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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mais inflacao e mais protecionismo pela frente: promessas explicitas...

Tudo o que se pode deduzir das palavras, ou do artigo em questão, é que teremos mais inflação, menos crescimento, e mais protecionismo pela frente. Ou seja, vamos continuar pagando caro pelos produtos e serviços que adquirirmos no Brasil.
Não existe nenhum risco de que o Brasil deixe de ser o Brasil no futuro previsível.
Vamos esperar mais uma ou duas décadas...
Paulo Roberto de Almeida

Dilma critica os 'manipuladores de moeda' em artigo no 'FT'

Cristiano Romero - Valor Econômico, 23/09/2011
BRASÍLIA - Em artigo que será publicado amanhã no jornal inglês "Financial Times", a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil vai “lutar contra os manipuladores de moeda”. Em tom duro e direto, a presidente afirmou que países em desenvolvimento que adotam regimes de câmbio flutuante, como o Brasil, estão sendo “ameaçados” e forçados a adotar medidas prudenciais para proteger suas economias e moedas nacionais.
“Não vamos sucumbir às pressões inflacionárias vindas de fora”, advertiu Dilma, para em seguida deixar claro que, neste momento, a redução da inflação não é um valor absoluto em si. O governo não abrirá mão do crescimento da economia. “Com firmeza e serenidade, vamos manter a inflação sob controle, sem ter que desistir do crescimento econômico, que é essencial se nós formos promover inclusão social.”
Em outro trecho do artigo, a presidente fez defesa enfática da presença do Estado na economia. “O país fortaleceu empresas controladas pelo Estado, como a Petrobras, a Eletrobrás e os bancos públicos, para induzir o desenvolvimento”, assinalou.
Dilma, que está fazendo neste momento, em Nova York, sua estreia num palco multilateral (a Assembleia-Geral das Nações Unidas), criticou os países ricos que, segundo ela, têm usado suas moedas-reserva para aumentar a liquidez internacional, “sem um sentido de bem coletivo”.
“Eles estão se valendo de taxas de câmbio desvalorizadas para assegurar sua participação nos mercados globais. Essa onda de desvalorizações competitivas, unilaterais, cria um círculo vicioso que leva ao protecionismo cambial e comercial”, acusou a presidente no artigo do FT.
Por fim, Dilma atacou o protecionismo, mas, ao mesmo tempo, defendeu a adoção de mecanismos de defesa comercial, amparados nas regras da Organização Mundial do Comércio (ONU), uma clara referência às medidas adotadas pelo governo na semana passada para banir a importação de carros da China e da Coreia do Sul. Segundo a presidente, o Brasil “não permitirá que sua indústria seja prejudicada pela competição desleal”.

 

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