Mais desmantelamento do mito sobre as desigualdades distributivas no Brasil, que não apenas não diminuiram, sob o reino dos companheiros, como aumentaram significativamente ao longo dos últimos anos.
Ou seja, a propaganda enganosa do PT é exatamente isso mesmo, uma mistificação mentirosa. Isso quer dizer que TODAS as polítcas do lulopetismo beneficiaram OS MAIS RICOS, contrariamente ao que eles dizem.
Não poderia ser de outra forma: os petralhas fizeram um conluio com os estratos mais ricos da população para melhor extrair riqueza para si mesmos e para o seu projeto criminoso de poder: a extorquir mais dos ricos, eles permitiam que esses se apropriassem de frações maiores da riqueza criada por toda a sociedade, e distribuiam algumas migalhar aos mais pobres.
Quem foi mais extorquido, portanto, foi a classe média, como fração trabalhadora, e as empresas em geral, que perderam lucros (pois o faturamento foi diminuido com a elevação contínua dos impostos) e competitividade interna e externa, resultando nessa desindustrialização horrorosa acelerada pelas políticas nefastas dos lulopetistas.
De fato, dos quatro pontos percentuais do PIB de aumento da extração fiscal, apenas 1 (UM) por cento foi para os programas sociais (Bolsa Família e outros), sendo que 3 (TRÊS) por cento foram apropriados pelo próprio Estado e pelos seus sócios privilegiados: os grandes capitalistas promíscuos, os mandarins da República, os partidos políticos e os corruptos petralhas, que se apropriaram de somas fantásticas, destruindo não só a Petrobras, mas toda a economia nacional.
Esse é o resultado catastrófico da era lulopetista, que eu chamo de A GRANDE DESTRUIÇÃO.
Paulo Roberto de Almeida
Anápolis, 16/01/2015
Classe A tem maior fatia da renda do País
Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S.Paulo
16 Janeiro 2016 | 20h 00
Estudo com base nos dados da Receita Federal aponta que a distribuição de renda é pior que a mostrada pelos números da Pnad
A distribuição de renda no Brasil é pior do que se imaginava. Um
estudo elaborado pela Tendências Consultoria Integrada mostrou que a
classe A – famílias com rendimento superior a R$ 14.695 – detém uma
fatia ainda maior da massa de renda nacional.
O levantamento elaborado pelos economistas Adriano Pitoli,
Camila Saito e Ernesto Guedes foi feito com base nos dados da Receita
Federal e mostrou que as 2,5 milhões de famílias da classe A são
responsáveis por 37,4% da massa da renda nacional. Nos dados mais
conhecidos, obtidos por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (Pnad), estimava-se que os mais ricos tenham 16,7% da renda
nacional.
Os economistas chegaram ao novo número sobre distribuição de
renda com base numa espécie de Pnad ajustada. O ajuste foi feito
analisando a renda de duas formas. Para as famílias com ganhos de até
cinco salários mínimos, foram utilizados os dados tradicionais da Pnad.
Para as faixas mais ricas, o estudo levou em conta as declarações de
Imposto de Renda.
“Todo mundo sabia que a desigualdade de renda no Brasil era
enorme, mas ela é muito maior do que se imaginava”, afirma Adriano
Pitoli.
Dados omitidos. A
vantagem de analisar os dados da Receita para as classes mais ricas é
explicada pelo fato de a Pnad ser declaratória e, portanto, limitada
para mensurar dados envolvendo fontes de renda com ativos financeiros e
aluguéis.
“As pesquisas declaratórias (como a Pnad) são ineficientes
para capturar a renda de aplicações financeiras, aluguéis e ganhos de
capital”, afirma Pitoli. “Na verdade, ninguém tem esses números de
cabeça.”
O exercício da Tendências deixa evidente a dificuldade da Pnad
em apurar o tamanho da desigualdade brasileira. Nas famílias com renda
entre cinco e dez salários mínimos, a massa de renda apurada pela Pnad é
13% menor do que mostra o dado da Receita Federal. A diferença é
crescente conforme o topo da pirâmide se aproxima.
Na faixa de brasileiros com ganhos acima de 160 salários
mínimos, a massa de renda captada pela Pnad é 97% menor do que os dados
obtidos pela análise do Imposto de Renda.
“A desigualdade com base nos dados da Pnad é menor do que
mostram os dados da Receita”, afirma Naercio Menezes Filho, coordenador
do Centro de Políticas Públicas do Insper. “Existe uma dificuldade da
Pnad em captar a renda da fatia mais rica da população.”
Abismo entre classes. O estudo da
consultoria Tendências também chegou a outras duas conclusões
relevantes: o abismo entre as classes sociais é maior do que se
imaginava e as classes A e B são um pouco maiores do que indicavam as
pesquisas tradicionais.
Pela Pnad tradicional, a classes A responde por 2% do total
das famílias brasileiras, e a classe B, por 12,6%. Nos dados ajustados
pela consultoria, a fatia das classes aumenta para 3,6% e 15%,
respectivamente.
Com relação ao distanciamento entre as classes sociais, o
estudo da consultoria apontou que a renda das famílias da classe A é
40,9 vezes maior do que as da classe D/E. Na Pnad original, a diferença
apurada era de 23,3 vezes.
“A intenção do estudo não é substituir os dados da Pnad e da
Receita. O exercício é continuar olhando a Pnad para as classes de menor
renda, e na faixa das classes de maior renda fazer os ajustes para
eliminar o viés da omissão de renda”, afirma Pitoli.