A política externa brasileira em perigo, sob a dupla deformação das diplomacias bolsonarista e lulopetista: ameaças conceituais e práticas
Paulo Roberto de Almeida
(Ensaio em preparação)
Tenho escrito bastante sobre a política externa e a diplomacia brasileira, com vários livros publicados, e pretendo desta vez tratar conjuntamente de dois fenômenos perturbadores em relação a princípios e valores das relações internacionais do Brasil. (...)
Eu lanço o mesmo grito de acusação que Zola, no caso do capitão Dreyfus, contra as diplomacias bolsonarista e a lulopetista, a primeira já passada, a segunda ainda em curso, por deformações similares, embora não semelhantes, igualmente prejudiciais, embora desproporcionalmente, à diplomacia e a política externa brasileiras no curso de mais de duas décadas, com alguma interrupção momentânea entre ambas. Eu acuso as duas diplomacias de terem deformado a política externa nacional e a diplomacia operacional de graves defeitos conceituais e práticos no que se refere a uma correta e adequada defesa teórica e prática das mais caras tradições brasileiras em matéria de relações internacionais, por motivos que exporei e discutirei no texto em preparação.
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