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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Vladimir Lenin Safatle: o professor mais caro do mundo, pela indigencia teorica de seus artigos...

Leiam o artigo abaixo, de um professor da USP que tem um certo ar leninista, com sua barbicha ruiva e sua careca frontal. Não creio que tenha escrito nada comparável ao Estado e a Revolução, ou mesmo ao Que Fazer?, mas certamente escreveu, continua escrevendo e ainda escreverá muitas outras bobagens, do tamanho ou maior desta que segue abaixo, e que vocês podem tentar entender (mas não se preocupem se não conseguirem: não tem nenhuma importância).
Para mim se trata do professor mais caro do mundo, no sentido em que existe uma enorme desproporção entre o que ele recebe, como professor da USP, ou até da Folha, por seus artigos mal escritos, e o que valem, de fato, suas aulas e artigos, que não valem nada, este abaixo, pelo menos, não vale o papel em que foi impresso.
O neoleninista pretende contradizer aqueles que acham que o Brasil está caro -- o que é um fato, relativa e absolutamente, e qualquer um que viaje ao exterior pode comprovar, até ele mesmo, que certamente já comprou eletrônicos no exterior, talvez o seu iPhone ou o seu iPad -- e por isso ele tenta descartar os fatores habituais: carga tributária, custo do trabalho, etc.
Como seu mestre Lênin -- que era um gênio em política, mas um idiota completo em economia -- Vladimir Safatle também é um idiota em economia, ou melhor, um ignorante crasso, sem obviamente ser um gênio em política; longe disso, pois ele demonstra cabalmente sequer conhecer que Lula nunca teve qualquer "engenharia econômica", mas roubou todo o software de política econômica do governo anterior, sem pagar direitos autorais, e ainda chamando aquela política, que ele aplicou sem pestanejar, de neoliberal. Vladimir Safatle deve exibir a mesma desonestidade fundamental e também achar que Lula era um neoliberal enrustido, e que o Brasil merece mesmo uma política econômica de esquerda, que obviamente não pode ser a NEP dos neoliberais petralhas e seus economistas keynesianos de botequim. O novo Lênin tropical passa por cima disso, demonstrando que é também, como o Lênin original, um total rústico em economia, para não dizer um ignaro completo.
Ele acha, por exemplo, que a razão dos preços altos no Brasil tem apenas duas explicações, e nenhuma delas tem a ver com os impostos, que ele acha moderados, comparados com outros países (de forma completamente estúpida, registre-se desde já).
As duas explicações dele são: oligopólios -- que de fato existem no Brasil, mas ele não diz quais são e onde estão -- e a desigualdade (não sabe bem como a desigualdade causaria preços altos, mas isso o nosso Lênin de cera de sebo também não explica).
Ele compara alhos com bugalhos, ou maçãs e bananas, ou ainda, pretende equiparar um rato a uma montanha.
Vejamos. Para ele, o brasileiro até paga pouco imposto, apenas 4 mil dólares, per capita, quando o americano paga 13.550. Parece uma diferença enorme, não é?
A matemática desse professor é de alienado mental, ou ele exibe um grau de indigência mental que arrisca ser transmitido para os seus alunos. Neste caso, se trata de simples aritmética, ou seja reportar esses valores a seus contextos de PIB per capita.
Talvez ele não saiba que a renda per capita de um brasileiro é de 10 mil dólares, o que faz com que a carga fiscal represente exatamente 40 por cento desse valor (na prática é maior, pois com 40% ou mais de carga fiscal, um sueco, ou francês ou alemão, recebem de volta serviços públicos compatíveis, enquanto um brasileiro precisa ainda gastar um pouco-bastante mais de sua renda para comprar esses serviços no mercado). Ou seja, o brasileiro deixa mais de dois quintos de tudo quanto produz, de toda a sua renda, para o novo ogro famélico da derrama nacional.
Já o americano que (segundo a informação do nosso gênio matemático) paga 13.550, tem uma renda per capita de mais de 50 mil dólares, o que faz com que sua carga fiscal seja quase duas vezes menor do que a do brasileiro, para um renda cinco vezes maior, mas não estou seguro que seja bem isso ( pois seria preciso separar taxação sobre os fluxos de renda pessoal e os impostos indiretos, como o sales tax); de toda forma, como sabe todo brasileiro que já viajou aos EUA (menos o nosso Lênin, que deve ter preconceito contra o império), os preços dos produtos vendidos nos EUA são bem mais em conta, por ser aquele mercado totalmente aberto e competitivo e ter um sales tax (na faixa  de 4 a 6%) inferior à TVA europeia (como sabe qualquer viajante ao velho continente, onde nosso Lênin já deve ter ido, pelo menos para visitar o seu êmulo embalsamado).
As outras considerações "econômicas" que ele faz em seu artigo são de chorar de rir, tamanho o grau de delírio que ele exibe ao falar de preços, rendas e salários. Eu recomendaria um simples manual elementar de economia, que os imperialistas chamam de Economics 101 (mas pode ser também o Economy for Dummies, ou o Idiot's Guide to Economics).
Concluindo.
Para mim, esse professor é o mais caro do mundo: jamais mereceria o salário que recebe, nem os honorários da Folha de S. Paulo tamanha a indigência "subintelequitual" de sua argumentação.
Chego a sentir pena dos seus alunos, e vergonha por aquela que foi a minha primeira faculdade, a "Fefelech", da USP, que já teve professores melhores, ou que, pelo menos, na época, não abrigava estupores desse quilate.
Esse professor não vale meio salário mínimo, ou, no máximo, vale meia Bolsa-Família, já que este seria o seu valor máximo de mercado... (se alguém se dispuser a pagar por baboseiras, claro...).
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 4 de dezembro de 2013

O mais caro do mundo
Vladimir Safatle
Folha de S.Paulo, 03/12/2013

Ao que parece, chegou a hora de saudar o Brasil como o novo país "do mais caro do mundo". Foram necessárias décadas para alcançar tamanha conquista e, ao que parece, desta vez ela veio para ficar. Afinal, anos de trabalho árduo permitiram aos brasileiros ter o prazer de pagar o dobro no mesmo carro que outros mortais compram sem tanto sacrifício.
Atualmente, ser brasileiro é ter a satisfação de levar para casa o console Xbox mais caro do mundo. É poder humilhar os estrangeiros ao dizer o preço que pagamos em passagens aéreas, escolas, aluguéis e imóveis arrebentados em lugares com fios elétricos na frente da janela.
Para chegar a este estágio, foi necessário não apenas um conjunto substantivo de equívocos econômicos. Foi preciso muita cegueira ideológica para engolir a ladainha de que nosso troféu de "o mais caro do mundo" foi conquistado exclusivamente através dos impostos mais elevados e dos altos custos trabalhistas.
Não, meus amigos. Só em um mundo (como esse em que alguns liberais vivem) sem países como França, Alemanha ou Suécia o Brasil teria os impostos mais altos. Se nos compararmos aos EUA, veremos que a contribuição fiscal per capita de um brasileiro (US$ 4.000) é bem menor do que a de um norte-americano (US$ 13.550).
Na verdade, depois que se inventa o inimigo, é mais fácil esconder o verdadeiro responsável. Nosso troféu de "o mais caro do mundo" deve ser dedicado a esses batalhadores silenciosos do desastre econômico, a esses companheiros de todos os governos brasileiros: o oligopólio e a desigualdade.
A desigualdade econômica, esta tudo mundo conhece. Ela fingiu por um momento que estava se deixando controlar, mas deu não mais que uma unha para permanecer com todos os gordos dedos. Sempre se combateu desigualdade com revolução fiscal que taxasse os ricos, punisse radicalmente a evasão fiscal e limitasse os grandes salários. Mas, no país "do mais caro do mundo", o tema é tabu. Assim, uma classe de milionários pode empurrar alegremente os preços para cima porque não tem problema algum em pagar pelo mesmo o seu dobro, desde que as lojas ofereçam manobrista VIP e água com gás na saída do estacionamento.
Já a nova onda de oligopólios é uma das grandes contribuições da engenharia econômica do lulismo: os únicos governos de esquerda da galáxia que contribuíram massivamente para a cartelização de todos os setores-chaves da economia. Com uma política de auxiliar a formação de oligopólios via empréstimos do BNDES, o governo conseguiu fazer uma economia para poucos empresários amigos. Nela, não há concorrência. Assim, os preços descobriram que, no Brasil, o céu é o limite.

Vladimir Safatle é professor livre-docente do Departamento de filosofia da USP (Universidade de São Paulo). Escreve às terças na Página A2 da versão impressa.

8 comentários:

Anônimo disse...

Esse senhor deveria sair de sua torre de marfim e administrar uma pequena empresa antes de dar palpites sobre o que não entende.

Anônimo disse...

Tal qual PONDÉ (o filósofo), sua escrita revela a inutilidade de seus argumentos... E O "PEOR" é que ganham para isso. Pobre Brasil!

Anônimo disse...

Dizer que não entende nada é até um elogio. Não é necessário ser economista:
"Se nos compararmos aos EUA, veremos que a contribuição fiscal per capita de um brasileiro (US$ 4.000) é bem menor do que a de um norte-americado (US$ 13.550)."

Aí vem a perguntinha: É correto concluir isso a partir desta comparação? Claro que não. A nossa contribuição fiscal é bem menor, mas, se compararmos esta relação (contribuição fiscal per capita BR / contribuição fiscal per capita EUA) com a relação PIB per capita BR / PIB per capita EUA, poderemos tirar as verdadeiras conclusões.

Nataniel disse...

"Elementar, meu caro Watson..."

leandro levlavi disse...

1. Filho de magnatas que não souberam ensinar-lhe o valor do trabalho e do dinheiro.

2. Filósofo formado pela usp, antro da esquerdalha petista.

3. Quantas vezes o vi no setor de ciências sociais da livraria cultura do conj. nacional com cara de MASTER OF PUPPETS? Dezenas de vezes.

4. Humilhado em um debate simples contra Stefan Molyneux no vídeo que segue: http://www.youtube.com/watch?v=ekIJikGZU5I

4.1. Safatle da intelligentsia uspiana não consegue concretizar uma frase inteira em inglês... será que sai algo em russo?

e por ai vai...

Anônimo disse...

O Profisso da usp esta querendo colar no Lula a pecha de ser alguém da direita. Daqui a pouco manda outro artigo dizendo que o país precisa de um presidente da esquerda, pois o país nunca teve um realmente preocupado com os pobres. E assim movemo-nos cada vez mais para a esquerda... Sem que ninguém note a não ser os ainda independentes.

Anônimo disse...

Prof.,
até as amebas evoluem. No caso do nosso Vladimir, ele está quase ficando lúcido. Já conseguiu enxergar que Lula foi a mãe do empresariado monopolista, mediante o arrombamento do BNDES. Espero que não o tenha feito apenas para, como apontado pelo comentador anterior, dizer que Lula é de direita e, como tal, cúmplice de todas as maldades perpetradas conta o proletariado nacional. Quanto ao domínio dos temas econômicos, isso ainda vai demorar...
Sds.,
de MarceloF.

Anônimo disse...

Este "Lenin" do rio Pinheiros tem raciocínios bem beiram a indigência. Deve ser a erva atuando nos neurônios ele defendeu tão fortemente na TV Cultura. O triste é darem espaço a este professor na mídia. Que fique emburrecendo somente seus alunos da USP.