O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 10 de julho de 2011

ABRI: encontro nacional em SP: papers a serem apresentados

Abaixo uma relação sumário (extremamente sumária) dos papers que serão apresentados nos painéis do 3o. Encontro Nacional da Associação Brasileira de Relações Internacionais:

3º Encontro Nacional da ABRI
Papers a serem apresentados

(o sistema corta títulos muito longos: da próxima vez faça um título em duas sílabas, do tipo: DO IT!)

SI 19 - A nova doutrina nuclear dos EUA e a materialização do Hemisfério Sul Livre de Armas Nucleare
SI 19 - A RELAÇÃO ENTRE OS ESTADOS UNIDOS E A ÍNDIA E O REGIME DE NÃO PROLIFERAÇÃO NUCLEAR: AS MUDAN
TRIS 1 - Trauma e crise de significados na articulação de identidades coletivas
TRIS 1 - O papel da memória histórica imperial na política externa: França, Inglaterra, Rússia e Jap
EPI 1 - Sistema Tributário Brasileiro e Governança Global
TRIS 2 - A China diante dos desafios internacionais pós-hegemônicos no
EPI 2 - Notas sobre o Ordenamento Hegemônico do Sistema Internacional na Recente Virada dos Séculos
EPI 3 - Políticas Públicas e interesses privados: as empresas multinacionais brasileiras e a atuação
TRIS 1 - A prática da medicalização como forma de tratamento do ‘trauma’: implicações para a os proc
EPI 3 - Um estudo de caso - A Embraer e seu processo de internacionalização
TRIS 2 - A China diante dos desafios internacionais pós-hegemônicos no
EPI 3 - Estratégias do desenvolvimento brasileiro na última década: a relação de dependência com Amé
TRIS 4 - CIDADANIA, MIGRAÇÕES E INTEGRAÇÃO REGIONAL - NOTAS SOBRE
EPI 4 - Congresso, Partidos Políticos e Grupos de Interesse na Reforma Financeira dos EUA
TRIS 5 - e Brésil et le Mexique dans le multilatéralisme onusien depuis 1945, les dynamiques circula
EPI 4 - Além da abordagem de “melhores práticas” para a atividade de regulação internacional do merc
TRIS 6 - GOVERNANAÇA MUNDIAL: A ÁFRICA ENTRE O RELATIVISMO E O UNIVERSALISMO
EPI 5 - A iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Regional da América do Sul (IIRSA)
TRIS 7 - TRANSNACIONALIZAÇÃO SINDICAL COMO INSTRUMENTO DE GOVERNANÇA: CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E A
EPI 5 - “WIRED POLITICS: The international political regulation of electricity in the Southern Cone”
TRIS 7 - TEORIA CRÍTICA E GOVERNANÇA GLOBAL: COMO COMPREENDER O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAI
EPI 5 - A TEORIA DA MALDIÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS E A NOVA AGENDA DE PESQUISA
TRIS 7 - OS MOVIMENTOS SOCIAIS TRANSNACIONAIS SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA CRÍTICA DE ROBERT COX – MO
EPI 5 - NOTAS SOBRE A INFLEXÃO NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ENERGÉTICA NA AMÉRICA DO SUL
TRIS 7 - Governança Global em questão: uma crítica paulatziana a Robert Cox
EPI 6 - As relações econômicas entre Índia e Brasil
TRIS 8 - Construindo Construtivismo: Em Busca de um Modelo Analítico para o Estudo da Política Inter
EPI 7 - A assistência oficial para o desenvolvimento na política externa japonesa
TRIS 8 - Os Atores Sociais e a Teoria das Relações Internacionais
EPI 7 - Políticas econômicas dos países emergentes na crise de 2008: uma análise sobre coordenação e
TRIS 9 - ANÁLISE DO DISCURSO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS:POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES
EPI 8 - A política externa da Venezuela chavista: Um novo lugar para os países periféricos sob a mul
TRIS 9 - Análise de Discurso e Relações Internacionais: considerações teórico-metodológicas
EPI 8 - JOGOS OCULTOS E POTÊNCIAS MÉDIAS: UM ESTUDO DA ATUAÇÃO BRASILEIRA NA OMC
TRIS 9 - A contribuição linguística na construção e desconstrução das Relações Internacionais
EPI 8 - Desenvolvimento econômico na América Latina: instituições e capital social
TRIS 9 - Robert Mugabe, um herói com o poder do discurso
EPI 9 - Sustentabilidade de cadeias produtivas – Processos e Atores transnacionais envolvidos
TRIS 10 - JUSTIÇA AMBIENTAL GLOBAL: UMA METATEORIA DE JUSTIÇA PARA A ANÁLISE DA CRISE MUNDIAL DE ALI
EPI 9 - A IMPORTÂNCIA DA VOZ DOS ATORES LOCAIS NAS DISCUSSÕES GLOBAIS SOBRE O MEIO AMBIENTE: UMA REF
TRIS 10 - Avanços e Empecilhos na Governança Global: uma análise de três níveis
EPI 9 - Atores Não Estatais e Institucionalização ‘Privada’: Novos Conceitos e Implicações Teóricas
TRIS 10 - O SURGIMENTO E O ESPAÇO DO MEIO AMBIENTE NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: DISCUSSÕES E ARGUMEN
EPI 9 - REGULAÇÃO TRANSNACIONAL PRIVADA – ANÁLISE
EPI 10 - DIREITOS HUMANOS NO COMÉRCIO INTERNACIONAL: O QUE MUDA COM A NOVA GERAÇÃO DE ACORDOS REGION
EPI 10 - Comércio exterior e inovação empresarial: o caso do Agreste de Pernambuco
EPI 11 - Governança no combate à corrupção: a formação de um regime
TRIS 11 - Reputação e Política Internacional: Entendendo a Atitude dos EUA quanto às Atividades Nucl
EPI 11 - Fluxos de modelos e modos de governo em escala global: notas para um debate
TRIS 11 - Interpretações sobre Regimes Internacionais e a disputa entre EUA e o Secretariado-geral d
EPI 12 - Global economic order and the emerging powers: Brazil and China in a context of G8 system r
TRIS 12 - Teoria das Alianças e dos BRICs: uma análise da formação de alianças e sua dinâmica
HRIS 1 - O BRASIL NO TERCEIRO MUNDO.
TRIS 12 - Um olhar crítico da nova ordem mundial de Slaughter
TRIS 12 - Poder, Interdependência e Desigualdade
HRIS 1 - Uma questão de confiança: o Brasil diante da guerra das Malvinas
TRIS 13 - A PAZ NO CONFLITO ENTRE
HRIS 1 - A política externa do regime militar: entre o ranço ideológico e a atuação pragmática
TRIS 13 - Lakatos e a Teoria das Relações Internacionais: o Programa de Pesquisa Científico Neo-Real
HRIS 2 -A invenção da África: as fronteiras do Magreb no contexto geopolítico mediterrâneo e do Ori
TRIS 14 - Pós-modernismo e Relações Internacionais: uma análise
HRIS 3 - ANTIAMERICANISMO E POLÍTICA EXTERNA: O CASO DO BRASIL SOB O PARADIGMA DESENVOLVIMENTISTA.
TRIS 16 - Qual o lugar da democracia nas Relações Internacionais: uma apreciação teórica
HRIS 3 - DILEMAS NACIONAIS EM TEMPO DE NACIONALISMO: O ANTIAMERICANISMO NO BRASIL NA DÉCADA DE 1950.
TRIS 16 - Justiça e negociações internacionais: um quadro teórico normativo
HRIS 3 - A Tradição Liberal e as Origens do Excepcionalismo Norte-Americano
TRIS 16 - A “globalização da democracia”: aspectos teóricos dos modelos em questão
HRIS 4 - A “Virada ao norte” do Brasil na América do Sul: reflexos e lições
TRIS 17 - A influência da mídia nas percepções da sociedade civil nas relações internacionais e seu
HRIS 5 - BARÃO DO RIO BRANCO: CONSTRUTOR DE PARADIGMAS DA
TRIS 18 - GUERRA E PAZ NA TEORIA POLÍTICA DE THOMAS HOBBES
HRIS 5 - DE CALIBAN A PRÓSPERO – A IDENTIDADE NACIONAL E A POLÍTICA EXTERNA REPUBLICANA: PRIMEIRAS A
TRIS 18 - Quando o particular desloca o universal: notas de teoria política internacional sobre a Cr
HRIS 6 - A AMÉRICA DO SUL NA PERCEPÇÃO DA POLÍTICA EXTERNA DO BRASIL: APROXIMAÇÕES E AFASTAMENTOS
HRIS 6 - Uma análise construtivista da política externa do Brasil: A relevância (ou não) da identida
HRIS 7 - Tráfico de Mulheres, Feminismo e Relações Internacionais: Uma abordagem histórica
HRIS 8 - Autonômia pela diversificação: continuidade e mudança na política externa do governo Lula
HRIS 8 - Política Externa Brasileira e a Ásia: as relações Brasil-Leste Asiático de JK a Lula
HRIS 8 - A política externa independente Brasileira e os perigos do futuro
HRIS 9 - Rumo a Punta Del Leste (1962) : um estudo da VII reunião de consulta de ministros das relaç
HRIS 9 - AS POSSIBILIDADES E OS LIMITES DO “REALISMO PERIFÉRICO”: A POLÍTICA EXTERNA DO PARAGUAI DE
HRIS 10 - A reinserção internacional do Japão no pós-Segunda Guerra Mundial
HRIS 11 - A formação recente de Estado nas relações internacionais
HRIS 11 - Direitos Humanos e Direito Internacional dos Refugiados: uma relação de complementaridade
IOIS 1 - Governança ambiental, poder e instituições internacionais
IOIS 1 - A Eficácia do Regime Internacional de Mudanças Climáticas: substituição X manutenção
IOIS 2 - PARADIPLOMACIA NOS ESTADOS UNIDOS:
IOIS 2 - O PAPEL DOS GOVERNOS SUBNACIONAIS NA MITIGAÇÃO
IOIS 2 - Governança Global no Pós-Guerra Fria: a emergência dos governos locais no âmbito das Nações
IOIS 3 - ENTRE A SEGURANÇA E A SOBERANIA: A QUESTÃO ALIMENTAR E O PAPEL DA VIA CAMPESINA COMO NOVO A
IOIS 3 - Povos indígenas como atores da governança global
IOIS 4 - A autonomia burocrática das organizações finaceiras internacionais: um estudo comparado ent
IOIS 5 - Transformações religiosas e a integração européia
IOIS 5 - A Transição Hegemônica na Estruturação Institucional do Sistema Monetário Internacional do
IOIS 6 - A CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE MARINHA COMO PROBLEMA POLÍTICO INTERNACIONAL E SUAS IMPLICA
IOIS 6 - Governança global dos recursos hídricos transfronteiriços: o papel da cooperação internacio
IOIS 6 - Governança global na saúde: influência do medo na construção de políticas públicas do Brasi
IOIS 6 - BRASIL E MÉXICO NO REGIME INTERNACIONAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Adoção de metas de redução
IOIS 6 - A regulação dos ensaios clínicos multicêntricos internacionais no Brasil: impasses entre se
IOIS 7 - O Ator Santa Sé na Política Internacional Atual
IOIS 7 - Uso de visualização de informações para o estudo de Relações Internacionais
IOIS 7 - Análise da Convenção sobre a proteção e promoção da Diversidade das Expressões Culturais
IOIS 8 - Políticas do MERCOSUL e Legislativos nacionais: Uma visão comparada sobre o Brasil e a Arge
IOIS 8 - A Rodada Doha e a ineficiência do Multilateralismo Comercial: impactos domésticos no MERCOS
IOIS 9 - A poliarquização da política internacional pela via institucional
IOIS 10 - A importância da organização internacional dos trabalhadores em Empresas Multinacionais (E
IOIS 10 - AS REGULAMENTAÇÕES PRIVADAS NO CONTEXTO DA GOVERNANÇA GLOBAL
IOIS 10 - Common Governing and Governing the Commons
IOIS 11 - Meio Ambiente e Relações Internacionais: Uma discussão sobre a crise ambiental e a ausênci
IOIS 12 - A adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio sob a lógica das relações bilaterais
IOIS 12 - O Poder Institucional e a Criação da Organização Mundial do Comércio
IOIS 13 - Migrações Ambientais - O caso dos Pequenos Países Insulares
IOIS 3 - Deslocados Ambientais: uma nova categoria no regime internacional de migração forçada
IOIS 14 - Efeitos Perversos da Centralização da Ajuda em Países do Sul: O Caso de Cabo Verde
IOIS 15 - Conflito internacional sobre recursos hídricos – uma análise quantitativa.
IOIS 16 - Há um papel para a justiça internacional em processos de paz? Uma análise a partir do dese
IOIS 16 - Multipolaridade e Multilateralismo: o G-20 e a relação entre poder e governança no século
IOIS 16 - Movimentos internacionais e atores sociais – moldando uma nova atuação no cenário internac
IOIS 17 - Tendências nos acordos regionais e bilaterais de comércio face ao sistema multilateral de
IOIS 17 - PERFIL DA POLÍTICA E INSTRUMENTOS DE COMÉRCIO INTERNACIONAL DOS
IOIS 18 - A Estratégia de Inserção no Comércio Internacional na Era Lula: Desafios Sistêmicos
IOIS 19 - Impactos do 11/09 nas políticas de segurança humana e contraterroristas: o caso Japão
IOIS 19 - As tensões entre segurança e direitos civis nos EUA pós 11 de setembro
IOIS 19 - Excepcionalismo americano e política externa norte americana para os direitos humanos no p
IOIS 20 - A reforma sanitária brasileira em perspectiva internacional: cooperação técnica e internac
IR 1 - Duas Décadas de Mercosul: o Todo e as Partes
IR 1 - Parlamento do Mercosul e a democratização da integração
IR 1 - O caráter supranacional do Conselho Mercado Comum – uma perspectiva de integração pelo Direit
IR 2 - Saúde e Integração Regional na América Latina
IR 2 - O papel da cultura nos processos de integração regional: o caso da UNILA
IR 2 - NOTAS SOBRE O SILÊNCIO:
IR 3 - DILEMAS DO TRANSNACIONALISMO:
IR 3 - O Desafio Democrático para a Integração Latino-americana
IR 4 - Mercocidades e governança multinível no processo de integração regional sulamericano.
IR 4 - La Inserción de las Ciudades en el Aparato Institucional del MERCOSUR
IR 4 - As cidades no cenário global: do neo-liberalismo à crise de 2008
IR 4 - Paradiplomacia, Desenvolvimento e integração Regional de Cidades Amazônicas: Desafios e Espec
IR 5 - O Princípio do Interesse Nacional aplicado à Integração regional de infra-estrutura na Améric
IR 5 - O contencioso Brasil-Bolívia em torno dos hidrocarbonetos: desfazendo mitos
IR 6 - ALBA: Modelo de regionalismo pós-liberal na América Latina?
IR 6 - O SOCIAL EM FOCO: INFLUÊNCIAS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA E VENEZUELANA SOBRE A COESÃO SOC
IR 6 - Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA): as particularidades de um projeto
IR 7 - Models of South American Integration and Brazil´s International Projection Strategies
IR 7 - A parceria estratégica entre o Brasil e a União Europeia: convergências e divergências da age
IR 7 - Integração, imaginação e política externa: o espaço sul-americano na política externa de Lula
IR 7 - A America do Sul do Governo Lula
IR 8 - Modelos de integração na América do Sul: do Mercosul à Unasul
IR 8 - A UNASUL COMO BLOCO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL
IR 8 - UNASUL: mais do mesmo? Desafios do novo processo de integração regional sulamericano na const
IR 9 - O Mercosul, a paradiplomacia e as políticas nacionais para atuação dos governos subnacionais
IR 9 - A Paradiplomacia no processo de integração regional - o caso do MERCOSUL
IR 9 - DEMOCRATIZANDO O “GLOBAL”: UM ESTUDO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DOS
IR 10 - Governança Securitária Europeia e Novos Atores Transnacionais
IR 10 - Conflitos Políticos e Integração Regional na América do Sul
IR 10 - A provisão de bens públicos regionais: as negociações sobre meio ambiente e narcotráfico no
IR 11 - Política Migratória dos Países do Mercosul e a conformidade com a Política
IR 12 - O ativismo partidário internacional como forma de intervir nas relações inter-estatais: algu
IR 12 - Mercosul: custos e benefícios de diferentes acordos comerciais
IR 13 - DEMOCRACIA E POLÍTICA EXTERNA
IR 13 - Democratização supranacional? O caso do Mercosul
IR 14 - A dimensão dos parlamentos regionais no organograma institucional: lições do Parlamento Euro
IR 14 - O “neoinstitucionalismo crítico” como ferramenta de análise para os parlamentos regionais
IR 14 - A Comissão Parlamentar Conjunta: desempenho e atuação na construção do Parlamento do Mercosu
IR 15 - Venezuela e Argentina na Unasul: divergências e convergências no processo de integração
IR 15 - Bolívia e Peru: perspectivas compartilhadas com relação à UNASUL
IR 15 - Suriname e Integração: uma análise sobre a Unasul
IR 16 - Conselho Sul-Americano de Defesa: gênese, desenvolvimento, perspectivas e desafios (2008-201
IR 16 - Possibilidades e Desafios para um Projeto Sul-Americano de Cooperação em temas relacionados
IR 17 - Integração regional na América do Sul: processos em aberto
IR 17 - La agenda sociopolítica del Mercosur: un acercamiento desde lo ideacional
IR 18 - Os projetos de integração regional do Governo Hugo Chávez
IR 18 - A integração de infraestrutura entre Brasil e Venezuela: a Iirsa e o eixo Amazônia-Orinoco
PE 1 - A influência das transformações geopolíticas na política externa brasileira
PE 1 - Governo Lula e a Ásia: Primeiras impressões das relações do Brasil - Ásia de 2003-2010
PE 1 - O sistema internacional em processo e o papel dos poderes regionais: o papel da África nas po
PE 2 - Projetos de cooperação horizontal Brasil-África em países de língua oficial Portuguesa na áre
PE 2 - BRASIL E ÁFRICA: UM NOVO OLHAR? NOTAS PARA UMA PESQUISA
PE 3 - UMA AGENDA INTERNACIONAL IM“BRIC”ADA: Os novos caminhos e desafios da política externa brasi
PE 3 - O Brasil dos BRICs: a projeção de poder de uma potência média emergente
PE 4 -Reavaliando as transições: apontamentos sobre a política externa da África do Sul pós aphartei
PE 4 - As Relações Russo-Japonesas no Pós Guerra Fria e seus Efeitos Regionais
PE 4 - Análise da Diplomacia Chinesa: a “Ascensão Pacífica” e seus questionamentos
PE 5 - Política Externa de Lula e a dinâmica sul-americana: o caso da IIRSA
PE 5 - A INTEGRAÇÃO REGIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO
PE 5 - A Atuação do BNDES como Agente Indutor da Inserção Comercial do Brasil no Governo Lula.
PE 6 - A CONVENÇÃO DO MILÊNIO E SUA EFETIVIDADE COMO FONTE DE UMA ORDEM MAIS JUSTA E DEMOCRÁTICA NO
PE 6 - A ENERGIA COMO VARIÁVEL ESTRATÉGICA DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
PE 6 - Política externa brasileira e os rumos do desenvolvimento: alternâncias históricas e
PE 7 - A política externa cubana em tempos de incerteza: isolamento ou reinserção?
PE 7 - La relación Argentina-Venezuela 2003-2010: ¿un vínculo de ritmos oscilantes?
PE 8 - Futebol e política externa: um olhar sobre as relações Brasil-Argentina
PE 8 - Identidade, política externa e os discursos sobre história na Ucrânia
PE 9 - O Brasil e o G-20: Pressões Domésticas e a Construção da Posição Negociadora na Rodada Doha d
PE 9 - ANÁLISE COMPARATIVA DA POLÍTICA EXTERNA COMERCIAL DO BRASIL E DOS ESTADOS UNIDOS NO CONTENCIO
PE 9 - Diplomacia comercial brasileira na Rodada Doha (2001-2010)
PE 9 - A política externa argentina (PEA) durante os governos justicialistas (Menem, Duhalde e Kirch
PE 10 - O ensino e a pesquisa sobre política externa no campo das
PE 11 - O Brasil na Reunião Ministerial de Agricultura da OCDE (25 e 26 de fevereiro de 2010)
PE 11 - A segurança alimentar e a política externa no governo Lula (2003-2010)
PE 12 - Atuação diplomática brasileira nas negociações internacionais do meio ambiente
PE 12 - Política Externa Brasileira para mudanças climáticas. Análise das políticas do Governo Lula
PE 12 - A evolução da posição oficial brasileira nas negociações sobre as mudanças climáticas
PE 12 - CAMINHOS BIFURCADOS: BRASIL E ARGENTINA NA DINÂMICA GLOBAL DE CLIMA
PE 13 - Direitos Humanos: o posicionamento internacional brasileiro durante o governo do Partido dos
PE 14 - DIPLOMACIA FEDERATIVA: O ESTADO BRASILEIRO E A ATUAÇÃO INTERNACIONAL DE SUAS UNIDADES CONSTI
PE 14 - As cidades como atores políticos das relações internacionais
PE 15 - Acomodação estratégica:As relações entre o Brasil e os Estados Unidos durante o governo Lula
PE 15 - Dos Neocons ao Tea Party: conservadorismo norte-americano comparado
PE 15 - A direita cristã e a política externa norte americana durante a administração de George W. B
PE 15 - A (des)governança norte-americana e seu impacto na governança global
PE 16 - Operações de Paz à Brasileira – uma reflexão teórica, contextual e historiográfica
PE 16 - Política externa, segurança e defesa a partir da criação do Ministério da Defesa
PE 16 - Entre a defesa e a diplomacia: o caminho para uma política de defesa brasileira
PE 17 - Em busca do papel protagonista: Uma análise da participação brasileira em fóruns internacion
PE 17 - Smart Power: os pilares deste poder na política externa brasileira
PE 17 - O Smart Power do Brasil: as lições advindas do engajamento brasileiro no Haiti
PE 18 - A cooperação sul-sul na agenda diplomática brasileira : explorando suas dimensões técnica e
PE 18 - O Brasil no regime da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento: quoi de neuf?
PE 19 - Poder Legislativo e Política Externa Brasileira: estado da arte e agenda de pesquisa
PE 19 - PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA- O CASO DA CONSTRUÇÃO DO MERCOSUL PARTICI
PE 19 - A inserção internacional do poder executivo federal brasileiro: mapeamento quantitativo
PE 19 - O plano doméstico e a importância das novas unidades de decisão na formulação de política ex
PE 20 - Política externa e direitos de propriedade intelectual: a adesão do Brasil ao regime interna
PE 20 - Modelos de reputação internacional: Estados Unidos e Brasil e seus respectivos paradigmas de
PE 22 - O papel da mídia no processo decisório em política externa. O caso de reconhecimento de Ango
PE 22 - Partidarização da Política Externa Brasileira - Uma proposta para a participação partidária
PE 23 - A Política Externa Brasileira e o Etanol: Um Exercício de Planejamento Estratégico
PE 23 - Em busca de espaços para a inserção internacional: o pragmatismo da política externa brasile
PE 23 - O CEBRI e o Governo FHC: Uma Abordagem da Influência dos Think Tanks na Política Externa Bra
PE 25 - DIPLOMACIA RIMA COM DEMOCRACIA? A HIPÓTESE DO “REPUBLICANISMO MITIGADO”
PE 25 - A POLÍTICA EXTERNA DE COLLOR DE MELLO: BASES SOCIETÁRIAS, MUDANÇAS INSTITUCIONAIS E CONJUNTU
PE 26 - Democracia e Segurança na Política Externa Americana no Pós-Guerra Fria
PE 26 - Estratégias de promoção de democracia na política externa americana: o caso da Doutrina Bush
PE 28 - As relações bilaterais Brasil-Índia: um estudo das perspectivas de aproximação e distanciame
PE 28 - O discurso autonomista vs o discurso institucionalista pragmático da política externa brasil
PE 28 - Discurso e política externa brasileira
PE 29 - Avaliando as novas dinâmicas das políticas externas na Américas: Continuidades e mudanças
PE 29 - Ajuda ou estorvo? Respostas americanas à postura mais assertiva do Brasil nas politicas exte
PE 29 - A Política Externa Brasileira e seus matizes históricos
SI 1 - Segurança humana, ajuda externa e política externa japonesa
SI 1 - Transformações nas Operações de Paz e Proteção Humanitária no Pós Guerra Fria
SI 1 - A ação humanitária e a contrução de Estados Liberal-Democráticos: o caso do Timor Leste de 19
SI 2 - O narcotráficocomoumaquestão de segurançainternacional.
SI 2 - Entre Urnas e Armas: A Competitividade do Poder Executivo e as Guerras Civis
SI 2 - As novas guerras e as cidades: a urbanização da guerra e as forças armadas norte -americanas
SI 2 - Intervenções para a Paz em Conflitos Assimétricos: desafios na formulação de estratégias de e
SI 3 - Secessão, Estatalidade e Novos Estados Africanos
SI 3 - Os círculos concêntricos da política libanesa e suas repercussões para o Oriente Médio
SI 3 - A primavera árabe na perspectiva de neoconservadores e liberais
SI 3 - As atividades nacionais e o conflito geopolítico entre Israel e Palestina
SI 5 - POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL, ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA E DOUTRINA MILITAR DE DEFESA: Amér
SI 5 - Tear Down this Wall: The Tri-Border Discussion
SI 5 - Operações de paz como incentivo ao profissionalismo das Forças Armadas: o caso uruguaio
SI 6 - ESTADOS FALIDOS: UMA AMEAÇA A SEGURANÇA INTERNACIONAL
SI 7 - Notas sobre a implementação da Resolução 1325 do Conselho de Segurança relativa à mulher, paz
SI 7 - O impacto da transversalização de gênero em operações de paz da ONU
SI 8 - Soberania e Diferença nas Nações Unidas
SI 8 - Diáspora e conflitos: uma reflexão sobre o papel da diáspora no conflito da terra-natal
SI 8 - O custo de projeção de poder
SI 8 - Uma Nova Abordagem para o Estudo do Engajamento do Brasil em
SI 9 - As políticas de segurança humana e a análise do
SI 10 - O wilsonismo e a segurança internacional: valores como pressuposto para a segurança coletiva
SI 11 - A “estatização” do trabalho humanitário no pós-Guerra Fria: o “novo humanitarismo” e o dilem
SI 11 - Segurança Internacional e os Atores Sociais
SI 11 - OS CAMPOS DE REFUGIADOS: UM EXEMPLO DE “ESPAÇOS DE EXCEÇÃO” NA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA
SI 12 - Segurança e soberania no contexto chinês.
SI 12 - A China como hegemon em potencial e as implicações para a segurança nacional americana
SI 12 - China na América Latina: suas estratégias, interesses e as implicações dessa aproximação sin
SI 12 - Sudão e China: Relações Perigosas?
SI 13 - A INTEROPERACIONALIDADE NAS OPERAÇÕES DE PAZ: AS DOUTRINAS DE PEACEKEEPING DO BRASIL, FRANÇA
SI 14 - A lógica de segurança no projeto de América do Sul: Componentes do regionalismo brasileiro
SI 14 -Semiótica discursiva comparada das Políticas de Defesa Nacional brasileiras (1996 e 2005)
SI 14 - A atuação brasileira na agenda de segurança internacional: pacifismo ou política de inserção
SI 15 - A privatização da força e os novos desafios para a segurança internacional: Empresas Militar
SI 15 - A privatização da força e os novos desafios para a segurança internacional: Empresas Militar
SI 15 - A utilização de Empresas Militares Privadas em Missões de Paz
SI 15 - Atores não-estatais como agentes de Securitização em conflitos: o papel das Companhias Milit
SI 15 - O padrão de atuação das empresas de segurança privada: o caso de Angola
SI 16 -A influência dos conflitos intermésticos socioambientais no processo de integração política s
SI 17 - A FACTIBILIDADE DA TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E O SPIN-OFF NO PROGRAMA FX-2 DA FAB
SI 17 - IMPACTO DE NOVAS TECNOLOGIAS
SI 18 - GUERRA AO TERROR: UMA GUERRA NA SOCIEDADE DE CONTROLE
SI 18 - OS ESFORÇOS DA SOCIEDADE INTERNACIONAL NO COMBATE AO TERRORISMO
SI 18 - CONFLITOS ASSIMÉTRICOS E O ESTADO: O Neoterrorismo e os Novos paradigmas para formulação de

Jatos militares: Le Monde ja escolheu pelo Brasil (o Rafale, claro...)

Curiosa manchete a do Le Monde deste fim de semana: o jornal francês acha que a decisão do Brasil é "sobre o Rafale", não sobre aviões militares em concorrência...
Paulo Roberto de Almeida

Le Brésil ne prendra pas de décision sur le Rafale avant 2012
Le Monde, avec AFP et Reuters, 09.07.11 | 19h58

La décision brésilienne sur l'achat éventuel d'avions de combat français Rafale, qui était attendue pour le printemps, est reportée à "début 2012", a annoncé samedi 9 juillet le ministre brésilien de la défense. Interrogé sur le calendrier de la décision en marge des Rencontres économiques d'Aix-en-Provence, Nelson Azevedo Jobim a indiqué qu'elle n'interviendrait qu'en début d'année prochaine.

Il a expliqué ce nouveau report par le changement politique occasionné par l'élection en novembre à la présidence du Brésil de Dilma Rousseff, qui a succédé au président Luiz Inacio Lula da Silva. "Pour le moment, nous nous concentrons sur des questions de politique intérieure, avec le nouveau gouvernement", a-t-il justifié. Le Rafale de Dassault est en compétition avec le F/A-18 Super Hornet de l'américain Boeing et le Gripen NG du suédois Saab, pour un marché évalué entre quatre et sept milliards de dollars.

La France n'a pour l'instant pas réussi à exporter son avion de combat et le premier ministre François Fillon a dit au salon aéronautique du Bourget fin juin que Paris espérait y parvenir bientôt. La France a promis au Brésil un transfert de technologies "sans limite" pour tenter d'emporter l'appel d'offres. "La principale nécessité pour nous, ce sont les transferts de technologies", a dit Nelson Jobim, sans vouloir préciser si l'une des trois propositions se distinguait des autres.

ROUSSEFF SEMBLE ÊTRE EN FAVEUR DU F-18 DE BOEING
Le Rafale semblait avoir les faveurs de l'ancien président brésilien Luiz Inacio Lula da Silva. Mais Dilma Rousseff, qui lui a succédé, a semblé être en faveur du F-18 de Boeing et a fait savoir qu'elle voulait réfléchir plus avant aux différentes propositions. Depuis son arrivée au pouvoir en janvier, Dilma Rousseff travaille à rapprocher le Brésil des Etats-Unis.

L'Inde a présélectionné fin avril le Rafale et le Typhoon du consortium européen Eurofighter pour un contrat de 126 avions de combat d'un montant total de 11 milliards de dollars (7,7 milliards d'euros). Des négociations sont d'autre part en cours en vue de la vente du Rafale aux Emirats arabes unis.

China: os 90 anos do PCC e o papel de Mao Tse-tung

Zee Exclusive
'Mao a terrific personality in Chinese history'
ZEE News (Noida, India), Sunday, July 10, 2011, 11:01

Founded with just 50 members in 1921, the Communist Party of China is now the largest political party in the world with 80.269 million members. On July 01, the flourishing party celebrated its 90th anniversary. China has come a long way under the CCP, which seized power in 1949. China was then led by Mao Zedong. It took the country years to get onto the path of reform after 30 years of famine and Cultural Revolution. The Dragon finally opened up after the death of Mao in 1976. China is today the world's second-largest economy.

At a time when Arab Spring is shaking the Middle East, the CCP tried hard to woo China's 1.4 billion citizens by kicking off a campaign ahead of its anniversary. It organised concerts, TV shows, a propaganda film, commemorative coins, and even a red games sporting competition. However, in the end, Chinese President Hu Jintao had to acknowledge the need to fight state corruption to keep hold of public support.

In an exclusive interview with Kamna Arora of Zeenews.com, Dr Jagannath Panda, an expert on China, discusses the complexity in today’s China about Mao’s legacy, and successes and failures of the CCP.

Dr Jagannath Panda is Research Fellow at the Institute for Defence Studies and Analyses (IDSA), New Delhi. He is also the author of the book titled 'China’s Path to Power: Party, Military and the Politics of State Transition' (Pentagon Security International, 2010).

Kamna: What is the status of China's Communist Party in its 90th anniversary? Has it lost its charisma or still enjoys people’s support?

Dr Panda: The Chinese Communist Party has reached an important juncture with its 90th anniversary celebration. Though the Party has gone through many changes since its inception, the core elements of the Party still remain intact. Building a “socialist structure” or an official slogan for “socialist harmonious society” is still regarded an important task. There is a widespread concern to establish “socialist harmonious society” among the top leaders including the current President Hu Jintao and the future leaders like Xi Jinping and Le Keqiang. The Party’s attempt here is to engage the interests from all quarters, particularly of the socio-political actors, legal communities, labour and the military. That speaks about the moderate nature of the Communist Party in today’s context.

Though it is difficult to argue outrightly that the Party has lost its charisma, it is definitely safe to argue that the Party is no more the same charismatic party that it used to be during the revolutionary period of China. Many political ideologies and institutions still hold their fundamental values for China since the revolutionary period; and these are still found clearly in the Chinese constitution and various governing institutions and associations under the Communist Party.

However, what is interesting to note here is the Chinese idea of establishing “socialist harmonious society or world” is linked with China’s global affairs and foreign policy strategy. To revive its charisma in the 21st century, top leadership in the Communist Party has tried to leave some landmark imprints on China’s global strategy through implementing thoughts like “peaceful rise” (heping hueqi) and “harmonious world” (hexie shijie). These thoughts are interesting Chinese formulations, as these are mainly instrumental thoughts in conveying to the people of China and the world the message that the reference point of the idea of “peaceful rise” is that China would like to grow within the status quo and international norms rather than pushing hard for any alternative world order. Similarly, the idea of “harmonious world” represents an extension of China’s domestic efforts at building a “harmonious society”. Though it is impossible to settle on what could be the final character of the Chinese Communist Party, the democratic elements within the Communist party offers stimulating ideas at many policy levels for debate in the light of the significant consequences they imply for world politics. The impact of the Chinese Communist Party is huge, both internally and externally.

Kamna: Do you think the current leaders in the party have managed to live up to the original ideals of the founders of the party?

Dr Panda: Current leadership in China are trying to maintain a right balance between the original ideas and the contemporary realities. The sense of establishing a “socialist democracy” in which the “government must act in accordance with law” has been pushed systematically by the Party since the days of Deng Xiaoping. The concept has in fact become a major segment of the Chinese political process.

Leaders like Jiang Zemin propounded the “three represents” to uphold the legitimacy of the Communist Party which supposed to represent the “most advanced mode of productive force, the most advanced culture and the interests of the majority of the population”. Similarly, establishing a society based on the “rule of law” is an interesting attempt among the contemporary leaders. However, it seems that instituting the rule of law in an authoritarian system like China leads to paradoxical outcomes, like the formation of “socialist democracy”. Despite the absence of full-fledged rule of law, perhaps the most striking feature among the current leadership in China is the realisation of the significance of law, legalisation of the process and the institution, and a necessity to form a legal order. This is clearly observed at different scales and in different forms.

At the moment, the Chinese case presents a cautious approach to its institutional politics, because both the surface of the politics and problems are structural in nature. Therefore, while the Chinese Communist Party may abstract sufficient time to institute an interest-based political order and transition, all these trends seems to uphold Party’s legitimacy, promote economic growth, strengthen military and maintain a balance between domestic and global security challenges.

Kamna: How do you read this when the party says Mao's ways led to chaos in entire society?

Dr Panda: This has been a debate in China always. Some Chinese call Mao as a ‘good leader’ and some call him as a ‘bad leader’. But the consensus remains in China that Mao is a terrific personality in Chinese history and restored most of the Communist path. However, what is important to note here is that Mao’s legacy remains debatable in China today and China’s effort of building a “socialist democracy” seems paradoxical given the nature of Party control over its monolithic social and political system in a post-Leninist state. To put it in other words, Stanley Lubman’s allegory of the “bird in a cage” is a reminder of this limit. The complexity in today’s China about Mao’s legacy and its political discourse is broadly divided into three mainstream categories; the official formulations, neo-conservative intellectuals; and liberals. That speaks about China’s confusing state of affairs today.

Kamna: What are the successes and failures of the largest political party in the world?

Dr Panda: The most impressive achievement of the Communist Party today is China’s steady and quick economic growth over the past three decades. In fact, the grand success of the Chinese economy- fostering growth in many aspects- seems to defy conventional wisdom. Further, a wide-ranging programme of institutional and political reforms is currently underway, with the strengthening of citizen’s rights, building legal structure, preparing a modern and advanced military, and citizen participation in governmental and political processes. The Chinese Communist Party’s leading role in the Chinese political discourse is abhorrent to the liberals, who view the system of multiparty competitive elections as best suited to complex societies comprising different groups with often contradictory interests. However, this is not easy to bring systemic changes to China so easily where the problem is structural, and when the Communist Party is at helm.

The Communist Party is open to the democratic ideas; but not open to the democratic system. That has been the problematic part of the Chinese Communist Party in China. Issues like human rights, media censorship and one-Party structure brings the Communist regime to the bad lime-light. It often highlights the Chinese Communist Party’s failure to rise to the contemporary social realities. Problems like unemployment, corruption, lack of social freedom often highlights the failure of the Communist regime in China. These not only discloses several deficiencies in the political system but also highlight why China’s global posture still remains suspect even today

Fome na abundancia agricola - The New York Times

GRAY MATTER
A Taste Test for Hunger
By ROBERT JENSEN and NOLAN MILLER
The New Yorj Times, July 9, 2011

CONSIDER this paradox: according to conventional wisdom, hunger is supposed to decline as a country’s wealth increases. Yet in China and India, hunger appears to be growing even as incomes increase at phenomenal rates.

There are a few possible explanations: unequal distribution of wealth, inefficient or indifferent governments and aid agencies, and recent increases in world food prices. While these factors may play a role, at least part of the answer may be much simpler: we are measuring hunger incorrectly.

Suppose you want to figure out if someone has enough to eat. The standard approach is to compare the number of calories eaten to the number needed, with “need” defined by a statistical average across a population. In effect, policy makers tell people whether they are hungry based on whether the amount of calories they take in conforms to some externally imposed standard.

Of course, very few people actually conform to a statistical average. So what if, instead, you looked not just at how many calories people consumed, but at the food they chose to eat?

The best way to do this, we’ve found, is to start with a baseline, namely the share of calories people get from the cheapest foods available to them: typically staples like rice, wheat or cassava. We call this the “staple calorie share.” We measure how many calories people get from these low-cost foods and how much they get from more expensive foods like meat. The greater the share of calories they receive from the former, the hungrier they are.

The rationale behind this approach is straightforward. We are all familiar with the unpleasant sensations associated with hunger. These are the body’s way of telling us that we need more calories. Once those needs are largely met, people will switch to more flavorful, but more expensive, foods.

Imagine you are a poor consumer in a developing country. You have very little money in your pocket, not enough to afford all the calories you need. And suppose you have only two foods to choose from, rice and meat. Rice is cheap and has a lot of calories, but you prefer the taste of meat. If you spent all your money on meat, you would get too few calories. You might do this every so often, but usually you would spend almost all of your money on rice; when faced with true hunger, taste is a luxury you can’t afford.

But suppose you had a bit more money. You would probably add some meat to your diet, because now you can afford to do so while still getting the calories you need. You might even like meat so much that you start to switch away from rice even if you haven’t quite met your complete calorie needs, as long as you aren’t too far below.

Now think about the two approaches to measuring hunger. Researchers taking the standard approach would add up all the calories in the rice and meat you ate and declare you hungry if that total was less than your caloric need, regardless of the choices you made.

In the staple-calorie-share approach, however, they would look at the first case and say that since you were choosing to get almost all of your calories from rice, you must not be getting enough to eat; otherwise you would have switched to meat. But looking at the second case, they would say that since you are now eating some meat, you must be getting enough or nearly enough calories; otherwise, discomfort would cause you to seek more calories via rice. Thus, the decline in the share of calories from rice reveals that the person has had enough to eat.

In principle, both approaches can tell you who is hungry and who is not. So, why look at staple calorie share?

With the standard approach, you need to know how many calories the person has taken in and how many the person needs. But that need varies widely based on age, sex, activity level and dozens of other factors. Though some of the factors affecting calorie needs are measurable, many are not.

Moreover, it’s hard to know how many calories a person is actually getting, since health factors, including the widespread incidence of diarrhea, often mean that only a fraction of calories eaten are absorbed by the body.

The staple-calorie-share approach eliminates both problems. Your choice of foods reveals whether you have enough calories. Staple-calorie-share “need” is less variable across people; though one person may need more calories than another, they will both begin to switch away from staple foods when their needs are met. And your body isn’t fooled by how many calories you put into your mouth; the physical sensation of hunger is regulated by the amount of calories you actually absorb.

The staple-calorie-share method can give us a radically different view of who is hungry and who is not. The standard approach reveals that in China, the fraction of people consuming fewer than 2,100 calories increased to 67 percent from 53 percent between 1991 and 2001. However, the fraction who appeared hungry, as measured by staple-calorie share (using a threshold of 80 percent of calories consumed through staples), declined to 32 percent from 49 percent.

Thus, instead of 150 million more hungry people in China, there were actually almost 200 million fewer. Rising incomes have indeed made people better off; however, they have used their increased purchasing power to buy better-tasting foods, and nonfood items, rather than to increase calories.

None of this is to say that hunger is not a critical issue: no matter how you measure it, hundreds of millions of people around the world aren’t getting enough to eat. But aid money is a scarce resource, and policy makers have to decide whether it is best spent on food aid or other forms of vital assistance, like health care. Adopting a more nuanced and accurate measurement of hunger would be a big help in making those lifesaving decisions.

Robert Jensen is an associate professor of public policy at the University of California, Los Angeles. Nolan Miller is a professor of finance at the University of Illinois at Urbana-
Champaign.
A version of this op-ed appeared in print on July 10, 2011, on page SR12 of the New York edition with the headline: A Taste Test for Hunger.

Wikileaks: a imprensa brasileira na visao da diplomacia americana

SEMANA WIKILEAKS: A embaixada e a mídia – PARTE I
Por Anselmo Massad, especial para a Pública

A pedido da Pública, repórter avaliou como a diplomacia americana usa nossa mídia – e os nossos jornalistas – como fontes para levantar informações que são enviadas a Washington

Boa parte dos 3 mil telegramas da estrutura diplomática dos Estados Unidos no mundo que dizem respeito ao Brasil vazados pelo Wikileaks consiste em resenhas do que foi publicado em jornais e revistas nacionais, chamados no jargão dos diplomatas como “reação da mídia” (“media reaction”).

Há ainda relatos de reuniões com jornalistas, entrevistas concedidas “off the record” (nas quais o repórter compromete-se a não revelar a fonte das informações), conversas casuais que mostram um e bom relacionamento com a mídia. Termos associados à imprensa e menções a grandes veículos noticiosos ocorrem em 1.305 telegramas, 40,8% do total¹.

Entre os jornais, o mais citado como fonte nos telegramas é a Folha de S.Paulo, com 541 menções em 384 mensagens. Comumente qualificado como o “diário de maior tiragem do país”, em algumas ocorrências, o impresso dirigido por Octávio Frias Filho é descrito como o “maior diário esquerdista” ou como “progressista” (“liberal”)no jargão dos telegramas diplomáticos.

O segundo campeão de leitura e atenção por parte dos funcionários da diplomacia é O Estado de S.Paulo, qualificado por diversas vezes como “conservador” e mais frequentemente “de centro-direita”.

Nas buscas pelo nome do jornal, são 480 citações em 317 telegramas.

O Globo (em 89 mensagens), Valor Econômico (em 84), Jornal do Brasil (em 23) e Correio Braziliense (em 11) são citados a respeito de reportagens e artigos pontuais. Outros diários aparecem com bem menos frequência. O Jornal da Tarde, também do Grupo Estado, surge em 2003 como “jornal regional de esquerda”.

Entre as revistas, Veja é a preferida nas leituras dos diplomatas. São 85 referências em 51 telegramas, sem qualquer qualificação além de “semanal”. Em um único episódio, ela é comparada à norte-americana Time. Em outros, como “líder de circulação”. Época é mencionada em nove mensagens (em uma, é classificada como “revista financeira”, em outras como “semanal noticiosa”) e CartaCapital aparece em duas ocasiões, sendo em uma delas, em dezembro de 2004, descrita como “nacionalista de esquerda”.

IstoÉ e IstoÉ Dinheiro são citadas em 16 oportunidades. Em um único episódio, referente à Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, a cobertura da publicação da Editora Três é vista como “geralmente precisa e justa”, embora suas reportagens sejam “mais desequilibradas do que a líder em circulação Veja”.

Colunistas
Poucos colunistas têm prestígio entre os diplomatas como fontes de informação citadas nos telegramas.

O editorialista da Folha Clovis Rossi lidera com 40 menções, restritas a excertos de sua coluna diária. Demétrio Magnoli, “geógrafo” e “sociólogo”, aparece em resenhas de mídia por oito vezes. Miriam Leitão, analista de economia do grupo Globo, é mencionada cinco vezes, como “respeitada”, “altamente influente” e “aclamada”. Dora Kramer aparece por duas vezes, adjetivada como “influente”.

Há também duas menções ao recém-eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira, e uma singela citação a Diogo Mainardi. O primeiro é taxado ora como “proeminente”, ora como “realista” e “menos otimista” do que o restante dos analistas de plantão. O segundo, como “popular colunista”, à época em que escrevia para a Veja.

O âncora Boris Casoy, em 2004 na Rede Record, também recebe o adjetivo de “popular” quando é citado condenando o projeto de Conselho Nacional de Jornalistas, proposto pela Federação Nacional da categoria. Um documento assinado pelo embaixador Danilovich reproduz sua fala na TV quando ele taxou a iniciativa de “abominável” e uma “óbvia tentativa de controlar jornalistas e a imprensa”.

============

SEMANA WIKILEAKS: A EMBAIXADA E A MÍDIA – PARTE II
Por Anselmo Massad, especial para a Pública

Documentos mostram encontros de membros do corpo diplomático com diversos jornalistas de peso e representantes de grandes grupos midiáticos

A estrutura diplomática dos Estados Unidos mantém-se permanentemente alerta para o comportamento da imprensa. Um dos centros das atenções, segundo mostram documentos vazados pelo WikiLeaks, é a repercussão de questões relacionadas à política interna norte-americana, além de questões de relações bilaterais e temas relacionados a Israel.

Em meio a diversas análises do que sai na imprensa brasileira, há divagações curiosas. Em 23 de outubro de 2009, em meio à discussão de como a mídia se comporta, um telegrama (UNCLAS SECTION 01 OF 08 BRASILIA 001254) assinado pela conselheira diplomática Lisa Kubiske, tudo começa por elogios: “Os jornalistas brasileiros, falando genericamente, são profissionais, equilibrados e buscam objetividade”.

A seguir, ela sustenta que muitos são “imparciais” no tratamento concedido aos Estados Unidos, ainda que não concordem pessoalmente com as políticas norte-americanas. “Alguns articulistas da mídia dominante demonstram viés contra as políticas dos EUA, embora a tendência tenha começado a mudar com a eleição do presidente (Barack) Obama”, avalia.

A análise se aprofunda: “Um pequeno segmento do público brasileiro aceita a noção de que os Estados Unidos tem uma campanha para subjugar o Brasil economicamente, miná-lo culturalmente e ocupar com tropas pelo menos uma parte de seus territórios. Esse tipo de atitude e de crenças influenciam repórteres e comentaristas em questões como o retabelecimento da Quarta Frota da Marinha dos EUA (caracterizada como uma ameaça para o Brasil), supostamente por nefastas intenções em direção à Amazônia e à ‘Amazônia Azul’ (mares onde novas reservas de petróleo foram encontradas) e mais recentemente o anúncio do acesso dos EUA a bases militares colombianas”.

Há alguns telegramas que relatam encontros de membros da imprensa com embaixadores, cônsules e funcionários da diplomacia.

RBS amiga
Em um telegrama de 2005, o então cônsul de São Paulo, Patrick Dennis Duddy, narra uma visita do então embaixador John Danilovich a Porto Alegre. A capital gaúcha contava com um consulado próprio, até 1997, quando passou a ter apenas uma agência consular.

O embaixador teve três dias agitados, recheados de encontros com empresários e políticos.

Um dos pontos mais curiosos do relato diz respeito a uma entrevista concedida por Danilovich aos veículos da RBS. “O embaixador teve um almoço ‘off the record’ com a direção editorial do grupo RBS, o maior grupo regional de comunicação da América Latina”.

Os números da empresa são apresentados no relato, com detalhamentos sobre operações no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, incluindo a afiliação à Rede Globo, as 120 estações de rádio em dez estados e o jornal Zero Hora.

“O embaixador subsequentemente concedeu uma entrevista ‘on the record’ para o Zero Hora e para a rede de rádios.”

O documento ainda frisa, em sequência, as relações política entremeadas ao grupo de comunicação. “Pedro Parente, que era chefe da Casa Civil do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), é vice-presidente executivo da RBS”, aponta Duddy. Imediatamente a seguir, uma “nota” complementa a informação: “Nós temos tradicionamente tido acesso e relações excelentes com o grupo”.

Estadão amigo
Um telegrama de março de 2005, vazado em fevereiro de 2011, relata um encontro entre o embaixador John Danilovich e líderes da comunidade judaica da capital paulista. A audiência — dois meses antes da Cúpula América do Sul-Países Árabes daquele ano, em Brasília — teve a presença de Abraham Goldstein, presidente da B’nai Brith do Brasil, e Henry Sobel, rabino chefe da maior sinagoga paulistana.

O relato da conversa transcorre no sentido de aprofundar laços com comunidade judaica, mas guarda notas sobre a mídia que passaram despercebidas na ocasião do vazamento, em dezembro do ano passado (o documento já foi publicado pelo WikiLeaks).

Goldstein teria dito a Danilovich que possivelmente haveria uma campanha de imprensa para garantir os pontos de vista favoráveis a Israel e à comunidade de judeus no país.

“Goldstein disse que enquanto o editor de O Estado de S.Paulo prometeu cobertura “positiva”, outros jornais de grande circulação são vistos como tendo inclinação pró-Palestina e não parecem ser de grande ajuda”, redige o embaixador. Na “campanha” estudada, havia menção a buscar não judeus que pudessem criticar o governo brasileiro no que eles consideravam uma tendência anti sionista, centrada na figura do secretário-geral do Itamaraty Samuel Pinheiro Guimarães.

Encontros com jornalistas
Nos telegramas, além de muita leitura e fichamento de jornais, há relatos de reuniões esporádicas com profissionais de mídia.

Carlos Eduardo Lins da Silva, ex-ombudsman da Folha de S.Paulo, participou de quatro encontros com diplomatas descritos nos telegramas. O primeiro, em abril de 2006, foi um encontro com Anthony Wayne, assistente do Departamento de Estado para assuntos econômicos que participava do Fórum Econômico Mundial América Latina. Durante o evento, sediado na capital paulista, Lins da Silva é apresentado como “ex-jornalista” e “consultor político”. No encontro, ele teria afirmado acreditar na viabilidade de Geraldo Alckmin (PSDB) como candidato da oposição.

O segundo encontro ocorreu em 2008, quando Lins da Silva havia sido reconduzido ao posto de ombudsman da Folha.

O então senador do Nebraska, o republicano Chuck Hagel, teve um almoço em São Paulo com a participação de Celso Lafer, ministro de Relações Exteriores (1995-2002) da gestão Fernando Henrique Cardoso, Rubens Barbosa, embaixador brasileiro em Washington (1999 a 2004), Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e ex-embaixador nos EUA e na OMC, e Sérgio Amaral, ex-ministro da Indústria (2001-2002). Mas o único participante sem elos com ministérios nem com o Itamaraty não tem nenhuma declaração citada.

Em novembro de 2008, ainda em seu segundo mandato como ouvidor da Folha, Lins da Silva é qualificado como “ex-editor sênior” do Valor Econômico. A reunião, no caso, foi com o cônsul-geral Thomas White a respeito dos planos de exploração dos campos de petróleo do Pré-Sal. O jornalista avaliava que a crise financeira atrasaria os prazos de extração dos poços do campo de Tupi.

Quando Arturo Valenzuela, secretário assistente para assuntos do hemisfério ocidental, passou pelo Cone Sul em 2010, Lins da Silva aparece novamente em um telegrama diplomático. No mesmo encontro estavam o sociólogo Bolivar Lamounier, Lafer, Barbosa e José Goldemberg, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e da Educação na década de 1990.

O ombudsman “destacou o vigor financeiro sem precedentes do PT para executar uma campanha, após oito anos no governo” que, em caso de derrota, produziria uma oposição “muito problemática”.

Lamounier aparece em episódio anterior, ainda em 2007. Ele teria almoçado em 28 de setembro ao lado de Jose Augusto Guilhon de Albuquerque com funcionários da embaixada em São Paulo. Ambos são apresentados como acadêmicos “associados” ao PSDB. O blogueiro do site da revista Exame, da editora Abril, apostava que Lula não tentaria terceiro mandato e que a candidatura apoiada por ele levaria a melhor. Acertou.

E disse ainda que o presidente seguinte teria de buscar apoio do PMDB, em função de seu tamanho e peso. “O PMDB, avisou Lamounier, é sempre o problema, nunca a solução, porque não tem nenhuma identidade política nem ideológica e existe com o único propósito de avançar em interesses pessoais para seus membros.

Waack
Quem também participou de almoços e encontros com funcionários do governo dos Estados Unidos foi o apresentador do Jornal da Globo, William Waack. O primeiro entre os citados foi em 28 de abril de 2008. Uma visita de jornalistas ao almirante Philip Cullom, que passava pelo Brasil para uma série de exercícios conjuntos entre as marinhas dos Estados Undidos, Brasil e Argentina.

De acordo com o relato do então embaixador Clifford Sobel, a visita de “membros da imprensa brasileira” resultou numa “cobertura positiva”. Entre todos os jornalistas, apenas o apresentador do Jornal da Globo é nomeado, por ter “apresentado em duas reportagens para O Globo sobre a visita que reflete a importância da parceria dos EUA com o Brasil”.

Outro encontro deu-se em setembro de 2009, com a presença Sérgio Fausto, à época diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC). Nele, Waack trouxe a informação, que posteriormente se revelaria falsa, de que os então governadores de São Paulo, José Serra, e Minas Gerais, Aécio Neves, teriam acertado uma chapa-puro-sangue do PSDB para rivalizar com Dilma Rousseff.

O terceiro encontro foi com o atual embaixador, Thomas Shannon, em fevereiro de 2010. Waak teria dito que em um fórum com empresários, Aécio Neves teria se mostado “o mais carismático”, Ciro Gomes “o mais forte”, Serra “claramente competente” e Dilma “a menos coerente”.

Em agosto de 2005, há menção a um encontro com oito jornalistas e comentaristas de jornais, revistas, TV e internet. Nenhum é mencionado, mas muitas teorias são listadas sobre o que se sucederia às denúncias de corrupção consagradas como o escândalo do “Mensalão”.

Fernando Rodrigues, repórter especial de política da Folha e autor do blog UolPolítica, teve pelo menos duas conversas com o assessor político da embaixada dos Estados Unidos, segundo os documentos. Em ambos, foi procurado para dar a contextualização de questões relativas ao país: o funcionamento do Tribunal de Contas da União e o futuro de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) caso perdesse a eleição para presidente da Câmara dos Deputados em 2007.

Diplomacia de resultados? Copyright de um banqueiro...

Enfim, acho que combina: o governo do PT tem tudo a ver com capitalistas e banqueiros.
A expressão era do banqueiro Olavo Setúbal, chanceler designado pelo finado presidente Tancredo Neves, permaneceu um ano e pouco sob Sarney, depois arriscou-se na vida política (e foi passado para trás por políticos mais espertos).
Espera-se que não seja esse o resultado da diplomacia de resultados do governo atual...
Paulo Roberto de Almeida

Economia
De olho numa diplomacia de resultados
Eliane Oliveira
O Globo, 10/07/2011

Com foco no comércio, negociadores de eras FH e Lula ocupam postos-chave do Itamaraty

BRASÍLIA. Seis meses após a presidente Dilma Rousseff assumir o posto, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está resgatando experientes negociadores brasileiros, alguns ainda da gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, para reforçar o viés econômico da política externa brasileira. Na linha da chamada "diplomacia de resultados", Patriota traçou uma estratégia cujo fim é diversificar a pauta exportadora, atrair tecnologia e estimular a pesquisa e a inovação. Para isso, vem escolhendo a dedo seus principais auxiliares.

Recentemente, no dia em que o Congresso americano aprovava a redução dos subsídios ao etanol e suspendia o pagamento de US$147,3 milhões de subsídios aos produtores de algodão brasileiros, era confirmado o embaixador Valdemar Carneiro Leão na subsecretaria de Assuntos Econômicos. Ele chefiou o órgão no governo do PSDB.

Patriota tem a seu lado o porta-voz Tovar Nunes, que no governo Fernando Henrique chefiou a divisão no Itamaraty que tratava das negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Devido a divergências entre com os EUA, a negociação foi suspensa.

Nessa estratégia, foi mantido, em Buenos Aires, Enio Cordeiro, um dos principais negociadores dos governos de Lula e FH. Também continua na embaixada do Paraguai Eduardo Santos, que foi assessor para assuntos internacionais do tucano. Segundo fontes do governo, a orientação de Dilma é que os titulares das embaixadas nos países vizinhos, especialmente no Mercosul, tenham cacife para resolver pendências comerciais.

Clodoaldo Hugueney, com forte histórico de negociador econômico - chefiou, no governo Lula, a área econômica da chancelaria -, será mantido na China. Pedro Dias Carneiro, que foi chefe do departamento econômico do Itamaraty, foi para África do Sul. Ele foi um dos negociadores do G-20 que destruiu a hegemonia dos países ricos na Rodada de Doha. Para a Índia, vai Sérgio Duarte, conhecedor de desarmamento e multilateralismo. Já os interesses no Irã vêm se tornando mais comerciais e menos políticos e lá permanecerá Antonio Salgado. Quanto aos EUA, não há previsão de troca do embaixador Mauro Vieira.

Um alto funcionário do governo enfatizou que, para Dilma e Patriota, alguns ajustes devem ser realizados na política externa, diante da falta de perspectiva de um acordo de liberalização do comércio na Organização Mundial do Comércio (OMC). Uma das diretrizes, vinculada à política industrial que será divulgada mês que vem, é atrair investimentos e novas tecnologias.

- Acordos comerciais devem prever a transferência de tecnologia para o Brasil, assim como o governo vai estimular investimentos em pesquisa e inovação - explicou.

Essa fonte enfatizou que, embora o governo Lula tenha sido marcado por questões políticas, sua atuação como mercador no exterior acabou promovendo o aumento das exportações para mercados pouco explorados, como África, Ásia e Leste europeu.

O coordenador de comércio exterior da Fundação Instituto de Administração, Celso Grisi, afirmou que o governo brasileiro conta com bons negociadores "em todas as gerações". Para ele, Patriota está trazendo de volta um pragmatismo bem-vindo.

- Temos conflitos comerciais diversos. O governo Lula deu uma visão mais ideológica. Chegamos a reconhecer a China como economia de mercado. Hoje isso não aconteceria - disse.

Da mesma forma pensa o diretor de negociações internacionais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mário Marconini:

- Precisamos de um bom gerente, e não de uma vedete.

Já Virgílio Arraes, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, considera que é cedo para decifrar o que Dilma e Patriota pretendem fazer.

E ja que estamos falando da China: performance de gala pelos 90 anos do PCC

Esta apresentação grandiosa de um balé de gala está no canal 1 da CCTV, em homenagem aos 90 anos do Partido Comunista (agora bem mais capitalista do que quando ele foi fundado).

http://bugu.cntv.cn/specials/C28574/classpage/video/20110701/100098.shtml

Tem um excesso de soldados, de tiros e batalhas, muitas bandeiras vermelhas, só vitórias, nenhuma derrota, nenhum traço dos crimes e erros monumentais que levaram milhões à morte, enfim, uma parada gigantesca para celebrar a maior ditadura que jamais existiu na face da terra.

A maior mortandade da Historia: o Grande Salto (para Tras) de Mao Tse-tung

A edição deste domingo, 10/07.2011, do jornal The Times (de Londres), que pertence à rede de mídia do milionário Rupert Murdoch (o mesmo que era dono do jornal News of the World, fechado no mesmo dia, depois de 168 anos de existência, por fraudes jornalísticas e crimes comuns, aliás objeto de extensa matéria na mesma edição do Times), traz uma boa resenha deste livro do historiador Frank Dikotter, sobre o "grande salto para a frente" de Mao Tse-tung, vasto programa delirante de transformação rápida, econômica e social, da República Popular da China, e que teria causado, segundo ele, 45 milhões de mortos.
Infelizmente não é possível transcrever a resenha ou o excerto do livro do Times.
Comentaristas e resenhistas no site da Amazon criticaram a cifra -- como transcrevo abaixo--, segundo eles exagerada. Mas mesmo reduzindo em um terço os números de Dikotter, ainda assim se trata da maior mortandade induzida pela mão do homem (de um único homem, conhecida em toda a história. Nem Stalin - que no entanto pode ter sido responsável por quase 20 milhões de mortos, excluida a IIGM -- ou Hitler -- que pode ter mandado matar entre 5 e 7 milhões de pessoas -- excluindo, sempre, as vítimas de combates na IIGM -- conseguiram chegar perto desses números extraordinários.
A mortandade foi tão descomunal que, temeroso de uma revolta no Partido Comunista se os números começassem a ser revelados mais amplamente, Mao deu início logo em seguida à revolução cultural, para desviar a atenção e afastar seus inimigos no Partido, entre eles Deng Xiao-ping. Foram, talvez, mais 2 ou 3 milhões de mortos durante esses quatro anos adicionais de loucuras, que simplesmente destruíram as universidades chinesas e toda e qualquer vida organizada no país, ou o que tinha restado, depois de mais de dez anos de experimentos demenciais.
O relato é simplesmente alucinante e dispensa adjetivos.
Os marxistas, e outros inimigos do capitalismo, ainda não estão prontos para reconhecer esses crimes como crimes contra a humanidade, dizendo que se trata apenas de "erros" cometidos ao longo do processo de construção do socialismo.
Quando vejo um partido unir as palavras "socialismo" e "liberdade", como se isso fosse possível, penso logo: ou é muita ingenuidade, ou se trata de uma ignorância abissal, ou então é simplesmente desonestidade intelectual.
Paulo Roberto de Almeida
Frank Dikotter:
Mao's Great Famine: The History Of China's Most Devastating Catastrophe, 1958-62
(Bloomsbury Publishing, 2011)
ISBN/Cat.No: 9781408810033
ISBN-10: 1408810034
Description: An unprecedented, groundbreaking history of China's Great Famine. Shortlisted for the BBC Samuel Johnson Prize 2011

Amaozon Books:
Mao's Great Famine: The History of China's Most Devastating Catastrophe, 1958-62 (Paperback)

An impressive story about incredible suffering. Mao's Great Leap Forward was a nightmare. The (slave)labour, repression, cadre brutality and especially the famine resulted in - according to the detailed research in Chinese archives and extrapolated educated guesses of this author - a minimum of 45 million deaths above average. And all this in only four years! Although other reviewers have attacked the way that Mr. Dikötter reaches the number of 45 Million, this is no reason not to buy this book. In the end, this is more about the compelling stories of the suffering behind the 'numbers game'.

Editorial Reviews:
'The most authoritative and comprehensive study of the biggest and most lethal famine in history. A must-read' Jung Chang 'Mao's Great Famine' is a gripping and masterful portrait of the brutal court of Mao, based on new research but also written with great narrative verve, that tells the gripping story of the manmade famine that killed 45 million people from the dictator and his henchmen down to the villages of rural China' Simon Sebag Montefiore --Review

Product Description
Between 1958 and 1962, China descended into hell. Mao Zedong threw his country into a frenzy with the Great Leap Forward, an attempt to catch up and overtake Britain in less than 15 years. The experiment ended in the greatest catastrophe the country had ever known, destroying tens of millions of lives. Access to Communist Party archives has long been denied to all but the most loyal historians, but now a new law has opened up thousands of central and provincial documents that fundamentally change the way one can study the Maoist era. Frank Dikotter's astonishing, riveting and magnificently detailed book chronicles an era in Chinese history much speculated about but never before fully documented. Dikotter shows that instead of lifting the country among the world's superpowers and proving the power of communism, as Mao imagined, in reality the Great Leap Forward was a giant - and disastrous - step in the opposite direction. He demonstrates, as nobody has before, that under this initiative the country became the site not only of one of the most deadly mass killings of human history (at least 45 million people were worked, starved or beaten to death) but also the greatest demolition of real estate - and catastrophe for the natural environment - in human history, as up to a third of all housing was turned to rubble and the land savaged in the maniacal pursuit of steel and other industrial accomplishments. Piecing together both the vicious machinations in the corridors of power and the everyday experiences of ordinary people, Dikotter at last gives voice to the dead and disenfranchised. Exhaustively researched and brilliantly written, this magisterial, groundbreaking account definitively recasts the history of the People's Republic of China.

Most Helpful Customer Reviews

Great Leap into a Nightmare, May 28, 2011
By M. T. J. Vrenken (The Netherlands)
This review is from: Mao's Great Famine: The History of China's Most Devastating Catastrophe, 1958-62 (Paperback)
An impressive story about incredible suffering. Mao's Great Leap Forward was a nightmare. The (slave)labour, repression, cadre brutality and especially the famine resulted in - according to the detailed research in Chinese archives and extrapolated educated guesses of this author - a minimum of 45 million deaths above average. And all this in only four years! Although other reviewers have attacked the way that Mr. Dikötter reaches the number of 45 Million, this is no reason not to buy this book. In the end, this is more about the compelling stories of the suffering behind the 'numbers game'.

Shonky scholarship, March 29, 2011
By W Y Lu (Hong Kong)
This review is from: Mao's Great Famine: The History of China's Most Devastating Catastrophe, 1958-62 (Paperback)
Dikotter's book is little more than a collection of anectdotes of atrocities - which one would no doubt find if one went to the archives of any public security bureau of any country in the world. There is absolutely no evidence the atrocities Dikotter mentions (if true), were ordered from the top. In fact quite the opposite - they were often uncovered, even by Dikotter's own admission, by investigatory teams sent out by the central authorities. The tone of the book is perhaps set by the picture on this edition of the book - the starving boy is from a famine in 1946 - 12 years before the GLF, and 3 years before Mao came to power.

But lets look at Dikotter's most ludicrous claim: 45 million 'murdered' by Mao - a 'fact' trumpeted on Dikotter's website as a 'key finding'.

But how does Dikotter reach this figure? The calculation is very simple.
'Excess' deaths are calculated by counting all the deaths that happen in one year, and subtracting them from a mortality the researcher assumes would have been the case had the GLF not happened.
Dikotter adopts a 'normal' crude mortality of 10/1000 per year or 1%. Deaths above this are counted as excess deaths.
From the archives Dikotter obtains reported mortality, increases these by 50% to allow for under-reporting in order to get an averaged annual mortality of around 27.3/1000 during the GLF.
Thus to arrive at his final grand total of people 'murdered' by Mao: ((27.3 - 10) / 1000) x 650 million x 4 years = 45 million 'excess' deaths.

Two huge problems with this.
Firstly a crude mortality of 27.3/1000 in the late 50s & early 60s was in fact quite typical for developing countries. India's and Indonesia's was 23 and 24/1000 respectively. And China's mortality in in 1949, just 8 years the GLF, was 38/1000 (refer Judith Banister), in Hong Kong in the 1930s 32/1000, Russia before the revolution 31/1000, and India just before independence around 28/1000.
Thus the crude mortality rate during the GLF, according to Dikotter, was significantly better than the 38/1000 in 1949, and practically the same as that of India in the final year of British rule.
Thus to say, based on Dikotter's very own figures, that the GLF was China's, or even the world's, 'greatest ever catastrophe' is completely ludicrous.

Here is the other problem.

Dikotter's adoption of a very low 'normal' mortality of 10/1000 is simply implausible. Of course Dikotter assumes this figure in order to maximise his 'excess' deaths calculation.

But note that 10/1000 was the mortality rate of the US, Great Britain, and France at the time.

Even discounting for the difference in age structure between China's population and that of the West, 10/1000 is simply unbelievable. After all the crude mortality of India and Indonesia at the time was around 23 or 24/1000 - well over twice what Dikotter claims for China!

So if Dikotter accepts a 10/1000 mortality rate for 1957, then he will have to accept that the communists reduced mortality from 38/1000 to 10/1000 during first eight years of rule, thereby saving tens of millions of lives. If this was truly the case, it would have been the most dramatic, incredible reduction in mortality in human history.

So the catch-22 is this. If one assumes a very low death rate to max out GLF excess deaths, then Mao must also get credit for having achieved, for most of the time he was in charge, very low levels of mortality. Go the other way and GLF excess deaths are minimised and perhaps almost eliminated.

To wrap up: Dikotter gets his 45 million by (a) inflating actual death rates, over reported figures in the archives, by 50%, and (b) assuming a ridiculously low 'normal' death rate (the same as the West) - even though China throughout the 1950s was one of the most wretchedly poor countries on earth.

Leap mortality lower than British Raj & pre-1949 China. Same as India, Indonesia, Pakistan in 1960, April 3, 2011
By M Chen
This review is from: Mao's Great Famine: The History of China's Most Devastating Catastrophe, 1958-62 (Paperback)
China's mortality during the GLF was the same as India's, Pakistan's, and Indonesia's at the time. Dikotter's figures imply this. Consider the following:

* Dikotter adopts 10/1000 as a 'normal' yearly death rate for China, and claims this as the figure for China just before the leap in 1957. Deaths above this are regarded as 'excess' deaths.
* 10/1000 was the mortality in advanced industrialised West in 1960.
* But mortality for the other big Asian countries in 1960: India 24/1000, Indonesia 23/1000, Pakistan 23/1000
* Dikotter says GLF started early 1958, ended late 1962. ie nearly 5 years, and killed 45 million. This means 9 million excess deaths per year. Adopting 660 million as China's population - the approx average excess mortality over these 5 years is 1000 x 9 mil/660 mil = 13.6 or say 14/1000.
* Total annual mortality during GLF is thus 10/1000 + 14/1000 = 24/1000
* Thus based on Dikotter's figures mortality during the GLF was practically the same as that of India, Indonesia, and Pakistan (after China the most populous Asian nations).
* Dikotter's mortality rate during the GLF was much less than the 1949 figure (24 < 38/1000)
* Dikotter's mortality rate during the GLF was less than that of India's at end of British rule (24 < 28/1000)

Dikotter's claims imply China reduced mortality from 38 /1000 in 1949 to 10/1000 in 1957. If true, this would have been a stunning achievement, considering India only reduced mortality from 28 to 23/1000, and Indonesia 26 to 23/1000 over more or less the same period. In fact India and Indonesia had not reduced down to 10/1000, even by 1980.

This of course would make Mao a great saver of lives - even with the elevated mortality seen during the GLF (which was not particularly high for the time). Is this what Dikotter intends to say? If not, his own claims inescapably imply it.

MORTALITY DATA:
1949:
China: 38/1000 (Bannister)
India: 28/1000
Indonesia: 26/1000

1957:
China: 10/1000 (claimed by Dikotter: lower than the UK and France in 1960!)

1958 to 1962 (averaged over 5 years - Dikotter claims GLF from early 1958 to late 1962):
China: 23.8/1000

1960:
India: 24/1000
Indonesia: 23/1000
South Korea: 13.5/1000
UK: 11.5/1000
France:11.4/1000
US: 9.5/1000

1970:
India: 17.6/1000
Indonesia: 17/1000

1980:
India: 12.9/1000
Indonesia: 12.15/1000

Estou sendo pirateado, e nao sabia (claro, como poderia ser de outra forma?)

Por acaso tomei conhecimento de um site que disponibiliza textos pdf, mediante pagamento.
Um livro meu está sendo oferecido, por uma modesta soma, como compete. Mas se trata de cópia pirata, obviamente...

Paulo Roberto de Almeida O estudo das relações internacionais do Brasil pdf
Download Add to your account Copyright Report
Search tags: Relações internacionais pdf, Estudos sociais brasil pdf, Estudos sociais da ciencia
Size: 118 KB
Pages: 18
Date: 2011-02-17
Views: 6

Neste link: http://ebookbrowse.com/paulo-roberto-de-almeida-o-estudo-das-rela%C3%A7%C3%B5es-internacionais-do-brasil-pdf-d69457440

E o que é preciso pagar:

Step 2 of 3: Membership Options
Your membership is backed by a 7 day satisfaction guarantee.
Signup Now and join the millions of users that share files on the internet
Unlimited Downloads! This is a flat fee with no additional costs per download.
Lifetime Full & Unlimited Access for only 69.95 49.95 - Now Only $32.00! (Best Offer!!!)
2 Years Full & Unlimited Access for only $1.29/Month (save over 80%!)
1 Year Full & Unlimited Access for only $2.29/Month

Unlimited 30-days BitJoe Downloads for your Mobile 119$ - Now Only 9.95$ (Save 90%!)
BitJoe is the World's ONLY Mobile Downloading Software to give you Direct Downloads from your Phone!
Now supports Blackberry & Android devices. Check our site for full compatibility list.
Get Blazing Fast Downloads + 1 Year Download Protection (Free Updates & New releases 1.29/month)
Yes, make all my Searches & Downloads Private with TorrentPrivacy× - 99$ Now Only 9.95.
TorrentPrivacy× is a service that Encrypts your traffic. 1-month test-drive - Limited time offer!

Ja virei nome de rua e nao sabia: nao me consultaram para isso...

Bem, provavelmente se trata de outro Paulo Roberto de Almeida, mas ainda assim é bom saber, para visitar e tirar uma foto embaixo da placa, um desses dias.
Vou ver o que fez de bom (só pode ter sido uma grande obra, ou então muito dinheiro...) esse meu homônimo paranaense ou residente de Apucarana.
Paulo Roberto de Almeida

Rua Paulo Roberto de Almeida - Vila Flamboyant - Apucarana PR - CEP
www.consultarcep.com.br/...paulo-roberto-de-almeida/868... - Rua Paulo Roberto de Almeida localizada no bairro de Vila Flamboyant - cidade de Apucarana PR. Confira o CEP da Rua Paulo Roberto de Almeida.

Rua Paulo Roberto de Almeida
A Rua Paulo Roberto de Almeida está localizada no bairro de Vila Flamboyant na cidade de Apucarana PR.

Endereço:
Logradouro: Rua Paulo Roberto de Almeida
CEP: 86804-320
Bairro: Vila Flamboyant
Cidade: Apucarana
UF: PR

mapa neste link: http://www.consultarcep.com.br/pr/apucarana/vila-flamboyant/rua-paulo-roberto-de-almeida/86804320

Epidemia de ideias malucas - Moises Naim

O adjetivo "maluca" é meu, achei mais apropriado.
Ele trata das más ideias em geral, mas se fossemos fazer um inventário daquelas exclusivamente brasileiras, ou seja, das jabuticabas, um artigo só não bastaria; precisaríamos de meio livro, pelo menos.
Paulo Roberto de Almeida

Epidemia de malas ideas
Moisés Naím
El País (España), 10/07/2011

¿Caerá Grecia? ¿Se llevará consigo al euro? ¿Qué sucede si Pakistán entra en un caos político, o si las revueltas árabes producen incontenibles oleadas de refugiados hacia Europa? ¿Qué es más amenazante para la estabilidad de la economía mundial: un eventual estancamiento de China o la explosión de la deuda pública en Estados Unidos? El mundo está lleno de fragilidades y las noticias nos lo recuerdan a diario. Pero también hay otro tipo de fragilidad que, aunque menos visible, puede ser igual de peligrosa: la fragilidad intelectual.

Me refiero a la creciente frecuencia con la que las malas ideas se transforman en decisiones que nos afectan a todos.

Los gobernantes siempre se han mostrado vulnerables a la seducción de las malas ideas, muchas veces potenciadas por intelectuales, periodistas y otros actores influyentes. Pero ahora, las nuevas tecnologías, la globalización y la creciente presión para responder con rapidez y audacia a los problemas -muchos de ellos sin precedentes- han acentuado esta fragilidad. Las malas ideas se popularizan y se esparcen rápidamente por el mundo, antes de que aparezcan sus defectos. Y lo que es peor: enfrentados a las crisis (políticas, económicas, militares), los líderes se ven cada vez más tentados a apostar en grande -vidas, dinero, capital político- basados en ideas espurias. La invasión de Irak es un buen ejemplo, como lo son también la reacción inicial a la crisis económica mundial o, más recientemente, a la de Grecia.

Esto no es nuevo. La historia está salpicada de teorías que se ponen de moda e inspiran políticas, para terminar siendo refutadas o reemplazadas por otras. Algunas, como el comunismo o el fascismo, son construcciones ambiciosas, que proponen una visión total del mundo. Otras son más modestas en su alcance. La teoría de la dependencia, la curva de Laffer popularizada por Ronald Reagan, la presunta superioridad de la cultura gerencial japonesa o la idea de que es inteligente invertir grandes sumas en compañías de Internet sin ingresos fueron conceptos populares, luego demolidos por la realidad.

Igualmente hay buenas ideas que, después de ganar cierta notoriedad, son ignoradas porque resultan políticamente onerosas. La crisis económica puso sobre la mesa la necesidad de dotar al mundo de una "nueva arquitectura financiera". Hoy la necesidad sigue en pie, pero la propuesta ha pasado de moda y ya no cuenta con el apoyo que tenía durante el clímax del pánico financiero.

Si bien el ciclo nacimiento, apogeo y descarte (algunas veces incluso resurrección) ha sido una constante histórica de las ideas que influyen sobre grandes decisiones, su duración se ha abreviado. Esta aceleración se traduce en la volatilidad de las políticas, en detrimento de la adopción de alternativas más sólidas y duraderas.

La creciente necesidad de respuestas para problemas tan nuevos como amenazantes aumenta la probabilidad de que malas ideas se transformen en decisiones. A los jefes de empresa se les exige más resultados y más rápido; los dirigentes políticos se enfrentan a electorados cada vez más impacientes, los funcionarios están obligados a improvisar respuestas a emergencias sin precedentes... Así, las "soluciones milagrosas" e instantáneas se imponen a buenas propuestas que tardan en dar frutos. Aunque tarde o temprano las malas ideas quedan en evidencia y son descartadas, algunas duran lo suficiente como para causar grandes daños. Y cabe el riesgo de que sean sustituidas por una nueva "buena" idea igualmente engañosa y efímera. Un círculo vicioso.

Esta volatilidad intelectual es amplificada por las nuevas tecnologías de la información. Si bien la rapidez y la comodidad con las que nos comunicamos facilitan el escrutinio y la crítica de ideas y propuestas, no es menos cierto que el volumen y la velocidad de la información que circula por estos canales superan nuestra capacidad de discernimiento, aprendizaje, ponderación y reacción. En medio de un flujo continuo de datos, es imposible discriminar el ruido de todo lo demás. Qué idea es válida y qué crítica es ilegítima, tendenciosa o errónea. En este caso, a menudo, más es menos: cuanto más debate, menos claridad. Tanta información aumenta los costes de averiguar a qué y a quién creer.

Como pasa con muchos problemas, la fragilidad intelectual de estos tiempos no tiene remedios simples. Es inevitable que nuestros dirigentes sigan siendo seducidos por imposturas intelectuales, con los consabidos resultados indeseables. Pero, como lo han demostrado tanto los ataques terroristas como la crisis financiera, el primer paso para ser menos vulnerables a los encantos de las malas ideas es reconocer nuestra preocupante propensión a adoptarlas. Es tan prioritario estar alerta a la creciente influencia de las malas ideas como a los terroristas suicidas o a las letales innovaciones financieras.

sábado, 9 de julho de 2011

Minitratado das corporações de ofício - Paulo Roberto de Almeida

Minitratado das corporações de ofício
Paulo Roberto de Almeida
(ver toda a série neste link)

Um amigo meu me escreve para dizer que está sendo perseguido por uma poderosa corporação de ofício; enviou-me seu protesto por escrito: “Sou Réu” (até me forneceu o número do processo). Bem, não vou poder ajudá-lo como eu (ou ele) gostaria, pois não tenho esse poder; aliás, nem sou advogado, o que por acaso me lembra que eu tampouco pertenço, profissionalmente, a qualquer uma dessas poderosas organizações dedicadas a preservar o seu monopólio profissional (e, adicionalmente, a achacar consumidores, como eu e você). Sou apenas da modesta tribo dos sociólogos, não tão poderosa nem tão bem organizada quanto a dos advogados, a dos engenheiros, a dos arquitetos, a dos médicos, a dos economistas e as de muitas outras corporações dedicadas ao fechamento dos mercados, de forma a converter todos os demais cidadãos em seus obrigados clientes (mais propriamente em servos indefesos).
Meu amigo é economista e está sendo cobrado por várias mensalidades atrasadas pelo Conselho Regional de Economia da jurisdição onde ele se formou e onde logo em seguida se registrou, no entusiasmo do momento. Acontece que ele nunca se exerceu profissionalmente como economista e, logo depois de formado, foi fazer mestrado e doutorado no exterior; em sua volta, começou a trabalhar em áreas diferentes das que supostamente se exigem habilidades e conhecimentos restritos aos de um economista profissional ou exclusivos dessa “corporação”. Mais do que cobrado, ele está sendo processado, e suponho que o mesmo deva ter acontecido também com outros cidadãos formados e inscritos numa corporação qualquer e que se “esquecem” de pagar a taxa da sua corporação. Este é, portanto, o tema deste minitratado.

A questão central é esta: o que são, o que fazem, e qual o impacto para os cidadãos da atuação dessas corporações de ofício que aprisionam seus “associados” e submetem todos os demais cidadãos ao seu poder monopolístico? Seria possível escapar de suas reservas de mercados, subtrair-se à ditadura corporativa, eliminar o seu jogo monopolístico, que tem óbvias implicações em termos de transferência de renda?
As modernas corporações são o que restou, no mundo contemporâneo, das antigas ordens profissionais medievais, quando artesãos e trabalhadores especializados estavam reunidos numa comunidade legalmente reconhecida de profissionais dotados de uma autorização superior que os habilitava a explorar legalmente uma reserva de mercado (mediante um pagamento qualquer à autoridade concedente). Em contrapartida, eles tinham o monopólio exclusivo – o que parece uma redundância, mas neste caso é justificado – de não apenas oferecer seus serviços e produtos à comunidade colocada sob a jurisdição daquela autoridade, como também de impedir qualquer outra pessoa de também oferecer esses mesmos bens e serviços fora da comunidade assim registrada.
Todas as cidades medievais da Europa ocidental (e mesmo em Estados organizados do Oriente, como na China, por exemplo), tinham suas corporações de ofícios, eventualmente divididas em seções ou corpos especializados. Mesmo os acadêmicos, os intelectuais universitários, constituíam (e de certa forma ainda constituem, hoje em dia) uma comunidade fechada, uma casta de monopolistas do saber e do conhecimento especializado. Novas corporações iam surgindo – por exemplo, os impressores, com a invenção da imprensa móvel – e as mais velhas tratavam de preservar seus monopólios mesmo quando o ofício se mostrava defasado tecnologicamente (fabricantes de velas, ou se chapéus, ou qualquer outra atividade superada pelo tempo).
A Revolução francesa mudou um pouco, mas só um pouco, esse panorama, ao abolir as corporações fechadas e ao começar a regular as relações de trabalho e entre agentes econômicos por meio dos códigos modernos (civil, de comércio, etc.). As antigas corporações foram substituídas por essas ordens que nos mantêm aprisionadas aos seus monopólios privados (oficialmente sancionados). De certa forma, elas se disseminaram tremendamente no mundo moderno, em especial em países que não se libertaram, de verdade, do passado medieval ou da centralização absolutista.
Portugal, por exemplo, manteve durante muito tempo esse mesmo sistema, que se estendia além da vida civil e cobria o próprio Estado, através da venda de ofícios públicos (uma das fontes mais rendosas de recursos para os cofres do rei, até o surgimento de monopólios oficiais sobre produtos “estratégicos” e metais e gemas preciosas, como ouro e diamantes). O Brasil republicano pode ter eliminado alguns desses monopólios, mas conservou alguns dos velhos e criou vários novos monopólios.
Médicos e advogados constituem, claramente, as duas espécies mais antigas de uma categoria que abrange hoje diversas outras profissões fechadas, e que dispõem de privilégios “medievais” ao limitar a concorrência e ao impor suas próprias regras ao conjunto da sociedade. A justificativa usada para legitimar o monopólio legal é sempre a de que essas “ordens” contribuem para elevar a qualidade da formação e da prestação de serviços à população e que estabelecem padrões uniformes de atendimento aos mercados de usuários. Na sombra dessas corporações mais antigas foram surgindo outras, como a dos engenheiros e arquitetos (hoje separadas), a dos contabilistas, da qual saíram os economistas, além de uma infinidade de outras que pretendem também exercer o monopólio sobre o exercício de determinadas atividades.
O debate é obscurecido pela confusão entre o reconhecimento profissional – o que geralmente se faz no âmbito da formação acadêmica – e a regulamentação profissional, que obviamente visa ao fechamento do mercado, com restrições legais aos não reconhecidos. Era, por exemplo, o que existia em relação aos jornalistas, seres perfeitamente normais – como eu e você, que sabemos ler e escrever – mas que se pretendiam (e ainda pretendem) exercer o monopólio sobre qualquer atividade que implique redação e publicação de algum pasquim ou veículo de comunicação. Você acredita realmente, caro leitor, que um boletim de uma categoria profissional qualquer – digamos até mesmo uma nobre profissão, de cidadãos perfeitamente alfabetizados, como a dos diplomatas – necessita de um jornalista profissional, credenciado pelo Ministério do Trabalho para ser montado, publicado e distribuído?
Esse talvez seja o menor dos abusos perpetrados contra os interesses dos cidadãos por essas modernas corporações de ofícios, ainda que todas elas contribuem para fechar os mercados e impor preços extorsivos aos consumidores compulsórios, que somos todos nós. Pior, a qualidade dos serviços nem sempre é garantida: quem pode assegurar, por exemplo, que é melhor ter um jornalista generalista escrevendo um pouco sobre todos os assuntos, em lugar de economistas, administradores e outros especialistas atuando como jornalistas? A sociedade sempre estará melhor com a maior competição possível, não com restrições e sistemas fechados. A abolição da reserva de mercado para jornalistas – que o lobby dos próprios e de alguns representantes políticos está tentando restabelecer – representou um enorme progresso social, e um passo na boa direção.
Meu amigo me informa que está sendo processado: “Recebo agora uma comunicação de que estou sendo processado. Querem de mim as mensalidades atrasadas. Na verdade, os valores são modestos, muito menos do que vale o meu tempo e o do advogado para lidar com essa briga. Mas sou teimoso. Por princípio, não quero pagar.” Imagino que, como ele, outros profissionais – economistas, advogados, arquitetos – também estariam melhor se pudessem exercer seus talentos à margem de qualquer regulamentação profissional. Se eles precisam pautar-se pelas normas e padrões estabelecidos por uma máfia organizada, o leque de serviços que eles poderiam oferecer livremente à sociedade diminui significativamente.
Alguns desses serviços, aliás, são impostos compulsoriamente à sociedade. Por que, por exemplo, dois adultos, atuando em legítimo consenso para lograr um simples divórcio corriqueiro, necessitam ainda assim dos serviços de um advogado imposto legalmente para certificar que eles o fazem no pleno domínio da razão? Por acaso a OAB pensa que todos os adultos em instância de divórcio são perfeitos idiotas, a necessitar de “aconselhamento legal” mesmo na ausência do que aconselhar? Ou seria apenas uma maneira legal, aliás compulsória, de extorquir dinheiro dos cidadãos.
Será que seria possível a um advogado processar a OAB por extorsão legal? Um advogado, hipoteticamente, que pretendesse atuar à margem da OAB, e deixar de pagar suas mensalidades extorquidas, poderia processar a OAB por coação abusiva? Sei que a OAB – assim como o Conselho de Economistas, ou outras corporações mafiosas – tem o direito de processar advogados que não pagam o pedágio exigido, mas por que não poderia ser o contrário?
Por que a sociedade brasileira não começa a desmantelar suas máfias corporativas e outras associações de extorsão legal? Por que não podemos libertar profissionais e cidadãos das castas organizadas para exercer monopólios abusivos? Poucas profissões são capazes de “matar”, literalmente, os cidadãos se as práticas forem liberadas: elas são efetivamente em número muito reduzido. Todas as outras, incapazes de prejudicar os cidadãos – mas que os estão de fato prejudicando mediante regulamentos absurdos – deveriam ser desregulamentadas e liberalizadas. Estaríamos muito melhor sem monopólios e reservas de mercado. Libertem-se desses grilhões, cidadãos!

Brasília, 9 de julho de 2011

O governo contra a economia (e os cidadaos), 3: concentracao de mercado e subsidios publicos

Ufa! Foi por pouco. Se não tivesse havido um clamor nacional -- inclusive entre os apoiadores do próprio governo e de sua política econômica maluca -- o governo teria entregue mais 4 ou 5 bilhões de reais (atenção, eu disse 4 OU 5 BILHÕES) a um capitalista promíscuo, para que ele desnacionalizasse a sua empresa, em nome de não se sabe quais objetivos estratégicos (talvez a promessa de continuar entregando dinheiro ao partido no poder).
Mas fica a lição, que tem vários aspectos explorados neste artigo de um economista sensato:
Paulo Roberto de Almeida

Opinião - Brasil
Ainda há esperança
por João Luiz Mauad
Mídia a Mais, 7 de julho de 2011

Tudo indica que, graças à fulminante reação da opinião pública, o governo colocou na geladeira a esdrúxula decisão de colocar bufunfa pública na fusão entre os grupos Carrefour e Pão de Açúcar. Menos mal, pois visto de qualquer ângulo, o negócio seria um ultraje aos mais elementares princípios econômicos e, principalmente, éticos.

Em primeiro lugar, se, por um lado, não cabe ao governo a tarefa de tentar evitar a concentração do mercado, por outro, tampouco se pode admitir que ele incentive e, muito menos, participe ativamente de transações que terão como resultado a obstrução da livre concorrência, em total desacordo com os interesses do consumidor.

Já o argumento segundo o qual a participação do BNDESpar seria necessária para preservar do “assalto” estrangeiro um setor estratégico para a economia do país, chega a ser tacanho. Atualmente, o mercado varejista já é dominado, em grande medida, pelos gigantes Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar. Os dois primeiros são alienígenas e o último, embora de origem nacional, tem como maior acionista também um grupo estrangeiro (Casino). E daí? Sua Excelência, o consumidor, não está interessado na nacionalidade do supermercado ou de seus controladores, mas nos preços e na qualidade dos produtos e serviços ofertados.

O terceiro argumento utilizado, de que a fusão representaria um facilitador para a entrada de produtos brasileiros no mercado francês, carece totalmente de lógica. Basta entrar numa loja do Wal-Mart, em qualquer lugar do Brasil, e procurar por produtos de origem americana, ou mesmo no próprio Carrefour e tentar achar produtos franceses, para concluir que não há qualquer evidência empírica de que a nacionalidade da empresa varejista tenha qualquer influência na origem dos produtos expostos.

Está na cara, portanto, que a participação do governo para viabilizar financeiramente a criação do já apelidado “CarrePão”, tal qual ocorrido no passado recente com outras fusões - JBS-FriBoi/Bertin, Aracruz/Votorantin e Oi/BrasilTelecom -, é parte de uma estratégia político-econômica que já vem sendo desenvolvida pelo governo do PT há tempos: a implantação, no Brasil, do modelo fascista de capitalismo de Estado.

Neste sistema, o governo consente que os empresários permaneçam à frente dos negócios, fiquem com a maior parte dos lucros e ainda lhes garante muitos privilégios. Em troca, espera que eles se ajustem à sua agenda política e, de preferência, ajudem a implementá-la, mesmo que tais políticas, muitas vezes, se choquem com os interesses dos acionistas.

Mas o sistema de trocas não para por aí. Os empresários beneficiados devem reservar certo número de assentos bem remunerados nos conselhos das companhias para a “cumpanherada”, além de financiar as campanhas políticas com polpudas doações, afinal, operacionalmente é complicado desviar recursos dos cofres públicos diretamente para as contas do partido (ou dos políticos) e é sempre bom poder contar com intermediários confiáveis.

Mas, sejamos justos. Tal modelo está longe de ser uma criação do petismo. Arranjos como esse foram frequentes ao longo da História, desde que Benito Mussolini o colocou em prática pela primeira vez.

Muita gente boa acredita que o liberalismo protege e privilegia os capitalistas, em detrimento dos consumidores. Nada poderia estar mais longe da verdade. Num modelo realmente liberal, os maiores beneficiários são justamente os consumidores. No verdadeiro capitalismo de livre mercado, se os empreendedores quiserem ganhar dinheiro, terão que ser muito competentes e dedicados.

Não é por acaso, portanto, que os maus empresários e os oportunistas em geral detestam o liberalismo. Seu sonho de consumo é ser sócio do governo. Capitalismo de Estado, nos moldes fascistas, é do que eles realmente gostam.

E quanto maior são os poderes e os volumes de recursos nas mãos do Estado, como no Brasil, mais corriqueiro é vê-los ao redor de políticos e burocratas, como urubus sobre a carniça. Essa minoria do empresariado, não raro medíocre, mas muito bem organizada e articulada, sabe que é precisamente o governo o único que pode livrá-la da perigosa livre concorrência, atuando discricionariamente para escolher os campeões.

Ficar longe do butim os assusta muito mais do que qualquer outra coisa. Exagero? Basta lembrar que, ainda recentemente, quando começaram a aparecer, aqui e ali, críticas mais pesadas ao descalabro intervencionista promovido pelo petismo, doze associações empresariais publicaram, nos principais jornais do país, um eloquente manifesto de apoio às políticas do BNDES. Quanta cara de pau!

Ademais, é inconcebível que, com tantos problemas de infra-estrutura a solucionar, com tantas reformas urgentes a implementar, as quais poderiam desonerar o sistema como um todo, além de reduzir a burocracia asfixiante, o governo opte por queimar recursos com políticas retrógradas, capengas e altamente discricionárias, cujo resultado mais visível é o crescente endividamento público e a transformação do Estado num enorme balcão de negócios.

O governo contra a economia (e os cidadaos), 2: petroleo e gasolina

O governo sempre mete os pés pelas mãos, quando pretende criar um capitalismo dirigido, obediente, amestrado, subserviente. Tentou fazer assim com a Vale, que é uma empresa privada, mas que é considerada em certos setores como uma "perda estratégica" (vejam vocês: o governo gosta de exportar minérios, ou aço).
Sempre fez assim com a Petrobras, que foi uma empresa medíocre (a despeito de ser financiada por todos os brasileiros), até adquirir autonomia, sob o regime anterior, e crescer tecnologicamente e no mercado. Agora a empresa vem sendo usada para fins políticos (e eu nem menciono os milhões de reais repassados à máfia sindical) e com isso perde valor de mercado e não consegue cumprir objetivos empresariais, pois tem de cumprir objetivos que não são os seus (como, por exemplo, produzir renda para deputados e companheiros sequiosos de recursos públicos).
Infelizmente, temos de conviver com bobagens econômicas enquanto durar o reino dos companheiros no poder.
Paulo Roberto de Almeida

Petrobras perde US$5,7 bi em valor de mercado e cai no ranking do setor
Bruno Villas Bôas
O Globo, 9/07/2011

O mau desempenho das ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) — efeito da ingerência política sobre o reajuste do preço da gasolina nos postos — fez a companhia cair da terceira para a quinta posição no ranking das maiores empresas de petróleo do mundo. O valor de mercado da estatal encolheu US$5,77 bilhões desde 24 de setembro de 2010, data da sua megacapitalização (a maior da história), para US$207,33 bilhões ontem.

A companhia ficou, assim, menos valiosa pelo critério valor de mercado (que consiste em multiplicar as ações da empresa pelo seu preço) em comparação à anglo-holandesa Royal Dutch Shell (US$220,47 bilhões), agora a terceira no ranking. E também foi ultrapassada na listagem pela americana Chevron (US$211,54 bilhões), que assumiu a quarta posição.

Especialistas lembram que a perda de valor não foi maior porque as ações da estatal são negociadas em reais e a moeda americana, usada no ranking, desvalorizou-se 8,42% de 24 de setembro do ano passado até ontem. Desde o fim da capitalização, as ações preferenciais (PN, sem voto) caíram 9,71% na Bovespa e as ordinárias (ON, com voto), 11,82%.

Segundo Osmar Camilo, analista da corretora Socopa, além da interferência do governo, outros fatores afetaram as ações da empresa nos últimos meses, como a “digestão” da capitalização de R$120 bilhões e as incertezas sobre o plano de negócios da companhia.

— A empresa tem um desafio muito grande pela frente, que é fazer caixa para financiar o desenvolvimento do pré-sal — explica o analista. — No longo prazo, no entanto, esperamos que os investimentos realizados agora se mostrem benéficos, já que a produção de petróleo pode dobrar nos próximos dez anos.

O ranking segue liderado pela americana Exxon Mobil, com valor de mercado de US$402,21 bilhões. Em setembro, a Exxon valia US$314,93 bilhões. O aumento foi provocado pelo alta do preço do barril de petróleo. Na segunda posição aparece a Petrochina, com valor de mercado de US$265,92 bilhões.