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sábado, 3 de fevereiro de 2024

SindItamaraty, ADB e Mulheres diplomatas protestam contra medidas tomadas pela administração do Itamaraty sem consulta aos funcionários do Serviço Exterior

 

Nota Oficial: Posição do Sindy sobre as recentes medidas administrativas no MRE

03 de fevereiro de 2024

Autor: Gecom Sinditamaraty

 

O Sinditamaraty manifesta sua preocupação com as recentes e abruptas medidas administrativas implementadas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) que impactam diretamente assistentes de chancelaria, diplomatas, oficiais de chancelaria e servidores do PGPE/PCC. Tais decisões foram tomadas sem prévio diálogo com as entidades representativas dos servidores e servidoras do Ministério das Relações Exteriores.

O Sinditamarady junta-se à Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB) e à Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras (AMDB) ao destacar sua preocupação com a redução de posições no exterior, afetando postos que já enfrentam sublotação crônica, em especial aqueles das categorias C e D. Foram apontadas inconsistências importantes, como o excesso de diplomatas nos Estados Unidos e a desproporcional distribuição de vagas na Europa e África, dentre outros temas que prejudicam a atividade diplomática num momento de expansão do protagonismo do Brasil no cenário internacional.

Além dos pontos mencionados pela ADB e AMDB, o Sinditamaraty destaca que os serviços consulares, essenciais para os cidadãos brasileiros no exterior, serão profundamente afetados. Consulados, responsáveis pelo atendimento direto aos expatriados, enfrentam sublotação em todo o mundo, excesso de trabalho e dificuldades em oferecer serviços conforme a demanda, o que em muito compromete a missão institucional do Itamaraty, relativa, inclusive, ao efetivo atendimento aos brasileiros no exterior.

A revisão dessas medidas garantirá a imperiosa necessidade de preservar a eficiência e a dignidade do serviço consular e da atividade diplomática de nosso País. O Sinditamaraty se une ao pedido de imediata revisão dessas medidas, em benefício ao diálogo transparente e construtivo entre entidades representativas de servidores e a administração do MRE.

 

 

 

Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras


NOTA OFICIAL

2 DE FEVEREIRO DE 2024

 

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS RECENTES TOMADAS PELO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES E QUE AFETAM AS MULHERES DIPLOMATAS BRASILEIRAS E AS FAMÍLIAS DO SERVIÇO EXTERIOR BRASILEIRO 

A Associação das Mulheres Diplomatas Brasileiras (AMDB) manifesta preocupação com as recentes medidas casuísticas e repentinas adotadas pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), as quais irão afetar muito negativamente parte significativa de funcionários do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) (diplomatas, oficiais de chancelaria e agentes de chancelaria) e suas famílias. 

A AMDB sublinha a natureza imponderada desses atos de gestão que confirmam a ausência de uma política previsível de recursos humanos no Itamaraty. Trata-se de mais um episódio de definição de decisões administrativas sem regras de transição compatíveis com a natureza das mudanças propostas e seus efeitos na vida pessoal e profissional dos funcionários, principalmente nos estágios iniciais da carreira. 

A AMDB reconhece o impacto perverso dessas medidas para o conjunto do SEB, mas singulariza os efeitos particulares sobre as mulheres diplomatas, bem como sobre as cônjuges e companheiras dos colegas diplomatas, todas elas diretamente sensíveis à necessidade de planejamento de suas vidas e carreiras para a realização de planos de maternidade – comuns nessa fase etária – e preservação da estabilidade familiar ao assumirem, em geral, a gestão dos ciclos escolares de filhos e demais dependentes. Estabilidade, coerência, previsibilidade e consistência são condições essenciais para que se possa assegurar a saúde física e mental desse grupo de funcionários e de suas famílias já bastante expostos às condições naturalmente instáveis da vivência diplomática. 

Estamos todos e todas comprometidos com o regresso pleno do Brasil à cena internacional, conforme as melhores tradições da diplomacia brasileira. Reclamamos, com irrefutável legitimidade, respeito aos canais possíveis de negociação e entendimento que, se respeitados pela administração do Itamaraty, poderiam promover o atendimento às necessidades funcionais sem afetar planos, sonhos e aspirações. 

Sendo assim, a AMDB exorta a administração do MRE a rever as recentes medidas administrativas citadas e a convocar as associações e sindicatos representantes de funcionárias e funcionários do SEB para acordarem uma verdadeira política de remoções e lotação, orientada pelos princípios da isonomia, impessoalidade e transparência. 

A AMDB, mais uma vez, coloca-se à disposição para contribuir com a elaboração de tal política. 

Queremos diálogo. 

Associação de Mulheres Diplomatas Brasileiras 

Direção