O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

Mostrando postagens com marcador sem impacto na geração de empregos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sem impacto na geração de empregos. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Pesquisa conclui que desoneração não teve impacto na geração de empregos - Ricardo Bergamini (IPEA, mídia)

A opinião de Ricardo Bergamini sobre fatos incontestáveis e dados do próprio governo:

A burrice não tem fronteiras ideológicas (Roberto Campos).

Prezados Senhores.
1 - Governo Dilma aprovou a desoneração da folha de pagamentos, que entrou em vigor no Brasil em 2011, por meio da Lei 12.546. Se considerarmos 2017, o custo dessa renúncia fiscal ultrapassou R$ 80 bilhões.
- Segundo estudo abaixo de autoria do IPEA, datado de janeiro de 2018, mostra que não houve efeitos reais desse programa sobre o número de postos de trabalho.
Pesquisa conclui que desoneração não teve impacto na geração de empregos
Texto para Discussão do IPEA utilizou metodologia inovadora para comparar cenários antes e depois da Lei 12.546
A desoneração da folha de pagamentos entrou em vigor no Brasil em 2011, por meio da Lei 12.546. As empresas aptas eram as não optantes pelo regime Simples de tributação e de alguns setores específicos. Em vez dos 20% de contribuição patronal ao regime de previdência incidente sobre a folha de pagamentos, elas passariam a contribuir com um valor correspondente a algo entre 1% e 2% sobre o faturamento. O objetivo era aliviar a carga tributária das empresas para criar novos empregos, mas o Texto para Discussão nº 2357, publicado pelo IPEA, mostra que não houve efeitos reais desse programa sobre o número de postos de trabalho.
Para o período anterior à lei de desoneração (2009-2011), a média de emprego nas empresas que seriam afetadas pela lei era 32,72. O estudo, intitulado Impacto da Desoneração da Folha de Pagamentos sobre o Emprego: Novas Evidências, chegou à conclusão que, no período posterior à lei (2012-2015), a média de emprego ficou em 32,77, uma variação mínima. Para analisar os efeitos da desoneração, pesquisadores do Ipea utilizaram uma metodologia inovadora do ponto de vista estatístico, em que os dados apresentados possuem mais robustez, e simularam diversos tipos de cenário, factuais e contrafactuais – como, por exemplo, se o PIB caiu, se aumentou, variação do número de empresas que seriam beneficiadas ou mesmo a não existência do programa.
Eles constaram que, em nenhum dos cenários analisados e simulados, a desoneração dada às empresas sobre a folha de pagamentos cumpriu seu objetivo: geração de empregos formais. “Usamos uma metodologia estatística superior, mais sofisticada do ponto de vista econométrico. Os resultados se mantêm e reafirmam constatações anteriores, da não efetividade dessa desoneração”, explica Adolfo Sachsida, diretor-adjunto de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do Ipea e um dos autores do estudo. Também assinam o Texto para Discussão nº 2357 o diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais, Alexandre Ywata, e Felipe Garcia, professor adjunto da Universidade Federal de Pelotas.
Para Sachsida, há um desembolso grande de dinheiro público para um programa que não se mostra efetivo, eficaz e eficiente. “Esse programa já chegou a custar R$ 25 bilhões no ano. Entre 2012 e 2016, custou cerca de R$ 80 bilhões, segundo dados da Receita Federal. Se considerarmos 2017, essa renúncia fiscal ultrapassa esses R$ 80 bilhões. É um dinheiro que sai dos cofres públicos”, alerta.
Investigação regional
A pesquisa também investigou se haveria algum impacto regionalizado do programa em cada uma das regiões brasileiras. Os resultados se mantiveram. “A Lei 12.546/2011 não foi capaz de gerar o impacto esperado sobre a criação de empregos nas empresas suscetíveis a serem afetadas pela alteração da legislação. O geral dos resultados observados é de ausência de impacto”, aponta o estudo.
A análise do impacto em amostras de empresas e faixas de tamanho de estabelecimentos também não apresentou divergência dos resultados incialmente encontrados.
Estudo completo clique abaixo:
2 - Em dezembro de 2021, governo Bolsonaro prorroga a desoneração da folha de pagamentos até o fim de 2023. Confirmando que: “No Brasil, esquerda e direita são apenas sinais de trânsito” (Delfim Netto).
- Cabe lembrar que o falso governo liberal de Bolsonaro trocou Roberto Campos pelo miliciano Daniel Silveira (o líder da tentativa de golpe do Bolsonaro).
Desoneração: setores da economia aguardam sanção da prorrogação nos próximos dias
Medida vale para os 17 segmentos da economia que mais empregam no país. Especialistas dizem que sanção ainda neste ano dará maior segurança às empresas.
Por Jornal Nacional — Brasília
28/12/2021
Matéria completa clique abaixo:
3- Em 2023, o governo Lula prorroga mais uma vez a excrescência da desoneração da folha de pagamento para alguns setores amigos do poder. Confirmando que: “No Brasil, a burrice tem passado glorioso e futuro promissor” (Roberto Campos).
Desoneração da folha de pagamento pode ser votada na semana que vem, diz Lira
ESTADÃO CONTEÚDO
15/08/2023
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta terça-feira, 15, que a desoneração da folha de pagamento para os 17 setores que mais empregam no País pode ser votada na semana que vem. Líderes partidários aguardam uma posição do governo sobre o projeto que prorroga a medida até 31 de dezembro de 2027. Há a expectativa de que um requerimento de urgência seja aprovado para que o texto pule a etapa das comissões e vá diretamente para o plenário.
Matéria completa clique abaixo:
4 - Em 2023, Ministério da Fazenda estuda propor veto total ao projeto de desoneração da folha, mas Planalto resiste.
Fazenda estuda propor veto total ao projeto de desoneração da folha, mas Planalto resiste.
A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúna com ministros para iniciar ainda nesta semana a discussão sobre o projeto