Copio do FB de Rossana Mizunski:
“Em abril de 1961, o Tribunal Distrital de Jerusalém realizou a primeira audiência do Caso Criminal 40/61 – o julgamento de Adolf Eichmann, promovido no Beit Ha’am. Foi um evento histórico que marcou profundamente a memória coletiva do Holocausto.
Antes do julgamento, foi montada uma operação especial: a Polícia de Israel criou o “Bureau 06”, uma unidade dedicada à coleta de cerca de 1.600 documentos e provas, muitos assinados pelo próprio Eichmann, além da seleção de 108 testemunhas, incluindo sobreviventes do Holocausto e especialistas.
Embora a acusação tivesse como missão principal provar a responsabilidade direta de Eichmann pelos crimes do Holocausto, ela assumiu também um papel mais amplo: contar ao mundo a história do Holocausto pelas vozes de quem o viveu — pessoas de diferentes países, origens e experiências.
O Julgamento de Eichmann foi um divisor de águas na forma como o Holocausto passou a ser compreendido, tanto em Israel quanto internacionalmente. Ele inaugurou uma nova era na educação, na memória e no reconhecimento das vítimas e sobreviventes, garantindo que suas histórias jamais fossem esquecidas.”
Agreguei este comentário:
PRA: Um momento seminal, o julgamento de Eichmann, de que não tive conhecimento à época, pois ainda era criança. Só soube muitos anos depois, e mais pelo lado da caça aos nazistas dispersos pelo mundo do que pelo lado da Justiça, que muito raramente foi feita.