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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Meus livros podem ser vistos nas páginas da Amazon. Outras opiniões rápidas podem ser encontradas no Facebook ou no Threads. Grande parte de meus ensaios e artigos, inclusive livros inteiros, estão disponíveis em Academia.edu: https://unb.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida

Site pessoal: www.pralmeida.net.
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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

A prioridade na matemática - Arnaldo Niskier (Chumbo Gordo)

Um grande educador, que sabe o que é relevante na formação de capital humano.

A prioridade na matemática. Por Arnaldo Niskier

Mais de 60% dos nossos alunos do ensino fundamental terminam essa etapa sem dominar o que chamamos de regra de três. Sabe-se que os alunos que têm esse domínio, nos empregos para os quais são mobilizados, ganham muito mais, o que é uma vantagem nada desprezível.

Matemática

Se compararmos o aprendizado do Português e da Matemática dos nossos alunos do ensino fundamental, a segunda matéria sai perdendo de longe – e isso não é bom. O ensino da ciência dos números tem uma importância muito grande, no aprendizado em geral. O medo de lidar com os números é uma triste realidade, além do discurso vigente de que nem todos são capazes de aprender Matemática.

No Plano Nacional de Educação (PNE), ora em discussão no Congresso Nacional, discute-se a importância da alfabetização, mas é essencial incluir a Matemática nessa apreciação.

O fato de que ela apresenta os piores indicadores não pode servir de pretexto para excluir a matemática da necessária prioridade. Há uma triste realidade: nossos alunos saem da escola sem saber o mínimo da Matemática. Isso se reflete em concursos internacionais, como é o caso do Pisa. E também no conceito de empregabilidade e no que entendemos por exercício da cidadania. Devemos combater a ideia de que nem todos são capazes de aprender a fascinante matéria.

Mais de 60% dos nossos alunos do ensino fundamental terminam essa etapa sem dominar o que chamamos de regra de três. Sabe-se que os alunos que têm esse domínio, nos empregos para os quais são mobilizados, ganham muito mais, o que é uma vantagem nada desprezível.

Quando preparamos a coleção de livros intitulada “A Nova Matemática” (Bloch Editores), na década de 70, em parceria com a saudosa professora Beatriz Helena Magno, que vendeu 10 milhões de livros, sobretudo no Programa Nacional do Livro Didático, levamos em consideração todos esses aspectos, daí as razões desse grande sucesso. Não podemos compactuar com esses abismos de aprendizagem e os livros são instrumentos de fundamental relevo.

É claro que a base de todo esse projeto deve ser a formação dos professores (como eu tive o privilégio do estudo na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com mestres consagrados como o saudoso Professor Haroldo Lisboa da Cunha). Há mestres competentes que devem ser procurados.

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Arnaldo Niskier - Editora Vozes

Arnaldo Niskier – Imortal. Sétimo ocupante da Cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras. Professor, escritor, filósofo, historiador e pedagogo. Licenciado em Matemática e Pedagogia pela UERJ. Professor  aposentado da Universidade do  Estado do Rio de JaneiroFoi presidente da Academia Brasileira de Letras e secretário estadual de Ciência e Tecnologia e de Educação e Cultura do Rio de Janeiro. Presidente Emérito do CIEE/RJ. Honoris Causa da Universidade Santa Úrsula.Comendador do Superior  Tribunal do Trabalho.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

ABL homenageia Antonio Olinto e Sergio Correa da Costa, os centenarios

ABL homenageia os 100 anos de nascimento dos Acadêmicos Antonio Olinto e Sergio Corrêa da Costa em Mesa-Redonda especial

A Academia Brasileira de Letras realiza Mesa-Redonda especial, intitulada Centenários, com palestras dos Acadêmicos Arnaldo Niskier e Carlos Nejar, que irão homenagear os 100 anos de nascimento dos Acadêmicos Antonio Olinto (1919-2009) e Sergio Corrêa da Costa (1919-2005). Sob a coordenação do Acadêmico Alberto Venancio, o evento será realizado na terça-feira, dia 29 de outubro, às 16h, no Salão Nobre do Petit Trianon, Avenida Presidente Wilson, 203 – Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

Os Acadêmicos 

Arnaldo Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras desde 1984, tendo sido presidente da ABL em dois mandatos. Professor aposentado de História e Filosofia da Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Doutor em Educação pela UERJ, foi membro do Conselho Federal de Educação, do Conselho Estadual de Educação e do Conselho Nacional de Educação, Secretário de Estado do Rio de Janeiro por quatro vezes. Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, é autor de mais de 100 livros, especialmente sobre educação. Presidente do CIEE/RJ é colaborador com artigos publicados em vários jornais do país.
Carlos Nejar, gaúcho, de Porto Alegre, considerado “poeta da condição humana”, Porto Alegre, considerado “poeta da condição humana”, por inúmeros estudiosos, e um dos 37 escritores chaves do século, entre 300 autores memoráveis, no período compreendido de 1890-1990, segundo livro do ensaísta suíço Gustav Siebenmann (Poe-sia y poéticas del siglo XX en la América Hispana y El Brasil, Gredos, Biblioteca Románica Hispánica, Madrid, 19970). Inventor de cosmologias , segundo César Leal. Também é ficcionista e crítico, sendo autor da História da Literatura Brasileira ( em 3ª edição) . Publicou toda a sua poesia em dois volumes, A Idade da Noite e A Idade da Aurora (Ateliê editorial), com ampliação em 2009, A Amizade do mundo e a Jovem Eternidade (editora Novo Século). Editou vários romances, entre eles,Carta aos Loucos, Riopampa ( ou o Moinho das Tribulações), Prêmio Machado de Assis, de ficção,da Fundação da Biblioteca Nacional,(2001), O Evangelho Segundo o Vento , A Engenhosa Letícia do Pontal, O Poço dos Milagres( Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte), Matusalém de Flores e O Feroz Círculo do Homem. No ano de 2016, editou O Monumento ao Rio Doce, a maior tragédia ecológica do Brasil, em poema único. E pela Bem-te-vi, Quarenta e nove casidas e um amor desabitado. Com várias traduções no Exterior, estudado nas universidades, pertence à Academia Brasileira de Letras, à Academia Brasileira de Filosofia, ao Pen Clube do Brasil, além de Membro Honorário da Academia de Letras de Brasília.