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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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domingo, 11 de abril de 2021

Bancos americanos estão nadando em dinheiro - The Economist

 Matéria parcialmente transcrita abaixo. Primeiro meu comentário geral, não necessariamente sobre a matéria, que trata apenas do “não-sistema” financeiro:

Não são só os bancos americanos que têm muito dinheiro (que não é deles, obviamente, embora tenham altos lucros também); os bancos chineses estão regurgitando de dinheiro, assim como todos os demais bancos bem administrados. O mundo está nadando em dinheiro (parte disso fumaça, ou seja, bolha inflacionária criada pelo governos), nunca houve tanta riqueza no mundo, e mesmo com o estouro inevitável de algumas bolhas, a riqueza, as fortunas ou o dinheiro (são coisas diferentes), vão continuar se acumulando e aumentando. Tudo isso é mal distribuído? Não acredito: descontando roubo e corrupção, a maior parte é fruto do trabalho honesto, das oportunidades criadas por governos eficientes e um bocado de sorte. Os socialistas da vida vão melhorar a distribuição, os Pikettys vão tornar o mundo melhor? Não, apenas vão reduzir o ritmo da acumulação, que, ainda que desigual, acaba contemplando a todos e a cada um. 

A mais nobre missão dos economistas — como de todo cidadão consciente — não deveria ser a de empobrecer os muito ricos, e sim a de enriquecer os mais pobres.

Paulo Roberto de Almeida


America’s banks have too much cash

Abundant liquidity is meant to help markets. It might soon cause trouble

Finance & economicsThe Economist, Mar 20th 2021 edition

When bond markets seized up in the spring of 2020 the problem was a shortage of cash. A global dash for dollars caused bond yields, which move inversely to prices, to spike. It sent the greenback soaring in currency markets. And it caused trading in Treasuries, usually the world’s most liquid market, almost to dry up. Today the opposite problem looms: a surfeit of money. It stems from the Federal Reserve’s response to last year’s crisis. The central bank calmed markets by buying vast quantities of bonds with newly created cash, and has continued its purchases, at a current pace of at least $120bn a month. The abundance of dollars is causing headaches for banks and investors.

A central bank buying a bond for cash sounds like a simple swap of asset for asset. In fact it often swells the banking system. When the Fed buys assets in the secondary market, say from a pension fund, it cannot pay the fund with the electronic money it creates, because only banks can hold these so-called “reserves”. Instead, the fund gets a newly created deposit at its bank, and the bank gets the newly created reserve at the Fed. The bank ends up bigger, with a new liability and a new asset. The same thing also happens when a bank buys freshly issued debt at a Treasury auction, then sells it to the Fed. When the government spends the funds it has raised, such as by sending cheques to households or paying its staff, the banking system grows.

(...)