segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

“Brazil’s Rising Star” – CBS 60 Minutes


Brazil’s Rising Star” – CBS 60 Minutes

On Sunday, 12th December, the CBS program “60 Minutes” was dedicated to Brazil’s Rising Star.  CBS journalist Steve Kroft reported on “The Country that is Poised to Become the Fifth-Largest Economy in the World”. 

Kroft interviewed several persons “linked” to Brazil, including – outgoing President Luiz Ignácio Lula da Silva, mega-investor Eike Batista, author-journalist Eduardo Bueno, and University of San Diego Professor Kenneth Serbin, past president of the Brazilian Studies Association (BRASA).

     www.cbsnews.com/stories/2010/12/09/60minutes/main7134185.shtml

Também disponível:
MREBRASIL - 15 de dezembro de 2010

O presidente Lula, empresários e especialistas discutem a projeção mundial do Brasil em programa exibido na rede norte-americana de televisão CBS:

http://www.youtube.com/mrebrasil#p/u/4/Sg4cq5qWICI

Avancos cientificos de 2001 a 2010

Os grandes avanços da ciência na primeira década do século 21:

Os dez mais 
Science aponta os destaques do início do século na ciência
Giuliana Miranda
Folha de S.Paulo, 17/12/2010

A primeira década do século 21 mudou completamente a forma de fazer ciência. Muito do que parecia ser impossível aconteceu, como o mapeamento completo do DNA de criaturas extintas há milhares de anos e a descoberta de centenas de planetas fora do Sistema Solar.

A "Science", uma das mais importantes revistas da área, escolheu os destaques do período. Biotecnologia e genética dominam a lista.

O mergulho no lado oculto do genoma é um deles. Nos anos 2000, os cientistas descobriram que os humanos têm muito menos genes do que se pensava. Além disso, o que durante muito tempo foi chamado de "lixo" no DNA mostrou ter funções importantes, ajudando na regulação de todo o genoma.

As pesquisas com células-tronco também deram um salto. Os cientistas conseguiram "domá-las" e já produzem em laboratório qualquer tecido do corpo humano, viabilizando um dos mais promissores tratamentos para várias doenças.

O desenvolvimento de métodos para analisar DNA de criaturas que viveram há milhões de anos permitiu saber com precisão inédita detalhes de sua aparência.

Além de descobrir a cor de dinossauros ou mamutes, também se descortinou o passado dos seres humanos, os quais, agora se sabe, tiveram filhos com neandertais.

A astronomia ocupa três posições na lista. Além de avanços na precisão das medições no espaço, a década também foi marcada pela confirmação da existência de água no subsolo de Marte.

O registro de planetas fora do Sistema Solar bateu recordes. Em 2000, havia 26 confirmados. Hoje, são 505.

O levantamento da "Science" incluiu ainda uma questão política: as pesquisas sobre as mudanças climáticas.

Na opinião do historiador da ciência da USP Gilson Santos, a lista da "Science" é relevante, mas deixou de fora resultados importantes. "Noto a ausência da química e de outras ciências, como a geologia, a oceanografia e a matemática."

Como maior destaque de 2010, a "Science" escolheu um invenção quase indecifrável: uma minúscula haste de metal, visível a olho nu, que obedece às regras da física quântica, antes só aplicáveis a objetos submicroscópicos, como átomos. Ela conseguiu vibrar rápido e devagar ao mesmo tempo, o que só é possível num cenário quântico.

Biotecnologia e genética também dominam o levantamento anual, com destaque para novas técnicas para regredir células-tronco adultas ao estágio embrionário.

A parte oculta do genoma
O que se imaginava a respeito do DNA humano estava errado. Além de menos genes (são 21 mil, contra os 100 mil idealizados antes), boa parte do que se achava "lixo" desempenha funções importantes

Células-tronco
Células com capacidade de reescrever seu próprio destino, as células-tronco foram uma das mais promissoras fronteiras para o tratamento de doenças. E, nesta década, os cientistas aprenderam melhor do que nunca como manejá-las e controlá-las

Microbioma
Nos anos 2000, os humanos finalmente deram uma trégua às bactérias e aceitaramque muitos desses micro-organismos desenvolvem funções importantes no funcionamento e até na proteção do corpo humano

DNA pré-histórico
Novas técnicas de análise permitiram avaliar o DNA de animais e plantas extintos dezenas de milhares ou milhões de anos atrás, com bastante precisão. Desse modo, descobriu-se a cor das penas de alguns dinossauros e até detalhes sobre cabelo e pele dos neandertais

Água em Marte
Missões espaciais encontraram evidências muito fortes de que houve água líquida no planeta vermelho bilhões de anos atrás. Mais recentemente, pesquisadores comprovarama existência de gelo enterrado no solo e até em grandes blocos

Exoplanetas
A quantidade de planetas conhecidos fora do Sistema Solar disparou: passou de 26, em 2000, para os atuais 505. E os registros não paramde acontecer, devido a vários avanços tecnológicos na astronomia

Estudos do aquecimento global
A década foi marcada pelo reconhecimento dos problemas climáticos e dos estudos sobre eles, que ganharam financiamento e repercussão mundiais

Inflamação
Os processos inflamatórios se mostraram muito mais complexos do que se imaginava. Descobriu-se que câncer, diabetes e até Alzheimer são relacionados a respostas inflamatórias que podem, em muitos casos, levar à morte ou a sequelas graves

Mais precisão na cosmologia
Vários experimentos mostraram melhor do que nunca o que está acontecendo no Universo. Algumas técnicas levarama resultados surpreendentes, como a comprovação de que o Cosmos é plano

Metamateriais
Cientistas criaram uma junção de materiais que age com propriedades que não são normalmente encontradas na natureza. Eles trabalham direcionando a luz e outras ondas eletromagnéticas, conseguindo efeitos considerados impossíveis de forma natural.

O custo do culto internacional da personalidade Lula - João Bosco Leal

Uma avaliação pessoal, opinativa, sobre o governo que termina, certamente pouco otimista.

O custo do culto internacional da personalidade Lula
João Bosco Leal
18.12.2010

O Presidente Lula finalmente está deixando o cargo. Penso que, a partir de agora, poderemos, pelo menos em parte, conhecer com maior clareza o estrago promovido por ele na economia do país.

Não tenho a menor dúvida em relação a isso, assim como também não a tenho sobre a competência de sua equipe de comunicação em montar o circo que se apresentou sobre sua imagem, tanto no Brasil como no exterior, durante seu tempo no governo.

O governo Lula, em seu circo econômico, substituiu sua dívida externa pela interna. Pagou a dívida externa brasileira, lastreada em dólares, a juros internacionais, variando ente 4 e 6% ao ano, e para isso contraiu uma imensa dívida interna, em reais, com juros médios de 8,75% ao ano.

Com o dólar caindo a cada dia no mercado internacional, com o interesse americano de que o mesmo continue caindo mais para que possam exportar mais e assim diminuir seu déficit na balança comercial, e o real subindo, valorizando-se frente ao dólar, não é difícil imaginar o péssimo negócio realizado pelo Brasil de Lula.

A dívida interna, quando Lula assumiu o governo, era de R$ 892,4 bilhões, e hoje já está em R$ 1,8 trilhão, com um custo mensal de R$ 14,5 bilhões, ou R$ 174 bilhões anuais, só de juros da dívida.

Querendo conseguir um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, e em busca de votos para tal intento, Lula saiu mundo afora distribuindo benesses, como o perdão de dívidas de países africanos com o Brasil, a doação de centenas de milhares de dólares a outros países, além construção de uma embaixada brasileira em Tuvalu, país com uma população total de 13.000 habitantes, isso mesmo, treze mil tuvaluanos, população menor do que muitos bairros de centenas de cidades brasileiras de médio porte, com um parlamento composto de 15 membros, e cujo PIB total não ultrapassa os US$ 15 milhões, mas que possui um voto na ONU.

Com a mesma intenção, Lula manteve-se contra tudo e contra todos ao defender o programa nuclear do Irã, do radical Mahmoud Ahmadinejad, e aceitou rever um contrato internacional vigente entre o Brasil e o Paraguai, alterando de 120 para 360 milhões de dólares o custo da energia que o Brasil compra da parte paraguaia de Itaipu, além de construir uma rede de transmissão de energia entre Itaipu e Assunção, capital daquele país.

Aceitou perder para a Bolívia todo o patrimônio da Petrobrás naquele país e renovar contratos também vigentes de aquisição de gás lá produzido, em grande parte nos próprios poços tomados da Petrobrás, pagando agora um preço bem maior pelo metro cúbico de gás, além de ter cedido à exigência de pagamento de uma determinada quantidade mínima de metros cúbicos, ainda que o Brasil não a utilize.

A promessa ao presidente Nicolas Sarkozy da aquisição dos caças franceses Rafale, contrariando todos os estudos técnicos realizados por especialistas do Exército brasileiro que optavam pelo sueco Gripen na concorrência internacional para equipar as forças armadas com 36 caças, foi outra atitude inexplicável que, tomara, possa ser corrigida pela nova presidente, Dilma Rousseff, visto que a França nunca conseguiu exportar um só exemplar dessa aeronave, e, convenhamos, motivos pra isso não devem faltar.

A defesa intransigente dos "companheiros" Hugo Chávez e dos irmãos Castro, mesmo tendo que fechar os olhos a todos os crimes contra os direitos humanos por estes cometidos, também é inexplicável.

O culto à personalidade é comum entre os socialistas, e Lula, sonhando em entrar para a história como um grande estadista, como "o cara", e incentivado pelos não menos radicais socialistas e incompetentes à sua volta, acreditou que, com essas atitudes, entraria para a história como Lênin, Marx, Mao e tantos outros que, como ele, buscando o culto à própria personalidade, prejudicaram toda uma população que agora paga a conta.

domingo, 19 de dezembro de 2010

America Latina: retrocessos da democracia

O Economist Intelligence Unit, unidade de pesquisa e análise do grupo que edita a revista The Economist, acaba de publicar o:

Democracy index 2010: Democracy in retreat

Nesse relatório se constata, infelizmente, recuos democráticos ao redor do mundo e particularmente na América Latina, inclusive no Brasil, em função do crescimento do poder do Estado e de sua capacidade de intervenção na economia e no controle dos meios de comunicação.
O caso mais dramático na região é, sem dúvida alguma, o da Venezuela, ainda não identificada com o tipo de regime cubano -- caracterizado como autoritário, junto com a China e outros -- mas já integrando, numa escala bem baixo, o grupo dos regimes híbridos, que são aqueles que combinam elementos dos regimes autoritários junto com os de democracia deficiente, grupo no qual, aliás, se encontra o Brasil.
O Brasil, acreditem ou não, recuou desde 2008, passando do lugar 41 (sobre 167) para o 47, o que se explica, certamente, pelos avanços do governo sobre os meios de comunicação e sobre atividades econômicas de modo geral.
Comparado com o primeiro da lista -- Noruega -- e com o último da lista, exatamente número 167 -- que é, sem surpresa, a Coreia do Norte -- o Brasil parece estar bem, mas é superado por Uruguai e Costa Rica, as duas únicas democracias plenas na região.
Comparado a nossos "colegas" do BRIC, perdemos para a Índia (com o score de 40), mas ganhamos da Rússia (score 107) e certamente da China (com 136).
Onde o Brasil perde feio é na "cultura política" -- apenas 4,38 pontos sobre 10 possíveis -- mas ganhamos em processo eleitoral e pluralismo (9,58).

Democracy index, 2010, by regime type
             No. of countries - % of countries - % of world population
Full democracies 26 - 15,6 - 12,3
Flawed democracies 53  -  31,7 - 37,2
Hybrid regimes 33  - 19,8  - 14
Authoritarian regimes  55  -  32,9  - 36,5

Na Europa ocidental, vejam que surpresa: França e Itália cairam do grupo das democracias plenas (apenas 26) para o das democracias deficientes, sendo que a França recuou vários pontos sob o presidente Sarkozy (de 24 a 31) e a Itália permaneceu estável nas suas deficiências sob Berlusconi (score 29).
O quadro geral é preocupante segundo o relatório...
Paulo Roberto de Almeida

Aqui a palavra do editor da The Economist:
The world has become less democratic in the past two years. That is the sad finding of the Economist Intelligence Unit's 2010 Democracy Index, covering 167 countries. As our ViewsWire service explains, political freedoms have been eroded in many countries since the last index in 2008. The global financial crisis has been a contributing factor, undermining public faith in government and tempting politicians to muzzle criticism. In addition to this week's featured article, the full 43–page report is available free of charge. If you are a registered EIU.com user, please download it from www.eiu.com. If you do not already have login details for EIU.com, you can still access the report following the completion of a simple registration form.

Abaixo, um resumo do relatório preparado pelo cientista político David Fleischer:


Brazil ranked 47th on The Economist’s “Democracy Index”

In an article titled “Democracy in Retreat” published by The Economist on 13th December, Brazil dropped from 41st rank in 208 to 47th in 2010 – and was listed as a “flawed democracy” along with 52 other countries (including France and Italy).  Brazil’s score declined from 7.38 to 7.12 on a zero-to-ten scale.  Only 26 of the 167 nations evaluated were considered “full democracies”.  The other two types are “hybrid regimes” and “authoritarian regimes”.  This Index used 60 indicators grouped into FIVE categories to develop this evaluation – 1) electoral process and pluralism; 2) civil liberties; 3) government functioning; 4) political participation; and 5) political culture. 

Global backsliding 2008-2010 – Four European nations dropped from the category of “full democracy” to “flawed democracy”: France, Italy, Greece and Slovenia.  Between 2006 (the first year of the index) and 2008 there was “stagnation”, but between 20008 and 2010 there was outright decline.  The Economist attributes this decline to the world economic crisis.  The 2010 Democracy Score was lower in 91 countries, while the score increased (better rating) for 48 nations, and remained the same in 28.  There was a change in regime type in 13 countries and 11 of the latter regressed.   

Highlights:

·      Sweden dropped from 1st to 4th rank and Norway is now 1st rank;
·      “Media freedom” declined in 36 countries;
·      In France, public confidence in political institutions is extremely low;
·      The most pronounced decline was in Eastern Europe, where 19 nations declined;
·      The US and UK are both near the bottom limit in the “full democracy” category;
·      US – erosion of civil liberties and gov’t. functioning
·      UK – problem of low levels of political participation
·      Nearly one-half (79) the countries are considered “democracies”;
·      26 “full democracies”
·      53 “flawed democracies”
·      33 “hybrid regimes”
·      55 “authoritarian regimes”

In Latin America, Uruguay was 21st and Costa Rica was 24th (“full democracies”); Chile was 34th, and Panama was 46th (better than Brazil), while Mexico was 50th, Argentina was 51st, Colombia was 57th, Paraguay and Peru were 62nd, and Guatemala 75th (“flawed democracies”).  Bolivia, Ecuador, Honduras, Nicaragua and Venezuela were considered “hybrid regimes”. 

America Latina: avancos do populismo

O texto abaixo pretende ser uma síntese das medidas adotadas pelos governos populistas na região. Não se pode entender que todas as medidas são adotadas cumulativamente pelos diferentes regimes populistas ao mesmo tempo, nem que outros regimes, eventualmente situados fora da categoria atualmente, possam também adotar algumas delas.
Trata-se, portanto, de uma lista não excludente, nem exclusiva, pois políticos sempre tende a atuar de modo pretensamente "popular", muitos deles resvalando para o populismo. Algumas políticas setoriais ou macroeconômicas -- como na área cambial, por exemplo -- podem não corresponder inteiramente ao esquema proposto, uma vez que a diversidade de políticas econômicas é muito grande, em função das características gerais de cada uma das economias -- maior ou menor dependência de uma ou de poucas matérias-primas, ou desequilíbrio eventual de balanço de pagamentos, por exemplo. O panorama fiscal e tributário também pode variar bastante. Em todo caso, a característica comum de todos ele é a manipulação da opinião pública e a compra de clientelas por meio de favores dados com  uma mão, enquanto com a outra os governantes populistas retiram recursos da sociedade com os quais possam manter suas políticas deletérias, no longo prazo.
Paulo Roberto de Almeida

Esquema del desastre populista (Venezuela, Ecuador, Argentina, Bolivia, Nicaragua)
Por Esteban Lijalad
Blog en Español do Centro de Prosperidad Mundial del The Independent Institute, 14 diciembre 2010

1-      La base de la gobernabilidad de estos “modelos” es la creación de un electorado clientelar que se captura por medio de la provisión estatal de servicios, planes sociales, prestaciones educativas, sanitarias, etc. en el marco de una “movilización popular” permanente, que requiere de una red de “militantes sociales” muy extendida.

2-      La “caja” se utiliza para financiar “planes sociales”, para captar apoyos políticos clave de gobernadores, intendentes y legisladores, para crear o sostener medios de comunicación oficialistas, para pagar “servicios” a operadores políticos, para financiar empresas estatales que dan pérdida, para apropiarse personalmente de fondos estatales.

3-      El crecimiento del presupuesto estatal es el combustible que mueve la maquinaria: esto requiere un afilado sistema de recaudación de impuestos y una administración de los mismos según criterios políticos: las demandas se jerarquizan según el efecto político de cada decisión de “redistribución”, incluyendo el peso relativo que cada sector “político social” tenga.

4-      La manipulación política de tarifas y precios de productos básicos altera la información necesaria que deben poseer los actores económicos para decidir inversiones. El congelamiento de tarifas es parcialmente compensado por subsidios que sostienen la actividad (en especial, Transporte, Energía, Comunicaciones). Estos subsidios implican que sectores no usuarios de los servicios subsidiados se ven sustraídos de recursos  sin contraprestación alguna

5-      Con tarifas bajas, la política de precios se desliza hacia el control de precios de la canasta básica. Precios máximos, acuerdos de precios, productos “del Gobierno” comienzan a sumarse a una maraña regulatoria difícil de aplicar. La relaciones despersonalizadas de un mercado libre se transforman en “relaciones personales” con funcionarios clave, la acción de lobbystas cercanos al poder, las negociaciones ocultas entre pocos jugadores y el gobierno, etc.

6-      Las restricciones de tarifas y precios generan pérdida de reinversión en esos sectores, dado que el margen de ganancia se reduce por estas medidas políticas. La restricción de exportaciones de ciertos productos genera el desplazamiento de la inversión hacia sectores no controlados.

7-      La necesidad de aumentar la “caja” no solo se resuelve por la mayor carga impositiva- medidas que generan mucho “ruido” político- sino a través de la invisible mano de la emisión monetaria. La “inflación” no es “el aumento de precios”, sino el aumento de la masa monetaria por encima del incremento de la producción de bienes. El incremento de precios – y salarios- es solo un resultado de la “inflación” de moneda cada vez de menos valor.

8-      La desinversión tiene por efecto un aumento de la desocupación, una menor oferta de bienes y un deterioro de capital productivo

9-      La baja de la producción genera baja en la recaudación impositiva, por lo cual se alienta cada vez más a la emisión monetaria para cumplir los compromisos de Gobierno con los sectores sociales aliados.

10-  La necesidad de aumentar exportaciones implica normalmente una tendencia a subvaluar la moneda nacional por sobre las divisas internacionales. Pero una moneda “inflacionada” se va desajustando año a año con los precios internacionales: cada vez se necesitan más divisas para adquirir desde el exterior productos nacionales de exportación. Crecen las presiones devaluacionistas.

11-  Otra fuente de recursos es la reestatización de empresas anteriormente privatizadas. Esto provee de fondos frescos para la articulación de las políticas redistribucionistas, aunque el Estado se hace garante de estas empresas aun cuando trabajen a pérdida. Por otra parte , las empresas reestatizadas proveen de “trabajo” a funcionarios o empresarios amigos.

12-  La conflictividad por desocupación se vuelca a la demanda de más planes sociales y puede ser instrumentada por sectores “ a la izquierda” del poder, que utilizan las mismas herramientas de movilización y presión social que utiliza el partido gobernante

13-  Se instrumenta una política laboral ampliamente favorable al interés de la burocracia sindical, subiendo las cargas laborales. Esto genera un incremento del trabajo en negro, recurso empresarial para escapar al costo laboral e impositivo del trabajo oficialmente registrado.

14-  La politización de la economía abre el amplio campo de la corrupción

15-  El esquema requiere una Justicia amiga, que cajonee las demandas hechas por damnificados de estas políticas y las denuncias de corrupción

16-  También es necesario acallar voces opositoras que puedan expresarse a través de los medios de comunicación. Surge así la tentación  de extender el control de la comunicación cercenando derechos de los medios y creando medios propios y de “amigos” del poder.

17-  Con una Justicia y unos Medios controlados, con políticas discrecionales, con amenazas de expropiación, con restricciones y control de precios y tarifas, la inversión externa se retrae.

18-  Asimismo, el no cumplimiento de compromisos de pago de deuda externa retrae el crédito internacional o lo hace a tasas muy altas. Con poco o nada de inversión y de crédito externo inexistente, la capacidad productiva se va deteriorando.

19- El Gobierno niega esta realidad y construye un “relato épico” que acompaña la “venta” del “modelo”. Todo termina, en ultima instancia en una operación de ocultamiento de la verdad y en autismo autodestructivo.Para eso necesita cada vez más conrol de las "conversación pública": medios propios, ciberactivistas, activa presencia en las redes sociales, etc.

20-  En suma, inflación, presiones devaluacionistas, descrédito de la Justicia, manipulación de la comunicación social, desinversión, fuga de capitales, incremento del malestar social, crecimiento de una oposición “por izquierda” y de la oposición democrática, deterioro del capital básico son los resultados de la política populista.

O seu, o meu, o nosso dinheiro: como ele esta sendo gasto?

Pois é, caro leitor, o governo nunca desistiu de fazer propaganda de si próprio.
O dia em que, se e quando, o TCU ou alguma ONG especializada somar todas as despesas deste governo com publicidade própria, encontrará números certamente estarrecedores.
Isto é apenas para que você saiba, caro leitor, onde pode ir parar o dinheiro que lhe é arrancado dos bolsos, literalmente:

Campanha da ‘despedida’ de Lula custa R$ 20 milhões

Peças publicitárias para marcar fecho da era Lula na Presidência estão sendo divulgadas em 325 veículos

O Estado de S.Paulo, 18 de dezembro de 2010


A campanha publicitária de "despedida" do presidente Lula da Presidência custou R$ 20 milhões. Com um novo slogan "Estamos vivendo o Brasil de todos", a propaganda em rádio, TV, jornais e revistas fala sobre o crescimento econômico dos últimos anos e ressalta números sobre redução da desigualdade social.
As peças publicitárias começaram a ser exibidas em dezembro e, de acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), estão sendo divulgadas em 325 veículos de comunicação pelo País.
"Comida na mesa, carteira assinada, crianças na escola, vida no rumo. Estamos vivendo o Brasil de todos", diz uma das duas propagandas veiculadas em revistas. Na outra peça, o texto diz: "Está no número, está no dia a dia dos brasileiros. Estamos vivendo o Brasil de todos."
Segundo a Secom, o novo slogan "Estamos vivendo um Brasil de todos" é uma "evolução do conceito" anterior "Estamos vivendo um novo Brasil". A campanha foi feita pelas agências Propeg e Matisse, duas das três que detêm a conta da secretaria.
A verba para publicidade institucional da Presidência, que tem como objetivo divulgar ações e projetos do governo federal, foi orçada em R$ 167 milhões neste ano. Segundo o sistema de execução orçamentária das contas do governo federal, até agora já foram empenhados (comprometidos) R$ 165 milhões. Em todo o ano passado, foram usados cerca de R$ 159 milhões com esse mesmo tipo de propaganda. As peças publicitárias pretendem fazer uma "revisão" sobre os atos do governo.
"Nestes últimos anos, nós brasileiros nos encontramos com nós mesmos", começa a propaganda de um minuto na televisão. "Nos encontramos com o respeito, com a dignidade, com os projetos de vida, com a força que a gente tem e com a vontade de crescer. Nos reencontramos com nossos sonhos, com a felicidade, com a esperança de um futuro melhor. E ele será melhor, com certeza. Enfim, nós brasileiros nos reencontramos com o Brasil", diz o locutor, enquanto aparecem imagens de pessoas se abraçando.
No rádio, os spots dizem que a "maior riqueza" do País é o "seu povo": "O nosso país se reencontrou com o seu povo e descobriu que essa é sua maior riqueza. É por isso que o Brasil de hoje é melhor que o de ontem. E movido pela força, pelos sonhos desse povo, a gente sabe que o Brasil de amanhã será ainda melhor."
Gastos. Segundo dados da Secom, foi gasto, até a primeira semana de dezembro, R$ 1,1 bilhão com propaganda em mídia da administração direta e indireta do governo federal - no ano passado foi R$ 1,6 bilhão. O total não inclui publicidade legal (divulgação de balanços), gastos com produção de comerciais e eventos.
A maior parte dos recursos foi destinada às emissoras de televisão (R$ 707 milhões). Depois vieram os jornais (R$ 100 milhões), as rádios (R$ 99 milhões) e as revistas (R$ 82 milhões). O Ministério da Saúde foi a pasta que, até agora, usou mais recursos: R$ 137 milhões, seguido pelo Ministério das Cidades, R$ 60 milhões.
Os órgãos que apresentaram maior crescimento com veiculação de propaganda em relação a 2009 foram o Ministério da Justiça, que até agora praticamente dobrou os custos, chegando a R$ 8,4 milhões, e a Embratur, cujos gastos passaram de R$ 8,2 milhões para R$ 16,1 milhões.
Procurada pelo Estado, a Secom alegou que, nesta semana, divulgará balanço sobre investimentos em publicidade e, por isso, não comentaria os gastos na área.

O ano segundo a The Economist

The world this year
 The Economist, December 16th 2010

High levels of public debt among countries in the euro zone turned into a full-blown crisis for the currency block. As markets began to lose confidence in the ability of a few countries to finance their debt, and rapidly pushed up their borrowing costs, the European Union and the IMF eventually resolved to bail out Greece and, later, Ireland. Investors also fretted over Spain and Portugal. Measures to tackle budget deficits were met with protests, especially in Greece, which endured strikes and riots. In France 1m people demonstrated against pension reforms in a single day.

As Europe tightened its fiscal belt, America passed more stimulus measures. Barack Obama also signed into law the most sweeping changes to America’s financial-regulatory system since the 1930s and a health-care reform act that was hailed by many as America’s most significant piece of social legislation since the 1960s. Conservatives challenged the act in the courts.

Unease about deficits and the “jobless recovery” were factors behind the increasing clout of tea-partiers in America. With their support the Republicans scored a sensational win in a special election for Ted Kennedy’s former Senate seat in Massachusetts. November’s mid-term elections saw the Democrats swept from power in the House by the biggest swing to the Republicans in decades. Congress ended the year on its lowest-ever Gallup approval rating—13%.

In China the main worry was of an overheating economy. The central bank unexpectedly raised interest rates for the first time in three years amid concerns about inflation. Official trade statistics showed China had overtaken Germany as the world’s biggest exporter. Tensions over currency policy were at the forefront during summits of the G20 and IMF.

Google had a spat with China over censorship and a cyber-attack on its website there, causing it to redirect its Chinese internet searches through Hong Kong. Separately, Google, Facebook and others promised to do more to protect privacy after an outcry about their handling of users’ personal data.

The year of living dangerously
An earthquake in Haiti was a humanitarian disaster, killing at least 230,000 people and leaving 1m homeless. The quake devastated Port-au-Prince and left swathes of the country’s fragile infrastructure in ruins. A deadly outbreak of cholera later in the year and political unrest compounded the misery.

Drifting ash clouds emanating from a volcano in Iceland led to the closure of European air space for several days, causing the biggest disruption to worldwide air travel since September 11th 2001.

American combat operations ended in Iraq, seven years after the start of the war. Around 50,000 troops remain in a support role until the end of 2011. Iraq continued to be troubled by violence and suicide-bombs after the Americans departed. An election was held in March, though a new government didn’t begin to emerge until November.

The war in Afghanistan rumbled on. Coalition troops mounted their biggest offensive against the Taliban since 2001. The deaths of civilians in targeted missile attacks aimed at the Taliban and al-Qaeda caused rows. General Stanley McChrystal was sacked as commander of coalition forces after a magazine published an interview in which he disparaged the handling of the war by America’s civilian leadership. General David Petraeus took charge.

Pakistan endured another year of severe terrorist attacks, starting on January 1st when a suicide-bomber killed 100 people at a volleyball match. In July, the Pakistani Taliban claimed responsibility for huge blasts at a Sufi shrine in Lahore and at a market in the tribal area. Rioting in Karachi after the assassination of a politician killed scores. Relentless flooding from exceptionally heavy monsoon rains affected 20m people, adding to the country’s woes.

Among the year’s other deadliest terror attacks were co-ordinated bombings at two crowded bars in Kampala, the Ugandan capital. The Shabab, a Somali Islamist militia, claimed responsibility.

The heat is on
A spate of terrorist assaults in Russia, including a suicide-bombing on the Moscow metro, killed scores of people. Chechen separatists were blamed. The hottest summer in Russian history resulted in hundreds of wildfires, causing a public-health crisis in Moscow when smoke enveloped the city.

A spoof broadcast in Georgia claiming that Russia had invaded the country caused panic. The bulletin, using imagery from the 2008 Russia-Georgia war, prompted people to flee Tbilisi, the capital.

After months of cajoling, Israel and the Palestinians sat around the table for direct talks, though the negotiations soon broke down over the building of Jewish settlements on the West Bank. The American-Israeli relationship became somewhat strained.

Israeli intelligence was said to be behind the assassination of a senior Hamas military leader, who was killed at a hotel in Dubai. A diplomatic row ensued when it emerged that the assassins had travelled under the stolen identities of European and Australian citizens. There was another international ruckus when Israeli commandos shot dead nine people on a Turkish ship with humanitarian supplies bound for Gaza.

The world cheered when all 33 men trapped underground for 69 days at a mine in Chile were brought safely to the surface. But mining accidents in China, Russia, West Virginia, New Zealand and Turkey each killed dozens of workers.

An election in Britain saw Labour booted out of power after 13 years. The Conservatives emerged as the biggest party but without an overall majority. After a few tense days of talks, the Conservatives formed a coalition (the first in Britain since the 1940s) with the Liberal Democrats, who came third at the polls. The new government, led by David Cameron, embarked on a radical programme of spending cuts.

Joyful and triumphant
In other big elections, Dilma Rousseff won the presidency in Brazil, the first woman to do so. Julia Gillard became Australia’s first female prime minister after ousting Kevin Rudd; she kept the job after a subsequent election. For the first time in 50 years Chile elected a conservative president, Sebastián Piñera. Mahinda Rajapaksa was re-elected as Sri Lanka’s president; his opponent was arrested soon after. Benigno Aquino won a presidential election in the Philippines; he is the son of a late president, Corazon “Cory” Aquino. And Viktor Yanukovich was elected president of Ukraine, though Yulia Tymoshenko, his opponent, mounted a brief challenge to the result in court.

Poland’s president, Lech Kaczynski, was killed in a plane crash near Smolensk, Russia, along with the head of Poland’s central bank, senior diplomats and military leaders. The ensuing presidential election was won by Bronislaw Komorowski, who defeated Mr Kaczynski’s twin brother, Jaroslaw.

An explosion at a BP well in the Gulf of Mexico in April killed 11 men and caused the world’s biggest civilian oil spill to date, before the wellhead on the sea floor was finally sealed in September. The catastrophe forced a halt to commercial fishing in the area and a moratorium on drilling. The Obama administration faced sustained criticism of its handling of the crisis. BP’s share price slumped, wiping out almost half its stockmarket value. In December America launched a lawsuit against BP and other companies potentially liable for the spill for billions of dollars in damages.

North Korea’s increasingly bellicose attitude towards South Korea rattled the world. The sinking of a South Korean navy ship with the loss of 46 sailors was blamed on a torpedo attack by the North. Later in the year the North launched an artillery barrage against a tiny South Korean island. Kim Jong Un, the youngest son of Kim Jong Il, North Korea’s ailing Dear Leader, moved up the ranks as heir apparent.

Naoto Kan became Japan’s third prime minister within two years when Yukio Hatoyama resigned after reneging on a promise to remove the American marine base near Okinawa.

A recall of Toyota vehicles in America amid reportsof sticking accelerator pedals proved to be a public-relations disaster for the carmaker, compelling its boss to apologise at a congressional hearing.

There was more turmoil in Thailand when red-shirted opposition protesters set up an encampment in central Bangkok. After a two-month stand-off the army moved in to clear the streets; 50 people were killed in the resulting clashes.

Aung San Suu Kyi was released from house arrest by Myanmar’s ruling military junta. She had spent much of the past 20 years in detention and was freed after Myanmar’s first national election since 1990. The ballot was rigged to favour the junta’s candidates.

Goodluck Jonathan became president of Nigeria when the ailing and absent Umaru Yar’Adua was deemed too ill to continue in office (he died in May). There was further bloody conflict along ethnic lines between Christians and Muslims near the city of Jos.

Ethnic rioting in Kyrgyzstan between Kyrgyz and Uzbeks in the south of the country displaced hundreds of thousands and threatened to turn into a civil war.

The “hot potato” effect
Stockmarkets around the world had a bumpy year, none more so than the Dow Jones Industrial Average, which plunged dramatically within a matter of minutes on May 6th, only to recover the losses some 20 minutes later. An investigation found that a poorly executed algorithmic trade was at the root of the “flash crash”.

Kraft Foods bought Cadbury in a $19 billion takeover, one of the biggest of the year, though the sale was contentious. After stepping down as Cadbury’s chairman, Roger Carr said that Britain had become “the most open goal of almost any country…in terms of foreign takeovers”. Mr Carr becomes head of the Confederation of British Industry in June.

All I want for Christmas…
Apple started selling the iPad, a computer tablet that looked set to revolutionise digital publishing. Apple overtook Microsoft as the world’s biggest technology company.

Among the year’s sporting events, the winter Olympics were hosted by Vancouver, the World Cup was held in South Africa (and won for the first time by Spain) and the Commonwealth games took place in Delhi, though some competitors threatened to pull out because of poor hygienic conditions at the athletes’ village. An annual event in England where challengers chase a wheel of cheese down a hill was officially cancelled on health-and-safety grounds.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...