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domingo, 10 de janeiro de 2021

Mini-reflexão sobre a volatilidade mental de certos profissionais da mídia - Paulo Roberto de Almeida

Mini-reflexão sobre a volatilidade mental de certos profissionais da mídia (ou da flexibilidade da coluna dorsal)

Paulo Roberto de Almeida


Raramente, ou quase nunca, eu me dirijo a pessoas nominalmente identificadas. Quase sempre estou debatendo ideias, políticas, propostas e situações objetivas. Abro, claro, uma exceção para o Bolsovirus, o ser mais desprezível, o dirigente mais inepto a ter sido jamais alçado à direção do país desde Tomé de Souza (1549). 

Mas, desde quase dois anos tenho notado uma transformação notável (para pior) em certos jornalistas que eu julgava isentos, ou seja, com postura de jornalistas. Vou abrir uma nova exceção.

Sempre achei o Guilherme Fiuza um cara inteligente: detectou cedo a corrupção e a sordidez do lulopetismo. Mas, desde o início do Bolsoregime perdeu todas as suas qualidades e passou a exibir uma Bolsofilia digna de qualquer bolsominion ignorante. Uma bela Metamorfose kafkiana. 

Ele não é o único, claro: poderia citar outros bastante evidentes em certas rádios ou canais de TV.

Alguns já eram esperados: tem gente que adere a qualquer regime, mesmo tendo de operar meia volta na circunferência política. 

Mandarins do Estado também, diga-se de passagem: mas estes vermes da burocracia pública esperam promoção na carreira, chefias, aumento de salário, etc. 

Esses jornalistas vira-casacas esperam o quê do governo? Um emprego, verbas disfarçadas de “projetos”, contratos para um cargo na burocracia? 

Certas metamorfoses são tão brutais que por vezes me obrigam a sair do usual costumeiro — que é debater ideias, não posturas pessoais — para descer na arena. Não que eu goste, mas a adesão a seres asquerosos me impacta profundamente.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 10/01/2021