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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ipea acha que funcionários publicos devem brotar da terra, como champignons...

...ou se reproduzir como coelhos, seria o caso de se dizer.
Algum economista sério leva a sério o que dizem esses "técnicos" do "novo Ipea"?
Eles já ouviram falar em ganhos de produtividade?
Eles já ouviram falar da Grécia, da Itália, da França?
Eles vivem neste mundo?
Eles são de Marte? Ou de Vênus?

Cidadãos brasileiros:
toda vez que vocês ouvirem um "técnico" do novo-velho Ipea dizer uma coisa assim:
"Faz falta uma definição estratégica..", ""Faz falta uma política setorial..."
amarrem e internem num asilo de loucos, pois do contrário vocês vão ser chamados a pagar a conta...
Um "especialista" [em quê, exatamente, em contratações?] do Ipea tem a coragem de dizer isto:
"Não há exorbitância salarial do governo federal na comparação com o setor privado". Ele certamente não ouviu dizer que a média dos rendimentos no setor privado é R$ 1.500,00, enquanto no setor público supera R$ 8.000,00. Será que ele vai explicar que a produtividade dos funcionários públicos é muitas vezes maior do que a dos trabalhadores do setor privado, que aliás pagam os salários nababescos dos primeiros?
E o que os empresários teriam a dizer sobre isto?: "O setor privado nem sempre é assim, não contrata apenas pelo mérito", afirmou o especialista [do Ipea]."
Claro: o setor privado adora gastar dinheiro à toa, e contratar gente incompetente. O setor privado, aliás, possui dezenas de milhares de funções de confiança, onde os empresários colocam os amigos, os parentes, os cabos eleitorais, os protegidos da presidência, e o mais interessante é que essas pessoas contratadas pelo setor privado não precisam mostrar desempenho, aliás, nem precisam trabalhar...
Paulo Roberto de Almeida

Governo Lula nem chegou a recompor quadro de servidores, diz estudo do Ipea

Por João Villaverde | De Brasília
Valor Econômico, 9/09/2011

A contratação de 155,8 mil servidores civis federais ao longo do governo Luiz Inácio Lula da Silva não representou um inchaço do funcionalismo, mas apenas uma recomposição - e, mesmo assim, incompleta, segundo estudo dos economistas José Celso Cardoso e Roberto Nogueira, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No trabalho eles defendem que os 630,5 mil servidores civis na ativa que estavam registrados pelo Ministério do Planejamento em janeiro deste ano constituem um contingente positivo, mas que ainda deveria ser elevado.
A forte incorporação de novos trabalhadores no serviço público federal, no entanto, não acarretou aumento dos gastos com salários, segundo o Ipea. De acordo com Cardoso e Nogueira, os gastos com pessoal não "saíram do controle" do governo. Os economistas partem da comparação anual entre as despesas com pessoal e a evolução da receita corrente líquida. Em 2010, as despesas com funcionários públicos federais corresponderam a 18,7% do total arrecadado pela União. Ainda que o resultado seja muito superior aos 15,7% registrados em 2005, a relação, apontam os economistas, "permaneceu praticamente constante ao longo da primeira década de 2000, num contexto de retomada relativa do crescimento econômico e também da arrecadação tributária".


A comparação entre os anos de 2009 e 2010 explica a lógica do mais recente estudo do Ipea. Em 2009, a relação entre despesas com funcionalismo e receita corrente líquida foi de 19,3%, acima dos 18,7% do ano passado. Isso ocorreu mesmo com um salto no número de servidores civis na ativa - dos 601,1 mil de 2009 para 630,5 mil no ano passado. Como a comparação é feita com as receitas correntes, o forte crescimento da economia verificado no ano passado - de 7,5% - serviu por "diluir" o peso que as despesas com servidores ocuparam, diferentemente do que ocorreu no ano anterior, quando a economia caiu 0,6%.
"Não há exorbitância salarial do governo federal na comparação com o setor privado", disse Cardoso, para quem não existe uma "tendência de Estado gigante em pessoal, pois afinal ainda estamos longe do tamanho que tínhamos em 1992". Naquele ano, o governo federal tinha em sua folha de pagamentos 683,6 mil servidores civis na ativa. "Não podemos pensar que esses 630 mil servidores civis na ativa hoje constituem uma imensa empresa", disse Nogueira. "O serviço público contrata os melhores trabalhadores, os concursos públicos funcionam pela meritocracia. O setor privado nem sempre é assim, não contrata apenas pelo mérito", afirmou o especialista.
Os economistas do Ipea, no entanto, criticam a falta de uma política coordenada para o funcionalismo. "Faz falta uma definição estratégica de recursos humanos no serviço público federal", disse Nogueira, para quem "o governo Lula foi pouco explícito, mas quando agia, por meio de concursos e aumento de salários, era claro. Ao contrário do que ocorria no governo Fernando Henrique Cardoso, que falava muito em uma estratégia, mas que foi pouco efetivo na ação", disse o economista.
A comparação entre os anos de 2009 e 2010 explica a lógica do mais recente estudo do Ipea. Em 2009, a relação entre despesas com funcionalismo e receita corrente líquida foi de 19,3%, acima dos 18,7% do ano passado. Isso ocorreu mesmo com um salto no número de servidores civis na ativa - dos 601,1 mil de 2009 para 630,5 mil no ano passado. Como a comparação é feita com as receitas correntes, o forte crescimento da economia verificado no ano passado - de 7,5% - serviu por "diluir" o peso que as despesas com servidores ocuparam, diferentemente do que ocorreu no ano anterior, quando a economia caiu 0,6%.
"Não há exorbitância salarial do governo federal na comparação com o setor privado", disse Cardoso, para quem não existe uma "tendência de Estado gigante em pessoal, pois afinal ainda estamos longe do tamanho que tínhamos em 1992". Naquele ano, o governo federal tinha em sua folha de pagamentos 683,6 mil servidores civis na ativa. "Não podemos pensar que esses 630 mil servidores civis na ativa hoje constituem uma imensa empresa", disse Nogueira. "O serviço público contrata os melhores trabalhadores, os concursos públicos funcionam pela meritocracia. O setor privado nem sempre é assim, não contrata apenas pelo mérito", afirmou o especialista.
Os economistas do Ipea, no entanto, criticam a falta de uma política coordenada para o funcionalismo. "Faz falta uma definição estratégica de recursos humanos no serviço público federal", disse Nogueira, para quem "o governo Lula foi pouco explícito, mas quando agia, por meio de concursos e aumento de salários, era claro. Ao contrário do que ocorria no governo Fernando Henrique Cardoso, que falava muito em uma estratégia, mas que foi pouco efetivo na ação", disse o economista.

2 comentários:

Anônimo disse...

Trabalho no Ipea e concordo com você, este estudo é ridículo. Mas não generaliza porque no Ipea tem muita gente boa, cujos trabalhos não ganham os holofotes da mídia.

Paulo Roberto de Almeida disse...

Meu caro Anônimo Ipeano,
Eu sei disso, e conheço muitos economistas e técnicos do IPEA, tanto da "velha" geração (ou seja, antes que o mundo começasse em 2003), quanto da nova (a partir da nova era CL e DL, Com Lula e Depois de Lula), e confesso que eu sempre me surpreendo como as instituições podem ir para o brejo rapidamente.
Até a gestão Glauco Arbix o Ipea conservava sua plena racionalidade. Depois, quando chegou esse maoista presidente, que não é maoista nem serve de presidente, a coisa se deteriorou rapidamente, e o IPEA começou a apresentar a mais alta incidência de besteirol de que já se teve notícia nestepaiz, AL e DL, com estudos impagáveis de humorismo econômico. Pena que tenha sido de humor negro, mas isso também dá para dar risada, não é mesmo?
Lamento por vocês. Um dia vocês se recuperam, mas o estrago agora está feito.
A herança maldita dessa turma é a mais formidável mediocrização intelectual (se este último termo se aplica) jamais vista em qualquer tempo e lugar...
Meus pêsames...
Paulo Roberto de Almeida