Biblioteca Brasiliana lança o “Atlas dos Viajantes no Brasil”
Nova plataforma interativa dá acesso a documentos sobre o Brasil produzidos a partir do século 16
O Atlas dos Viajantes no Brasil foi concebido para ser um instrumento inovador de divulgação de uma das coleções mais importantes da BBM – os relatos e imagens produzidos por viajantes brasileiros e estrangeiros que percorreram o País entre o século 16 e início do século 20. No site que abriga o Atlas, o usuário poderá acessar esses conteúdos de diversas maneiras – acompanhando a rota percorrida por um viajante específico, comparando informações sobre um local determinado produzidas por dois ou mais viajantes ou filtrando as informações por assuntos e temas do seu interesse.
Os relatos e imagens que os viajantes produziram formam uma vasta enciclopédia sobre o Brasil, tratando de temas como natureza, sociedade, economia, cultura e vida cotidiana. “O objetivo do Atlas dos Viajantes no Brasil é justamente recolher e organizar esses materiais para em seguida criar uma forma enriquecedora e estimulante de divulgá-los para estudantes, professores, pesquisadores e interessados em geral”, afirma o curador João Cardoso.
Após o evento de lançamento, a plataforma será liberada ao público e estará disponível no endereço viajantes.bbm.usp.br.

Ao completar o bicentenário da Independência e o centenário da Semana de Arte Moderna no ano de 2022, abre-se oportunidade para refletir e redimensionar a história da nossa formação – do Estado e da Sociedade, assim como da cultura histórica brasileira. O projeto 3 vezes 22 não será apenas a celebração de duas datas canônicas, mas uma tentativa de entrecruzar as temporalidades da Independência (1822), do Modernismo (1922) e da história do nosso tempo presente (2022). A reflexão crítica mediada pelos desafios do presente contemplará o legado deixado pelas narrativas sobre o movimento modernista e os projetos de construção da nação. O projeto 3 vezes 22, portanto, vale-se do rico material conservado pela Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin para encontrar nos documentos, nos livros e nos autores esquecidos e renegados pelas vertentes dominantes de nossa historiografia as evidências, as perspectivas e as interpretações que possam contribuir para a análise de nossa história, projetando questões que possam nortear a construção de um novo horizonte de autonomia, ao menos no plano da cultura e da ciência.