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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Capital humano: Brasil precisa avancar (WEF)

Brasil fica em 57º no ranking de capital humano do Fórum Econômico Mundial

Estudo avalia condições para o desenvolvimento pessoal e profissional em 122 países
Ronaldo D’Ercole
 Valor Econômico, 1/10/13

SÃO PAULO - O Brasil aparece na 57ª posição no ranking global de capital humano divulgado nesta terça-feira pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum). O ranking faz parte do Relatório sobre Capital Humano (Human Capital Report), um estudo inédito que avalia as condições para o desenvolvimento pessoal e profissional em 122 países, e a importância do desenvolvimento dessas habilidades no desempenho de suas economias. Os Estados Unidos ficaram em 16º lugar e o Canadá, em 10º.

O estudo apresenta o Índice de Capital Humano (ICH), medida do grau de desenvolvimento nesta área usada para a classificação dos países no ranking. O ICH baseia-se em quatro pilares: três deles considerados fundamentais (educação, saúde e bem estar e emprego/força de trabalho), e um quarto, denominado ambiente de oportunidade, que leva em conta fatores como o arcabouço legal, a disponibilidade de infraestrutura entre outros fatores que propiciam retorno sobre o capital humano.

“A medida (dotação) do capital humano de um país - que consiste das habilidades e capacidades de sua população aplicado na produção - pode ser o fator mais importante para o seu sucesso econômico, mais do que qualquer outro recurso, no longo prazo. E esses recursos precisam ser desenvolvidos de forma eficiente, a fim de gerar retorno, tanto para os indivíduos como para a economia como um todo”, diz Klaus Schwab, presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, na apresentação do relatório.

Entre os dez países que ocupam o topo do ranking de capital humano do WEF, oito são europeus. A Suíça lidera a lista, com elevado desempenho em todos os quatro pilares. A Finlândia (2ª), a Holanda (4ª), Suécia (5ª), Alemanha (6ª), Noruega (7ª), Reino Unido (8ª) e a Dinamarca (9ª) vêm em seguida. Singapura, terceiro lugar no ranking, destaca-se entre os asiáticos, que têm o Japão na 15ª posição e a China na 43ª.

Entre os países do Brics (grupo das maiores economias emergentes, formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), a Rússia aparece pouco à frente do Brasil, na 51ª posição, enquanto a Índia (78ª) e a África do Sul (86ª) ficam atrás.

O Chile, 36º da lista, é o país latino americano mais bem colocado no ranking. O Uruguai, em 48º lugar, também supera o Brasil. O México é o 58º.

Considerando os quatro pilares usados na avaliação, o Brasil fica em 88º lugar em educação, em 49º em saúde e bem estar da população, em 45º quanto à força de trabalho e emprego, e em 52º no ambiente econômico e social.

Segundo Schwab, com o relatório o WEF pretende oferecer uma plataforma para o diálogo essencial entre os muitos setores e grupos econômicos sobre a melhor forma de investir em capital humano, tanto no curto como no longo prazo.

- Particularmente, esperamos mobilizar os principais integrantes de governos e empresas a prover as lacunas de capital humano por meio da cooperação publico-privada - diz.

“Pensar sobre capital humano a longo prazo muitas vezes não se encaixa no cliclo político ou nos horizontes de investimentos de um país. Mas a falta de um planejamento de longo prazo pode perpetuar uma perda contínua do potencial da população de um país, comprometendo seu crescimento e competitividade. Por isso, o ICH pretende despertar a consciência sobre a grande necessidade de planejamento nessa área”, ressalta o WEF.

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