O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador Viva a Crusoé. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Viva a Crusoé. Mostrar todas as postagens

sábado, 4 de maio de 2024

Revista Crusoé: seis anos de sucesso. Viva a Crusoé! Viva o jornalismo de boa qualidade!

 

6 anos de Crusoé: vigilância sem descanso

A revista Crusoé completa neste sábado, 4 de maio, seis anos de existência.

Ao longo de 313 edições, a revista se manteve fiel à sua linha editorial, definida em um primeiro comunicado aos leitores de O Antagonista.


Em um email convidando as pessoas para assinarem seu conteúdo exclusivo, o tom cético contra o poder aparecia nas primeiras linhas: “Ninguém aguenta mais as patacoadas dos nossos políticos. Eles nos fazem de bobos“.


Em um universo dominado por uma imprensa dócil e por redes sociais repletas de desinformação, Crusoé seguia os passos de O Antagonista e prometia um jornalismo independente e vigilante.


“Nosso compromisso será deixar você muito bem informado e bem distante das mentiras disseminadas nas redes sociais. Você fará parte de um grupo exclusivo que vai saber sobre os acontecimentos mais importantes, como eles de fato ocorreram, sem interferência de versões enviesadas. Para atingir esse propósito, vamos manter nossos governantes sob vigilância dia após dia, sem descanso“, dizia a mensagem.


Ao praticar os seus princípios, Crusoé enfrentou diversos problemas.


A reportagem de capa “O amigo do amigo do meu pai“, revelando o codinome usado na empreiteira Odebrecht para se referir ao ministro do STF Dias Toffoli, foi uma das primeiras publicações usadas para vitaminar o “inquérito do fim do mundo”, comandado por Alexandre de Moraes, desde 2019. A revista foi censurada sob a alegação de que o documento com o codinome não existia, mas em poucos dias a acusação foi desmentida, e a reportagem voltou ao ar (neste link, o conteúdo está aberto para não assinantes).


Enquanto a maior parte da imprensa fica de joelhos, Crusoé tem mantido um olhar crítico ao Supremo Tribunal Federal, o STF, e a seus ministros.


Defensora do combate à corrupção, Crusoé é o veículo que mais tem denunciado as iniciativas de enterrar operações que mudaram radicalmente o clima de impunidade para os poderosos, sempre vigente no país.


Crusoé também tem sido implacável com os abusos e equívocos dos presidentes de turno, seja Jair Bolsonaro ou Lula, apontando os conchavos nos corredores da República e as ideologias retrógradas que acometem tanto a esquerda quanto a direita.


Por fim, Crusoé é o veículo que traz as melhores análises na área de internacional, denunciando a aproximação do governo brasileiro com ditaduras e mostrando o impacto que os fatos internacionais têm na vida dos brasileiros.


Agradecemos você leitor (assinante e não assinante) que faz com que o conteúdo produzido semanalmente pela Crusoé ganhe repercussão e vire pauta de discussões criticas sobre os caminhos da democracia.

Redação Crusoé

Crusoé - Uma ilha no jornalismo


O cabidão da República 

A edição 313 da revista Crusoé traz na capa a reportagem “O cabidão da República – Lula volta a contratar, mas mantém ineficiência e privilégios da elite do funcionalismo”.

O texto, assinado por Carlos Graieb e Duda Teixeira, fala sobre o Concurso Unificado do governo federal, o “Enem dos Concursos“, para preencher 6.690 vagas na administração pública.


A matéria fala da propensão petista em inchar a máquina pública e critica a falta de um estudo prévio de dimensionamento da administração federal, que deveria ser feito antes das contratações. Os jornalistas também ressaltam que outras opções de contratação poderiam estar sendo utilizadas. Além disso, a falta de um processo para avaliar as competências dos servidores faz com que eles sejam um peso muito grande no orçamento, pois se tornam um encargo que costuma durar 60 anos.


Outro ponto a destacar é a existência de uma “hiperelite” no funcionalismo, que ganha salários muito altos e gozam de muitos privilégios — e acabam se tornando referência para os demais servidores, que ganham bem menos.


Comunicação camarada 


O jornalista Wilson Lima, de Brasília, escreve uma reportagem sobre o seu próprio furo de reportagem, dado na semana passada. No dia 23 de abril, ele divulgou nas redes sociais o resultado antecipado de uma licitação da Secretaria de Comunicação da Presidência, Secom, comandada pelo petista Paulo Pimenta. Deputados e senadores pediram esclarecimentos e a Secom será obrigada a responder judicialmente sobre o caso. Pimenta reagiu dizendo que a divulgação antecipada da licitação era uma “fake news“.


O mensageiro da justiça 


O repórter Gui Mendes fala sobre a maior operação contra a corrução de Santa Catarina, que prendeu 6% dos prefeitos do estado.


O Temer argentino, pero no mucho


O correspondente em Buenos Aires, Caio Mattos, compara as medidas do presidente Javier Milei para flexibilizar o mercado de trabalho com a reforma trabalhista brasileira, aprovada durante o governo de Michel Temer, em 2017.


Sundfeld: “O Brasil dá dinheiro demais ao Judiciário e ao MP” 


Carlos Graieb entrevista o professor de Direito Público Carlos Ari Sundfeld, professor da FGV-SP, para falar sobre a “hiperelite” no funcionalismo, que prejudica a prestação de serviços à população.


COLUNISTAS DA SEMANA 


Redação Crusoé

O Antagonista - Jornalismo Vigilante