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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Manuais dos concursos para a carreira diplomatica: disponíveis

Manual do Candidato para o CACD
(Todas as matérias)
03/06/2018

O que é o manual do candidato do CACD?
Manual do Candidato é o nome dado a cada um dos livros editados pela Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) que funcionam como material base na preparação para o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD).
É bastante comum que os manuais da FUNAG sejam o primeiro contato que o candidato tem com o universo do CACD. Por esse motivo é tão comum que as primeiras dúvidas emanem justamente dos manuais.
Nesse post eu vou discutir exatamente isso: como utilizar os manuais do candidato e quais cuidados tomar nesse início de jornada rumo à carreira diplomática.
Os pontos fortes dos manuais do candidato
O primeiro aspecto a se considerar: os manuais do candidato são grátis.
Segundo aspecto: os manuais são editados pela Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), uma fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Internacionais. Isso garante que os materiais disponibilizados por ela seguem um certo critério de qualidade.
Outra grande vantagem dos manuais é que eles abordam praticamente todos os pontos do edital do CACD.  Apesar de essa abordagem ser demasiadamente artificial, ela permite que o estudante se familiarize com conceitos dos quais jamais ouviu falar.
Não é possível afirmar categoricamente que os manuais cubram o conteúdo por inteiro, pois eles não são lançados anualmente, enquanto o edital tende a sofrer pequenas alterações de um ano para o outro.
O que eu quero dizer é o seguinte: ao utilizar o Manual do Candidato de Economia (publicado em 2016), por exemplo, você não encontrará capítulos sobre os assuntos inseridos no edital após aquele ano.
Mais uma enorme vantagem dos manuais é o fato de eles possibilitarem ao candidato avaliar com maior precisão a magnitude do desafio que é o CACD. Para alguns, basta imprimir os manuais e empilhá-los em cima de uma mesa para perceber que o caminho não é nada fácil.
É importante lembrar que esses manuais apenas arranham a superfície do conteúdo. Portanto, se você achar que a soma desses livros já representa uma carga de leitura significativa, não queira nem imaginar quantos outros livros você terá de ler até conseguir sua aprovação.

Os pontos fracos dos manuais do candidato
Para os desavisados (não é o seu caso porque você está aqui no Atualidades Concursos), os manuais do candidato são perigosos, pois iludem os candidatos menos experientes.
É extremamente comum que as pessoas que irão tentar o CACD pela primeira vez acreditem que a leitura atenta dos manuais será o suficiente, pelo menos, para que façam uma boa prova.
Isso não acontece.
Quero que fique bem claro: além de serem absolutamente insuficientes para a sua aprovação, os manuais não são capazes nem mesmo de garantir uma boa nota para aqueles que os estudam com afinco.
Não estou me referindo especificamente à qualidade dos livros, mas a realidade é que o volume de informações daquelas páginas está simplesmente aquém do necessário.

Os manuais do candidato são confiáveis?
Sim, são confiáveis. Mas há ressalvas.
Os manuais lançados recentemente são bastante superiores àqueles que a FUNAG disponibilizava há apenas alguns anos. Atualmente é possível dizer que a Fundação Alexandre de Gusmão foi altamente cautelosa na seleção dos professores que criaram cada um dos manuais.
O melhor exemplo disso é o Manual do Candidato de História do Brasil, que em 2016 foi completamente reescrito pelo extremamente competente professor João Daniel.
Dito isso, é essencial tomar cuidado com o conteúdo de alguns manuais devido à natureza de algumas disciplinas.
Mais uma vez, deixe-me explicar:
Matérias como Geografia e Política Internacional sofrem mudanças, literalmente, todos os dias. Não seria razoável esperar que os manuais dessas matérias refletissem essas mudanças diárias. Por isso que o serviço aqui do Atualidades Concursos é útil, você precisa manter-se atualizado de maneira autônoma.
Já que estamos conversando sobre isso, aproveita e se registra na Plataforma de Estudos de Atualidades aqui embaixo:
Voltando aos manuais de Geografia e de Política Internacional: o fato de eles estarem desatualizados não significa que não tenham utilidade. Alguns conceitos geográficos além de doutrinas de política internacional são imutáveis, você pode estudá-los tranquilamente pelos manuais.

Os manuais do candidato são atualizados?
Eles são relativamente atualizados, com as claras exceções das disciplinas de Geografia e de Política Internacional.
Isso quer dizer que as demais matérias estão em dia?
Não!
Quando você baixar os manuais, que eu disponibilizei logo abaixo, vai perceber que cada um deles tem sua própria data de publicação. Uns são mais recentes, outros menos.
Você precisa ficar atento ao fato de que, manuais editados há dois anos obviamente não irão refletir pequenas alterações que ocorreram desde a data de publicação até o dia da sua prova.
Isso é uma questão de bom senso.
Esse é um dos motivos pelos quais os candidatos evitam utilizar os manuais quando precisam redigir um recurso que questione o gabarito da banca. Nesses casos é sempre mais produtivo utilizar a bibliografia recomendada de cada matéria.
Por falar nisso, aqui está a lista das bibliografias que eu selecionei para cada uma das matérias:

Vale a pena ler os manuais do candidato na íntegra?
Depende.
Apesar de os manuais não serem a melhor fonte de informações para o CACD, para aqueles que não podem fazer um investimento substancial na preparação para a prova, os manuais são uma boa indicação. Além de serem grátis, permitem que o candidato tenha o primeiro contato com as disciplinas.
Se você tem condições financeiras para comprar os livros das bibliografias mencionadas acima, utilize os manuais apenas como material de apoio. Eles são ótimos instrumentos para preenchimento de lacunas no aprendizado.
Contanto que você não utilize os manuais do candidato da FUNAG como seu principal meio de estudo, sinta-se livre para utilizá-los como preferir.
Lembre-se: o tempo é o seu bem mais precioso. Você encontrará dezenas de livros no seu caminho até o Itamaraty. É importante discernir quais precisam ser lidos e quais precisam ser ignorados.

Caso você precise de mais dicas, leia esse post: Como começar a estudar para o CACD.
Esse outro também ajuda bastante: 30 Dicas e Segredos do CACD

Manuais do Candidato para o CACD:


Manual do Candidato de Português:
Esse manual está absolutamente desatualizado. Além de anacrônico, ele é absolutamente inútil para a sua preparação. Não vou nem disponibilizar o download.


Conclusão
Em um mundo ideal, você teria tempo o suficiente para ler todos os livros na sua preparação para o CACD. Infelizmente, a realidade não é essa.
Uma das características comuns aos aprovados é a capacidade de priorizar as leituras mais importantes e ignorar aquelas que são supérfluas.
É fundamental que você tenha pragmatismo durante toda a sua jornada. Não custa lembrar que essa era uma das facetas mais notórias do Barão do Rio Branco.
Utilize os manuais do candidato para o CACD como uma ferramenta, mas não se deixe escravizar por esses livros. Há leituras muito mais importantes que essas.
Bons estudos e inscreva-se na Plataforma de Estudo de Atualidades: