Mini-reflexão sobre o Consolo (se isso ajuda...)
Paulo Roberto de Almeida
Alguns argumentam segundo a alegação conhecida: não há mal que nunca acabe!
Sim, sempre tem luz no fim do tunel, ainda que isso demore um bocado de tempo. Vejamos os experimentos autoritários ou totalitários mais conhecidos.
Bolchevismo: 1917-1989
Fascismo: 1922–1943
Hitlerismo: 1933-1945
Estado Novo português: 1928-1970
Estado Novo brasileiro: 1937–945
Franquismo: 1939-1975
Maoísmo: 1949-1979
Stroessner: 1954-1989
Castrismo: desde 1959
Ditadura militar brasileira: 1964-1985
Chavismo: eleito em 1999, continua...
Mas, regimes populistas, mais ou menos autoritários, são mais frequentes: porfiriato no México, varguismo e lulismo no Brasil, peronismo na Argentina, e muito mais, mundo afora.
Que o bolsonarismo seja como o trumpismo: um único mandato.
Mas, isso não significa que a deriva tenha um fim: a Alemanha e a Austria ainda têm a sua cota de nazistas, assim como a Itália de fascistas; Portugal e Espanha exibem saudosistas do salazarismo e do franquismo, a Rússia do stalinismo!
Ah, sim: no Brasil, muitos idiotas, saudosistas da ditadura militar, pedem o impossível: uma “intervenção militar constitucional”! (sic três vezes).
Trumpistas continuam poluindo o ambiente político americano, sequestrando dezenas de representantes republicanos (pelo menos até que o Grande Mentecapto vá para a cadeia).
No Brasil, beócios vão continuar a gritar “mito”, ainda que o Pequeno Mentecapto possa ir para a cadeia.
Adoradores de tiranos, apoiadores de ditaduras, favoráveis a governos duros e eleitores de “homens fortes” sempre vão existir, em todas as classes e faixas de renda; não se pode impedir as pessoas de serem idiotas, nem de preferir regimes autoritários. Populistas pululam em todos os países, na direita e na esquerda, em nações ricas e pobres.
Nem o mais longo e estável regime parlamentar, a Inglaterra (depois Reino Unido), escapou de conservadores idiotas, assim como a República mais democrática do mundo sucumbiu (e ainda não terminou) a um falastrão mentiroso e medíocre.
Desculpem se não consegui consolar ninguém: minha racionalidade, sempre embasada na história, costuma passar na frente...
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 28/02/2021