiro em face desse cenário? Ao que se tem notícia, ainda recentemente ele estava criticando uma inexistente “China maoísta”, uma fantasmagoria desfeita quatro décadas atrás. Numa aula "mínima" dada aos estudantes do Instituto Rio Branco até confirmou, ridiculamente, que nós, brasileiros, podíamos vender nossos produtos primários à China, mas que "não iríamos vender a nossa alma". 

O próprio presidente desmentiu-o imediatamente, ao anunciar que iria visitar a China ainda este ano, antecipando os grandes negócios que o Brasil poderia fazer com o gigante asiático.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 25/03/2019



Ver o artigo de João Paulo Charleaux, "Como a China busca reeditar a antiga Rota da Seda", no jornal digital Nexo (23/03/2019), para o qual contou com a colaboração de Oliver Stuenkel, professor na FGV-SP e grande especialista do "mundo pós-ocidental" – título de um de seus livros –, explicando como a China administra esse grande projeto, "no qual a China aparece como principal potência do mundo, dona de um passado glorioso":

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2019/03/23/Como-a-China-busca-reeditar-a-antiga-Rota-da-Seda?utm_source=socialbttns&utm_medium=article_share&utm_campaign=self&fbclid=IwAR2FFJfVv_tSPpCGZAWeiV46Rc77TGZmSIid5O5PkSPa1e6vvCL2XbxZQKc 

De fato, como explica Stuenkel, trata-se de um passo "muito importante", uma vez que a Itália é o primeiro "país do G7 a aderir [ao projeto], o que dá uma legitimidade a mais. Mostra que isso não é um projeto só para países pobres e desesperados por recursos."

quinta-feira, 24 de maio de 2018

A Italia fabricando uma nova crise europeia - Sebastian Mallaby (WP)

Italy’s new government could be the force that finally breaks Europe

Europe has weathered so many shocks — the near breakup of the euro zone, the chaotic influx of 2.5 million refugees, the Brexit referendum — that it is tempting to dismiss the latest existential crisis unfolding in Rome. But Italy’s emerging radical-populist government could be the force that finally breaks the continent’s cohesion. When the man proposed as Italy’s new finance minister declares that “Germany has not changed its vision of its role in Europe since the end of Nazism,” it is time to wake up.
Whether or not Paolo Savona gets the finance job, there is no doubt that he represents the populists’ outlook — one that could have a devastating effect on Europe’s financial position. The two halves of Italy’s new coalition — the right-populist League and the left-populist Five Star Movement — disagree on many issues, but they are united in blaming Italy’s problems generally on the European Union and specifically on the Germans. After Savona’s outburst was published in an Italian newspaper this week, Matteo Salvini, the League’s leader, took to a Roman rooftop and announced on Facebook Live that Savona is “an economist, an expert recognized in Italy and the whole world . . . His only fault? He dared to say that this E.U. — as it is — doesn’t work.” 
This growling cannot be dismissed because, if shorn of the gratuitous reference to Nazism, it contains much truth. The European Union comprises one brilliant success (a single market that facilitates trade not just in goods but also in services); a series of useful collaborations (in policing, scientific research, student exchanges and so on); one brave but politically risky principle (the free movement of people); and one outright catastrophe (the common European currency). Britain is crazy to leave the European Union, because it is not in the currency zone and its flexible labor market allows it to absorb European immigrants effectively. But Italy is different. 
Indeed, Italy is the poster child for the flaws in Europe’s construction. It has amassed terrifying government debts not because it has the privilege of printing the world’s reserve currency (as the United States does); nor because it has a national central bank that can be relied upon to suppress borrowing costs (as Japan does); nor yet because it hid its borrowing behind Wall Street financial engineering and fake statistics (as Greece did). Rather, Italy has been plainly and openly reckless, because such were the incentives created by Europe’s monetary system. 
Europe’s policy mix acknowledges this problem. A single central bank with a single interest-rate policy links the borrowing costs of weak and strong countries, so that the weak can run up debts too easily. Recognizing this temptation, Europe has imposed caps on government borrowing, but these have failed in two ways. First, they have ensured that the main word that national politicians hear from Brussels is “no!” — no to government pensions, no to infrastructure spending, no to teacher pay raises. Second, because any budget rule is arbitrary, the caps have not been enforced in practice. They combine maximum friction with minimum effectiveness. 
Meanwhile, other European policies have actively promoted recklessness. The European Central Bank treats German government debt and Italian government debt equally, boosting the demand for Italian bonds that would otherwise be considered riskier. The central bank also encourages the presumption that, in a crisis, it would rescue Italy, dampening market discipline further. To get investors to believe Italy could plausibly default one day, Europe would have to break the “doom loop” between government and the banking system, so that the government could go bust without the banking system imploding. But that would require European-wide bank backstops. Despite much earnest discussion about centralized euro zone deposit insurance and a euro zone bond that banks could hold instead of dubious national bonds, neither is in the cards. 
In the absence of both political discipline and market discipline, Italy has — guess what — borrowed. When the euro was launched in 1999, Italy had a public debt to gross domestic product ratio of 105 percent; today it is 133 percent. The same incentives are evident elsewhere: In France, for example, the debt ratio has gone from 59 percent to 97 percent. When Italy’s newly elected populists promise to cut taxes and raise spending, they are merely extending the pattern. Their principal innovation is to be brazen about it — and to compare modern Germans to Nazis even as they flout German-backed deficit caps. This will only harden Northern European opposition to centralized bank backstops and so paradoxically entrench the doom loop that perpetuates those incentives for the Italian government to borrow.
How does this game end? In the short term, Europe’s economy is enjoying a cyclical upswing and the central bank is buying bonds via its quantitative easing program, so a crisis is unlikely. But in the longer term, Italy’s debt ratio seems headed into the stratosphere. When the next downturn comes, Europe may find itself dealing with a basket case many times the size of Greece during the last crisis. Greece was small enough to be containable. Italy will be too big to fail, and perhaps too big to save.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O que aconteceu com a Economia Politica? - Call for papers e conferencia, Genova, junho 2018

The 15th Annual STOREP Conference will be held at the Università di Genova, Dipartimento di Scienze Politiche (Piazzale E. Brignole, 3a canc.), on June 28-30, 2018
The title of the conference is
 “Whatever Has Happened to Political Economy?”.
Here follows the call for papers, which you can also find here attached in pdf format. 
We are looking forward to receiving your submissions. 

CALL FOR PAPERS

There is considerable discussion on the current state of the economic discipline, on the relevance of its theories and models to the contemporary world, as well as on the appropriateness of economists’ toolkits. Held under scrutiny is the conception of economics as axiomatic science of rational choice, promoted by Lionel Robbins’ systematization in the early Thirties. According to its critics, the inadequacy of economics in the times of the global crisis may have to do exactly with the roads not taken after winning the competition with the alternative, and preceding approach of political economy.

What happened to political economy is therefore a nontrivial question, for today’s practitioners in economics. The 15th Annual STOREP Conference will bring together historians of economic thought, economists and other social scientists to explore the tensions between political economy and economics in historical perspective, with an eye to present times. The conference will address the main lines of evolution of political economy, from its advent in the 18th century to its consolidation as field of study devoted to the analysis of the relationships between individuals and society, markets and the state, to, finally, its surrender in the Thirties, with the separation between economics and moral considerations, and the progressive diffusion of the formalist approach in economics.

The historical perspective wherewith the Conference will look at such developments is necessary for two main reasons. First, the comparison between political economy and the approach of economics as we now understand it allows identifying the principal turning points in the evolution of the economic discipline and its mainstream (the advent of econometrics, the progress of economics imperialism, and others), but also in the plot of the evolving lively debate between various heterodox schools of thought. Second, this perspective helps appreciate the (changing) extent of variety intrinsic to both mainstream and heterodox economics in their developments until the last part of the 20th century.

By attempting to discover what has been lost in the passing from political economy to economics, the Conference aims at retracing the origins of the current “political economy” (presumably or so) approaches in economics – from “political economics” to “international political economy”. But it has also the ambition to provide insights on the current state of economics, on its more and more fragmented nature, as well as on the revival of various dimensions of (and issues broadly related to) the “political economy” perspective in a series of (mainstream) research programs at the frontier.

Possible topics for the conference sessions include, but are not limited to:
  • The history of political economy
  • From political economy to economics: what has been lost?
  • Competing views on the definition and boundaries of economics
  • Turning points and roads not taken in the evolution of economic theory
  • Individuals, relationships, and the social system
  • Social structures, power, interests, and ideas
  • The economy as instituted process
  • Old and new political economy
  • Evolutionary and institutional perspectives
  • Economics in relation to other social sciences
Besides plenary sessions, some parallel sessions will focus on the main topic of the conference; proposals of papers on all fields of the history of economic thought are also welcome.

STOREP welcomes special sessions jointly organized with other scientific associations, and invites these latter to submit proposals.

We are pleased to announce that distinguished colleague Professor Geoffrey Hodgson (University of Hertfordshire) will join the conference as keynote speaker.
Professor Harro Maas (University of Lausanne) will deliver the second “Raffaelli lecture”.

As in 2017, the 2018 STOREP conference will jointly organize initiatives and special sessions with the students and researchers of the international network “Rethinking Economics”.

Selected papers on the main topic of the conference will be published in a special issue of History of Economic Ideas.

Proposals submission
The deadline for abstract and session proposals is March 15, 2018. Notification of accepted and rejected abstracts and sessions will be sent by March 30, 2018.
Abstract proposals (with keywords, JEL codes, and affiliation) must not exceed 400 words. Session proposals (general description of not more than 600 words) should include the abstract of the three scheduled papers.
Proposals must be uploaded on the Submission website of the 15th Annual STOREP conference at: conference.storep.org (follow instructions by clicking on “INFORMATION. For authors” in the right column menu).

Registration
May 15, 2017: Deadline for early registration (early fees).
May 30, 2017: Deadline for late registration (late fee) and for submitting full papers.

All participants, including young scholars who apply for the awards, must become STOREP members or renew their membership.

All relevant information concerning registration fees, accommodation and programme will soon be published on both the conference (conference.storep.org) and the Association (www.storep.org) websites.

Young Scholars STOREP Awards
1) Scholarships for young scholars (under 40 years of age, non tenured). In order to be eligible, the applicant is required to submit a Curriculum Vitae and an extended abstract (2,000 words ca., both to be uploaded on the Submission website) on any topic relevant to the history of political economy, by March 15, 2018. The final version of the papers must be uploaded within May 15, 2018. Applicants will be informed about the result of the evaluation process no later than May 30, 2018. The authors of the papers selected will be awarded free STOREP Conference registration, including the social dinner and the association’s annual membership fee, as well as, if possible, a lump sum contribution to travel and staying expenses.
2) The STOREP Award (of 500.00 €) for the best article presented at the Annual Conference by young scholars under 40 years of age. All applications, with CV and the final version of the papers, should be sent to segretario@storep.org no later than September 15, 2018.


Organizing Committee
Angela Ambrosino (Università di Torino)
Anna Bottasso (Università di Genova)
Stefano Bonabello (Università di Genova)
Mario Cedrini (Università di Torino)
Luca Gandullia (Università di Genova)
Enrico Ivaldi (Università di Genova)
Monica Penco (Università di Genova)
Riccardo Soliani (Università di Genova)

Scientific Committee
Angela Ambrosino (Università di Torino)
Mario Cedrini (Università di Torino)
Amedeo Fossati (Università di Genova)
Maria Cristina Marcuzzo (Università di Roma La Sapienza)
Giovanni Battista Pittaluga (Università di Genova)
Mariastella Rollandi (Università di Genova)
Riccardo Soliani (Università di Genova)

The Conference is sponsored by
​:
Università degli Studi di Genova
Dipartimento di Scienze Politiche, Università di Genova
Scuola di Scienze SocialiUniversità di Genova

Mario Cedrini
STOREP Secretary
Associazione Italiana per la Storia dell'Economia Politica / Italian Association for the History of Political Economy

www.storep.org
www.facebook.com/STOREP.org
Università di Torino 

Dipartimento di Economia e Statistica "Cognetti de Martiis" 
Campus Luigi Einaudi, Lungo Dora Siena 100, 10153 - Torino (Italy) 
+39 011 6704975 (office)
+39 011 6703895 (fax)
mario.cedrini@unito.it 

Web page on Unito
My Page on Repec
Annals of the Fondazione Luigi Einaudi, editor (website)
Just published

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Adam Smith, na Europa e no mundo: conferencia em Palermo (6-7 julho 2017)


FROM SCOTLAND TO THE SOUTH OF THE MEDITERRANEAN.
THE THOUGHT OF ADAM SMITH THROUGH EUROPE AND BEYOND
International Conference
History of Economics Society and
University of Palermo, Sicily (Italy)
6-7 July 2017


CALL FOR PAPERS

Adam Smith is one of those authors who have left a very profound sign in the history of ideas. An influence that has contributed to model not only the culture but also the institutions and the policy of the modern society and that can be explained by observing the international spread of his thought, which reached every corner of the world in a short lapse of time.

Yet, the reception of Smithian ideas was not a unique and uniform process, equal for every country, because different regional contexts conditioned it. Smith's works made entry through institutional, cultural, linguistic, religious, and political filters which were not neutral and which affected the reading, understanding and use of them.

Europe and the Mediterranean are two geographical areas - but not the only - to observe the spread of Smithian thought because of the rich pluralism characterizing their regions and nations. With reference to this prospective, the University of Palermo – supported by the History of Economics Society (HES New Initiatives Fund) – invites proposals for papers and/or sessions along the lines listed below or on others relevant to develop this prospective of inquiry.
The thematic directions suggested are:

•Adam Smith, the Scottish Enlightenment and the European Enlightenment: similarities, differences in methods and analysis, influences, intellectual disagreements;
•The intellectual link between Smith’s teaching and the development of a national style of economics in the various countries from the 18th century to the 19th and 20th centuries;
•The reception of Smithian thoughts in different religious frameworks: Catholic, Protestant, Orthodox, Muslim and Jewish;
•Smithian liberalism as an intellectual source of the liberal revolutionary phase that in the 19th century changed the political and economic face of Europe and the Mediterranean;
•The works of Adam Smith: language, style, translations.

Official language: English

The Scientific Committee:
Christopher Berry (University of Glasgow)
Maria Pia Paganelli (Trinity University)
Sandra Peart (University of Richmond)
Fabrizio Simon (University of Palermo)
Craig Smith (University of Glasgow)

The Organizing Committee:
Fabrizio Simon
Anna Li Donni
Cristina Guccione
Anna Rita Panebianco.

Scholars planning to participate should submit a 500-word abstract for a paper or a 1000-word abstract for a session, specifying in the following abstract form: the title of their presentation and the conference theme, their full name and institutional affiliation, and an e-mail address for correspondence.

Deadlines to remember:
Submission of abstracts No later than 8 January 2017
Notification of acceptance 28 February 2017
Registration No later than 30 April 2017
Sending of paper No later than 31 May 2017

For further information on the conference (venue, registration, accommodation) see the conference website at: 

domingo, 9 de março de 2014

UE: pressao sobre Franca e Italia, em grave desequilibrio das contas publicas

La Comisión Europea eleva la presión sobre Italia y Francia
España, Italia y Francia suman prácticamente la mitad del PIB del euro. Cada uno de esos tres países, por separado, podría soñar con sacar partido de una estrategia de austeridad y devaluación interna si toda Europa no se estuviera sometiendo simultáneamente a una cura de adelgazamiento. Pero Bruselas sigue empeñada en que todo el continente haga reformas y recortes a la vez: la Comisión Europea puso ayer definitivamente la proa hacia Francia e Italia, quesustituyen a España como los países más señalados del euro. Bruselas elevó varios grados la presión sobre Roma y París, que han pasado de puntillas por esta crisis, sin aprobar prácticamente una sola medida de calado. Metió a Italia en el grupo de los desequilibrios económicos excesivos —del que sale España— y le reclamó “acciones políticas urgentes”: reformas para sacar al país de su letargo. Con Francia fue aún más lejos: invocó un nuevo reglamento y le lanzó una advertencia (el paso previo a las sanciones) si París no hace lo posible por cumplir el déficit.
Francia debe acometer “recortes presupuestarios específicos” con rapidez, “dado su elevado nivel de gasto público”, según el informe presentado en Bruselas. La batalla política está servida: el Ejecutivo deFrançois Hollande ya ha anunciado un viraje en su política económica en línea con la ortodoxia europea, pero nunca como ahora había sentido el aliento de Bruselas en el cogote. La Comisión está ya casi de salida, pero quiere estampar su divisa en uno de los gigantes del euro: si los ministros de Economía de la UE dan luz verde a la propuesta, Francia podría enfrentarse a una (improbable) sanción del 0,2% de su PIB, unos 4.000 millones de euros, en caso de no hacer lo necesario.
Puede que a estas alturas —a 80 días de las elecciones europeas— se trate solo de gestos, pero hay que remontarse a 2003 para encontrar un pulso parecido. Y por aquel entonces Francia no estaba sola. Alemania tenía los mismos problemas y ambos países dinamitaron el pacto de estabilidad cuando y como quisieron. Ahora, Berlín lleva tres años mandando, disponiendo y gobernando: ha reforzado las medidas disciplinarias por el lado fiscal con la complicidad del presidente de la Comisión, el conservador portugués José Manuel Barroso, y del vicepresidente, el liberal finlandés Olli Rehn. Con la connivencia del resto del Ejecutivo comunitario. Y con el visto bueno de todo el Consejo.
Frente a las admoniciones a Italia y Francia, Bruselas levanta por fin el pie del acelerador en España después de tres reformas financieras, dos laborales, una y media de pensiones y una colección de recortes de gasto público que solo resisten la comparación en los países rescatados. Los sucesivos paquetes aprobados por España han permitido evitar la catástrofe, según el discurso en boga tanto en Bruselas como en Madrid, pero no han conseguido disipar totalmente las dudas sobre los bancos, ni rebajar el paro por debajo del listón del 25%, ni tapiar un agujero fiscal preocupante. Y la presión no ha terminado: la Comisión reclama a Madrid que dé la enésima vuelta de tuerca a la reforma laboral, y pide proseguir con la reducción de los costes laborales (en plata: más bajadas de sueldos) y con los recortes fiscales. Aun así, España, y la periferia en general, ceden gustosamente el testigo a Francia e Italia, los dos nuevos enfermos del continente a juzgar por el análisis de los desequilibrios de la UE, un procedimiento que funciona como una alerta temprana que detectará y curará enfermedades económicas antes de que se manifiesten. Al menos en teoría.
La eurozona está saliendo lentamente de la crisis. Registra ya un ligero crecimiento, pese a que Eurostat —la oficina estadística europea— acaba de anunciar que el PIB del euro cayó el 0,5% en el conjunto de 2013. La salida del túnel es tan farragosa y está tan amenazada que casi todo el informe de la Comisión está trufado de riesgos, diversos y variados como los colores de una verdulería. La banca, las tensiones desinflacionistas, la altísima deuda, los niveles alarmantes de paro, la dificultad para soltar lastre: hay multitud de factores que pueden descarrilar el tren de la recuperación. Con esos mimbres, la Comisión divide a los países del euro en varios grupos problemáticos, de los que solo se salvan Dinamarca, Luxemburgo y Malta. Todos los demás presentan desajustes.
En el pelotón de cola, el de los desequilibrios excesivos, se sitúan Italia (y su década larga de estancamiento), Eslovenia (con un agujero bancario morrocotudo) y Croacia, que acaba de entrar en la UE y ya está en el furgón de atrás, peor que los países de su entorno. España sale de ahí pero integra otro trío problemático con Francia e Irlanda, que necesitan “acciones políticas urgentes”: Bruselas amonesta a París y mirará con lupa a Dublín y Madrid a través de exámenes posrescate. Hay ocho socios europeos más que presentan desajustes: entre ellos figura Alemania, con un superávit comercial superior al 6% del PIB durante años, que dificulta el reequilibrio de la eurozona.
Pero con Berlín no hay más que reveses suaves con pinta de caricias: Rehn subrayó este miércoles que las dificultades asociadas a los déficits no son comparables a las de los superávits. Y recomendó a Berlín la misma receta que ha ido administrando Bruselas en los últimos tiempos en multitud de informes: la Comisión pretende que Alemania estimule su demanda interna y que eleve sus niveles de inversión pública y privada, que están a la cola de Europa. No parece en condiciones de conseguirlo ni siquiera con la entrada de los socialdemócratas en el Gobierno de Merkel: la canciller ha hecho caso omiso de esas recomendaciones una y otra vez. “Tanto Alemania como el resto de Europa se beneficiarían del refuerzo del capítulo inversor y de la demanda interna”, dijo el vicepresidente con exquisita diplomacia. Rehn fue claro como el agua en su comparecencia. Italia “necesita reformas con rapidez para mejorar la competitividad exterior y controlar la deuda pública”. Francia “debe hacer frente a su alto endeudamiento con recortes de gasto inmediatos”. El tono con Berlín fue diferente: “Nadie desea criticar a Alemania”. Esa inflexión lo dice todo sobre quién manda en la UE.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Italia: uma decadencia grandiosa, como seu passado, e por sua propriaculpa - Walter Mayr

Países, como as pessoas, podem estagnar, ou até recuar. A China recuou durante dois séculos pelo menos, antes que o maoismo delirante terminasse de afundá-la um pouco mais.
A Argentina, aqui ao nosso lado, é outro caso exemplar de decadência espetacular: fazem pelo menos 80 anos que ela recua, e ainda não terminou.
Mesmo o Brasil, que aparentemente avança (pouco) materialmente, recua estrondosamente no plano intelectual e moral, para nada dizer do atraso mental de nossas elites empresariais, políticas e acadêmicas (ou seja, todo mundo).
Ninguém está ao abrigo desses saltos para trás, ou de uma lenta, quase imperceptível, decadência.
Não chorem pela Itália, ou pela Argentina. Olhem para dentro. E vejam os mesmos, ou outros, sinais da nossa própria estagnação, ou até retrocesso. Basta olhar, aliás, para nossa "elite" política...
Paulo Roberto de Almeida 

Ícone da riqueza italiana, Milão se afunda na crise

WALTER MAYR / DER SPIEGEL
O Estado de S.Paulo, 08 de dezembro de 2013

Além das empresas de moda, já nas mãos de investidores externos, cidade acompanhou venda do Inter e da sede do 'Corriere della Sera'

Os dias em que Milão se considerava uma fortaleza, símbolo de crescimento e progresso, aparentemente se foram. Enquanto com a crise aumenta o número dos pobres, a elite da classe empresarial da cidade procura atrair investidores e ao mesmo tempo trava uma batalha com os tribunais em várias ações legais.
Beppe Severgnini é conhecido pela descrição peculiar que ele costuma fazer da Itália em seus best-sellers e por seus títulos inusitados, como: "Como sobreviver na Itália sem casar, sem atropelar ninguém ou ir para a cadeia".
Severgnini é uma figura bastante conhecida, e não apenas na Itália. A BBC e a The Economist apreciam este bizarro colunista, que, há 12 anos, recebeu da Rainha Elizabeth II o prêmio oficial do Império Britânico. Entrevistado em Milão, num dia de novembro, o escritor afirmou balançando a cabeça que já não compreende o mundo. "Em um único dia, eles venderam o meu clube de futebol e a sede do meu jornal."
O Corriere della Sera, que publica as colunas de Severgnini, era o orgulho e a alegria de Milão desde 1876. O clube, ao qual Severgnini dedicou três livros e entregou seu coração, é o F.C. Internazionale Milano, mais conhecido como Inter. Fundado em 1908, o Inter venceu inúmeras Copas Europeias e é o único clube italiano que jamais saiu da primeira divisão.
O Inter e o Corriere della Sera são - ou eram - parte de Milão quanto o teatro Alla Scala e o Duomo, a catedral.
Em novembro, o Corriere noticiou que 70% do Inter, que por 105 anos pertenceu a proprietários italianos, estava sendo vendido a um investidor indonésio. Depois de injetar 1,2 bilhão no clube, seu proprietário e presidente Massimo Moratti, um magnata das refinarias de petróleo, filho de uma das melhores famílias de Milão, concluiu que já não aguentava mais.
A notícia divulgada no site do Inter estava acompanhada pelo anúncio de que o Corriere estava vendendo sua sede em Via Solferino. A investidora financeira Blackstone, dos Estados Unidos, compraria o histórico palácio da editora, com seus 30 mil metros quadrados, 120 milhões. Os atuais donos poderiam permanecer por algum tempo no imóvel como inquilinos. A equipe editorial ficou revoltada com a venda.
"Os americanos podem comprar muitas coisas, mas não a história", comentou amargurado Severgnini. "E esta (sede) é história. Todo mundo já escreveu neste edifício: Pasolini, Pirandello, Sciascia e Moravia. Aqui nós caminhamos sobre as pegadas desses gigantes."
Imponência. Foi um desses gigantes, Indro Montanelli, que certa vez afirmou que Milão era "a verdadeira capital do país", porque o que começa em Milão, capital da região da Lombardia, em geral se difunde imediatamente por toda a Itália. Foi o caso do fascismo de Mussolini, que começou em 1919, e do berlusconismo, 75 anos mais tarde. Isto também se aplica ao milagre econômico depois da Segunda Guerra Mundial e ao desmoronamento do panorama político nos anos 1990.
Será agora mais que uma brincadeira do destino o fato de duas das mais importantes instituições de Milão, o Inter e o Corriere, estarem sendo parcialmente vendidas? Será que outras liquidações de marcas italianas se seguirão a estas? Tradicionais empresas do mundo da moda, Gucci, Fendi, Bulgari, Valentino e Loro Piana, já passaram para mãos estrangeiras. Atualmente, Versace tem planos para vender uma parcela minoritária da companhia.
"É muito provável que os canadenses logo mais comprem o Duomo também", gracejou em setembro o Corriere, "e que os paquistaneses comprem a Nutella".
Dificilmente outros países da União Europeia viram poucos investimentos externos diretos como a Itália nos últimos anos. Talvez seja esta uma das razões da crescente pressão para que empresas pertencentes a tradicionais famílias italianas se abram mais ao capital global.
Isto porém está suscitando também muita ansiedade. "Os anões da McKinsey querem nos transformar em uma nação de veneráveis garçons, violonistas, violinistas e enfermeiros geriátricos", retrucou com raiva Giulia Sapelli, que leciona administração de empresas em Milão.
O Corriere della Sera é o mais antigo jornal da Itália, e também o de maior circulação. A lista de acionistas do Corriere é um resumo elite industrial e financeira local. Quase todo mundo que se considera pertencente ao topo do topo da sociedade de Milão quer ter uma participação no Corriere. Entre seus acionistas estão Fiat, Pirelli, Mediobanco, Tod's e Benetton.
"Todo o establishment italiano estava no nosso conselho de diretores; hoje, estes não passam de líderes econômicos enfraquecidos", afirma Ferruccio de Bortoli, o diretor responsável. Sentado diante da primeira edição emoldurada do Corriere, de 5 de março de 1876, ele luta com a decisão de comprometer a lenda do Corriere por dinheiro, atestando o seu declínio.
Independência. Se necessário, De Bortoli pretende continuar publicando artigos nada lisonjeiros sobre os acionistas do jornal. Ele diz que não sente obrigado a tratar com luvas de pelica a Fiat e outros acionistas com vendas de bilhões de euros, "porque, afinal, o Corriere existe há mais tempo do que seus acionistas". Além disso, acrescenta, ultimamente eles vêm fornecendo material suficiente para manchetes negativas.
O presidente da indústria de pneus Pirelli, Mario Tronchetti Provera, por exemplo, o executivo mais bem pago da Itália em 2011, com um salário anual de 14,5 milhões, foi condenado em julho a 20 meses de cadeia por espionagem econômica.
O bilionário Salvatore Ligresti se encontra em prisão domiciliar por corrupção e fraudes contábeis. A Mediobanca, instituição bancária de proa da antiga Itália dos negócios, está sendo submetida a investigações.
Além disso, no último dia 1º de agosto, mais uma notícia negativa abateu a reputação de Milão: o Supremo Tribunal italiano manteve a condenação por fraudes fiscais do por quatro vezes primeiro ministro e magnata das comunicações de Milão, Silvio Berlusconi.
 TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA