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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Lava Jato: todas as informacoes e mais algumas - Jota

JOTA
 
 
 
Lava Jota
 
TODOS TODAS
os nomes as listas
 
O maior banco de dados da
 
LAVA JATO
 
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   Acesse os nomes e faça buscas por processos e inquéritos no STF, no STJ, nos TRFs do Paraná, do Rio e do DF. Assista aos vídeos das delações e veja a relação entre cada processo. 

Mais de três anos de processos e investigações online: a lista de Janot, os processos já finalizados e em andamento sob Sérgio Moro, Marcelo Bretas, TRFs e tribunais superiores.
 
Pesquise tudo sobre a Lava Jato
 
Quase todos os documentos divulgados pelo STF nesta semana já estão no banco de dados – e você pode filtrar sua busca para pesquisar apenas dentro deles. 

Já subimos também diversos vídeos e, nas próximas horas, serão acrescentados vários outros.
 
Todos os processos, até os mais recentes, estão disponíveis
 
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Uma realização JOTA e Digesto, com tecnologia Power BI, da Microsoft e parceria com a Transparência Internacional.

terça-feira, 11 de abril de 2017

David Fleischer explicita a dimensão da lista Fachin dos corruptos da Lava Jato


Brazil Focus David Fleischer
SPECIAL  Report April 11 2017   


THE ODEBRECHT “LIST”

         The “list” of politicians accused of receiving kickbacks/bribes during the plea bargaining by the Odebrecht directors, managers and employees has been anxiously awaited in Brasília for several weeks and most thought that it would be made public “after the Easter holiday (next week): “The End of the World”. . 

       But, no – STF Judge José Edson Fachin (the reporter for all Lava Jato accusations) had prepared (on 4th April) the release of this list for Wednesday, 12th April.  However, somehow the O Estado de São Paulo gained access to the “list” and published on its internet site mid-Tuesday afternoon, 11th April.

       This list has one-third of Pres. Temer’s cabinet: 8 ministers; more than one-third of the Senate: 29 Senators; 42 federal deputies; 3 governors; and one TCU judge [14 different parties].  Apparently, there are more governors on the Odebrecht “list” but their cases will be deliberated at the STJ.  There are other politicians, such as Lula and Dilma Rousseff, whose “fate” will be deliberated in the first level federal court of Judge Sérgio Moro in Curitiba.




       This “list” exploded exactly during the “presentation” by former President Dilma Rousseff at Columbia University.  Other senators and deputies are already being investigated and/or prosecuted by the Supreme Court.

       Also, the release of this list by the OESP coincided with final attempt by the Chamber of Deputies to approve the Complementary Law for the fiscal recovery of “bankrupt” state governments (Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul and Minias Gerais) – especially the counterpoint austerity measures to be required by the federal government in lieu of a three-year suspension of these states’ debt payments.

       Two national party presidents are on this list: Sen. Aécio Neves (PSDB-MG) and Sen. Romero Jucá (PMDB-RR). 

       Temer’s “Lame Duck” cabinet:
            Eliseu Padilha (PMDB-RS) – Casa Civil
            Wellington Moreira Franco (PMDB-RJ) – General Sec. of the Presidency
            Gilberto Kassab (PSD-SP) – Science, Technology & Communications
            Helder Barbalho (PMDB-PA) – National Integration
            Alyosio Nunes (PSDB-SP) – Foreign Relations
            Blairo Maggi (PP-MT) – Agriculture
            Bruno Araújo (PSDB-PE) –Cities
            Marcos Pereira (PRB-ES) – MDIC
           
       Earlier this year, Pres. Temer explained how the “Odebrecht list” would affect his cabinet.  He differentiated the three “stages” of these accusations: 1) Accused – no problem (wait and see during the STF investigation); 2) Denounced at the STF – the cabinet minister would suspended temporarily; and 3) Declared “réu” by the STF – the minister would be gone permanently. 

       Thus, in Brasília it is assumed that Temer will not dismiss any of his “lame duck” ministers.  This episode came at a very important juncture for the Temer government è exactly when it is trying (desperately) to approve important reforms in Congress – social security reform, labor legislation reform and a “timid” tax reform – in addition to “political reform”.

       To gain approval of these reforms (especially the social security reform), Temer’s main political articulators (his “hard core nucleus”) – Eliseu Padilha and Moreira Franco – are VERY important and should remain in their posts at least until they are denounced at the STF (who knows when).  Remember: In order to give Moreira Franco the status of foro previlegiado at the Supreme Court, Temer named him to a cabinet-level position so that he could acquire the special status at the STF.      
      
Some Possible Consequences:

     1) This episode will delay and make approval of the reforms more difficult.  Sen. Renan Calheiros (PMDB-AL), the current PMDB floor leader in the Senate, will become even more desperate to approve the law regulating the “abuse of authority” that could coerce judges, prosecutors and federal police officers – and derail the Lava Jato investigation -- but probably Congress will not approve this.  If approved, it is possible that Pres. Temer might veto this, or the STF would declare this measure unconstitutional.

     2) The already weakened Pres. Michel Temer will be further weakened and perhaps lose control of his support group in Congress – many of whom are “desperate” regarding their possible reelection in 2018..

     3) Investors (domestic and foreign) who are already a bit “cautious” regarding Brazil will adopt an even more rigorous “wait and see” position.  Although Brazil’s economy has shown some positive signs of recovery, increased levels of foreign and domestic investments are crucial for new job creation and a strong reduction in unemployment.

     4) Perhaps the only item of the “political reform” to be approved might be the closing of the proportional representation lists (the voter could only vote for one pre-ordered list, rather than individual candidates).  Many of the accused think that they would be able to “hide” within their party’s pre-ordered list.

     5) It is possible that in the 2018 elections there might be a much larger turnover rate for federal deputies.  Every four years the average rate is around 50%, but in 2018 might reach 65% or 70%.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Operacao Lava Jato: fases sem apelido, sem registro: atencao DPF, MPF: retroajam, batizem...

Apelo aos bravos justiceiros da Polícia Federal, do Ministério Público, da República de Curitiba: 

Desde o início da Operação Lava Jato, tenho mantido escrupoloso registro de todas as suas fases, e de seus sugestivos nomes.
Mas ocorre que, ou por falha minha, ou por negligência de vocês, certas fases permanecem sem batismo, e podem morrer pagãs.
Por favor, completem o que falta, e me informem datas exatas e outros pormenores.
Pelo serviço, voluntário,
Paulo Roberto de Almeida

Fases da Operação Lava Jato

2014:
1. Lava Jato;
2. (…)
7. Juízo Final

2015:
9. My Way;
10. Que pais é esse?;
11 A Origem;
14 Erga Omnes;
15. Conexão Monaco; Operação Politeia (políticos: Fernando Collor);
16 Radioatividade
17. Pixuleco
18 Pixuleco 2;
19 Nessun Dorma;
20. Corrosão;
21 Passe Livre (+ Delcídio Amaral; Operação Catilinárias; Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor;

2016:
22. Triplo X;
23. Acarajé (Joao Santana);
24 Aletheia;
25. Polimento;
26. Xepa;
27. Carbono 14;
28 Vitoria de Pirro (Gim Argelo);
29. Janus (sobrinho do Lula: Taiguara Rodrigues dos Santos. operações em Angola); nova fase da MESMA (?) operação em 23/05/2016 com prisões em Brasília e Pernambuco, denominada de Repescagem.
30. Nova fase, em 24/05/2016, “Vicio”; dezenas de pessoas presas, empresas de fachada para filho de José Dirceu, SP. RJ, Curitiba, Petrobras, Operação Custo Brasil
31. Operação Abismo: centro de Pesquisas da Petrobras
32. Operação Lava-Jato; fase Caça Fantasma (7/07/2016).
33. Fase Resta Um (2/08/2016)
34. Arquivo-X (prisão de Guido Mantega); (22/09/2016)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Juizes federais reagem contra manobras fraudulentas da mafia quadrilheira do PT - Nota da AJUFE

Juízes federais acompanharão representação de Lula contra Sérgio Moro e o Brasil na ONU
(recebido em 19/09/2016)

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) acompanhará de forma próxima e com “lupa na mão” a representação feita ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, pelo ex-presidente Lula contra o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, e a Justiça Federal brasileira.

O acompanhamento é absolutamente necessário, pois a eventual decisão adotada pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU poderá repercutir na imagem da Justiça Federal e de seus juízes. No entendimento da Ajufe, cabe à magistratura federal estar atenta e reagir a todo movimento local ou internacional que possa resvalar na boa imagem do importante trabalho que exercem os juízes federais do Brasil.

Nesta quarta-feira (14), o presidente da Ajufe, Roberto Veloso, acompanhado de dirigentes da entidade, reúne-se com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para tratar do tema. Na terça-feira, os magistrados reuniram-se com representantes da Advocacia-Geral da União (AGU). Além disso, uma audiência com o ministro das Relações Exteriores, José Serra, será agenda em breve.

Para a realização deste trabalho de acompanhamento, o presidente da Ajufe, Roberto Veloso, nomeou o Diretor de Assuntos Jurídicos da Associação, o juiz federal Alexandre Vidigal de Oliveira – Doutor em Estudos Avançados de Direitos Humanos. O magistrado defendeu sua tese de doutorado abordando a complexidade do sistema internacional de proteção aos Direitos Humanos.

“O nosso objetivo é que, na eventualidade de o Estado brasileiro ser chamado a se manifestar, a Ajufe possa oferecer subsídios à defesa da Justiça Federal e de seus juízes”, explicou Alexandre Vidigal.

A representação feita pelo ex-presidente baseia-se em alegadas violações ao Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU, de 16 de dezembro de 1966, e em vigor no Brasil desde 24 de abril de 1992, conforme Decreto nº 592, de 6 de julho de 1992.

O recurso apresentado por Lula ao Comitê de Direitos Humanos da ONU é mais uma manobra eivada de desespero, pois o ex-presidente sabe que seu envolvimento no maior esquema de corrupção de todos os tempos, o Petrolão, pode lhe render uma temporada atrás das grades.

Ciente disso, o ex-presidente tenta despejar doses de vitimização sobre caso, mas ainda não explicou como conseguiu recursos para custear uma operação que certamente está a consumir muito dinheiro. O petista, no afã de dar ares de seriedade em mais uma de suas bazófias, contratou dezoito juristas internacionais que fornecerão pareceres as serem juntados à reclamação.

A imagem da Justiça Federal e do Estado brasileiro deve ser preservada, não há dúvida, mas qualquer que seja a decisão do Comitê da ONU mudará o trajeto do calvário penal que Lula terá de cumprir. Essa manobra rasteira e oportunista faz parte da estratégia para transformar Lula em candidato à eleição presidencial de 2018, se a prisão não acontecer antes disso.

domingo, 18 de setembro de 2016

Contra a deturpacao da verdade da Lava Jato - Nota da ANPR

Lava Jato: Nota de repúdio à deturpação de esclarecimentos

Confira a íntegra do texto publicado pela ANPR

Brasília (15/09/2016) - A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) vem a público repudiar a deturpação de alguns dos esclarecimentos prestados pelos Procuradores da República na Operação Lava Jato em entrevista coletiva concedida ontem, 14. Cumprindo legitimamente o dever e o direito de informar a população, a Força Tarefa Lava Jato tão somente apresentou a acusação contra o ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, dentre outros, como o fez em já numerosas outras ocasiões, sempre nos momentos nodais dos processos, nos quais se impõe o esclarecimento à opinião pública.

É sob o olhar de seu povo que se constrói um país realmente democrático. E para isso a liberdade de imprensa, o amplo acesso às informações e o livre debate público são essenciais. Entretanto, nesse contexto, não se configura legítima qualquer manipulação ou deturpação de frases ditas no exercício do dever de esclarecimento à população. Os procuradores da República foram didáticos e extensivos em sua exposição precisamente para que o entendimento da população sobre a denúncia fosse completo, podendo a partir daí terem o conhecimento para exercerem a cidadania e o senso crítico. Configura-se em discurso político e/ou em estratégia de defesa, sem compromisso com a verdade, deturpar falas dos Procuradores da República nesta ocasião.

Nenhuma verdade pode ser construída pela edição de frases e repetição de uma mentira. A convicção da Força Tarefa fundamenta-se em provas robustas reunidas em investigações sérias. Em mais de dois anos, atuaram na operação – sob as vistas e aplausos de todo o País – mais de 300 agentes públicos de diversos órgãos, especialmente do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Receita Federal, todos idôneos e sem qualquer vinculação partidária. A atividade da Lava Jato vem sendo exemplo cabal de cumprimento isento da lei.                               

O Ministério Público Federal, por seus treze Procuradores da República que assinam a acusação, apenas cumpriu sua obrigação constitucional. Em especial no que se refere ao crime de organização criminosa, é juridicamente correta – e necessária – a contextualização realizada na acusação, pois teve como objetivo ressaltar todas as provas levantadas, historicamente organizadas, de que Lula seria responsável pelos sete crimes de corrupção passiva e 64 crimes de lavagem de dinheiro descritos na denúncia. O fato do delito de organização criminosa estar em persecução junto ao Supremo Tribunal Federal em nada afasta a necessidade e a pertinência de sua exposição para que se compreenda o contexto do delito do qual acusado pela Força Tarefa.

A Força Tarefa apresentou as provas de autoria dos crimes que apontam, neste caso, para o pagamento de propina de mais de R$ 87 milhões pela empreiteira OAS a diversas pessoas e partidos. A corrupção política, com o poder econômico dela decorrente, deturpa a democracia pela subversão da necessária igualdade de oportunidade entre todos os atores políticos.

O trabalho desenvolvido pelos Procuradores da República na Operação Lava Jato é profissional, e republicano, além de submetido à contínua observância do devido processo legal, e estar sob supervisão do Poder Judiciário independente e técnico do País, em especial a 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, a quem cabe a análise do recebimento da denúncia.

José Robalinho Cavalcanti
Procurador Regional da República
Presidente da ANPR

domingo, 7 de agosto de 2016

Corrupcao: chanceler Serra aparece em denuncia de caixa 2 - Congresso em Foco, FSP

Odebrecht diz que Serra recebeu R$ 23 milhões via caixa dois
CONGRESSO EM FOCO | 07/08/2016 09:36

Durante negociações de acordo de delação premiada, executivos da empreiteira disseram que parte do dinheiro foi depositada no Brasil e outra parte em contas no exterior. Ministro nega e diz que sua campanha foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral
Esta é a primeira vez que o ministro aparece como parte do esquema de corrupção

O ministro de Relações Exteriores, José Serra (PSDB), é um dos alvos das revelações feitas por executivos da Odebrecht no processo de negociação de acordo de delação premiada. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o senador licenciado recebeu R$ 23 milhões da construtora via caixa dois para a campanha de 2010, quando o tucano disputou a Presidência da República.

Segundo as informações fornecidas por funcionários da empresa aos procuradores da força-tarefa e da Procuradoria-Geral da República, os repasses foram depositados no Brasil e em contas no exterior. Para embasar a acusação, a Odebrecht promete apresentar extratos bancários de pagamentos realizados fora do país que tinham como destinatária final a campanha de Serra.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a construtora doou R$ 2,4 milhões para o Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República de Serra, em 2010. Portanto, se as acusações forem comprovadas, o ministro teria recebido ao todo R$ 25,4 milhões em doações de campanha Odebrecht, sendo R$ 23 milhões via caixa dois.

Esta é a primeira vez em que José Serra aparece como parte do esquema de corrupção. Fora isso, o nome do tucano apareceu na lista apreendida pela Polícia Federal na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, durante a Operação Acarajé. O documento menciona centenas de políticos que receberam doações da empresa.

Nesta etapa de negociação do acordo de delação premiada, os executivos da empreiteira informaram ainda que o ministro era tratado pelos apelidos de “careca” e “vizinho” nos documentos da Odebrecht.

Segundo a reportagem, Serra também será envolvido em outra denúncia por parte dos funcionários da empresa, relacionada ao recebimento de propina no período em que foi governador de São Paulo (entre 2007 e 2010). Segundo os denunciantes, o dinheiro entregue a intermediários do tucano é referente à construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas.

Em nota, José Serra afirmou que sua campanha em 2010 foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral em vigor, e que as finanças de sua disputa pelo Palácio do Planalto eram de responsabilidade do partido, o PSDB. Sobre o suposto recebimento de propina enquanto estava à frente do governo de São Paulo, o ministro classificou como “absurda” a acusação. ”Até porque a empresa em questão já participava da obra quando assumi o governo do Estado”, completou.

Leia a reportagem completa no jornal Folha de S.Paulo

Mais sobre Operação Lava Jato

domingo, 17 de julho de 2016

A Lava Jato vai ser retrocedida como foi a Maos Limpas, na Italia? Apelo a mobilizacao em 31/07 - Paulo Moura

NÃO AO ACORDÃO DOS CORRUPTOS! #VEMPRARUA 31/7 

Professor Paulo Moura

domingo, 17 de julho de 2016


O juiz Sérgio Moro destaca-se como um magistrado diferenciado entre seus pares. Tirando-se os corruptos e corruptores da conta Moro é unanimidade entre os brasileiros. Você sabe o que o diferencia dos demais juízes e por que ele adquiriu esse destaque?
Porque ele estudou a fundo a operação “Mãos Limpas” na Itália, que, nos anos 1990, nasceu da investigação das relações promíscuas entre o Banco Ambrosiano (Vaticano), a Máfia e a loja Maçônica P2 e terminou devastando o sistema político italiano ao levar à extinção os partidos Democrata Cristão, Socialista e Comunista, imersos na corrupção. Além disso, Moro estudou as estratégias de defesa dos advogados que anularam, por erros técnicos de condução das investigações, operações como a Satiagraha e Castelo de Areia, por exemplo.
Por esta razão, mais de 90% dos procedimentos de Moro foram avalizados pelas instâncias superiores do judiciário ao serem questionados pelos caros advogados dos corruptos e corruptores em busca de brechas para livrá-los da cadeia por artimanhas jurídicas amparadas em eventuais falhas processuais.
Muito embora a operação Mãos Limpas seja vista mundialmente como um “case” de sucesso, o fato é que boa parte de seu efeito saneador foi neutralizado, posteriormente, pelos políticos italianos. De que forma isso foi feito?
Basicamente, por uma estratégia que envolveu ações de comunicação visando convencer a opinião pública de que houve exagero por parte Justiça, somadas a ações legislativas visando flexibilizar as leis de combate à corrupção para construir condições para a impunidade dos criminosos.
Tudo indica que a mesma estratégia está em curso no Brasil, contando, para o sucesso dessa empreitada, com a desmobilização da população e a perda de foco dos movimentos cívicos que levaram milhões de brasileiros às ruas em 2014, 2015 e 2016 para derrubar o governo corrupto do PT através do dispositivo constitucional do impeachment.
Essa mobilização de milhões de pessoas por mais de dois anos seguidos, num processo complexo de idas e vindas, incertezas e sofrimento, parece ter cansado o povo brasileiro. Depois da aprovação da abertura do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados ocorreu uma visível desmobilização, estimulada pela subsequente confirmação da tramitação do processo no Senado por maioria de dois terços. Em seguida, operadores políticos do presidente Temer têm divulgado, frequentemente, que o governo já contabiliza, pelo menos, 60 votos favoráveis à aprovação da impugnação do mandato de Dilma Rousseff, dando a entender que a remoção de Dilma está garantida.
Incapazes de antever o curso dos acontecimentos, as neófitas lideranças dos diversos grupos que, em todo o Brasil, convocavam o povo às ruas nos dois anos anteriores com foco unificado no impeachment de Dilma, passaram a bater cabeça em torno do que fazer. Bandeiras difusas, causas menores, divergências e brigas passaram a acontecer no seio desses movimentos, no ambiente interno dos grupos virtuais através dos quais foram debatidas e organizadas as ações de rua em prol do impeachment nos anos anteriores.
Aproveitando-se da confusão e desmobilização dos movimentos cívicos a aliança dos corruptos firmou um ACORDÃO, se reorganizou e traçou sua linha de ação adotando a mesma estratégia que, na Itália, foi utilizada para neutralizar os efeitos da operação Mãos Limpas: desmobilizar protestos, mudar a percepção da opinião pública, e, em seguida, mudar a legislação visando facilitar o trabalho dos advogados de defesa dos bandidos.

Ao observador atento, talvez tenha passado desapercebido o conjunto de ações em curso visando atingir esse objetivo. Vejamos então, uma breve lista:

a)    Tentativa de reversão da decisão do STF, que, acatando sugestão do juiz Sérgio Moro, aprovou a prisão imediata de condenados em segunda instância;
b)    Decisão do recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), de impedir a prorrogação das investigações da CPI do Carf;
c)    Tentativa de sepultar as CPIs da UNE e da CUT que devem investigar o destino de milhões de reais doados pelos governos petistas a esses aparelhos do PT e do PCdoB, a pretexto de “pacificar a Casa”;
d)    Tentativa de modificar a legislação sobre a colaboração premiada de modo a impedir a aceitação da delação de indivíduos presos;
e)    Tentativa de modificar a legislação sobre condução coercitiva de modo a restringir seu uso pelas autoridades policiais;
f)     Tentativa de constranger juízes procuradores e policiais mediante aprovação de uma legislação que pode caracterizar como “abuso de autoridade” procedimentos adotados pelas operações Lava Jato; Zelotes e Acrônico, por exemplo;
g)    Substituição de delegados da Polícia Federal que integram a operação Lava Jato, transferindo delegados experientes e com domínio das investigações por outros;
h)   Investigação e intimidação judicial de líderes dos movimentos cívicos pelo “crime” de simples exercício da liberdade de expressão;
i)     Aprovação de legislação que autoriza juízes a receber remuneração secreta por palestras patrocinadas por empresas ou instituições, em evidente tentativa de institucionalizar a prática da compra de impunidade pela corrupção legalizada de juízes.

Não subestimemos a criatividade dos nossos corruptos e corruptores. É possível que essa lista seja mais extensa.
Listadas assim, em seu conjunto, essas iniciativas evidenciam uma clara estratégia em curso, somente possível de se concretizar pela existência de três condições básicas:

1)    A operação Lava Jato está terminando e o juiz Moro não pode julgar políticos com mandato. O julgamento dos corruptos com mandato demorará a ocorrer, pois acontecerá no STF, onde acumulam-se processos que a própria suprema curte admite não ter estrutura para agilizar (sem falar no surgimento de referências a juízes corruptos no STJ e STF, por delatores premiados);
2)    A Desmobilização da sociedade brasileira e perda de foco dos movimentos cívicos que convocaram o povo às ruas em 2014, 2015 e 2016;
3)    A existência de uma ACORDÃO DOS CORRUPTOS, que envolve e cúpula de todo o sistema político (governo e oposição), advogados e setores do judiciário.
Essa é a questão central da política brasileira hoje, do ponto de vista do cidadão pagador de impostos. 

Se o ACORDÃO DOS CORRUPTOS atingir seus objetivos, tudo o que foi feito nos últimos anos pelo povo brasileiro nas ruas será jogado no lixo e não terá valido nada! O juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato já disseram inúmeras vezes que, sem apoio da opinião pública, nada teria acontecido.
O que é necessário para os corruptos e corruptores saírem-se vencedores?
Simples: basta que você fique quieto e não saia às ruas para protestar.

Em 31/07 tem manifestação. Mexa-se!
 

sábado, 4 de junho de 2016

Operacao Lava jato: chegou a hora da fase "Rapa Tudo", ou seja, todos em cana...

Bem, com essas últimas (não derradeiras, certamente) revelações, delações, desgravações, vazamentos, liberação de audios, whatever, acho que já chegou a hora daquela fase que eu já chamei de "Rapa Tudo" da Lava Jato, aquela que vai levar para a cadeia todos os meliantes que já podem ser encarcerados, e mandar indiciar aqueles altos bandidos que ainda possuem essa excrescência que se chama foro privilegiado.
O Brasil só vai chegar a ser um país normal quando o presidente, ou presidenta (como quiserem) for levado de camburão para a cadeia, como cabe a um meliante de alta periculosidade. Os que estão aí desviaram, roubaram, saquearam centenas de bilhões do povo brasileiro, direta e indiretamente; eles alimentaram o mais formidável espetáculo de corrupção jamais conhecido em todo o mundo, talvez não com a desfaçatez de alguns ditadores africanos, mas com muito mais efetividade e em muito maior volume.
Paulo Roberto de Almeida

Delações da Odebrecht citarão 13 governadores e 36 senadores, diz Veja
O GLOBO, 4/06/2016

SÃO PAULO — Reportagem da revista “Veja” deste final de semana afirma que as delações premiadas do empresário Marcelo Odebrecht e de altos funcionários da empreiteira deverão citar pelo menos treze governadores e 36 senadores como beneficiários de propinas nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014. De acordo com a publicação, a Odebrecht distribuiu, à margem da lei, cerca de R$ 100 milhões em recursos aos candidatos. Segundo a revista, Marcelo Odebrecht decidiu fazer o acordo de delação depois de todas as tentativas de livrá-lo da prisão.

A revista revela também que o ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, também dirá em sua delação premiada que pagou as reformas do sítio em Atibaia a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o tríplex no Guarujá realmente pertencia ao ex-presidente e que Aécio recebia 5% de propina das obras da Cidade Administrativa, em Minas Gerais, através de um emissário. Outros beneficiários citados pelo empresário são o atual ministro da Secretaria de Govern, Geddel Vieira; o senador Romero Jucá; o presidente do Senado, Renan Calheiros; e o deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB. A revista lembra também que, depois de resistir, Pinheiro decidiu fazer acordo de delação premiada numa tentativa de reduzir sua pena de 16 anos.

ODEBRECHT DEVE CONFIRMAR PROPINA PARA CAMPANHA

Segundo a revista, a presidente afastada Dilma Rousseff será o principal alvo das revelações de Marcelo Odebrecht. O empresário — que está preso desde junho do ano passado e foi condenado a 19 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa — confirmará aos investigadores da Operação Lava-Jato que a reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior, diz “Veja”.

De acordo com “Veja”, a Lava-Jato já rastreou o repasse de US$ 3 milhões da empreiteira para uma conta na Suíça do marqueteiro João Santana, responsável pelas três últimas campanhas presidenciais do PT. A investigação também descobriu que outros R$ 22,5 milhões foram pagos a Santana em dinheiro vivo. O pagamento aconteceu, de acordo com a revista, entre outubro de 2014, quando Dilma conquistou o segundo mandato, e maio de 2015.

Segundo a revista, Odebrecht dirá que os detalhes do financiamento eleitoral foram combinados com Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da presidente afastada. O ex-secretário particular da petista, Anderson Dornelles, também será citado por Marcelo Odebrecht. Segundo a revista, Dornelles pediu um ajuda financeira, e repasses mensais de R$ 50 mil teriam sido feitos a "um laranja", Douglas Franzoni, sócio de Dornelles, para serem entregues a ele.

Conforme O GLOBO mostrou na edição deste sábado, Dorneles foi citado como destinatário do recebimento de dinheiro da construtora. Numa das situações descritas pelos executivos da Odebrecht, Dornelles teria pedido o dinheiro diretamente à construtora. Em outro momento, executivos também falaram que a própria presidente teria pedido ajuda para Dornelles. As afirmações foram feitas na fase preliminar da negociação da delação premiada e ainda terão que ser detalhada nos anexos da colaboração, a serem entregues pelos advogados da Odebrecht até o fim do mês.

Em reportagem neste sábado, O GLOBO mostrou que executivos da Odebrecht relataram na negociação de suas delações premiadas que a empreiteira pagou despesas pessoais da presidente afastada, Dilma Rousseff, que permitiram a ela cuidar da própria imagem. Entre as despesas está o cachê do cabeleireiro Celso Kamura, conforme revelado na sexta-feira pelo colunista do GLOBO Merval Pereira. Investigadores da Lava-Jato tratam com cautela a informação, porque não há certeza de que a construtora vai incluir ou detalhar a informação nas próximas fases do processo de colaboração.

Na negociação, os diretores da Odebrecht afirmaram que valores relacionados à imagem da presidente foram repassados ao marqueteiro João Santana, que se responsabilizou pelo pagamento dos profissionais e serviços contratados. Mônica Moura, mulher de João Santana, já afirmou nas negociações de sua delação premiada que o casal recebeu pagamentos da Odebrecht por caixa dois (recursos não contabilizados pela campanha). Kamura disse que os serviços foram pagos pela própria presidente e pela agência Pólis, de propriedade de João Santana.

50 FUNCIONÁRIOS DEVEM COLABORAR

Pelo menos 50 altos funcionários da Odebrecht devem fechar acordos de delação premiada, diz “Veja”. Eles fornecerão detalhes do pagamento de propina aos governadores e senadores. Ainda segundo a revista, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, também será citado por ter recebido recursos “por fora” para sua campanha presidencial, exatamente como Dilma.
De acordo com a revista, a delação de Marcelo Odebrecht listará também, entre os beneficiários de seu “caixa clandestino”, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Jucá era remunerado, segundo a publicação, por acolher emendas de interesse da Odebrecht em seus relatórios sobre os principais projetos em tramitação no Senado. Dois ministros de Temer também serão citados: Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).

OUTRO LADO

Procurado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou que “rechaça de forma veemente mais essa tentativa de vinculá-lo e a seu governo em Minas a supostas delações ainda não ocorridas” e que, “se as citações a seu nome ocorreram, são absolutamente descabidas”. Por meio de nota, Aécio diz ainda que a obra citada foi feita por um conjunto de empresas com qualificação para realizá-la, acompanhada pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas do Estado e por empresa independente contratada para fiscalizá-la.

“Ao final da obra, pedidos de reajustes apresentados por empresas participantes foram negados pelo órgão governamental responsável. O que demonstra que não houve qualquer tipo de favorecimento a quem quer que fosse”, disse o senador em nota.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que não recebeu vantagens. "O senador reitera que jamais recebeu vantagens de quem quer que seja. As relações do senador jamais ultrapassaram os limites institucionais", afirmou por meio de sua assessoria.

A assessoria de Romero Jucá (PMDB-RR) negou que o senador tenha recebido quaisquer recursos financeiros ilegais da OAS. "O senador Romero Jucá desconhece a delação do senhor Leonardo Pinheiro (sic), mas nega que tenha recebido quaisquer recursos financeiros ilegais da OAS", escreveu.

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay), disse, em nome dos senadores Romero Jucá, José Sarney e Edison Lobão, que a reportagem da revista “Veja” se baseia em “vazamento de um anexo” e que a delação propriamente dita ainda não existe.

— Estamos vivendo um momento em que a delação tem um foro de verdade e nós discordamos dessa premissa, até conhecer o tema da delação. Estão distribuindo o vazamento de um anexo, algo surreal. Não tem delação, mas uma pretensa delação — disse o advogado.

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que todas as doações recebidas pela campanha foram de acordo com a lei e registradas nos tribunais eleitorais. "Todas as doações recebidas pela campanha de Henrique Alves foram de acordo com a lei, registradas nos tribunais eleitorais, absolutamente transparentes", afirmou, segundo sua assessoria.
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) disse não estar surpreso com o conteúdo da citação porque todas as vezes em que se dirigiu a Emílio Odebrecht e Léo Pinheiro foi para solicitar recursos de campanha. Ele negou ter feito caixa 2.

Em nota divulgada neste sábado, o Instituto Lula não comentou as informações trazidas pela reportagem, mas criticou os autores e a revista “Veja” pelo que chamou de “publicação sistemática de mentiras, calúnias e difamações contra Lula”.

Dilma, Eduardo Cunha, Anderson Dornelles, Douglas Franzoni e Giles Azevedo foram procurados, mas ainda não responderam o contato da reportagem.

Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/delacoes-da-odebrecht-citarao-13-governadores-36-senadores-diz-veja-19443427.html#ixzz4AerX5dT6

domingo, 29 de maio de 2016

A novela da Lava Jato, a mais longa do pais - Marli Goncalves (Chumbo Gordo)

Totalmente de acordo, mesmo para alguém, como eu, que nunca vê novelas. Prefiro que a Lava Jato se estenda por infinitos capítulos, até perder de vista.
Eu até já me ofereci para sugerir alguns nomes criativos como títulos das próximas fases da Operação Lava Jato (que aliás deveria se desdobrar em outras Operações, de igual teor e extensão, também com capítulos intermináveis).
Estou mesmo esperando a fase que vai se chamar "Rapa Tudo", levando para a cadeia os grandes responsáveis, e o GRANDE CHEFÃO, do desastre absoluto que se abateu sobre o país desde que os mafiosos conquistaram o poder.
Em todo caso, fiquem com esta crônica saborosa, só não sei se para apreciar ou se para lamentar. Triste um país que precisa fazer da política um capítulo dos crimes comuns...
Paulo Roberto de Almeida

L-J, ou Querida, o país encolheu
MARLI GONÇALVES

Coluna no blog Chumbo Gordo, de Carlos Brickmann, em 29/05/2016
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Foram tantas tratativas pensando em melar a Operação Lava Jato que faltaram chamar a Wanderléa para fazer serenata para o Sergio Moro: "Senhor Juiz, pare agora! Por favor, pare, agora! " Para completar, temos uma dívida monstro tipo corda no pescoço, mais de 11 milhões de desempregados, saques assaltos bilionários sanguessugas nas empresas e das empresas na gente, um projeto de poder falido tentando de um tudo para continuar atarracado. E mais a violência que nos sangra e respinga.
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Geleia geral, se alguém queria saber a sua mais completa tradução, chegou a ela nos últimos dias destes últimos meses. A novela mais assistida voltou ao horário das oito, o do noticiário, agora repleto de personagens que entram mudos e não saem, calados; que saem, ou ainda tentem, falando, dedando, traindo; que fogem ou são fugidos, gravam e são gravados - e gravados puramente sinceros. Os que estão numa lista aguardando a chamada. E os que estão numa outra lista de espera para ingressar em breve no espetáculo, em alguma fase de nome criativo da Operação. Mais matracas declarando roteiros que não cumpriram quando puderam.

Se for para começar a usar sinônimos, lá vem mais um: decomposição. A coisa está tão feia, sem limites, derretendo sórdida e a passos tão largos que não nos sobrará outra opção que não seja histórica, esta sim o será, e corajosa. Do ponto de vista político de unidade nacional, se estiver mesmo querendo passar melhorzinho para a história não restará a Michel Temer alternativa a não ser liderar um rápido e radical processo de transformação e renovação, chamando eleições em todos os níveis, e em um processo que no máximo se resolva desse outono ao outono do ano que vem. Só assim poderá manter o apoio, porque a impressão é que ainda vem onda grande por aí.

Mas quem dera fosse só na política essa degradação, embora a ela tudo pertença de alguma forma. Estamos precisando falar sobre a nossa índole que está mostrando um lado brutal que ainda poucos se dão conta. Aliás, poucos se dão conta que isso tudo é real, significa, e é a sua própria vida e destino no jogo.

Essa novela, "L-J ou Querida, o país encolheu" já ultrapassou Redenção, da extinta Excelsior, que tem o recorde de ter ficado no ar por mais tempo na televisão brasileira. Foram vinte e quatro meses e dezessete dias, 596 capítulos. A história agora, a atual, parece infinita, um polvo, e de cada uma de sua pernas cortadas, surgem outras, ainda mais compridas, como rabos de lagartixa. As histórias esticam sua dimensões e alcançam cada vez mais personagens detrás de portas e janelas onde tentavam se camuflar.

Enquanto discutimos estruturas burocráticas de ministérios, fazendo cara de conteúdo, bocas e bicos, e usando argumentos chulos e apelativos para falar sobre a cultura, ela se nos apresenta em sua mais brutal face. No estupro coletivo da menina, que ainda por cima suporta agora em cima dela as dúvidas dos detalhes, e a ineficácia da proteção e investigação policial; nos assustadores números do índice nacional de estupros e violência contra a mulher. Na desonestidade intelectual dos que se afundam na tentativa de torcer o rabo da porca, para salvar a que fizeram heroína, e heroína do nada é. Se foi, foi.

As estribeiras estão soltas. A pedra atirada que mata o rapaz que dormia embalado nas curvas da estrada de Santos rolou do alto de uma montanha que desmorona, nos fazendo lembrar de olhar para cima. Para ver se vem rolando outras e tentar delas desviar. Ou procurar por Deus, pedindo que nos perdoe a todos por uma possível omissão que estaria escrevendo essa história, que nos suspende, e que embora possa parecer comédia, tenha até seus momentos hilários, não é.

É drama e dos grandes, de ainda nos fazer chorar muito. Com reprises programadas.

Marli Gonçalves, jornalista - Não quero ter mais tanto medo. Nem do presente, nem do futuro. Nem do enredo, nem de ser enredada

São Paulo, 2016

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Lava Jato: nomes pitorescos, consequencias inesperadas, pessoas nervosas...

Neste preciso momento, manhã da segunda-feira 23 de maio de 2016, ouço, leio, vejo que uma nova fase da Operação Lava Jato, a 29a., acaba de ser deslanchada em Brasília e Pernambuco, com detenções de pessoas ainda não identificadas.
Mas, peraí, a 29a. fase já existia, e tinha detido um parente indireto do chefão da quadrilha, por causa de operações angolanas...
Meu cômputo das operações até aqui, algumas sem nome, e por isso não listadas, é o seguinte:

Fases da Operação Lava Jato
2014:
1. Lava Jato; (...)
7. Juízo Final

2015:
9. My Way;
10. Que pais é esse?;
11 A Origem; (...)
14 Erga Omnes;
15. Conexão Monaco; Operação Politeia (políticos: Fernando Collor);
16 Radioatividade;
17. Pixuleco;
18 Pixuleco 2;
19 Nessum Dorma;
20. Corrosão;
21 Passe Livre (+ Delcídio Amaral; Operação Catilinárias; Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Fernando Collor;

2016:
22. Triplo X;
23. Acarajé (João Santana e Dona Xepa);
24 Aletheia;
25. Polimento;
26. Xepa;
27. Carbono 14;
28 Vitoria de Pirro (Gim Argelo);
29. Janus (sobrinho da primeira mulher do Lula: Taiguara Rodrigues dos Santos. operações em Angola); nova fase da MESMA (?) operação em 23/05/2016 com prisões em Brasília e Pernambuco.

Bate coração, quando é que vamos chegar no chefão?
Só na 35a. fase?
Paulo Roberto de Almeida

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Momentos decisivos da historia do Brasil: o xeque-(quase)mate de Moro - Autor desconhecido

Sem concordar com tudo o que está escrito, e sem conhecer o autor deste texto, lido no blog Usina de Letras (uma mistura de colunismo de direita com serviços editoriais comerciais), transcrevo o que acabo de ler, nesta quarta-feira 18/05/2016.
Acredito que, junto com a "República de Curitiba" -- ou seja, o pequeno grupo de bracos do MPF do Paraná (e de alguns outros lugares também), da PF e o juiz Sérgio Moro --, nós, coxinhas anônimos, ou seja, a cidadania ativa, consciente e crítica, que saímos aos milhões nas ruas das capitais e muitas cidades do país nos últimos dois anos, também somos responsáveis pela extraçõs dos mafiosos do poder.
Paulo Roberto de Almeida


JOGADA DE MESTRE
(Autor desconhecido)
Agora ficou claro. Está explicado o suposto "erro" (calculado) do Juiz Sergio Moro:

Moro e a jogada de mestre!

Entendam uma coisa, amigos: política é um jogo, e o Juiz Sérgio Moro deu xeque mate!

Moro apertou Lula, mas não o prendeu, preferiu grampear o telefone do barbudo, e assim colocou em sinuca não apenas a Lula, mas arrastou Dilma pro mesmo chiqueiro!

Jogada de mestre: assuste o chefe da quadrilha, prenda seus amigos, deixe-o apavorado, mas não o prenda rapidamente, deixe-o solto o suficiente para que no desespero, venha a comprometer os comparsas.

Graças a jogada de Moro, Lula acabou de sepultar o mandato de Dilma, com o grampo divulgado, o mandato de Dilma dura enquanto durar o processo de Impeachment e Lula está com o pé na cadeia.

Política é um jogo e Moro é um jogador espetacular!

O Juiz Sergio Moro mostra que além de ser extremamente competente, é um ESTRATEGISTA!

Se tivesse prendido o Lula há um mês, teria havido uma comoção nacional. Ele vem “fritando aos poucos a imagem” e desconstruindo o mito, para dar o bote quando este estiver na lona.

No dia da nomeação do agora ex-ministro Lula, ele abre o sigilo da Lava Jato e expõe todo o lamaçal.

Esse senhor não para de me surpreender positivamente.

Se tivesse se antecipado e prendido o Lula antes da nomeação, estaríamos assistindo uma enorme
 manifestação petista, MST, etc e  Lula seria vítima.

Mas ele foi além.

Agora, ele acendeu o estopim que vai derrubar o governo Dilma junto com o Lula e ainda de quebra,
colocou o Supremo numa sinuca que,  não tenho dúvidas derrubará o Foro privilegiado.

Incrível um juiz Federal com visão de fazer inveja a qualquer profissional do ramo.
Que entre para a história e nos devolva o Brasil!

“Vamos deixar algumas coisas claras !

1 – Quem está conduzindo a Lava-Jato não é o PSDB, o Aécio ou o Fernando Henrique: são o Ministério Público e
a Polícia Federal (e tudo observando as instâncias constitucionais até a chancela definitiva do STF – cuja quase totalidade dos juízes foi indicada pelo PT).

2 – Quem está fazendo acusações e dando subsídios para as investigações não é o DEM, a Globo nem a CIA, quem está entregando a gangue são os antigos comparsas dos delinquentes.

3 – Quem vai levar Lula pra cadeia (e quiçá boa parte de sua família) não é a Veja, o Danilo Gentili nem o Bolsonaro.
Lula irá pro xilindró por ter infringido vários artigos do Código Penal Brasileiro (e ter se achado mais esperto do que de fato é).

4 – Quem irá catapultar Dilma da presidência da República não serão os coxinhas, os fascistas nem as Forças Armadas: essa senhora será destituída do cargo pelo rigor da Lei e pela esmagadora maioria de brasileiros que não compactuam com a bandalheira.

RESUMINDO:      
         
O JUIZ SÉRGIO MORO EXPLODIU A QUADRILHA.

(autor desconhecido)
 

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Itamaraty: sigilo sobre viagens de Lula ao exterior financiadas pela Odebrecht (2015)

Perguntar não ofende:
O novo governo e o novo ministro vão desclassificar estas informações?
O MPF não pode requisitar os telegramas?
Paulo Roberto de Almeida

Itamaraty torna sigilosos documentos que citam Odebrecht

O sigilo cobre o período em que a empreiteira bancou viagens ao exterior do ex-presidente Lula

FILIPE COUTINHO
Época, 16/06/2015
 
governo Dilma classificou como secretos e reservados pelo menos 760 documentos envolvendo a Odebrecht. O sigilo cobre justamente o período em que a empreiteira passou a pagar viagens ao exterior do ex-presidente Lula, muitas vezes apoiado pelas embaixadas brasileiras nos países visitados. Alguns documentos poderão ficar em segredo até 2030.
Apesar do discurso pró-transparência adotado após o recuo na tentativa de impedir a divulgação de telegramas desclassificados, o Itamaraty, apenas no governo Dilma, decretou o segredo por até 15 anos de um conjunto de 141 documentos secretos e 619 reservados que citam a Odebrecht.
A informação foi prestada pelo diplomata João Pedro Costa, Diretor do Departamento de Comunicações e Documentação, após consulta de ÉPOCA por meio da Lei de Acesso à Informação.

Costa é o mesmo diplomata que, na semana passada, sugeriu que fossem colocados em segredo por até dez anos um conjunto de documentos inicialmente classificados como reservados (sigilo de cinco anos) e que, pela lei já deveriam ser públicos, e que citam a Odebrecht  durante o governo Lula.
A justificativa para o sigilo era o interesse da revista ÉPOCA, que já produziu reportagem acerca das ligações entre Lula e a empreiteira. A manobra foi divulgada pelo O Globo e o Itamaraty decidiu então liberar os documentos, sem restrições. Mas apenas os documentos reservados (com prazo de sigilo de cinco anos) e que já são de domínio público. Os 760 documentos sigilosos que citam a Odebrecht produzidos no governo Dilma continuarão em segredo.

Saiba mais