O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

RBPI: a mais antiga revista de relações internacionais do Brasil

O IBRI e a RBPI, de 1954 a 2019: síntese da contribuição intelectual



Paulo Roberto de Almeida

Em 27 de janeiro de 1954, um pequeno grupo de intelectuais, de funcionários públicos e de profissionais liberais se reuniu no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, sede do Ministério das Relações Exteriores desde o início da República, e tomou a decisão de criar a primeira instituição brasileira especificamente dedicada ao estudo da política internacional e de questões atinentes às relações exteriores do Brasil: o Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI). Ele foi definido, nos seus estatutos, como uma sociedade civil com finalidades culturais, com o objetivo de “realizar, promover e incentivar estudos sobre problemas internacionais, especialmente os de interesse para o Brasil”. Condizente com a sede que abrigava o conclave, o IBRI congregaria, ao longo de sua existência continuada, vários diplomatas engajados em suas atividades, assim como devotaria parte de seus esforços analíticos e das iniciativas empreendidas nos anos e décadas seguintes ao registro, à exposição, para um público mais vasto, e à discussão dos mais diversos temas vinculados à relações internacionais, bem como ao pensamento e à ação da diplomacia brasileira.
Uma dessas iniciativas concretizou-se quatro anos depois, sob a forma de uma publicação periódica, a Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI), a mais antiga e a mais prestigiosa dos veículos especializados em temas internacionais no Brasil (n. 1: https://archive.org/details/RBPI19653132). Ambos, o IBRI e a RBPI, passaram por diferentes etapas em seus itinerários respectivos de mais de meio século, em duas fases bem caracterizadas: a do Rio de Janeiro, de 1954-58 até 1992, e a de Brasília, a partir de 1993 aos nossos dias. 

Primeiro número da RBPI:
https://archive.org/details/RBPI19653132


Dados sobre a RBPI
Os arquivos encontram-se no Scielo a partir de 1997 (ver em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=0034-7329&lng=en&nrm=iso) . 
Foi admitida no Scielo em 2007; todas as edicoes digitalizadas, desde o início, encontram-se em Mundorama (http://mundorama.net/category/2-biblioteca/rbpi/).
A RBPI foi incluída no ISI-JCR em 2009 (Fator de Impacto), a única de Relações Internacionais na América Latina. É também das poucas da área de Ciências Sociais no Brasil.

Sobre o IBRI
Apoiou pioneiramente a criação de iniciativas de divulgação científica na área de Relações Internacionais no Brasil, como o projeto RelNet (1998-2007), da Universidade de Brasília, com a cessão integral e irrestrita dos arquivos da Revista para veiculação gratuita (na época da internet nascente). O IBRI é a primeira instituição que apoiou a criação do Projeto Mundorama (que substitui o RelNet, ainda em 2007).

Livros

Cumprindo a sua missão de prover apoio à profissionalização da área de Relações Internacionais no Brasil e de atuar para o desenvolvimento dos centros de ensino e de capacitação, como também para oferecer um espaço adequado para a publicação de estudos e reflexões sobre os grandes temas da agenda internacional e sobre os desafios da inserção internacional do Brasil, o IBRI mantém um dinâmico programa editorial em cujo contexto publica a Revista Brasileira de Política Internacional – RBPIMeridiano 47 – Boletim de Análise de Conjuntura em Relações Internacionais e livros.
A partir de 2000 foram publicados 15 títulos, sendo que alguns deles foram relançados em edições completamente revistas e atualizadas a partir de 2007 (vendidas exclusivamente em livrarias).
Novas edições e relançamentos, em parceria com a Editora Saraiva:
Título: Relações Internacionais do Brasil: Temas e Agendas – Volume 1
Autores: Antônio Carlos Lessa & Henrique Altemani de Oliveira (Organizadores)
Ano de Publicação: 2006 – 1a edição
Número de páginas: 356
Editora: Saraiva
Compre este livro na
Livraria Saraiva
Título: Relações Internacionais do Brasil: Temas e Agendas – Volume 2
Autores: Antônio Carlos Lessa & Henrique Altemani de Oliveira (Organizadores)
Ano de Publicação: 2006 – 1a edição
Número de páginas: 491
Editora: Saraiva
Compre este livro na
Livraria Saraiva
Título: Relações internacionais da América Latina: velhos e novos paradigmas
Autor: Amado Luiz Cervo
Ano de Publicação: 2007 – 2a edição (revista)
Número de páginas: 238
Editora: Saraiva
Compre este livro na
Livraria Saraiva
Título: Cultura e Poder
Autor: Estevão Chaves de Rezende Martins
Ano de Publicação: 2007 – 2a edição (revista e ampliada)
Número de páginas: 152
Editora: Saraiva
Compre este livro na
Livraria Saraiva
Coleção Relações Internacionais
Alguns dos títulos listados abaixo foram atualizados e publicados pela Editora Saraiva, sendo vendidos exclusivamente em livrarias. Os demais estão esgotados. Veja abaixo essa coleção:
Título: CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: solidariedade e ação política - Título Esgotado
Autor: José Flávio Sombra Saraiva (Org.)
Ementa do livro: No livro são analisadas as características da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e as potencialidades da cooperação entre os países que dela participam.
ISBN: 85-88270-01-3
Ano de Publicação:2001
Número de páginas: 203
Título: Relações Internacionais – dois séculos de história. Vol. I: Entre a preponderância européia e a emergência americano-soviética (1815-1947) - Título Esgotado
Autor: José Flávio S. Saraiva (org.)
Ementa do livro: No livro são analisados os grandes movimentos da história das relações internacionais, desde a Conferência de Viena, que instaurou a ordem liberal sob o concerto europeu até o surgimento da Guerra Fria, em 1947
ISBN: 85-88270-02-1
Ano de publicação: 2001
Número de páginas: 268
Título: Relações Internacionais – dois séculos de história. Vol. II: entre a ordem bipolar e o policentrismo (1947 a nossos dias) - Título Esgotado
Autor: José Flávio S. Saraiva (org.)
Ementa do livro: O livro apresenta uma análise das relações internacionais desde o surgimento da Guerra Fria, e a sua evolução sob o manto da bipolaridade, até a sua dissolução e o advento de nova etapa da globalização, no início dos anos 90.
ISBN: 85-88270-03-X
Ano de publicação: 2001
Número de páginas: 212
Título:Relações Internacionais e Temas sociais: a década das conferênciasTítulo Esgotado
Autor: José Augusto Lindgren Alves
Ementa do livro: No livro o autor analisa a importância crescente dos temas sociais na agenda internacional contemporânea, que se inicia na década de 1990 com a consagração dos denominados “novos temas globais” como valores universais da nova ordem internacional, expressos especialmente nas conferências mundiais convocadas para deles tratar.
ISBN: 85-88270-04-8
Número de páginas: 432
Título: As Relações Internacionais da América Latina – velhos e novos paradigmas - Título Esgotado
Autor: Amado Luiz Cervo
Ementa do livro: É analisada a evolução das relações internacionais na América Latina desde os anos 30 do século XX, revelando as origens e a evolução das tendências históricas que condicionaram as relações regionais até o presente.
ISBN: 85-88270-05-6
Ano de publicação: 2001
Número de páginas: 320
Título: Cooperação, integração e processo negociador: A construção do Mercosul - Título Esgotado
Autor: Alcides Costa Vaz
Ementa do livro: Fundamentado em teorias de negociação, o autor analisa o processo de constituição do Mercosul, de seu início aos dias atuais. Destaca eventos marcantes. Aponta dificuldades que os países-membro enfrentaram nas negociações e os recursos de que se valeram para superá-las. Põe em evidência as variáveis econômicas e políticas que influenciaram as motivações e o posicionamento dos países. Tudo isso se assenta em ampla pesquisa bibliográfica e documental e em informações colhidas em entrevistas com pessoas que atuaram diretamente no processo de negociação.
ISBN: 85-88270-06-4
Ano de publicação: 2002
Número de páginas: 308
Título: Relações internacionais – cultura e poder - Título Esgotado
Autor: Estevão Chaves de Rezende Martins
Ementa do livro: Ao prefaciar o livro, Jörn Rüsen, Presidente do Instituto de Estudos Avançados para as Humanidades do Centro de Ciências da Renânia do Norte, referindo-se a seu tema central, observa que na obra o autor “apresenta uma proposta abrangente de compreensão do mundo histórico-social”. O fecho do livro não são conclusões; o autor faz propostas, apresenta esboços e aponta aberturas e possibilidades.
ISBN: 85-88270-07-2
Ano de publicação: 2002
Número de páginas: 183
Título: Relações Internacionais – economia política e globalizaçãoTítulo Esgotado
Autor: Carlos Pio
Ementa do livro: O livro é uma introdução geral aos estudos sobre economia política internacional, apresentados em suas grandes unidades explicativas, como os condicionantes da ação humana e do desenvolvimento econômico, a ação dos grupos de interesse, o papel do mercado no desenvolvimento, as teorias do comércio internacional e o papel do Estado na promoção do desenvolvimento econômico.
ISBN: 85-88270-08-0
Ano de publicação: 2002
Número de páginas: 164
Título: Relações Internacionais – teorias e agendas - Título Esgotado
Autor: Antônio Jorge Ramalho da Rocha
Ementa do livro: O livro apresenta uma aproximação acerca dos debates teóricos na grande área de relações internacionais, com ênfase especial para o seu desenvolvimento no período de grandes transformações que se iniciou após o fim da Guerra Fria.
ISBN: 85-88270-09-9
Ano de publicação: 2002
Número de páginas: 336
Título: Relações Internacionais: visões do Brasil e da América LatinaTítulo Esgotado
Autor: Estevão Chaves de Rezende Martins (org.)
Ementa do livro: O livro reúne grande conjunto de ensaios organizado em homenagem a Amado Cervo, e que têm como eixo a história das relações internacionais. Os 14 trabalhos se debruçam sobre diferentes temas da agenda contemporânea de estudos internacionais, com ênfase especial aos aspectos da inserção internacional da América Latina e do Brasil.
ISBN: 85-88270-11-0
Ano de publicação: 2003
Número de páginas: 480
Título: A Construção da Europa: a última utopia das relações internacionais - Título Esgotado
Autor: Antônio Carlos Lessa
Ementa do livro: No livro se descreve e interpreta as fases sucessivas da formação da União Européia, desde a organização da Comunidade Européia do Carvão e do Aço (Ceca), em 1951, às novas etapas de alargamento que levarão à admissão de dez ou mais novos sócios, e apresenta-se uma visão geral das instituições e das políticas públicas comunitárias
ISBN: 85-88270-10-2
Ano de publicação: 2003
Número de páginas: 192
Título: Foreign Policy and Political Regimes Título Esgotado
Autor: José Flávio Sombra Saraiva (Org.)
Ementa do livro: No livro são analisadas as vinculações entre a alternância de regimes políticos e a formulação e a implementação da política externa. Além de estudos teóricos sobre o assunto, o livro publica análises inéditas sobre os casos do Brasil, EUA, França, Rússia, África do Sul, Argentina, Chile e outros, em perspectiva comparada.
ISBN: 85-88270-12-9
Ano de Publicação:2003
Número de páginas: 364
Título: Indústrias Culturais no MercosulTítulo Esgotado
Autor: Gabriel O. Alvarez (Org.)
Ementa do livro: Reúnem-se, no livro, dezessete artigos. São as visões de vários especialistas sobre a indústria cultural em vários países da América do Sul. A produção cultural é examinada como um sistema de valores e também em sua dimensão econômica.
ISBN: 85-88270-13-7
Ano de Publicação:2003
Número de páginas: 576
Título: Fórum Brasil-África: Política, Cooperação e Comércio - Título Esgotado
Autores: José Flávio S. Saraiva & Pedro Motta Pinto Coelho (orgs.)
Ementa do livro: No livro são apresentados, em diversos artigos escritos por especialistas, os diferentes aspectos do relacionamento entre o Brasil e o continente africano.
ISBN: 85-88270-15-3
Ano de publicação: 2004
Número de páginas: 308
Título: O crescimento das Relações Internacionais no Brasil - Título Esgotado
Autor: José Flávio Sombra Saraiva & Amado Cervo (Orgs.)
Ementa do livro: Reúnem-se, no livro, dez artigos que analisam a evolução da internacionalização do Brasil nas suas mais diferentes vertentes – do ensino de Relações Internacionais, à política externa, questões econômicas e pelos fluxos humanos.
ISBN: 85-88270-15-3
Ano de Publicação: 2005
Número de páginas: 308


Seminario Oliveira Lima, Biblioteca Mindlin-USP, 10-11/09/2019

Deverei participar de um seminário na Biblioteca Mindlin, da USP, sobre a longa história da independência, sob a ótica do historiador Oliveira Lima, projeto concebido por meu colega do Itamaraty, historiador André Heráclio do Rego.
Vejam o link: https://www.bbm.usp.br/3x22
Paulo Roberto de Almeida

3 vezes 22

Logo 3 vezes 22Ao completar o bicentenário da Independência e o centenário da Semana de Arte Moderna no ano de 2022, abre-se oportunidade para refletir e redimensionar a história da nossa formação – do Estado e da Sociedade, assim como da cultura histórica brasileira. O projeto 3 vezes 22 não será apenas a celebração de duas datas canônicas, mas uma tentativa de entrecruzar as temporalidades da Independência (1822), do Modernismo (1922) e da história do nosso tempo presente (2022). A reflexão crítica mediada pelos desafios do presente contemplará o legado deixado pelas narrativas sobre o movimento modernista e os projetos de construção da nação. O projeto 3 vezes 22, portanto, vale-se do rico material conservado pela Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin para encontrar nos documentos, nos livros e nos autores esquecidos e renegados pelas vertentes dominantes de nossa historiografia as evidências, as perspectivas e as interpretações que possam contribuir para a análise de nossa história, projetando questões que possam nortear a construção de um novo horizonte de autonomia, ao menos no plano da cultura e da ciência.

https://www.bbm.usp.br/3x22

Seminário e exposição buscam contar 

"A (Longa) História da Independência" 

em Setembro

A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin recebe nos dias 10 e 11 de setembro o seminário "Oliveira Lima e a (Longa) História Da Independência", com idealização e coordenação do diplomata e historiador André Heráclio do Rêgo. Em complemento ao seminário, haverá uma exposição para "ilustrar" e contextualizar a trajetória de Oliveira Lima e seus grandes feitos.


Projeto 3X22: Entrevista com o Prof° Dr. João Paulo G. Pimenta

O Prof° Dr. João Paulo G. Pimenta leciona no departamento de História da USP e foi professor visitante do Colegio de México (2008) e da Universitat Jaume I, na Espanha. No vídeo, comenta sobre o processo de Independência nas diferentes regiões do Brasil, destacando a chegada da família real portuguesa, o processo de integração dentro do território nacional e a constituição do Império.

3X22: Entrevista com a Profª Dra. Cecilia Helena de Salles Oliveira

A Profª Dr. Cecilia Helena de Salles Oliveira leciona no Programa de Pós-Graduação em História Social da USP e é professora titular no Museu Paulista da USP. No vídeo, ela comenta sobre o processo de Independência, citando os conflitos entre Brasil e Portugal. Ela também fala sobre a construção de símbolos nacionais, como o Palácio do Ipiranga e a Estátua Equestre de D. Pedro I.

Projeto 3X22: Entrevista com o Prof° Dr. Alexandre Macchione Saes

O Prof° Dr. Alexandre Macchione Saes leciona História Econômica na FEA-USP e é coordenador do projeto 3X22 na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. No vídeo, ele comenta o contexto econômico em 1822 e em 1922, traçando paralelos com a economia atual e destacando os desafios que o país vai enfrentar até 2022.

Poder mundial: novos critérios de avaliação - Michael Beckley (International Security)

H-Diplo/ISSF Article Review 122- Reardon on Beckley.  “The Power of Nations: Measuring What Matters.” 

by George Fujii


H-Diplo | ISSF Article Review 122
issforum.org
Editors: Diane Labrosse and Seth Offenbach
Web and Production Editor:  George Fujii
Michael Beckley.  “The Power of Nations: Measuring What Matters.”  International Security 43:2 (Fall 2018):  7-44.  DOI:  https://doi.org/10.1162/isec_a_00328.
Published by ISSF on 19 July 2019

Review by Robert J. Reardon, North Carolina State University
In this article, Michael Beckley makes an important contribution to how scholars measure state power, arguing that net rather than gross indicators of a state’s military and economic resources better capture a state’s capabilities. The question of how to measure state power is central to both theoretical and policy debates. In theoretical terms, power lies at the center of any effort to understand how states can influence one another in the international arena. Arguably no outcome in international affairs can be properly understood without attention to the relative power of the actors involved. Likewise, some of the most important policy debates hinge on perceptions of relative power, including those over the rise of China and the strategic posture the United States ought to adopt as a result. Advocates of U.S. retrenchment tend to argue that China is rapidly closing the gap in capabilities with the United States and will soon eclipse U.S. capabilities.[1] Beckley and others who advocate a strategy of deep engagement argue that the United States still enjoys, and will likely continue to enjoy for the foreseeable future, a sizeable advantage over China. It is an ambitious objective to take on such a core question, and Beckley should be applauded for challenging widely established approaches to using power as a variable and suggesting ways to improve those approaches that are both promising and parsimonious.
Given the centrality of the concept of power to the study of international relations, the degree to which scholars have failed to arrive a consensus on how should be defined and measured is remarkable. Power, as Beckley notes, “is typically defined as the ability of a country to shape world politics in line with its interests” (8). However, because this understanding of power depends on a state’s conception of its interests, it cannot be measured directly. If we seek to determine a state’s power based on the outcomes it achieves in a given dispute, we must first know the relative preferences of the parties involved, and even then our measure of power would be restricted to that one, narrow-issue area.
Instead of looking at outcomes, most scholars measure power by assessing the aggregate resources a state possesses—particularly economic and military resources—based on the assumption that “countries with more wealth and more military assets at their disposal tend to get their way more often than countries with fewer of these resources” (8). Beckley supports such a resource-based approach for the compelling reasons that it allows for a single aggregate indicator to represent state power across issue areas and provides a way to measure a state’s relative power ex ante, thus enabling scholars to study the effect of power on dispute outcomes.
Beckley parts company with other scholars, however, by arguing—with considerable justification—that the dominant use of gross indicators such as GDP as proxies for military power is fundamentally flawed. This argument builds on the work of Klaus Knorr and others, and rests primarily on two important considerations that feature prominently in Beckley’s earlier work on the relative rise of China.[2] First, gross measures, such as GDP or military expenditures, can mislead by failing to consider variation in efficiency across states. Differences in worker productivity, in the existing availability of certain technologies and research and development (R&D) efforts, in established research institutions, and in related factors can produce considerable variation in the efficiency with which any amount of spending on a state’s military can be translated into actual capabilities that confer some advantage on the battlefield.
Second, gross measures of power put disproportionate weight on a state’s size. Gross measures of income correlate with a state’s population, making many poor but large states appear more powerful than smaller yet wealthier ones. As Beckley concedes, there is a logic to this, since larger countries can aggregate greater resources than smaller ones. Large countries like China and India can assemble far greater military capabilities than small states like Luxembourg, no matter how much greater Luxembourg’s per capita wealth might be. Scale matters. However, attention only or disproportionately to a country’s size obscures how differences in per capita resources influence state capabilities. The larger the state, the more it must spend to maintain a basic level of welfare and security for its citizens. Attention only to size distorts the capabilities of very large but less economically and technologically developed states, which are typically forced to devote the lion’s share of their resources to maintaining even low levels of welfare, leaving relatively few resources to devote to building up military capabilities. Some states like North Korea may be more willing to squeeze the population in order to devote a greater share of the nation’s resources to their military, but there are limits to how much this can be done before domestic stability is put at an unacceptable level of risk.
Beckley offers two suggestions for overcoming these problems with using gross indicators of power. The first is to devise a careful ledger of state resources and costs to produce a more precise net indicator of capabilities. As Beckley acknowledges, however, such an endeavor would require voluminous data, and there are no existing data sets available that would provide the necessary data for such an accounting across a sufficient set of states and time periods. Scholars can and should work toward producing such data sets. Beckley’s second suggestion, that scholars rely on the relatively simple indicator of Gross Domestic Product (GDP) x GDP per capita as a proxy for net capabilities, offers a way to roughly adjust for welfare and security costs using data that is easily and readily available. Most IR scholars have simply used rough proxies such as GDP to represent state power, or have relied on data sets like Composite Index of National Capability (CINC) that combine a number of variables—including GDP, population, and state military budget—to take a rough measure of a state’s aggregate capabilities. The logic to using these measures is that wealth is fungible, and states can convert economic and other resources into military capabilities, making proxies that measure overall gross resources an acceptable way to compare relative power across states. GDP x GDP per capita adjusts the gross indicator GDP according to per capita income, thus reducing the impact of a country’s overall size without discounting it entirely.
As a rough test of whether gross and net indicators better measure state power, Beckley compares GDP x GDP per capita to GDP and CINC data in three ways. First, he examines several historical cases of great-power rivalry in which there was considerable disparity between gross and net measures of resources. Second, he conducts a large-n analysis of wars and disputes to see which indicators most often predict outcomes. Third, he examines past studies that used GDP and CINC data to see whether replacing those measures with GDP x GDP per capita improves goodness-of-fit.
The case studies are by far the most revealing. As Beckley points out, GDP and the CINC data set lead to nonsensical conclusions about the relative power in several critical cases, especially those involving China and Russia. According to those measures, “China looked like a superpower in the nineteenth and early twentieth centuries,” and surpassed Britain, which, in reality, had humiliated China in the First Opium War (1839-1842) and Second Opium War (1856-1860). GDP x GDP per capita is a clearly superior measure, giving Britain three times China’s power in 1870—a finding which is far more consistent with outcomes. The net indicator similarly outperforms GDP and CINC when used to examine pre-First World War Russia and Germany, late-nineteenth and early-to-mid twentieth century Japan and China, and the United States and the USSR during the Cold War.
The other tests, however—while supporting Beckley’s overall claims—are less impressive in terms of the magnitude of difference between using the different indicators. Here Beckley may be overstating his case when he criticizes gross indicators as not simply inferior to net ones, but as “logically unsound,” “empirically unreliable,” and “severely mischaracterizing the balance of power in numerous cases, including in some of the most consequential geopolitical events in modern history” (9). The paper’s large-n analysis based on Militarized Interstate Disputes (MIDs) data, for example, shows an important yet modest improvement in predictive power by using net indicators in place of gross ones. GDP x GDP per capita predicted 70% of the dispute outcomes from the MIDs dataset, which is certainly impressive. However, GDP and the CINC dataset were both able to predict 64% of these dispute outcomes (38). That represents an important gain from using net indicators, but not the sort of drastic improvement one might expect given Beckley’s logical critique of gross indicators. Indeed, it raises the question of why GDP and CINC perform so well given the flaws in using them that Beckley points out.
A likely reason is that the difference between net and gross indicators becomes especially salient when dealing with large but relatively poor states such as China and Russia (and, as Beckley notes, disputes involving those states represent a large share of the overall cases where net indicators outperform gross ones). This would still be a critical finding—Russia and China are important states, and any improvement in our ability to measure the power of those two states would be an important achievement. However, it is important to note whether gross indicators perform adequately outside of cases involving states that are particularly populous, or where there is a large difference between where those states rank globally in terms of aggregate GDP and GDP per capita. If net indicators only outperform gross ones in a subset of cases, this would require a far less drastic reexamination of past studies that relied on gross indicators of power.
Finally, Beckley’s analysis could have gone further by considering how the use of net indicators might shed light on power transitions. Even though, in the paper’s case studies, Beckley examines long-term rivalries between great powers, he focuses mostly on how relative differences in net aggregate resources influence outcomes in any given dispute, rather than considering what might lead these relative differences in power to shift over time. The U.S.-USSR case, where Beckley notes how Soviet welfare demands and security costs such as aid to Eastern bloc allies outpaced production and gains in technology and productivity, is an exception. What is notable here is that net indicators suggest a long-term decline in the Soviet Union’s position even as gross indicators suggest that the USSR was reaching increasing heights of relative power. As Beckley points out, this is consistent with some U.S. estimates from the era that the Soviet Union had already eclipsed the United States in many key areas of military and industrial capacity. Importantly, the problem was not simply one of taking account of welfare and other costs. Efficiency in this case is of paramount significance. The USSR, for example, “spent 2 to 3 percent of its GDP on military R&D, but lagged a generation or more behind the United States in fifteen of the twenty most critical military technologies” (36). The question is not just one of having sufficient “disposable” resources to pour into military capabilities, but also one of having the wherewithal to efficiently translate those resources into improved capabilities relative to an adversary. The United States wasn’t just more powerful in terms of a snapshot of capabilities at a given moment. Many of the same factors Beckley points to in the article also helped the United States outpace the Soviets in terms of growth in power over time. A better understanding of this dynamic would be greatly useful, and worthy of further research.

Robert J. Reardon is an assistant professor of political science in the School of Public and International Affairs at North Carolina State University. He is co-principal investigator with the Consortium for Nonproliferation Enabling Capabilities (CNEC), a NNSA-sponsored research and education consortium on nuclear nonproliferation. Reardon’s teaching and research focuses on international security, nuclear weapons strategy and proliferation, and U.S. grand strategy. From 2012-2014, he was a fellow at Harvard’s Belfer Center for Science and International Affairs with a joint appointment in the International Security Program and the Project on Managing the Atom, and from 2010-2011 was a Stanton Postdoctoral Fellow in nuclear security at the RAND Corporation. He received his Ph.D. in political science from MIT, and his BA from Columbia University.

Notes
[1] See, for example, Joshua R. Itzkowitz Shifrinson and Michael Beckley, “Debating China’s Rise and U.S. Decline,” International Security 37:3 (Winter 2012/13): 172-181, DOI: https://doi.org/10.1162/ISEC_c_00111.
[2] For example, Beckley cites Klaus Knorr, The War Potential of Nations (Princeton: Princeton University Press, 1956); see Michael Beckley, “China’s Century? Why America’s Edge Will Endure,” International Security 36:3 (Winter 2011/12): 41-78, DOI: https://doi.org/10.1162/ISEC_a_00066.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Onyx aguarda ordem de Bolsonaro para indicação de Eduardo ao Senado

Parece que eles ignoram o requerimento prévio de o indicado receber primeiro o agrément do país acolhedor. O que fazer se o país recusar, o que é sempre possível?
Não é provável que haja recusa, especialmente nesse caso, em se tratando de alguém tão subserviente ao presidente recebedor, mas e se houver essa recusa, o que se faz, fica pendurado na brocha?
Trata-se de uma grosseria da grossa, com perdão da redundância, ficar discutindo envio de alguém sem o agrément pedido e recebido em caráter reservado.
A função do chanceler seria justamente alertar para essa descortesia primária, mas parece que o chanceler acidental não tem nenhuma sugestão a dar em matéria de política externa.
Aliás, a descortesia também é com ele.
Paulo Roberto de Almeida

Onyx aguarda ordem de Bolsonaro para indicação de Eduardo ao Senado

Ministro informou que o presidente ainda não deu aval para que o seu filho seja indicado ao Senado

Metrópoles, 24 horas, 18/07/2019
O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou que falta apenas a “ordem” do presidente para que ele envie ao Senado a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a embaixada brasileira nos Estados Unidos. “Precisamos da ordem do presidente”, destacou.
Toda a indicação de embaixador precisa, por força de lei, passar pelo crivo dos senadores. Ao longo de discurso proferido pelos seus primeiros 200 dias no cargo, Bolsonaro mandou um recado ao presidente do Senado, indicando que, caso seu filho não seja aprovado, ele viraria ministro das Relações Exteriores no lugar de Ernesto Araújo.
“Essa possível indicação passa pelo Senado. Acredito que a sabatina será feita com rigor e ele será aprovado”, disse o presidente. “Essa possível indicação passa por vocês, Davi Alcolumbre. Agora vamos supor, em um caso hipotético, eu chamar o Ernesto pra ser embaixador e colocar meu filho de ministro”, sugeriu.
Política“Indicação de Eduardo é grande bobagem de Bolsonaro”, diz embaixador
Lotado na Divisão do Arquivo do Itamaraty, Paulo Roberto de Almeida diz que filho do presidente demonstra "adesão sabuja" aos EUA.

Jornalista: Manoela Albuquerque