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sábado, 12 de novembro de 2022

Economia do Brasil: os principais indicadores - Ricardo Bergamini

 Sem considerar números, gráficos e tabelas todas as verdades são absolutas, basta escolher uma delas (Ricardo Bergamini).

 

Prezados Senhores

 

Sejam de esquerda ou de direita: todos vão pagar a conta pelo estado de putrefação econômica, social, política e ética do Brasil. Cada um que escolha o culpado de sua preferência, com base nos indicadores abaixo. 

 

Não entendo, como se pode apoiar um governo, sem  ajudar a divulgar as suas informações oficiais. Não há necessidade de notícias falsas, com o volume de informações divulgadas diariamente pelo governo. O Brasil é um manicômio amplo, geral e irrestrito.

 

Indicadores macroeconômicos do Brasil, sem ideologia

 

Base: Setembro de 2022

1 - Efeito do Depósito Compulsório e dos Créditos Subsidiados na Taxa de Juros de Mercado (BCB)

Em setembro de 2022, o custo médio de rolagem da dívida interna da União, em poder do mercado, foi de 10,80% ao ano, e ninguém consegue explicar o motivo pelo qual a taxa média de mercado do crédito livre, no mês de setembro de 2022, estava em 40,4% ao ano, ou seja: 3,74 vezes maiores. Ficando a impressão de que os bancos são os ladrões dessa fortuna, quando na verdade é o próprio governo. 

2 - Estoque da Dívida Líquida da União (ME)

 

Em 2010, o estoque da dívida líquida da União (interna mais líquida externa) era de R$ 2.388,0 bilhões (61,46% do PIB). Em dezembro de 2018 era de R$ 5.671,4 bilhões (80,97% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 31,74%, comparativamente a dezembro de 2010. Em setembro de 2022, migra para R$ 7.796,7 bilhões (83,55% do PIB). Aumento real em relação ao PIB de 3,19%, comparativamente a dezembro de 2018.

3 - Estoque da Divida Consolidada do Governo Geral – Governo Federal, o INSS e os governos estaduais e municipais (BCB) 

Em 2010 o estoque da dívida do governo geral consolidada era de R$ 2.011,5 bilhões (55,0% do PIB). Em dezembro de 2018 era de R$ 5.272,0 bilhões (76,7% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 39,45%. Em setembro de 2022 migra para R$ 7.256,6 bilhões (77,1 % do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 0,52% comparativamente ao ano de 2018.

 

4 -  Taxa de Investimento (IBGE)

1 – No 2º trimestre de 2013, a taxa de investimento foi de 21,1% do PIB. No 2º trimestre de 2022, a taxa de Investimento foi de 18,7% do PIB. Redução de 11,37% em relação ao PIB. 

 

5 - Taxa de Poupança (IBGE)

 

2 – No 2º trimestre de 2008, a taxa de poupança bruta foi de 20,3% do PIB. No 2º trimestre de 2022, a taxa de poupança bruta não foi divulgada.

 

6 - IPCA (IBGE)

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro foi de -0,29%, terceiro mês seguido de deflação. Foi a menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica. No ano, o IPCA acumula alta de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, abaixo dos 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,16%.

 

7 - IPP (IBGE)

Em setembro, os preços da indústria caíram 1,96% frente a agosto. O acumulado no ano chegou a 5,87% e o acumulado em 12 meses a 9,76%. Os preços de 13 das 24 atividades industriais investigadas tiveram variações positivas ante o mês anterior.

 

8 - Saldo de Caixa em Moedas Estrangeiras (BCB)

 

Saldo de caixa em moeda estrangeira em setembro de 2022 era de US$ 327,6 bilhões, e a dívida externa bruta em moeda estrangeira de US$ 660,1 bilhões. Com saldo devedor de US$ 332,5 bilhões. 

 

Caso seja utilizado o saldo de caixa, aumentará a dívida líquida da União.

 

9 - Pesquisa Mensal de Comércio (IBGE)

 

Em setembro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista ficou 3,6% abaixo do nível recorde da série ocorrida em outubro de 2020.

 

Em setembro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista ampliado ficou no patamar de 6,9% abaixo do recorde alcançado em agosto de 2012.

 

10 - Variação do PIB (IBGE)

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,2% no segundo trimestre de 2022, comparado ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,2%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2022, o PIB cresceu 2,6%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. No ano, o PIB acumula alta de 2,5%.

 

11 - Pesquisa Industrial Mensal (IBGE)

Em setembro de 2022, a produção industrial nacional caiu 0,7% frente a agosto, na série com ajuste sazonal, segunda taxa negativa consecutiva. Frente a setembro de 2021, na série sem ajuste, a indústria cresceu 0,4%. No ano, a indústria acumula queda de 1,1% e, em 12 meses, queda de 2,3%.

 

12 - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (IBGE)

 

Base: Trimestre encerrado em setembro de 2022

 

taxa de desocupação (8,7%) do trimestre móvel de julho a setembro de 2022 recuou 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o trimestre de abril a junho de 2022 (9,3%) e 3,9 p.p. frente ao mesmo período de 2021 (12,6%). A população desocupada (9,5 milhões de pessoas) caiu ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015, recuando 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4,0 milhões) no ano.

 

população fora da força de trabalho (64,7 milhões de pessoas) permaneceu estável ante o trimestre anterior e recuou 1,1% (menos 727 mil pessoas) no ano.

 

taxa de informalidade foi 39,4% da população ocupada, contra 40,0% no trimestre anterior e 40,6% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,1 milhões.

 

De um total de 173,5 milhões de pessoas em idade de trabalhar existem apenas 99,3 milhões de pessoas ocupadas, sendo 39,1 milhões de pessoas na informalidade, ou seja: o Brasil possui apenas 60,2 milhões de cidadãos, o resto é miserável dependente de esmola.

 

13 - Política Fiscal (BCB)

 

No acumulado em doze meses até dezembro de 2018, registrou-se déficit fiscal primário de R$ 108,3 bilhões (1,57% do PIB), No acumulado em doze meses até setembro de 2022, registrou-se superávit fiscal primário da ordem de R$ 181,4 bilhões (1,93% do PIB), Redução real em relação ao PIB de 222,93%, comparativamente ao acumulado em doze meses até dezembro de 2018. 

 

No acumulado em doze meses até dezembro de 2018, os juros nominais alcançaram R$ 379,2 bilhões (5,52% do PIB). No acumulado em doze meses até setembro de 2022, os juros nominais alcançaram R$ 592,0 bilhões (6,29% do PIB).Aumento real em relação ao PIB de 13,95%, comparativamente ao acumulado em doze meses até dezembro de 2018.

 

No acumulado em doze meses até dezembro de 2018, o déficit fiscal nominal alcançou R$ 487,5 bilhões (7,09% do PIB). No acumulado em doze meses até setembro de 2022, o déficit fiscal nominal alcançou R$ 410,6 bilhões (4,36% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 38,50%, comparativamente ao acumulado em doze meses até dezembro de 2018.

 

14 - Política Monetária (BCB)

 

Em setembro de 2022 o volume de operações de crédito foi de R$ 5.176,8 bilhões (55,0% do PIB), sendo:

            

- 59,82% do total - R$ 3.097,0 bilhões (32,9% do PIB) com recursos livres com juro médio de 40,4 % ao ano. 

 

- 40,18% do total – R$ 2.079,8 bilhões (22,1 % do PIB) com recursos direcionados concedidos por bancos públicos (CAIXA, BB, BNDES) com juro médio de 10,4% ao ano. 

 

A taxa média de juros das operações contratadas em setembro de 2022 alcançou 28,6% a.a.

 

15 - Pesquisa Mensal de Serviços (IBGE)

 

Em setembro de 2022, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,9% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. O setor de serviços se encontra 11,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e alcança o novo ponto mais alto da série histórica, superando novembro de 2014.

 

16 - Balanço de Pagamentos (BCB)

 

Série história do saldo das transações correntes com base na média/ano foi como segue: Governo FHC (1995/2002) – déficit de US$ 23,4 bilhões = -3,31% do PIB; Governo Lula (2003/2010) – déficit de US$ 6,6 bilhões = -0,52% do PIB; Governo Dilma/Temer (2011/2018) – déficit de US$ 48,2 bilhões = -2,20% do PIB; governo Bolsonaro (2019/2021) - déficit de US$ 30,5 bilhões = -1,85% do PIB.  O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em setembro de 2022 somou US$ 46,2 bilhões (-2,56% do PIB),

17 - Movimentações Financeiras das Contas Externas do Brasil (BCB)

 

De 1995 até 2002 (FHC) o Brasil gerou uma saída líquida (fuga) de US$ 22,2 bilhões; de 2003 até 2010 (Lula) o Brasil gerou uma entrada líquida (captação) de US$ 210,5 bilhões; de 2011 até 2018 (Dilma/Temer) o Brasil gerou uma entrada líquida (captação) de US$ 65,7 bilhões; de 2019 até setembro/22 (Bolsonaro) o Brasil gerou uma saída líquida (fuga) de US$ 49,2 bilhões. 

 

18 – Relatório Bimestral de Receitas e Despesas (ME)

 

Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022, a previsão de crescimento econômico para o ano era de 2,10%. No 4º bimestre de 2022, a previsão de crescimento econômico aumentou para 2,70%.

 

Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2022, o resultado primário previsto foi de déficit para o ano de R$ 76,2 bilhões. No 4º bimestre de 2022, o resultado primário previsto para o ano migou para superávit de R$ 13,5 bilhões.

 

19 – Principais indicadores de juros e inflação (IBGE/ME/BCB/FGV)

Para manter a inflação do IPCA em 7,17% ao ano custou, no acumulado em doze meses até setembro de 2022, juros de R$ 592,0 bilhões (6,29% do PIB).

 

IPCA nos últimos doze meses, até setembro de 2022, foi de 7,17% ao ano (inflação da primeira classe, a turma dos 40 salários mínimos).

 

IGPM nos últimos doze meses, até setembro de 2022, foi de 8,25% ao ano (inflação real do mercado).

 

IPP nos últimos doze meses, até setembro de 2022, foi de 9,76% ao ano (inflação dos produtores).

 

Taxa de juros SELIC, em setembro de 2022, foi de 13,75% ao ano. 

 

Taxa de juros de longo prazo (rolagem da dívida do governo), em setembro de 2022, foi de 10,47 % ao ano.

 

Taxa de juros para devedores de segunda classe em  setembro de 2022, foi de 40,4% ao ano. 

 

Taxa de juros para devedores de primeira classe, em setembro de 2022, foi de 10,4% ao ano.

 

20 - Resultado Previdenciário Total da União (ME)

 

Em 2018, gerou déficit previdenciário de R$ 287,5 bilhões (4,10% do PIB). Nos últimos doze meses até setembro de 2022 migrou para déficit previdenciário da ordem de R$ 365,3 bilhões (3,88% do PIB). Redução real em relação ao PIB foi de 5,37% comparado ao ano de 2018. 

21 – Dívidas dos estados e municípios, não pagas, e honradas pela União (ME)

 

Até setembro de 2022, foi honrado pela União o montante de R$ 6,7 bilhões de dívidas, não pagas, dos estados e municípios, conforme quadro demonstrativo abaixo.

 

De 2016 até setembro de 2022, a União teve que honrar pagamento das dívidas, não pagas, dos estados e municípios, constantes do quadro demonstrativo abaixo, no montante de R$ 48,6 bilhões. 

 

22 - Diferença entre juros SELIC e juros de longo prazo (BCB)

 

Existe a taxa de juros SELIC divulgada periodicamente pelo Banco Central, destinada às operações de mercado de curto prazo, ou seja: é uma taxa de referência para um dia, que em setembro de 2022 estava em 13,75% ao ano.

 

A outra taxa de juros é a de longo prazo negociada, pelo Banco Central, com grandes investidores, que nos doze meses até setembro de 2022 foi de 10,47% ao ano. Sendo de 10,80% ao ano para a dívida interna em poder do mercado, e 3,17% ao ano para a dívida externa. 

 

Nos últimos doze meses, até setembro de 2022, os investidores estão ganhando 3,30% ao ano em seus investimentos no Brasil.

 

23 -  Saldo da Balança Comercial (BCB)

 

Até setembro de 2022, o Brasil exportou US$ 253,7 bilhões e importou US$ 206,0 bilhões, gerando um saldo na balança comercial positivo para o Brasil de US$ 47,7 bilhões. Cabe lembrar que 50,94% do saldo positivo foram obtidos com a China.

 

Até setembro de 2022, o Brasil exportou para a China US$ 69,9 bilhões e importou US$ 45,5 bilhões, gerando um saldo na balança comercial positivo para o Brasil de US$ 24,3 bilhões.

 

Até setembro de 2022, o Brasil exportou para os Estados Unidos US$ 27,9 bilhões e importou US$ 39,6 bilhões, gerando um saldo  na balança comercial negativo para o Brasil de US$ 11,7 bilhões.

 

24 – IGPM (FGV)

 

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) cai 0,95% em setembro, após queda de 0,70% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 6,61% no ano e de 8,25% em 12 meses. Em setembro de 2021, o índice havia caído 0,64% e acumulava alta de 24,86% em 12 meses.   

 

25 - Composição do PIB Brasileiro (IBGE)

No 2º trimestre de 2022, a composição do PIB foi como segue: R$ 167,7 bilhões (6,98%) na agropecuária; R$ 475,6 bilhões (19,78%) na indústria; R$ 1.428,5 bilhões (59,42%) nos serviços e R$ 332,2 bilhões (13,82%) em impostos. Totalizando um PIB de R$ 2.404,0 bilhões (100,00%)

 

Conclusão: 16,02% do PIB brasileiro são impostos sobre produtos (13,82%), além de 2,20% de inflação pelo IPCA. 

 

Ricardo Bergamini

ricardobergamini@ricardobergamini.com.br

www.ricardobergamini.com.br

domingo, 31 de julho de 2022

A economia socialmente regressiva do degenerado moral - Ricardo Bergamini

 Ricardo Bergamini fuzila a economia socialmente regressiva do desgoverno do degenerado moral:

A aberração da concentração de renda entre os indivíduos

A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinham 0,7% da massa, vis-à-vis 42,7% dos 10% com os maiores rendimentos em 2021. Além disso, cabe destacar que este último grupo possuía uma parcela da massa de rendimento maior que a dos 80% da população com os menores rendimentos (41,4%). Contudo, entre 2020 e 2021, o grupo dos 10% com maiores rendimentos ganhou participação na massa de rendimento domiciliar per capita (1,1 ponto percentual), enquanto os décimos de menor rendimento tiveram variação negativa.

Prezados Senhores

Bolsonaro, de forma cristã, aprovou o Auxílio Brasil que concede R$ 600,00 mensais aos milhões de brasileiros miseráveis, que detém apenas 0,7% da renda nacional.

Ao mesmo tempo, nos porões do palácio, faz um pacto com o demônio para que os bancos sequestrem 47,47% ao ano (3,29% ao mês) de juros da falsa caridade concedida de R$ 600,00.

Finalmente acusa os bancos de lutarem contra o seu plano de golpe por vingança da austeridade fiscal do governo. 

Se Deus não estiver morto, alguém vai se foder muito nesse governo de milicianos.

O que é o Empréstimo Auxílio Brasil? 

O Empréstimo Auxílio Brasil é um novo tipo de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. O valor do empréstimo comprometerá até 40% do benefício, descontado diretamente da folha de pagamento do segurado. 

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Ricardo Bergamini”

sábado, 18 de junho de 2022

A economia mundial e brasileira do Petróleo- Ricardo Bergamini

 A riqueza de uma nação, não é medida pela sua produção de petróleo, mas sim pela sua capacidade tecnológica para a sua exploração (Ricardo Bergamini).

Prezados Senhores

Algumas curiosidades sobre o estudo em pauta:

1 – Não há nenhuma relação direta entre ser produtor e/ou exportador de petróleo, e ser um país rico e próspero: na sua grande maioria os produtores/exportadores são países miseráveis.

2- O maior produtor de petróleo do mundo (Estados Unidos), também é o maior importador. Não exporta um úncio barril de sua produção.

3 – No Brasil, sempre que a Petrobras anuncia novas descobertas de poços, são colocadas de tal forma que fica a imprensão de que somos o “Centro do Universso”, e que resolveremos todos os nossos problemas. Assim sendo, cabe fazer uma comparação com os Estados Unidos, para nos colocarmos no lugar que mercemos:

3.1 – Em 2018, os Estados Unidos foram o maior produtor mundial de petróleo, com volume médio de 15,milhões de barris/dia (16,2% do total mundial). O Brasil se situou na 10ª posição, após o decrés­cimo de 1,4% no volume de petróleo produzido, totalizando 2,milhões de barris/dia (2,8% do total mundial).

3.2 – Em 2018, no ranking de países com maior capacidade de refino, os Estados Unidos se mantiveram na primeira posição, com 18,milhões de barris/dia (18,7% da capacidade mundial). O Brasil continuou em oitavo lugar no ranking, com capacidade de refino de 2,milhões de barris/dia (2,3% da capacidade mundial), a mes­ma registrada no ano de 2017

3.3 – Em 2018, no ranking de países que mais consumiram, os Estados Unidos se mantiveram na primeira posição, com 20,milhões de barris/dia (20,5% do total mundial). O Brasil alcançou o sétimo lugar, com consumo de cerca de 3,milhões de barris/ dia (3,1% do total mundial) - aumento de 1% em relação ao ano de 2017.

3.4 – Em 2018, no ranking global de maiores produtores de gás natural, os Estados Unidos se mantiveram em primeiro lugar, com 831,bilhões de m(21,5% do total mundial) O Brasil se situou na 31ª posição no ranking mundial de produtores de gás natural, com produção de 25,bilhões de m(0,7% do total mundial), após queda de 7,4%.

 

3.5 – Em 2018, no ranking de maiores consumidores de gás natural, os Estados Unidos permaneceram na primeira posição, com 817,bilhões de m(21,2% do total mundial). O Brasil registrou que­da de 4,6%, totalizando 35,bilhões de m(0,9% do total mundial), e ocupou a 27ª posição no ranking de maiores consumidores de gás natural.

 

 

A Utopia do Petróleo

Ricardo Bergamini

 

FONTE: ANUÁRIO ESTATÍSTICO BRASILEIRO DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS 2019

Petróleo

 

1.1 - Reservas

 

Em 2018, as reservas provadas de petróleo no mundo atingiram a marca de 1,trilhão de barris, mantendo-se no mesmo patamar de 2017, com um pequeno aumento de 0,1%.

 

1.2 - Produção

 

Entre os países que fazem parte da Opep que registraram as maiores quedas de produção es­tão Venezuela (-27,8%) e Angola (-8,5%), que foram compensadas pelas altas registradas na produção do Congo (23,6%), da Líbia (8,7%) e da Arábia Saudita (3,3%). 

Enquanto isso, entre os países que não fazem parte da Opep, o Sudão do Sul foi o responsá­vel pelo maior crescimento da produção (17,5%). Outros países que registraram aumento foram os Estados Unidos (16,6%) e Itália (12,9%).

 

Além de ter o segundo maior crescimento, os Estados Unidos permaneceram como o maior produtor mundial de petróleo com volume médio de 15,milhões de barris/dia (16,2% do total mundial). A Arábia Saudita ocupou no­vamente o segundo lugar no ranking, com produção média de 12,milhões de bar­ris/dia (13% do total mundial), um acrésci­mo de 3,3% ante 2017. Em seguida, vieram Rússia (12,1% do total mundial), Canadá (5,5% do total mundial) e Irã (5% do total mundial).

 

O Brasil se situou na 10ª posição, após o decrés­cimo de 1,4% no volume de petróleo produzido, totalizando 2,milhões de barris/dia (2,8% do total mundial). É importante mencionar que no cálculo da produção de petróleo da BP é consi­derada também a produção de Líquido de Gás Natural (LGN). 

1.3 - Consumo

 

Em 2018, o consumo mundial de petróleo tota­lizou 99,milhões de barris/dia, após aumento de 1,5% (1,milhão de barris/dia) em compara­ção com 2017. No ranking de países que mais consumiram petróleo em 2018, as três primeiras posições se mantiveram as mesmas do ano an­terior. Assim, os Estados Unidos, ocupando a primeira posição, consumiram 20,milhões de barris/dia (20,5% do total mundial). Em seguida veio a China, com consumo médio de 13,mi­lhões de barris/dia de petróleo (13,5% do total mundial). Na terceira colocação se manteve a Índia, com 5,milhões de barris/dia (5,2% do total mundial). O Brasil alcançou o sétimo lugar, com consumo de cerca de 3,milhões de barris/ dia (3,1% do total mundial) - aumento de 1% em relação ao ano de 2017.

1.4 - Refino

 

Em 2018, a capacidade efetiva de refino instala­da no mundo teve alta de 1,6% em relação ao ano anterior, chegando a 100,milhões de barris/dia, isto é, 1,milhões barris/dia maior que em 2017

Dentre os países que aumentaram a capaci­dade de refino, a China se destacou com um incremento de 424 mil barris/dia, totalizando 15,milhões de barris/dia. Em seguida, veio a Índia, com um aumento de capacidade de 272 mil barris/dia, somando milhões de barris/dia. 

Em contrapartida, alguns países tiveram diminui­ção na capacidade de refino. As maiores redu­ções ocorreram no Azerbaijão (redução de 85 mil barris/dia), na Argentina (redução de 77 mil bar­ris/dia) e no Egito (redução de 15 mil barris/dia).

 

No ranking de países com maior capacidade de refino, as quatro primeiras posições continuam ocupadas pelos mesmos países do ano anterior. Portanto, os Estados Unidos se mantiveram na primeira posição, com 18,milhões de barris/dia (18,7% da capacidade mundial). 

Em sequência vieram China, com 15,milhões de barris/dia (15,6% da capacidade mundial); Rússia, com 6,milhões de barris/dia (6,6% da capacidade mundial), e Índia, com milhões de barris/dia (5% da capacidade mundial). Desta vez, a Coréia do Sul foi o quinto país com maior capacidade de refino, com aproximadamente 3,milhões de barris/dia (3,3% da capacidade mundial). Juntos, estes cinco países responderam por 49,2% da capacidade mundial de refino. 

O Brasil continuou em oitavo lugar no ranking, com capacidade de refino de 2,milhões de barris/dia (2,3% da capacidade mundial), a mes­ma registrada no ano de 2017

1.5 Preços

 

Em 2018, o óleo do tipo Brent teve cotação mé­dia de US$ 71,31/barril no mercado spot, regis­trando novo crescimento acentuado de 31,6% em relação a 2017. Enquanto isso, o petróleo do tipo WTI teve cotação média de US$ 65,20/ barril, após crescimento de 28,4% ante 2017.

 

GAS NATURAL

 

1.6 Reservas

 

Em 2018, as reservas provadas mundiais de gás na­tural somaram 196,trilhões de m3, um crescimen­to de 0,4% em comparação com o ano anterior. 

As reservas dos países-membros da Opep, que concentraram 46,3% do total, tiveram um au­mento de 0,3%, totalizando 91,trilhões de m3. Já as reservas dos outros países somaram 105,trilhões de m3, após crescimento de 0,5% em relação a 2017

No ranking de países com maiores reservas pro­vadas de gás natural, as três primeiras posições foram ocupadas pelos mesmos países do ano anterior. A Rússia liderou novamente com 38,trilhões de m(19,8% do total mundial). Em se­guida, vieram Irã, com 31,trilhões de m(16,2% do total) e Catar, com 24,trilhões de m(12,5% do total mundial). Juntos, esses três países res­ponderam por 48,5% das reservas globais de gás natural.

 

Dentre as regiões, a maior parte das reservas provadas se concentrou no Oriente Médio, so­mando 75,trilhões de m(38,4% do total), com alta de 0,3%. Depois, vieram Europa e Eurásia, com 66,trilhões de m(33,9% do total), após crescimento de 1,2%. 

A região Ásia-Pacífico, com 18,trilhões de m(9,2% do total), registrou queda de 0,6% em suas reservas de gás natural. Em contrapartida, as reservas da África tiveram leve alta de 0,03%, totalizando aproximadamente 14,trilhões de m3, ou 7,3% do total. Já as reservas da América do Norte registraram queda de 0,9%, totalizan­do 13,trilhões de m(7,1% do total). 

Por fim, as Américas Central e do Sul, que se mantiveram no mesmo patamar do ano anterior, totalizaram 8,trilhões de m(4,2% do total). Em 2018, o Brasil ocupou a 32ª colocação do ranking das maiores reservas provadas de gás natural do mundo.

 

1.7 Produção

 

Em 2018, a produção mundial de gás natural al­cançou 3,trilhões de m3, após alta de 5,2% em relação a 2017. Os Estados Unidos registraram o maior crescimento volumétrico na produção anual de gás natural, com alta de 92,bilhões de m3. Outros países, como Rússia (alta de 33,bilhões de m3), Irã (alta de 19,bilhões de m3) e Austrália (alta de 17,bilhões de m3) também obtiveram significativos aumentos de produção. Por outro lado, Holanda (queda de 6,bilhões de m3), Venezuela (queda de 5,bilhões de m3) e Noruega (queda de 2,bilhões de m3) sofreram os maiores declínios em termos volumétricos

 

No ranking global de maiores produtores de gás natural, os Estados Unidos se mantiveram em primeiro lugar, com 831,bilhões de m(21,5% do total mundial), após aumento de 11,5% ante 2017. Em seguida veio a Rússia, com 669,bi­lhões de m(17,3% do total mundial), após alta de 5,3%. O Brasil se situou na 31ª posição no ranking mundial de produtores de gás natural, com produção de 25,bilhões de m(0,7% do total mundial), após queda de 7,4%.

 

1.8 Consumo

 

Em 2018, o consumo global de gás natural apre­sentou aumento de 5,3%, superior à média de crescimento dos últimos 10 anos (2,4%), alcan­çando aproximadamente 3,trilhões de m3.

 

Estados Unidos e China foram os países com maior incremento volumétrico no consumo de, respectivamente, 77,bilhões de m(equivalen­te a 10,5%) e 42,bilhões de m(equivalente a 17,7%). Em contrapartida, a Venezuela experi­mentou a maior queda, isto é, de 5,bilhões de m(equivalente a 13,9%). 

No ranking de maiores consumidores de gás na­tural, os Estados Unidos permaneceram na pri­meira posição, com 817,bilhões de m(21,2% do total mundial), seguidos da Rússia, com 454,bi­lhões de m(11,8% do total mundial), e pela China, com 283 bilhões de m(7,4% do total mundial). Por regiões, a área que compreende Europa e Eurásia continuou como maior consumidora de gás natural, totalizando 1,trilhão de m(29,4% do total), com alta de 1,8%. Em seguida, veio a América do Norte, com trilhão de m(26,6% do total mundial), após alta de 9,3%. 

 

Nas Américas Central e do Sul, a queda do con­sumo foi de 2,46%, atingindo 168,bilhões de m(4,4% do total mundial). O Brasil registrou que­da de 4,6%, totalizando 35,bilhões de m(0,9% do total mundial), e ocupou a 27ª posição no ranking de maiores consumidores de gás natural.

 

ROYALTIES

 

1.9 - DISTRIBUIÇÕES DE ROYALTIES

 

A participação especial, prevista no inciso III do art. 45 da Lei no 9.478, de 1997, constitui compensação financeira extraordinária devida pelos concessionários de exploração e produção de petróleo ou gás natural, nos casos de grande volume de produção ou de grande rentabilidade, conforme os critérios definidos no Decreto no 2.705/1998.

 

Em 2018, o recolhimento da participação es­pecial foi 95,4% superior à de 2017, atingindo R$ 29,6 bilhões. Deste valor, conforme defini­do pela lei, couberam R$ 11,8 bilhões aos esta­dos produtores ou confrontantes; R$ 3 bilhões aos municípios produtores ou confrontan­tes; R$ 2,2 bilhões ao Ministério de Minas e Energia; R$ 551 milhões ao Ministério do Meio Ambiente; e R$ 12 bilhões ao Fundo Social.

 

Os principais estados beneficiários foram: Rio de Janeiro (R$ 9,1 bilhões – 30,8% do valor total e 77% do total destinado aos estados); São Paulo (R$ 1,6 bilhão – 5,3% do valor total e 13,4% do valor destinado aos estados), e Espírito Santo (R$ 1,1 bilhão – 3,7% do valor total e 9,2% do valor destinado aos estados).

 

Entre os municípios beneficiários, destaca­ram-se Maricá-RJ (R$ 898,8 milhões); Niterói- RJ (R$ 791,2 milhões); Ilhabela-SP (R$ 394,1 milhões); e Campos dos Goytacazes-RJ (R$ 243,8 milhões).

 

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Ricardo Bergamini

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