Mostrando postagens com marcador Andrea Penna. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Andrea Penna. Mostrar todas as postagens

sábado, 26 de abril de 2025

Vitelio Brustolin: "A Nova Geopolítica da China e seus Reflexos no Brasil e no Mundo (Canal YouTube do CEBC); EUA desembarcaram de estratégia geopolítica praticada há 80 anos - Andrea Penna (Monitor Mercantil)

 Vitelio Brustolin:

Canal YouTube do CEBC

https://www.youtube.com/watch?v=hNUi0LZfWKQ

Transmitido ao vivo em 16 de abr. de 2025 #economia #brasil #china

A palestra também está disponível na página do CEBC no YouTube: https://www.youtube.com/live/hNUi0LZfWKQ?si=wO3KoShLn66yc0NZ

#Geopolítica #Mahan #Mackinder #Spykman #TeoriaDosJogos #Tarifas #China #EstadosUnidos #Trump #Ucrania #Russia #Europa #Israel #Guerra #Clausewitz #EstudosEstrategicos #StrategicStudies #Realismo #Realism #Realpolitik #DireitoInternacional #InternationalLaw #Geopolitica #RelacoesInternacionais #Geopolitics #InternationalRelations #VitelioBrustolin #estudosestratégicos #OMC #WTO

=============


Palestra postada no Instagram: 

https://www.instagram.com/p/DItFkIVtoLn/?igsh=MTAweGg0NWE4c2tyYQ==


Comentário Paulo Roberto de Almeida (26/04/2025):

A palestra, amplamente ilustrada e iluminada por um conjunto de mapas representativos das mudanças tectônicas e geoestratégica da evolução geopolítica do mundo desde o século XIX ao XXI, com base nas três grandes propostas teóricas sobre a dominação hegemônica sobre oceanos e territórios por parte dos impérios que se sucederam no período, evidenciou realidades concretas de como o poder espacial (econômico e militar) foi sendo alterado ao longo do período, até chegarmos à preeminência dos EUA sobre aliados e inimigos nos últimos 80 anos. Foram fatores estruturais e decisões políticas que construiram a ordem mundial que agora está sendo alterada, tanto pela ascensão econômica, tecnológica e militar da China, quanto por decisões infantis e contraditórias de um presidente despreparado (e desequilibrado) que se crê um imperador, aliás submisso a um outro império, mas apenas militar — czarista, soviético e putinesco — que aspirou, no período anterior, a desafiar o Hegemon ocidental (agora desprovido de uma liderança coerente com seus próprios interesses geopolíticos. Estamos numa etapa de reacomodação de forças, na qual a China é o único império que atua de forma convergente a seu interesses de longo prazo. 

=============

EUA desembarcaram de estratégia geopolítica praticada há 80 anos

Pesquisador de Harvard faz histórico da estratégica geopolítica dos EUA e fala da crise de credibilidade, que afeta também o dólar. 

Por Andrea Penna

Monitor Mercantil, 19-20 abril 2025

https://monitormercantil.com.br/eua-desembarcaram-de-estrategia-geopolitica-praticada-ha-80-anos/

Pesquisador de Harvard e professor da UFF, Vitelio Brustolin destaca que, durante toda a Guerra Fria, a estratégia geopolítica dos Estados Unidos foi a implantação de bases militares, armas nucleares, submarinos nucleares etc.

Brustolin mostrou que, com esta estratégia, os EUA convenceram vários países, como Japão e Coreia, e toda a Europa a não investir em segurança, durante 80 anos, tornando-se a “polícia do mundo”, dominando GPSs, armas atômicas. Assim, “impôs o seu poder militar e também impôs alianças por meio deste poder militar. “É dessa geopolítica que os EUA estão desembarcando”, resumiu o professor.

Brustolin fez um histórico sobre o conceito. Ele contou que Nicholas Spykman, em 1942, reuniu definições de outros autores para mostrar que o mais importante é o domínio da região costeira da Heartland (Eurásia), e que se for possível controlar desde o norte da Europa ocidental, passando para o norte da África, o Oriente Médio, Índia, China e Japão, incluindo Kopenhagen e o Bósforo da Turquia, a Eurásia fica contida e não pode se expandir.

Ele sustenta que estes conceitos da geopolítica usados até então pelos EUA ainda são referências hoje e como se posicionam da Rússia e China. Ele exemplificou as iniciativas chinesas, como a Rota da Seda, a expansão no Mar do Sul da China, uma ilha aterrada, a competição tecnológica dentre outras.

Brustolin analisou as novas políticas de Trump e conclui que os Estados Unidos perderam a confiança mundial, “existe uma crise de credibilidade geopolítica que afeta o dólar também, aspecto que o Trump não queria”.

Sobre os impactos sobre o Brasil, Brustolin mostra que desde a primeira gestão de Trump, o Brasil aumentou em mais de 70% a exportação de soja, mas também aumentou exportação de minérios, aço, carne e outros. Para ele, isso “aumenta a vulnerabilidade do Brasil diante de flutuações chinesas e preços das commodities diante das demandas, mas tem também aspectos cono os investimentos chineses no Brasil em portos, setor elétrico, óleo e gás, manufaturas e infraestruturas em geral”.

Brustolin abordou o tema “A Nova Geopolítica da China e seus Reflexos no Brasil e no Mundo”, em webinário promovido pelo Centro Empresarial Brasil-China, analisando como as mudanças no cenário internacional – como a rivalidade sino-americana, os rearranjos produtivos e as disputas tecnológicas – afetam diretamente a política externa e a economia brasileira.

Ascensão da China muda estratégia geopolítica

Para o CEBC, “a ascensão internacional da China e suas novas estratégias de inserção global têm redesenhado as estruturas da ordem mundial – e seus impactos já são sentidos no Brasil e em toda a América Latina, e as mudanças no cenário internacional – como a rivalidade sino-americana, os rearranjos produtivos e as disputas tecnológicas – afetam diretamente a política externa e a economia brasileira”.

Este foi o quarto e último episódio da série de webinários “China: a Economia que Redefiniu o Mundo”, promovida pelo CEBC. O evento contou com abertura do embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do CEBC, e moderação de Tulio Cariello, diretor de Conteúdo e Pesquisa do Conselho.

Para o embaixador, “vivemos tempos de transformações profundas e aceleradas no mundo. A ordem global que emergiu pós Segunda Guerra Mundial está sendo desafiada por novas dinâmicas de poder. A China se tornou uma grande potência, e isso é o aspecto mais importante que indica que estamos em transição acelerada de ordem das relações internacionais. As novas transformações estão sendo desafiadas por novas dinâmicas de poder, em particular, a rivalidade entre a China e os Estados Unidos, sobretudo após a posse do presidente Donald Trump”.

“É impossível falar nos fóruns multilaterais, como G20 e Brics, sem a presença chinesa. Para o Brasil é fundamental entender toda esta nova dinâmica geopolítica, pois a China é nosso interlocutor imprescindível e, hoje, nosso principal parceiro comercial, além de ser um dos principais investidores no país. É por isso, os desdobramentos da competição sino-americana exigem também que sejamos atentos às oportunidades e desafios que esta nova ordem internacional apresenta, que ainda não estão totalmente definidos”, disse Castro Neves.

Para Cariello, “é exatamente a disputa estratégica entre EUA e China o que vai definir as relações internacionais neste século. E como os EUA e a China são os principais parceiros do Brasil, é impossível se esquivar da necessidade de entender qual a melhor maneira de termos a inserção no cenário”.

O evento pode ser acessado no canal do CEBC no YouTube, assim como os debates anteriores.

Por Andrea Penna, especial para o Monitor


Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...