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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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terça-feira, 13 de março de 2012

Agencia Brasil "tropessa" no seu proprio "Dissionario"...

Bem, os leitores que acompanham regularmente este blog sabem que esse embrião de fascismo tupiniquim que se chama (hélas, tristemente) Agência Brasil me pediu retratação imediata se eu não retirasse um post aqui colocado, muito distraidamente, e sem qualquer propósito de alimentar debate -- como puro "divertissement" como sempre digo para o besteirol que ocasionalmente aqui comparece -- em torno de uma matéria na qual eles trocaram uma simples letrinha, mas que é difícil explicar por erro de digitação: em lugar de "suspensão", o jornalista -- imediatamente corrigido, claro -- colocou "suspenção".
Foi o que bastou para o Google Reader capturar a infausta matéria e circular aos quatro cantos do mundo.
Achei engraçado, no início, mas depois me perguntei "O que andam fazendo com o meu dinheiro?"
Sim, porque essa agência inútil contrata gente ignorante -- mas companheiros, obviamente -- com o dinheiro de todos os brasileiros, e ainda tem a petulância de lhes servir ignorância.
Pois bem, postei e esqueci.
Não é que o redator-chefe da extrovenga me chamou às falas, ameaçando-me de consequências judiciais, ou jurídicas -- deixemos a dúvida -- se eu não me "retratasse imediatamente"??? (sic)
Disse a ele que deveria cobrar do Google Reader, mas ele insistiu. Falou da tal assessoria jurídica da Agência (bem, se os assessores forem como os jornalistas, não tenho nada a temer...).
Um leitor amigo me manda vários outros links que remetem ao site da "ajência" proto-fascista, o que me dá o maior prazer em postar, para incomodar os companheiros que vivem com o meu dinheiro.
Já que é assim -- e ninguém me pediu permissão para criar essa coisa horrorosa -- podemos ao menos nos divertir com as agruras dos companheiros.
Imagino a cena, a partir de agora.
O chefete recomenda a todos os seus serviçais que consultem um "pai dos burros" -- nunca um nome foi tão apropriado -- ou que pelo menos passem um corretor ortográfico -- no caso deles, inortográfico, que é para desfazer as bobagens -- antes de soltar suas matérias absolutamente inúteis.
Quando eu -- e suponho que milhões de outros brasileiros também -- quero me informar de algo, costumo acessar "n" veículos de comunicação pela internet, sem precisar pagar um tostão -- menos, claro, as tarifas extorsivas dos provedores de acesso desses carteis oficiais, e os impostos excessivos (mais de 50%) associados à conta de eletricidade -- por isso, e jamais penso, jamais imagino, acessar para o que for essa coisa do Ministério da Propaganda dos companheiros.
Bem, acho que agora vou passar a fazê-lo -- e eles terão, paras suas estatísticas chinfrins, um acréscimo que deve fazer 0,00000000001% das comunicações brasileiras, mas perto de 1% das suas próprias -- apenas para detectar novas bobagens dos companheiros.
Nada como deixar fascistas preocupados...
Com vocês, a excelência da ignorância, paga, infelizmente, com o nosso dinheiro:

[Leitor] deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Agencia Brasil tenta esconder seu Portugues defici...": 

Sugiro que a Agência Brasil "messa" o tamanho da língua antes de querer intimidar os outros. Se a entidade tem jornalistas tão zelosos como alegam, então o que a palavra "suspenção" faz em todos os links abaixo, que são do site da própria "Ajência" Brasil?




A coisa é tão grotesca que eles conseguiram até mesmo ERRAR a redação de uma nota emitida pelo Itamaraty (o que é vergonhoso em tempos de "Copiar e Colar"). Comparem (já em 2002) a palavra "suspenção" nos links da "Ajumência" Brasil e do Itamaraty:



Ou seja, não é de hoje que o Português é matéria opcional na entidade. 

Bem, quem sabe um dia, um novo "dissionário" não ajude os companheiros a errar menos. No que depender do MEC, eles estarão bem servidos: esse outro monumento à ignorância já disse que falar errado pode ser certo, dependendo se você burguês ou "do povo"; na segunda hipótese, pode.
As saúvas freireanas do MEC -- as novas pragas do Brasil -- devem estar legalizando o novo idioma.
Paulo Roberto de Almeida