Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
BOLETIM DIÁRIO do MRE: Nº 130 - Sábado, 8 de julho de 2006
QUADRO DE ACESSO - Serão incluídos no Quadro de Acesso válido para o Segundo Semestre de 2006 os seguintes Diplomatas:
MINISTRO DE SEGUNDA CLASSE
Evandro de Sampaio Didonet
Alcides Gastão Rostand Prates
Maria Laura da Rocha
João de Mendonça Lima Neto
Antonio Carlos do Nascimento Pedro
George Monteiro Prata
Pedro Luiz Rodrigues
Paulo Antonio Pereira Pinto
Mitzi Gurgel Valente da Costa
Paulo César de Camargo
Paulo Cordeiro de Andrade Pinto
Carmelito de Melo
CONSELHEIRO
Marcus André Rouanet Machado de Mello
Matias Antonio Senra de Vilhena
João Pedro Corrêa Costa
Jorge José Frantz Ramos
Marcos Leal Raposo Lopes
Elza Moreira Marcelino de Castro
Ana Maria Pinto Morales
João André Pinto Dias Lima
Roberto Colin
Santiago Luís Bento Fernandez Alcazar
Carlos Ricardo Martins Ceglia
David Silveira da Mota Neto
Sérgio Barreiros de Santana Azevedo
Vera Cintia Alvarez
Carlos Márcio Bicalho Cozendey
PRIMEIRO SECRETÁRIO
Antonio de Moraes Mesplé
Hervelter de Mattos
Terezinha Bassani Campos
Sérgio Luís Lebedeff Rocha
Pery Machado
João Marcelo de Aguiar Teixeira
Félix Valois Pires
Claudio Roberto Poles
Sérgio da Fonseca Costa Couto
Márcio Catunda Ferreira Gomes
Ana Suza Cartaxo de Sá
Ronald Cardoso Mendes Júnior
Paulo Roberto Ribeiro Guimarães
José Estanislau do Amaral Souza Neto
Roland Stille
Evaldo Freire
Sônia Regina Guimarães Gomes
João Mendes Pereira
Renato Mosca de Souza
Rafael de Mello Vidal
Gisela Maria Figueiredo Padovan
Gilberto Gonçalves de Siqueira
Fátima Keiko Ishitani
Rodrigo de Azeredo Santos
Ricardo de Souza Franco Peixoto
Ana Maria de Souza Bierrenbach
Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega
SEGUNDO SECRETÁRIO
Jandira Gill Chalu Pacheco
Márcio Oliveira Dornelles
João Carlos de Oliveira Moregola
Carlos Henrique Moscardo de Souza
Sidney Leon Romeiro
Paulo Rocha Cypriano
Pedro Escosteguy Cardoso
Joaquim Pedro de Oliveira Penna Coelho da Silva
Carlos Luís Duarte Villanova
Elio de Almeida Cardoso
Alexandre Fontoura Kessler
Audo Araujo Faleiro
Daniella Ortega de Paiva Menezes
Leandro Zenni Estevão
João Paulo Soares Alsina Junior
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 8 de julho de 2006
575) Uma surpreendente (e irônica) aprovacao da atual politica externa
Obrigado, Bolívia!
05/07/2006
Engana-se quem acredita que as políticas de Evo Morales prejudicam o Brasil. Ao contrário. E é fácil explicar o porquê. Na medida em que o país vizinho implementa a agenda socialista, aprofunda-se a crise econômica. Os bolivianos ficam com perspectivas cada vez piores, e deixam o país. O Brasil tem sido o seu destino natural, até porque a maior extensão da fronteira entre os dois países é seca. Eles não têm necessidade de se lançar ao mar, em embarcações improvisadas, como fazem os cubanos. Basta cruzar a pé a linha imaginária que delimita os territórios.
Enquanto o governo brasileiro não enveredar completamente pelo mesmo caminho, cada vez mais bolivianos se mudarão para o Brasil. E isso é muito bom, pois imigrantes são, em geral, jovens com muita disposição para progredir na vida. Estudam e trabalham duro. Representam um valioso capital humano que a Bolívia está nos mandando absolutamente de graça! Como se isso fosse pouco, brevemente a Bolívia expulsará brasileiros que dão enorme dinamismo à agricultura, tudo em nome da reforma agrária. Voltarão para o Brasil empresários rurais altamente qualificados.
Mas os benefícios das políticas bolivianas para o Brasil não se esgotam com a remessa de mão-de-obra. Na medida em que o socialismo empobrece a Bolívia (como, aliás, sempre fez em todos os países onde é implantado), reduz o consumo interno, inclusive dos seus próprios minérios. Assim, sobrarão no futuro gás, petróleo e outras matérias primas para o Brasil comprar mais barato.
A política externa brasileira de dar apoio aos desatinos de Evo Morales é de um maquiavelismo surpreendente. Sabedor de que a ruína da Bolívia trará benefícios de curto e longo prazo para o Brasil, o Itamaraty finge que está irmanado ao povo boliviano. E ainda "dá corda" no discípulo de Hugo Chávez, para ver se ele destrói seu país mais rapidamente.
Por isso, só nos resta agradecer à Bolívia e cumprimentar a diplomacia brasileira pela habilidade com que consegue dissimular a sua verdadeira agenda.
Cãndido Prunes é vice-presidente do Instituto Liberal.
05/07/2006
Engana-se quem acredita que as políticas de Evo Morales prejudicam o Brasil. Ao contrário. E é fácil explicar o porquê. Na medida em que o país vizinho implementa a agenda socialista, aprofunda-se a crise econômica. Os bolivianos ficam com perspectivas cada vez piores, e deixam o país. O Brasil tem sido o seu destino natural, até porque a maior extensão da fronteira entre os dois países é seca. Eles não têm necessidade de se lançar ao mar, em embarcações improvisadas, como fazem os cubanos. Basta cruzar a pé a linha imaginária que delimita os territórios.
Enquanto o governo brasileiro não enveredar completamente pelo mesmo caminho, cada vez mais bolivianos se mudarão para o Brasil. E isso é muito bom, pois imigrantes são, em geral, jovens com muita disposição para progredir na vida. Estudam e trabalham duro. Representam um valioso capital humano que a Bolívia está nos mandando absolutamente de graça! Como se isso fosse pouco, brevemente a Bolívia expulsará brasileiros que dão enorme dinamismo à agricultura, tudo em nome da reforma agrária. Voltarão para o Brasil empresários rurais altamente qualificados.
Mas os benefícios das políticas bolivianas para o Brasil não se esgotam com a remessa de mão-de-obra. Na medida em que o socialismo empobrece a Bolívia (como, aliás, sempre fez em todos os países onde é implantado), reduz o consumo interno, inclusive dos seus próprios minérios. Assim, sobrarão no futuro gás, petróleo e outras matérias primas para o Brasil comprar mais barato.
A política externa brasileira de dar apoio aos desatinos de Evo Morales é de um maquiavelismo surpreendente. Sabedor de que a ruína da Bolívia trará benefícios de curto e longo prazo para o Brasil, o Itamaraty finge que está irmanado ao povo boliviano. E ainda "dá corda" no discípulo de Hugo Chávez, para ver se ele destrói seu país mais rapidamente.
Por isso, só nos resta agradecer à Bolívia e cumprimentar a diplomacia brasileira pela habilidade com que consegue dissimular a sua verdadeira agenda.
Cãndido Prunes é vice-presidente do Instituto Liberal.
574) Shadow cabinet: ministro extraordinario (ou paralelo?) para assuntos aleatorios externos?
Recebido de um amigo (que por sua vez recebeu de alguém que leu no site informativo Vide Versus, de Porto Alegre), que é responsável pelo comentário abaixo:
REPASSANDO NOTÍCIA RECEBIDA QUE, PARA GENTE QUE ACOMPANHA O NOTICIÁRIO E RACIOCINA, DISPENSA COMENTÁRIOS.
QUE BRASIL É ESTE?
Folha descobre que José Dirceu foi negociar com a Bolívia em nome do governo Lula
A edição dessa quinta-feira (6 de julho de 2006) do jornal Folha de São Paulo tem matéria revelando que o ex-ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, deputado federal cassado José Dirceu, fora do governo desde 16 de junho do ano passado, manteve encontros políticos na Bolívia em abril passado, agindo na condição de emissário do governo Lula e tratando do tema da nacionalização do gás e do petróleo bolivianos. José Dirceu esteve em La Paz nos dias 23 e 24 de abril, quando a Bolívia vivia a expectativa do anúncio da nacionalização dos hidrocarbonetos.
O decreto foi assinado no dia 1º de maio, pelo presidente Evo Morales, e afetou as operações da Petrobras na Bolívia, que foi expropriada de seu patrimônio. A Folha apurou que José Dirceu manteve ao menos dois compromissos no dia 23, um domingo: com Evo Morales, no Palácio de Governo (a agenda presidencial registra o encontro às 15h30 e tem a anotação "alto dirigente do PT), e uma reunião com seis parlamentares do "Podemos" (Poder Democrático e Social), o principal partido de oposição.
Nessa reunião, José Dirceu disse que havia chegado à Bolívia em um vôo particular. A Folha apurou que a viagem entre São Paulo e La Paz foi feita em um jatinho pertencente à empresa MMX, do empresário Eike Batista, o qual é proprietário da EBX, siderúrgica instalada parcialmente em Puerto Quijarro, a 15 quilômetros de Corumbá (MS), e que terminou proibida de operar no país pelo governo Morales, sob acusação de ter começado a ser construída sem licença ambiental. Eike Batista anunciou a saída da EBX da Bolívia dois dias depois da visita de José Dirceu, em 25 de abril.
No dia 23 de abril, conforme registro do Aeroporto Internacional de El Alto, o único vôo privado originário do Brasil chegou a La Paz às 12h38 locais, proveniente do aeroporto de Guarulhos. O avião, um jato Cessna Citation 7, prefixo PTOVU, levantou vôo no dia seguinte, às 21h47, e voltou a Guarulhos, tendo feito uma escala em Santa Cruz de la Sierra.
"Ele não veio tratar de negócios, não veio fazer turismo, não veio por motivos particulares. Ele veio tratar de temas bilaterais entre os governos do Brasil e da Bolívia", afirmou um dos parlamentares do "Podemos" presentes ao encontro, sob a condição do anonimato: "Não sei se usou estas palavras, mas veio definitivamente em nome do governo do Brasil".
Conforme o relato desse parlamentar da oposição, José Dirceu contou que foi recebido no aeroporto por representantes do governo. Dali, foi levado à comunidade de Achocalla, na mesma região do aeroporto, onde participou de cerimônia de boas-vindas da etnia aimará, à qual pertence Evo Morales.
Para os parlamentares oposicionistas do "Podemos", José Dirceu não mencionou o encontro com o presidente Evo Morales, mas disse que jantaria com membros da cúpula do governo e que um dos temas principais era o projeto de nacionalização. Segundo o parlamentar, Dirceu não mencionou a EBX durante a conversa. O encontro de José Dirceu com a oposição durou duas horas e começou por volta das 17 horas.
O local foi a casa do suplente de senador Andrés Fermín Heredia Guzmán, do departamento fronteiriço de Pando. José Dirceu falou sobre a relação entre Lula e Morales, as eleições no Brasil e ouviu relatos de preocupação sobre a ingerência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na Bolívia.
Disse o mesmo parlamentar: "Foi uma conversa muito cortada, ele tinha dois celulares que não paravam de tocar". Mas, o assunto principal de José Dirceu foi a expectativa em torno da nacionalização dos hidrocarbonetos. Ele avaliou (de maneira completamente errada, como hoje se sabe) que não haveria ações duras contra o Brasil por causa das boas relações entre Lula e Morales: "O José Dirceu disse acreditar que, sob nenhuma hipótese, haveria medidas contra os interesses do Brasil. Mas, disse também que, se Evo se porta mal, nós vamos embora. Assim mesmo, em português".
http://www.videversus.com.br/index.asp?SECAO=76&SUBSECAO=0&EDITORIA=1452
---------------
Da coluna diária do Cesar Maia, em 7 de julho de 2006:
O QUE FOI FAZER?
Folha de SP
Dirceu não revela o que foi fazer na Bolívia Em nota, ex-ministro nega ter encontrado Evo Morales e diz que "atividades profissionais" o levaram ao país vizinho em abril Empresa de Eike Batista confirma ser dona de jato que levou petista a La Paz, mas não afirma se ele estava representando o empresário Em nota divulgada ontem, o x-ministro da Casa Civil José Dirceu disse ter desempenhado "atividades profissionais" na viagem que fez entre 23 e 24 de abril último a La Paz, na Bolívia, mas não explicou para quem trabalhava e qual o objetivo da viagem. Dirceu revelou ter feito outras viagens "de caráter profissional" para os Estados Unidos e o México -também sem revelar os clientes.
A Folha revelou ontem que, em La Paz, Dirceu manteve encontros com o presidente Evo Morales e com parlamentares da oposição para discutir a crise dos combustíveis - dias depois, em 1º de maio, Morales decretaria a nacionalização do gás e do petróleo bolivianos.
REPASSANDO NOTÍCIA RECEBIDA QUE, PARA GENTE QUE ACOMPANHA O NOTICIÁRIO E RACIOCINA, DISPENSA COMENTÁRIOS.
QUE BRASIL É ESTE?
Folha descobre que José Dirceu foi negociar com a Bolívia em nome do governo Lula
A edição dessa quinta-feira (6 de julho de 2006) do jornal Folha de São Paulo tem matéria revelando que o ex-ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, deputado federal cassado José Dirceu, fora do governo desde 16 de junho do ano passado, manteve encontros políticos na Bolívia em abril passado, agindo na condição de emissário do governo Lula e tratando do tema da nacionalização do gás e do petróleo bolivianos. José Dirceu esteve em La Paz nos dias 23 e 24 de abril, quando a Bolívia vivia a expectativa do anúncio da nacionalização dos hidrocarbonetos.
O decreto foi assinado no dia 1º de maio, pelo presidente Evo Morales, e afetou as operações da Petrobras na Bolívia, que foi expropriada de seu patrimônio. A Folha apurou que José Dirceu manteve ao menos dois compromissos no dia 23, um domingo: com Evo Morales, no Palácio de Governo (a agenda presidencial registra o encontro às 15h30 e tem a anotação "alto dirigente do PT), e uma reunião com seis parlamentares do "Podemos" (Poder Democrático e Social), o principal partido de oposição.
Nessa reunião, José Dirceu disse que havia chegado à Bolívia em um vôo particular. A Folha apurou que a viagem entre São Paulo e La Paz foi feita em um jatinho pertencente à empresa MMX, do empresário Eike Batista, o qual é proprietário da EBX, siderúrgica instalada parcialmente em Puerto Quijarro, a 15 quilômetros de Corumbá (MS), e que terminou proibida de operar no país pelo governo Morales, sob acusação de ter começado a ser construída sem licença ambiental. Eike Batista anunciou a saída da EBX da Bolívia dois dias depois da visita de José Dirceu, em 25 de abril.
No dia 23 de abril, conforme registro do Aeroporto Internacional de El Alto, o único vôo privado originário do Brasil chegou a La Paz às 12h38 locais, proveniente do aeroporto de Guarulhos. O avião, um jato Cessna Citation 7, prefixo PTOVU, levantou vôo no dia seguinte, às 21h47, e voltou a Guarulhos, tendo feito uma escala em Santa Cruz de la Sierra.
"Ele não veio tratar de negócios, não veio fazer turismo, não veio por motivos particulares. Ele veio tratar de temas bilaterais entre os governos do Brasil e da Bolívia", afirmou um dos parlamentares do "Podemos" presentes ao encontro, sob a condição do anonimato: "Não sei se usou estas palavras, mas veio definitivamente em nome do governo do Brasil".
Conforme o relato desse parlamentar da oposição, José Dirceu contou que foi recebido no aeroporto por representantes do governo. Dali, foi levado à comunidade de Achocalla, na mesma região do aeroporto, onde participou de cerimônia de boas-vindas da etnia aimará, à qual pertence Evo Morales.
Para os parlamentares oposicionistas do "Podemos", José Dirceu não mencionou o encontro com o presidente Evo Morales, mas disse que jantaria com membros da cúpula do governo e que um dos temas principais era o projeto de nacionalização. Segundo o parlamentar, Dirceu não mencionou a EBX durante a conversa. O encontro de José Dirceu com a oposição durou duas horas e começou por volta das 17 horas.
O local foi a casa do suplente de senador Andrés Fermín Heredia Guzmán, do departamento fronteiriço de Pando. José Dirceu falou sobre a relação entre Lula e Morales, as eleições no Brasil e ouviu relatos de preocupação sobre a ingerência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, na Bolívia.
Disse o mesmo parlamentar: "Foi uma conversa muito cortada, ele tinha dois celulares que não paravam de tocar". Mas, o assunto principal de José Dirceu foi a expectativa em torno da nacionalização dos hidrocarbonetos. Ele avaliou (de maneira completamente errada, como hoje se sabe) que não haveria ações duras contra o Brasil por causa das boas relações entre Lula e Morales: "O José Dirceu disse acreditar que, sob nenhuma hipótese, haveria medidas contra os interesses do Brasil. Mas, disse também que, se Evo se porta mal, nós vamos embora. Assim mesmo, em português".
http://www.videversus.com.br/index.asp?SECAO=76&SUBSECAO=0&EDITORIA=1452
---------------
Da coluna diária do Cesar Maia, em 7 de julho de 2006:
O QUE FOI FAZER?
Folha de SP
Dirceu não revela o que foi fazer na Bolívia Em nota, ex-ministro nega ter encontrado Evo Morales e diz que "atividades profissionais" o levaram ao país vizinho em abril Empresa de Eike Batista confirma ser dona de jato que levou petista a La Paz, mas não afirma se ele estava representando o empresário Em nota divulgada ontem, o x-ministro da Casa Civil José Dirceu disse ter desempenhado "atividades profissionais" na viagem que fez entre 23 e 24 de abril último a La Paz, na Bolívia, mas não explicou para quem trabalhava e qual o objetivo da viagem. Dirceu revelou ter feito outras viagens "de caráter profissional" para os Estados Unidos e o México -também sem revelar os clientes.
A Folha revelou ontem que, em La Paz, Dirceu manteve encontros com o presidente Evo Morales e com parlamentares da oposição para discutir a crise dos combustíveis - dias depois, em 1º de maio, Morales decretaria a nacionalização do gás e do petróleo bolivianos.
573) Um outro velho jornal reacionario: velinhas para o Wall Street Journal
Leio na coluna "This Day in History":
1889 Wall Street Journal begins publishing
Meus parabéns ao venerando jornal capitalista. Ele tem a idade da República brasileira e certamente passou por menos reformas e turbulências, cosméticas ou de substância, do que o nosso combalido e altamente desacreditado regime republicano.
Não sou um leitor, sequer habitual, desse jornal que não tem vergonha de defender, acerbamente, valores e princípios capitalistas.
Apenas recebo, diariamente, o resumo de suas principais notícias e editoriais.
Como não sou um capitalista, não me sinto obrigado a pagar uma assinatura para acesso pleno às muitas matérias publicadas nesse jornal, que faculta apenas parte do material publicado para leitura online.
Mas sempre presto atenção à coluna semanal, publicada aos sábados, chamada "Five Best" que sempre seleciona os "cinco melhores livros" -- na concepção de seus autores, obviamente -- numa área determinada: pode ser policial, história, política, artes, whatever.
A seleção deste sábado 8 de julho de 2006, por exemplo, cobre as cinco melhores novelas, efetuada por Louis Auchincloss -- sempre é uma personalidade convidada a fazer a sua seleção, geralmente jornalistas e críticos, mas também pode ser um politico ou artista -- que oferece sua lista e que transcrevo abaixo.
Para terminar, renovo meus cumprimentos ao velho jornal do bastião capitalista da América, certamente in good shape do ponto de vista fiscal e orçamentário, o que talvez não possa ser dito da nossa república combalida.
FIVE BEST
The Long and the Short of It
The best novellas.
BY LOUIS AUCHINCLOSS
Saturday, July 8, 2006 12:01 a.m. EDT
1. "Madame de Treymes" By Edith Wharton (Scribner's, 1907).
A notable form of fiction, the novella is approved more by the reading public of yesterday than of to day. Its length is hard to specify other than to say that it is usually not long enough to justify a separate publication under its own covers, yet it is certainly a useful form for any subject too simple for a novel but too complex to be fitted within the limits of a short story. Edith Wharton's "Madame de Treymes" is a remarkable example of the form. It is the story of the tactical defeat but moral victory of an honest and upstanding American in his struggle to win a wife from a tightly united but feudally minded French aristocratic family. He loses, but they cheat. It is essentially the same tale with the same moral as James's full-length novel "The American." In a masterpiece of brevity, Wharton dramatizes the contrast between the two opposing forces: the simple and proper old brownstone New York, low in style but high in principle, and the achingly beautiful but decadent Saint-Germain district of Paris. The issue is seamlessly joined.
2. "The Author of Beltraffio" By Henry James (1884).
Here Henry James successfully encapsulates a tale that might seem to require longer treatment. A mother allows her young son to die unattended by a doctor rather than see him live to be corrupted by his father's literary infatuation with what she considers the evil beauty of the Italian Renaissance. All that James wished to draw from his donnée is a sense of the horror that may result from a philistine's loathing of anything charming enough to interfere with the dullness of order for order's sake.
3. "Olivia" By Dorothy Bussy (William Sloane, 1949).
Dorothy Bussy's "Olivia" is the perfect novella because the form and content are in ideal proportion. It is the deeply moving tale of a girl's crush on the cultivated headmistress of a French boarding school and of the tender and humane way that the infatuation is handled by the older woman. The headmistress realizes that her initial response to the girl's attachment is too warm for the student's ultimate good. One feels that, though her crush may be an isolated incident in the girl's existence, to be replaced by maturer emotions, perhaps even a happy marriage, it is nonetheless an important and ever memorable phase in a lifelong engagement with the art of love.
4. "The Portrait of Mr. W.H." By Oscar Wilde (1889).
Wilde's novella is a delightful and half-plausible romp through the multitudinous inquiries into the identity of the youth to whom Shakespeare's sonnets are largely addressed. "The Portrait of Mr. W.H." ends with the novel theory that the young person is not a beautiful maiden, as one might assume, but the boy actor who performed as Rosalind, Juliet and Cleopatra at the Globe Theatre. The reconciliation of this idea with the text of the poems is brilliantly provocative and even enhances one's appreciation of the verse by stretching the imagination. Of course, one is not convinced; one is not meant to be. It is a glorious jeu d'esprit.
5. "Le Procurateur de Judée By Anatole France (1892).
This pearl of a novella is known to many principally through its final line: the aging Pontius Pilate's response to a query put to him by an old friend. The two are reminiscing about their past in Judea, when Pilate was the local Roman administrator. Recalling an early mistress who left him to follow a young man reputed to perform miracles--and who was later crucified for some crime--Lamia asks Pilate if he remembers the man, one Jesus of Nazareth. Pilate scratches his head and says, no, he does not recall the name. Anatole France wonderfully contrasts the former Roman ruler's calm, philosophic detachment with the violent eruptions of portions of the empire that preferred religious fanaticism and independence to deference to the eternal city. Pilate predicts the terrible coming revenge of emperor Titus. But what broods over the story is the inevitable triumph of an even more terrible church militant.
Mr. Auchincloss's most recent book, "The Young Apollo and Other Stories," was published by Houghton Mifflin in April.
1889 Wall Street Journal begins publishing
Meus parabéns ao venerando jornal capitalista. Ele tem a idade da República brasileira e certamente passou por menos reformas e turbulências, cosméticas ou de substância, do que o nosso combalido e altamente desacreditado regime republicano.
Não sou um leitor, sequer habitual, desse jornal que não tem vergonha de defender, acerbamente, valores e princípios capitalistas.
Apenas recebo, diariamente, o resumo de suas principais notícias e editoriais.
Como não sou um capitalista, não me sinto obrigado a pagar uma assinatura para acesso pleno às muitas matérias publicadas nesse jornal, que faculta apenas parte do material publicado para leitura online.
Mas sempre presto atenção à coluna semanal, publicada aos sábados, chamada "Five Best" que sempre seleciona os "cinco melhores livros" -- na concepção de seus autores, obviamente -- numa área determinada: pode ser policial, história, política, artes, whatever.
A seleção deste sábado 8 de julho de 2006, por exemplo, cobre as cinco melhores novelas, efetuada por Louis Auchincloss -- sempre é uma personalidade convidada a fazer a sua seleção, geralmente jornalistas e críticos, mas também pode ser um politico ou artista -- que oferece sua lista e que transcrevo abaixo.
Para terminar, renovo meus cumprimentos ao velho jornal do bastião capitalista da América, certamente in good shape do ponto de vista fiscal e orçamentário, o que talvez não possa ser dito da nossa república combalida.
FIVE BEST
The Long and the Short of It
The best novellas.
BY LOUIS AUCHINCLOSS
Saturday, July 8, 2006 12:01 a.m. EDT
1. "Madame de Treymes" By Edith Wharton (Scribner's, 1907).
A notable form of fiction, the novella is approved more by the reading public of yesterday than of to day. Its length is hard to specify other than to say that it is usually not long enough to justify a separate publication under its own covers, yet it is certainly a useful form for any subject too simple for a novel but too complex to be fitted within the limits of a short story. Edith Wharton's "Madame de Treymes" is a remarkable example of the form. It is the story of the tactical defeat but moral victory of an honest and upstanding American in his struggle to win a wife from a tightly united but feudally minded French aristocratic family. He loses, but they cheat. It is essentially the same tale with the same moral as James's full-length novel "The American." In a masterpiece of brevity, Wharton dramatizes the contrast between the two opposing forces: the simple and proper old brownstone New York, low in style but high in principle, and the achingly beautiful but decadent Saint-Germain district of Paris. The issue is seamlessly joined.
2. "The Author of Beltraffio" By Henry James (1884).
Here Henry James successfully encapsulates a tale that might seem to require longer treatment. A mother allows her young son to die unattended by a doctor rather than see him live to be corrupted by his father's literary infatuation with what she considers the evil beauty of the Italian Renaissance. All that James wished to draw from his donnée is a sense of the horror that may result from a philistine's loathing of anything charming enough to interfere with the dullness of order for order's sake.
3. "Olivia" By Dorothy Bussy (William Sloane, 1949).
Dorothy Bussy's "Olivia" is the perfect novella because the form and content are in ideal proportion. It is the deeply moving tale of a girl's crush on the cultivated headmistress of a French boarding school and of the tender and humane way that the infatuation is handled by the older woman. The headmistress realizes that her initial response to the girl's attachment is too warm for the student's ultimate good. One feels that, though her crush may be an isolated incident in the girl's existence, to be replaced by maturer emotions, perhaps even a happy marriage, it is nonetheless an important and ever memorable phase in a lifelong engagement with the art of love.
4. "The Portrait of Mr. W.H." By Oscar Wilde (1889).
Wilde's novella is a delightful and half-plausible romp through the multitudinous inquiries into the identity of the youth to whom Shakespeare's sonnets are largely addressed. "The Portrait of Mr. W.H." ends with the novel theory that the young person is not a beautiful maiden, as one might assume, but the boy actor who performed as Rosalind, Juliet and Cleopatra at the Globe Theatre. The reconciliation of this idea with the text of the poems is brilliantly provocative and even enhances one's appreciation of the verse by stretching the imagination. Of course, one is not convinced; one is not meant to be. It is a glorious jeu d'esprit.
5. "Le Procurateur de Judée By Anatole France (1892).
This pearl of a novella is known to many principally through its final line: the aging Pontius Pilate's response to a query put to him by an old friend. The two are reminiscing about their past in Judea, when Pilate was the local Roman administrator. Recalling an early mistress who left him to follow a young man reputed to perform miracles--and who was later crucified for some crime--Lamia asks Pilate if he remembers the man, one Jesus of Nazareth. Pilate scratches his head and says, no, he does not recall the name. Anatole France wonderfully contrasts the former Roman ruler's calm, philosophic detachment with the violent eruptions of portions of the empire that preferred religious fanaticism and independence to deference to the eternal city. Pilate predicts the terrible coming revenge of emperor Titus. But what broods over the story is the inevitable triumph of an even more terrible church militant.
Mr. Auchincloss's most recent book, "The Young Apollo and Other Stories," was published by Houghton Mifflin in April.
572) O jornal reacionario ataca outra vez: politica externa
Editorial do jornal O Estado de São Paulo, 7 de julho de 2006
Uma política claramente ineficaz
A um jornalista que lhe pedia esclarecimentos sobre comentários feitos durante um debate sobre política externa, na terça-feira, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty, desculpou-se: "Sou assim mesmo, obscuro." Não é. A política que o embaixador Pinheiro Guimarães ajuda a planejar e a implementar é tudo, menos obscura. Seus pressupostos são de uma clareza meridiana. A globalização é um mal que ameaça a existência do Estado nacional, cuja função é orientar e conduzir - não como regulador, mas como agente principal - a vida política, econômica e social do país; e essa situação convém apenas aos ricos países industrializados do Norte, que agem como modernos colonizadores dos pobres países do Sul.
E as ações da política externa, que decorrem cartesianamente daqueles pressupostos, são igualmente transparentes. Sendo os EUA os principais arautos e beneficiários da globalização, cabe ao Brasil organizar a resistência dos países do Sul contra a onda antinacional. Os meios para isso são as "alianças estratégicas" com países como a China, a Índia, a Rússia e a África do Sul. As regiões prioritárias para a diplomacia são a África e a Ásia, além, é claro, a América do Sul. São esses os parceiros que os formuladores da atual política externa escolheram para alavancar a arrancada do Brasil rumo ao desenvolvimento econômico e à "emancipação" política.
Se essa política não funciona, não é por falta de clareza. É porque seus formuladores não conseguiram se libertar de preconceitos adquiridos nas décadas de 1950 e 1960 e continuam aplicando esquemas dogmáticos que já então estavam ultrapassados. Em resumo, a atual política externa fracassa porque não só está em desacordo com a realidade, como não tem vigor para mudá-la.
Por ter uma política externa ideologicamente enviesada, o Brasil não tem acordos de comércio com seus principais mercados. O Mercosul se esgarça. A união da América do Sul é um simples papel. A Alca foi torpedeada pelo presidente Lula, que se vangloria de ter levado as negociações a um impasse logo em seu primeiro ano de governo. O acordo Mercosul-União Européia está encruado. As "parcerias estratégicas", se resultaram em alguma vantagem, foi para os parceiros. E, para completar, vários vizinhos do Brasil estão fazendo acordos com os EUA, o que dificulta o nosso acesso aos mercados mais promissores.
O esquematismo dogmático impede que o embaixador Pinheiro Guimarães veja a realidade brasileira como ela é - e isso se reflete na política externa. No debate de terça-feira, por exemplo, ele fez duas afirmações dignas de um jejuno nas coisas do Brasil. "Se a indústria brasileira fosse competitiva, o Brasil seria um país desenvolvido", foi a primeira. A segunda foi ainda mais surpreendente: "Se a população se alimentar bem, o Brasil não deve ser um grande exportador agrícola no futuro." Basta acompanhar, mês a mês, a balança comercial para se ter uma noção da competitividade da indústria brasileira. Apesar dos entraves estruturais - a começar pela taxa de juros e pela cotação cambial, passando pelas deficiências estruturais que formam o custo Brasil -, os superávits a favor do Brasil se sucedem. E não se pode dizer que a agricultura mais desenvolvida do mundo, em termos de tecnologia de produção, não seja capaz de alimentar bem todos os brasileiros e ainda produzir resultados decisivos para a balança comercial. Note-se que o boom das exportações agrícolas coincidiu com os efeitos do Plano Real sobre o consumo interno de alimentos.
O problema não está na globalização ou na vocação imperialista dos EUA. Está no governo a que o embaixador Pinheiro Guimarães serve e na política externa que ele ajuda a implementar. Tornou-se artigo de fé, em Brasília, negar à indústria e à agricultura as condições necessárias para que os bons resultados até agora verificados se mantenham e ainda produzam mais divisas e empregos para o País. Em artigo publicado no Estado de quarta-feira, o economista Marcos Sawaya Jank mostra que o movimento de exportações mais dinâmico se dirige para o Hemisfério Ocidental, aí incluídos os EUA. De um déficit de US$ 4,2 bilhões em 1996, passamos para um superávit de mais de US$ 25 bilhões. É esse mercado, que consome produtos de alto valor agregado, que a política externa do embaixador Pinheiro Guimarães põe de lado por razões ideológicas, privilegiando os países mais pobres.
(Original neste link)
Uma política claramente ineficaz
A um jornalista que lhe pedia esclarecimentos sobre comentários feitos durante um debate sobre política externa, na terça-feira, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty, desculpou-se: "Sou assim mesmo, obscuro." Não é. A política que o embaixador Pinheiro Guimarães ajuda a planejar e a implementar é tudo, menos obscura. Seus pressupostos são de uma clareza meridiana. A globalização é um mal que ameaça a existência do Estado nacional, cuja função é orientar e conduzir - não como regulador, mas como agente principal - a vida política, econômica e social do país; e essa situação convém apenas aos ricos países industrializados do Norte, que agem como modernos colonizadores dos pobres países do Sul.
E as ações da política externa, que decorrem cartesianamente daqueles pressupostos, são igualmente transparentes. Sendo os EUA os principais arautos e beneficiários da globalização, cabe ao Brasil organizar a resistência dos países do Sul contra a onda antinacional. Os meios para isso são as "alianças estratégicas" com países como a China, a Índia, a Rússia e a África do Sul. As regiões prioritárias para a diplomacia são a África e a Ásia, além, é claro, a América do Sul. São esses os parceiros que os formuladores da atual política externa escolheram para alavancar a arrancada do Brasil rumo ao desenvolvimento econômico e à "emancipação" política.
Se essa política não funciona, não é por falta de clareza. É porque seus formuladores não conseguiram se libertar de preconceitos adquiridos nas décadas de 1950 e 1960 e continuam aplicando esquemas dogmáticos que já então estavam ultrapassados. Em resumo, a atual política externa fracassa porque não só está em desacordo com a realidade, como não tem vigor para mudá-la.
Por ter uma política externa ideologicamente enviesada, o Brasil não tem acordos de comércio com seus principais mercados. O Mercosul se esgarça. A união da América do Sul é um simples papel. A Alca foi torpedeada pelo presidente Lula, que se vangloria de ter levado as negociações a um impasse logo em seu primeiro ano de governo. O acordo Mercosul-União Européia está encruado. As "parcerias estratégicas", se resultaram em alguma vantagem, foi para os parceiros. E, para completar, vários vizinhos do Brasil estão fazendo acordos com os EUA, o que dificulta o nosso acesso aos mercados mais promissores.
O esquematismo dogmático impede que o embaixador Pinheiro Guimarães veja a realidade brasileira como ela é - e isso se reflete na política externa. No debate de terça-feira, por exemplo, ele fez duas afirmações dignas de um jejuno nas coisas do Brasil. "Se a indústria brasileira fosse competitiva, o Brasil seria um país desenvolvido", foi a primeira. A segunda foi ainda mais surpreendente: "Se a população se alimentar bem, o Brasil não deve ser um grande exportador agrícola no futuro." Basta acompanhar, mês a mês, a balança comercial para se ter uma noção da competitividade da indústria brasileira. Apesar dos entraves estruturais - a começar pela taxa de juros e pela cotação cambial, passando pelas deficiências estruturais que formam o custo Brasil -, os superávits a favor do Brasil se sucedem. E não se pode dizer que a agricultura mais desenvolvida do mundo, em termos de tecnologia de produção, não seja capaz de alimentar bem todos os brasileiros e ainda produzir resultados decisivos para a balança comercial. Note-se que o boom das exportações agrícolas coincidiu com os efeitos do Plano Real sobre o consumo interno de alimentos.
O problema não está na globalização ou na vocação imperialista dos EUA. Está no governo a que o embaixador Pinheiro Guimarães serve e na política externa que ele ajuda a implementar. Tornou-se artigo de fé, em Brasília, negar à indústria e à agricultura as condições necessárias para que os bons resultados até agora verificados se mantenham e ainda produzam mais divisas e empregos para o País. Em artigo publicado no Estado de quarta-feira, o economista Marcos Sawaya Jank mostra que o movimento de exportações mais dinâmico se dirige para o Hemisfério Ocidental, aí incluídos os EUA. De um déficit de US$ 4,2 bilhões em 1996, passamos para um superávit de mais de US$ 25 bilhões. É esse mercado, que consome produtos de alto valor agregado, que a política externa do embaixador Pinheiro Guimarães põe de lado por razões ideológicas, privilegiando os países mais pobres.
(Original neste link)
571) Otimizacao das buscas na Web: um site otimo...
O professor titular o Instituto de Informática da UFRGS, José Palazzo Moreira de Oliveira ensina, em seu site, como otimizar um processo de busca na internet.
Transcrevo aqui a introdução explicativa de seu manual, que remete, no parágrafo final, ao link para acesso ao arquivo em questão.
#
Um dos programas mais utilizados atualmente são os navegadores na Web. Uma grande parte do tempo usado pelas pessoas frente a um computador é utilizado para navegar em páginas Web. Mas como achar as páginas interessantes? Como resolver uma dúvida ou encontrar uma informação desejada? A maior parte das pessoas utiliza os serviços de busca, como o Google, para encontrar as páginas desejadas, mas surpreendentemente poucas se preocupam em otimizar esta busca e de reduzir o tempo gasto em obter a informação desejada. Este site tem por objetivo fazer as suas buscas por informação na Web mais rápidas e eficientes. Meu principal objetivo é discutir como a busca inteligente na Web pode ser usada para diminuir o tempo gasto para encontrar uma informação adequada.
#
A maior parte das páginas contém apontadores para outros sites com informação complementar, não deixe de segui-los e de estudar o seu conteúdo pois foram escolhidos por conter material adicional interessante. Além disto você pode utilizar as caixas de busca Google para encontrar material adicional. Não deixe de realizar buscas, seja criativo! O conhecimento está na Web!
#
NOVIDADES
*
Acabo de incluir um tutorial sobre a Busca na Web. Este texto descreve como realizar uma busca eficaz e dá algumas boas dicas. É uma introdução que pode ser útil para auxilar as buscas na Web. Pretendo, aos poucos, adicionar novas páginas aprofundando o assunto.
*
Transcrevo aqui a introdução explicativa de seu manual, que remete, no parágrafo final, ao link para acesso ao arquivo em questão.
#
Um dos programas mais utilizados atualmente são os navegadores na Web. Uma grande parte do tempo usado pelas pessoas frente a um computador é utilizado para navegar em páginas Web. Mas como achar as páginas interessantes? Como resolver uma dúvida ou encontrar uma informação desejada? A maior parte das pessoas utiliza os serviços de busca, como o Google, para encontrar as páginas desejadas, mas surpreendentemente poucas se preocupam em otimizar esta busca e de reduzir o tempo gasto em obter a informação desejada. Este site tem por objetivo fazer as suas buscas por informação na Web mais rápidas e eficientes. Meu principal objetivo é discutir como a busca inteligente na Web pode ser usada para diminuir o tempo gasto para encontrar uma informação adequada.
#
A maior parte das páginas contém apontadores para outros sites com informação complementar, não deixe de segui-los e de estudar o seu conteúdo pois foram escolhidos por conter material adicional interessante. Além disto você pode utilizar as caixas de busca Google para encontrar material adicional. Não deixe de realizar buscas, seja criativo! O conhecimento está na Web!
#
NOVIDADES
*
Acabo de incluir um tutorial sobre a Busca na Web. Este texto descreve como realizar uma busca eficaz e dá algumas boas dicas. É uma introdução que pode ser útil para auxilar as buscas na Web. Pretendo, aos poucos, adicionar novas páginas aprofundando o assunto.
*
sexta-feira, 7 de julho de 2006
570) Teoria da jabuticaba em ação: um caso teórico transformado em nova jabuticaba
Eu acabava de publicar, num dos casos referidos em minha "teoria da jabuticaba", minha oposição a mais uma dessas soluções geniais para enfrentar nossos terríveis problemas de má qualidade da educação, quando a notícia vem confirmar, justamente, que o Brasil não perde uma oportunidade para criar, ainda e sempre, novas jabuticabas.
Vejam esta notícia:
"Decisão torna obrigatória filosofia e sociologia no ensino médio
da Folha Online, 07/07/2006 - 20h29
Uma decisão do CNE (Conselho Nacional de Educação) divulgada nesta sexta-feira torna obrigatório o ensino de sociologia e filosofia no ensino médio em todas as escolas do país. Hoje, as disciplinas fazem parte do currículo das escolas de 17 Estados.
A intenção do CNE é desenvolver o espírito crítico dos estudantes. A decisão deve ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.
A decisão prevê prazo de um ano para que os Estados incluam as disciplinas nos seus currículos do ensino médio."
Agora, os interessados podem ler, se desejarem, meu artigo sobre a "teoria da jabuticaba", no qual essa obrigatoriedade do ensino das duas disciplinas no ciclo médio figurava com destaque como um dos "case studies".
Vejam o artigo:
Teoria da jabuticaba, II: estudo de casos
Publicado no blog do Instituto Millenium, em 5 de julho de 2006.
Neste link.
Vejam esta notícia:
"Decisão torna obrigatória filosofia e sociologia no ensino médio
da Folha Online, 07/07/2006 - 20h29
Uma decisão do CNE (Conselho Nacional de Educação) divulgada nesta sexta-feira torna obrigatório o ensino de sociologia e filosofia no ensino médio em todas as escolas do país. Hoje, as disciplinas fazem parte do currículo das escolas de 17 Estados.
A intenção do CNE é desenvolver o espírito crítico dos estudantes. A decisão deve ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad.
A decisão prevê prazo de um ano para que os Estados incluam as disciplinas nos seus currículos do ensino médio."
Agora, os interessados podem ler, se desejarem, meu artigo sobre a "teoria da jabuticaba", no qual essa obrigatoriedade do ensino das duas disciplinas no ciclo médio figurava com destaque como um dos "case studies".
Vejam o artigo:
Teoria da jabuticaba, II: estudo de casos
Publicado no blog do Instituto Millenium, em 5 de julho de 2006.
Neste link.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Uma preparação de longo curso e uma vida nômade Paulo Roberto de Almeida A carreira diplomática tem atraído número crescente de jovens, em ...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Países de Maior Acesso aos textos PRA em Academia.edu (apenas os superiores a 100 acessos) Compilação Paulo Roberto de Almeida (15/12/2025) ...
-
Mercado Comum da Guerra? O Mercosul deveria ser, em princípio, uma zona de livre comércio e também uma zona de paz, entre seus próprios memb...
-
Reproduzo novamente uma postagem minha de 2020, quando foi publicado o livro de Dennys Xavier sobre Thomas Sowell quarta-feira, 4 de março...
-
Itamaraty 'Memórias', do embaixador Marcos Azambuja, é uma aula de diplomacia Embaixador foi um grande contador de histórias, ...
-
O Chanceler alemão Merz: "Caros amigos, as décadas da Pax Americana chegaram ao fim para nós na Europa, e para nós na Alemanha também...
-
Desde el post de José Antonio Sanahuja Persles (Linkedin) Con Camilo López Burian, de la Universidad de la República, estudiamos el ascens...
-
O Brics vai de vento em popa, ao que parece. Como eu nunca fui de tomar as coisas pelo seu valor de face, nunca deixei de expressar meu pen...