Alguém tem alguma dúvida de que o mesmo não aconteceria no Parlamento nacional?
Ou seja, já está acontecendo há muito tempo...
Parlamentares, de qualquer nível, escola econômica, partido político, cor, religião e faixa de renda, estão alugando os mandatos para promover interesses de quem paga mais. Como eles podem abocanhar uma parte dos orçamentos federal, estaduais, municpais e outros, se porventura houver, eles vendem essa tramitação para quem pagar mais.
Trata-se, obviamente, de um mercado, e como tal digno de ser explorado como qualquer outro mercado.
Quem sabe o Brasil não oferece essa tecnologia para o mundo?
Que tal o Parlamento Europeu vendendo emendas para gregos e troianos, ou turcos, no caso?
Pois é, o Brasil sempre está à frente do que se menos imagina...
Paulo Roberto de Almeida
Deputado afirma que 30% dos colegas da Assembleia de SP vendem emendas
Ministério Público vai investigar denúncia feita em vídeo por Roque Barbiere (PTB), integrante da base governista
Fausto Macedo
O Estado de S. Paulo, 22 de setembro de 2011
Denúncia do deputado Roque Barbiere (PTB) sobre maracutaia na Assembleia Legislativa de São Paulo é alvo de investigação do Ministério Público Estadual. Segundo Barbiere, "tem bastante" parlamentar ganhando dinheiro por meio da venda de emendas e fazendo lobby de empreiteiras junto a administrações municipais. "Não é a maioria, mas tem um belo de um grupo que vive e sobrevive e enriquece fazendo isso", afirma.
Ele estima que entre 25% e 30% dos deputados adotam essa rotina. A Assembleia paulista abriga 94 parlamentares. É o maior Legislativo estadual do País. Pelas contas de Barbiere, cerca de 30 pares seus se enquadram no esquema de tráfico de emendas.
O petebista, pelos amigos e eleitores chamado Roquinho, não cita nomes. Sua explicação. "Poderia (citar), mas não vou ser dedo-duro e não vou citar." Dá uma pista. "Mas existe, existe do meu lado, existe vizinho, vejo acontecer. Falo para eles inclusive para parar."
O Estado procurou Barbieri e seus assessores nos últimos dias. Foram deixados recados no gabinete, no escritório político e no celular do deputado. Ninguém respondeu.
Revela-se um conselheiro daqueles que trilham o caminho do desvio. "Aviso que se um dia vier a cassação do mandato deles para não vir me pedir o voto que eu vou votar para cassá-los. Mas não vou dedurar."
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