domingo, 17 de maio de 2009

1104) A defensoria publica na diplomacia

Consulta recebida pelo formulário do site:
"O senhor acha que um defensor público de carreira, conhecedor das falácias sociais governamentais, daria um bom Diplomata? Sempre sonhei em ingressar na Diplomacia, e gostaria muito de saber sua opinião a respeito se minha profissão hoje poderia criar alguma dificuldade de adaptação ao corpo diplomático. Desde já, muito obrigado! Abraço, L G"

Minha resposta:
"L,
Eu apenas lhe repetiria o titulo de um romance italiano, que virou tambem um filme: Va dove ti porta il cuore. Você deve fazer aquilo que o seu coração mandar, com um pouco de racionalidade.
Você não precisa ser um bom, ótimo ou mediano diplomata, você apenas precisa ser um bom cidadão, comprometido com a causa pública, no sentido mais lato desse termo, e engajado a serviço, não da diplomacia estrito senso, mas do Brasil, no seu sentido mais largo.
Não considero que os problemas do Brasil possam ou devam ser resolvidos por meio da diplomacia, longe disso. Todos os nossos problemas, sem exceção, são "made in Brazil" e requerem soluções internas, domésticas, nenhum deles resultando de questões externas. A diplomacia no máximo pode trazer oportunidades de acesso a mercados, investimentos, know how, mas o essencial precisa ser feito aqui mesmo.
Em todo caso, vale tentar...
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Paulo Roberto de Almeida
pralmeida@mac.com www.pralmeida.org
http://diplomatizzando.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Um dia desses assisti a um Tribunal do Júri, onde o defensor fez o que pôde para livrar um jovem de 21 anos, vítima das mazelas sociais que cercam as questões internas de nosso país, de uma pena de 15 anos de reclusão em regime fechado.
    Quando vi este post, lembrei deste Júri...
    O Itamaraty precisa mudar alguns paradigmas "seculares" que norteiam seus portões. É necessário, dentro desta dimensão ao qual nosso anfitrião abordou caminharmos para soluções internas, mais do que nunca!
    E sinceramente acredito, veementemente, que um defensor público tem absoluto perfil para ser um diplomata. Pois tem sensibilidade para entender os anseios de nosso país e a característica imanente de defender seja quem for. Apenas, acredito que um diplomata (ex-defensor público) só mudará a quem defende, que neste, caso é o nosso "gigante adormecido".

    Não pense duas vezes! Ainda que muitos digam, que é difícil, que é impossível, que somente filho de magnatas passam nesta prova. Acredite em você, cegamente e vá em frente, pois acreditando em você, simplesmente, ninguém irá segurar suas conquistas...

    "O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza de seus sonhos" Eleanor Roosevelt

    Boa sorte futuro colega...

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