Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53
Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks
sábado, 27 de abril de 2013
Coreia do Norte: retrocedendo, sempre...
domingo, 14 de abril de 2013
Coreia do Norte: o pais mais surrealista do planeta, de toda a historia das civilizacoes... - Claudia Trevisan (OESP)
CLÁUDIA TREVISAN
O Estado de S.Paulo, 14/04/2013
A Coreia do Sul está mergulhada em pobreza e violações brutais de direitos humanos, os moradores de Nova York têm de sair às ruas com colete à prova de balas para se proteger da violência e a ideologia juche criada por Kim Il-sung é estudada de maneira fervorosa ao redor do planeta. O retrato do mundo e da Coreia do Norte apresentado nos jornais, rádios e TVs oficiais do país é um exercício de permanente glorificação da dinastia Kim.
Notícias internacionais são escassas e costumam dar destaque a catástrofes naturais, como tufões e terremotos, e ao impacto negativo da intervenção dos EUA em crises internacionais. O sistema apela permanentemente para a demonização dos “imperialistas” americanos e seus “fantoches” sul-coreanos e exalta o militarismo e a suposta superioridade da peculiar versão local do socialismo.
As experiências de Iugoslávia, Iraque e Líbia são usadas para demonstrar o que pode ocorrer com países desprovidos de armas poderosas e servem para jutificar a defesa da construção de um arsenal nuclear pela Coreia do Norte. A propaganda oficial sustenta que, sem ele, o país poderá ser invadido e dominado pelos americanos. O risco de um conflito armado é sempre apresentado como iminente, o que é usado para justificar o investimento militar num dos mais pobres países do mundo.
Também é o álibi para explicar a ausência de acesso à informação fora dos canais oficiais de propaganda, apresentada como uma maneira de proteger a população da influência inimiga. Norte-coreanos não têm internet, não usam e-mails e não têm ideia do que sejam Facebook e Twitter.
Na primavera, os meios oficiais trazem textos quase diários sobre exposições das flores em vários países. No universo em que habitam, a kimilsungia é a flor mais sagrada do mundo e kimjongilia, a mais famosa – homenagens aos dois primeiros ditadores. Segundo a máquina de propaganda de Pyongyang, a kimjongilia floresce nos cinco continentes e “atrai a admiração da humanidade com seu charme”.
Os representantes das três gerações de líderes da família Kim são apresentados como estadistas respeitados. Na quarta-feira, a agência oficial de notícias KCNA disse que “todo o mundo” enviou “calorosas congratulações” a Kim Jong-un pelo aniversário de um ano da nomeação como primeiro-secretário do Partido dos Trabalhadores e primeiro-presidente da Comissão de Defesa Nacional “Mais de 12 mil veículos de comunicação de todo o mundo competiram entre si para dar ampla publicidade a suas incessantes inspeções do front e orientações práticas nas mais diferentes áreas”, declarou o texto.
Na mitologia construída pela propaganda oficial, Kim Il-sung (1912-1994), seu filho Kim Jong-il (1941-2011) e o neto Kim Jong-un, de 30 anos, são apresentados como líderes que guiam os norte-corea-nos em tarefas tão distintas como a plantação de batatas e a fabricação de foguetes.
O ponto alto da visita a qualquer instituição ou empresa é a relação das orientações escritas recebidas de cada um dos Kim e o registro das datas em que visitaram o local pessoalmente. Em todos os lugares há quadros, mosaicos ou fotos e de Kim Il-sung e Kim Jong-il, que também aparecem nos broches levados do lado esquerdo do peito.
A glorificação da Coreia do Norte e da dinastia Kim é acompanhada pela apresentação sombria do mundo exterior, em especial dos EUA e da Coreia do Sul. Sob o título O pior deserto de direitos humanos, os veículos oficiais divulgaram em março relatório que apontou a situação “medonha” em que vivem, os vizinhos do Sul. “Mais de 7 milhões de famílias, que representam 45% do total, estão vivendo uma existência da mão para a boca, sem moradia permanente, e inúmeras enfrentam uma vida de privações em lugares que dificilmente podem ser chamados de lares”, sustentou a propaganda norte-coreana.
Os dois lados da península foram separados em 1945 em uma zona de influência socialista no Norte e outra capitalista no Sul. A Coreia do Sul é um dos países mais avançados tecnologicamente e tem um PIB per capital de US$ 31 mil, quando calculado de acordo com a Paridade do Poder de Compra (PPP), que leva em conta os preços domésticos. A Coreia do Norte não divulga estatísticas econômicas, mas a cifra é estimada em US$ 1.800.
Kim Jong-il acreditava que a diluição ideológica havia sido a principal razão para o fim da União Soviética e decidiu intensificar a doutrinação para sustentar o regime. Mas o contato com o mundo exterior começa a abrir brechas na propaganda monolítica, com a entrada clandestina de DVDs sul-coreanos e chineses.
terça-feira, 9 de abril de 2013
Coreia do Norte pede que estrangeiros deixem a Coreia do Sul (e o CSNU nao faz nada?)
Em condições mormais, um país como esse já teria sido objeto de sanções por parte do CSNU e possivelmente expulso da organização.
O que o CSNU está esperando para agir? Uma tragédia?
Paulo Roberto de Almeida
Pyongyang demande aux étrangers d'évacuer la Corée du Sud
Le Monde.fr avec Reuters | 09.04.2013 à 02h54
L'armée japonaise a été autorisée à détruire tout missile nord-coréen qui menacerait le territoire nippon.
La Corée du Nord a renouvelé mardi 9 avril la menace d'une guerre "thermo-nucléaire" sur la péninsule Coréenne et appelé les étrangers présents sur le territoire sud-coréen à considérer leur départ du pays. "Nous ne souhaitons aucun mal aux étrangers qui se trouvent en Corée du Sud si la guerre éclate", a déclaré un porte-parole du Comité coréen pour la paix dans la région Asie-Pacifique, relayé par l'agence de presse officielle KCNA.
Plus tôt dans la matinée, deux lanceurs de missiles Patriot ont été installés au ministère de la défense japonais au cœur de Tokyo, afin d'intercepter un éventuel missile nord-coréen, a-t-on appris auprès du ministère. D'après la presse japonaise, des missiles similaires vont être déployés sur deux autres sites aux alentours de la capitale nippone.
Des batteries d'intercepteurs seront aussi installées sur l'île d'Okinawa, dans le sud du Japon, a annoncé lundi le ministre de la défense, Itsunori Onodera. Lors d'une émission de télévision, il a précisé qu'Okinawa était "l'endroit le plus approprié pour répondre à toute urgence", ajoutant que des Patriot pourraient désormais être déployés sur cette île "de façon permanente".
Les forces d'autodéfense – nom de l'armée japonaise – ont été autorisées à détruire tout missile nord-coréen qui menacerait le territoire nippon, a indiqué lundi un porte-parole du ministère. Outre les batteries de Patriot, Tokyo a déployé des destroyers équipés du système d'interception Aegis en mer du Japon (appelée mer de l'Est par les Coréens), a précisé ce responsable.
La Corée du Nord a transporté en train, en début de semaine dernière, deux missiles Musudan et les a installés sur des véhicules équipés d'un dispositif de tir, selon Séoul, qui redoute que Pyongyang ne procède à un essai dans les jours à venir. Le Musudan aurait une portée théorique de 3 000 kilomètres, une capacité suffisante pour atteindre la Corée du Sud ou le Japon.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
RPDC: Republica Picaresca Demencial de Costiguana (qualquer semelhanca nao e' mera coincidencia...)
Aposto como o Brasil não vai retirar o seu embaixador...
Para que, não é mesmo? A gente sempre confia na racionalidade dos companheiros dos companheiros (aposto, também, como tem acordo de cooperação interpartidária...).
Paulo Roberto de Almeida
Coreia do Norte pede a países que deixem embaixadas
VEJA.com, 5/04/2013
A Coreia do Norte instalou dois mísseis de alcance intermediário em lançadores móveis e os escondeu na Costa Leste do país, afirmou nesta sexta-feira a agência sul-coreana Yonhap, citando fontes militares. A informação dá força às especulações de que a Coreia do Norte está pronta para lançar um míssil. Segundo a BBC, diplomatas britânicos foram informados, pelo governo de Pyongyang, que sua segurança não poderá ser garantida após 10 de abril, no caso de um conflito — reforçando orientação anterior de desocupação de todas as embaixadas no país.
Na quinta-feira, a CNN divulgou imagens e conversas interceptadas que mostravam a movimentação da Coreia do Norte com o transporte de mísseis, lançadores e combustíveis para a Costa Leste. Em resposta, a Coreia do Sul deslocou nesta sexta-feira dois navios de guerra com capacidade para interceptar mísseis balísticos para sua costa. Segundo declarou um porta-voz do ministério da Defesa para a agência de notícias sul-coreana, os destroieres com 7.600 toneladas foram divididos entre a Costa Leste e a Oeste do país e estão equipados com o sistema de radar Aegis, capaz de detectar e destruir mísseis em sua trajetória.
Nesta semana, o regime comunista transportou dois mísseis do tipo Musudan para a Costa Leste, levando os EUA a enviar seu avançado sistema de defesa de mísseis à sua base de Guam, no Oceano Pacífico.
A Coreia do Sul e os Estados Unidos estão monitorando de perto a Costa Leste, onde estariam os mísseis Musudan, já instalados nos lançadores. Segundo a Yonhap, eles podem alcançar entre 3.000 e 4.000 quilômetros e seriam capazes de atingir a base americana de Guam. Contudo, o radar sul-coreano pode localizar milhares de alvos até 1.000 quilômetros de distância. “Se o Norte lançar um míssil, nós localizaremos sua trajetória”, disse uma autoridade do Exército sul-coreano.
Embaixadas
Nesta sexta-feira, a agência oficial de notícias da China, Xinhua, informou que a Coreia do Norte recomendou a todas as embaixadas estrangeiras que considerem a possibilidade de retirada de seu pessoal de Pyongyang. A informação foi confirmada pela Rússia e, logo depois, pela Grã-Bretanha — que, depois de ser avisada sobre o prazo de segurança, diz estar analisando “os próximos passos”.
==========
Embassies in North Korea told safety can't be assured
European countries with embassies in Pyongyang, such as Britain and Russia, reported receiving a warning advisory, as North Korea moved two mid-range missiles to its east coast.
"Their communication said that from April 10, the North Korean government would be unable to guarantee the safety of embassies and international organizations in the country in the event of conflict," a spokeswoman for Britain's Foreign Office said yesterday. "Our understanding is that the North Koreans were asking whether embassies are intending to leave, rather than advising them to leave."
Britain was considering its next steps, she said, while reminding North Korea of its responsibilities under the Vienna Convention to protect diplomatic missions.
Russia also received the missive. Foreign Minister Sergei Lavrov said Moscow was in close contact with its partners, including China, over the suggestion.
"The suggestion was made to all embassies in Pyongyang and we are trying to clarify the situation," Russian news agencies quoted Lavrov as saying.
"We are in close contact with our Chinese partners as well as the Americans" and all participants in the frozen six-party talks process seeking peace on the peninsula, he added.
He said there were "many factors" that needed clarification.
Denis Samsonov, spokesman for the Russian embassy in Pyongyang, told Russian news agencies that a representative of the North Korean foreign ministry "suggested that the Russian side examine the question of evacuating the employees of the Russian embassy."
He said the mission had taken note of the information and was working normally. "We are currently in the process of taking the decision," said Samsonov, adding that the current situation in Pyongyang was "absolutely peaceful."
A Russian foreign ministry source was quoted as saying by the Interfax and RIA Novosti news agencies that the security of Russian citizens was the priority in the taking of any decision.
"Unfortunately, the situation (in the Korean Peninsula) is not developing in the way that we would like. For us the security of our citizens is the priority," said the unnamed source.
In Sofia, a foreign ministry spokesman said North Korea had sent letters to Bulgaria and other EU countries telling them to consider pulling their diplomatic staff from Pyongyang for security reasons.
"Yes, we - along with other EU member states - have received such a letter signed by a deputy foreign minister of the Democratic People's Republic of Korea," Dimitar Yaprakov said.
He said that all foreign ambassadors had been summoned by Pyongyang's foreign ministry "telling them that it was ready to assist them if they wanted to evacuate their missions."
"The chiefs of EU missions to Pyongyang are meeting tomorrow there to discuss a common position and common action," he added.
The Czech foreign ministry also said that it had received the statement, with spokesman Karel Srol "confirming the information" to reporters in Prague.
"Each Czech embassy has a detailed plan of what to do in a crisis.
"If the situation required such steps, they would be taken," Srol said, confirming that the Czech embassy in Pyongyang has four employees.
=========
Addendum em 6/04/2013:
Brasil avalia deixar Coreia do Norte depois de aviso de país
Coreia do Norte se ofereceu para ajudar na retirada de diplomatas de todas as nações com representação no país. Brasil avalia "oferta", mas mantém embaixada
Apenas seis brasileiros vivem hoje na Coreia do Norte, segundo o Ministério das Relações Exteriores: o embaixador Roberto Colin, sua mulher e filho, um funcionário administrativo, além da mulher e da filha do embaixador da Palestina, que também são brasileiras.
A ação da Coreia do Norte se baseia na Convenção de Viena, que afirma que países com embaixadas têm a obrigação de garantir a integridade dos diplomatas e dos bens da representação no território.
O Itamaraty afirma que ainda vai avaliar a ajuda oferecida por Pyongyang. Uma das possibilidades seria transferir a embaixada temporariamente para Dandong, na China, que fica a quatro horas por terra do território norte-coreano.
Os últimos dias têm sido de intensas movimentações militares no regime de Kim Jong-un, elevando o tom de representantes da Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Os EUA instalaram mísseis na base militar de Guam, a mais próxima à Coreia.
A decisão de recomendar o esvaziamento das embaixadas aumenta a impressão de que a Coreia do Norte se prepara para uma guerra, embora analistas sempre tenham dificuldades para separar a realidade da retórica quando se trata do fechado regime comunista.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
Coreia do Norte: paraiso do Photoshop (quem diria...)
Eu também concordo: vou passar a photoshopar (existe este verbo?) meus livros, e transformá-los em muitas dezenas mais, como faz a poderosa marinha norte-coreana.
Stalin, coitado, só tinha a tesoura e a cola para recompor fotografias. Nossos amigos norte-coreanos podem se desempenhar com a melhor tecnologia capitalista...
Paulo Roberto de Almeida
A guerra de imagens da Coreia do Norte
VEJA.com, 3/04/2013
Na tentativa de intimidar inimigos externos e demonstrar poder para o público interno, a Coreia do Norte parece ter se inspirado no realismo socialista dos anos 1930 – a arte “patrocinada” (ou antes imposta) pelo regime soviético, que invariavelmente mostrava trabalhadores e soldados construindo unidos a sociedade do futuro. A retórica belicista norte-coreana, inflada desde as novas sanções aprovadas pela ONU contra o país, em resposta a um teste nuclear realizado em fevereiro, vem acompanhada por várias dessas imagens “realistas”.
As fotos divulgadas pela agência estatal norte-coreana e distribuídas pelas agências internacionais têm como temática constante as inspeções feitas pelo ditador Kim Jong-un a fabricas e quartéis, militares em treinamentos e equipamentos de guerra. Todas as imagens mostram o contrario do que pretendiam – ou seja, que o poderio da Coreia do Norte não é tão ameaçador quanto Pyongyang tenta fazer crer.
Um artigo publicado pelo jornal The Washington Post chamou a atenção para a foto de uma visita de Kim Jong-un a uma unidade do Exército que estaria desenvolvendo tecnologia militar. “É possível que este computador – colocado em uma caixa de metal gigante bem retrô – faça algo extraordinário. Mas preste atenção à cadeira de sala de jantar, ao teclado e ao mouse Logitech. Nada disso grita ‘tecnologia militar avançada’”, diz o texto (leia a íntegra, em inglês).
Além disso, algumas fotos não passam de montagens. Como a que mostra a chegada de embarcações e soldados em local não identificado do Norte. Um editor de fotografia da agência France-Presse disse ao jornal britânico The Telegraph que os barcos foram copiados e colados na imagem para dar a impressão de que são muitos. “Geralmente, um simples exame com nosso software descarta as fotos da (agência estatal) KCNA, mas eles estão ficando melhores com o Photoshop”, disse Eric Baradat.
Internamente, destacou a agência Associated Press, os norte-coreanos têm acesso a uma imagem mais leve do ditador, que é retratado como um jovem líder enérgico, do povo, um homem de família – ao lado da sorridente mulher, Ri Sol Ju. Vale lembrar que depois da morte de Kim Jong-il, anunciada em dezembro de 2011, rodaram o mundo imagens igualmente ensaiadas da população chorando, desconsolada, a perda do “amado líder”. A escola norte-coreana de propaganda tem longa tradição.
Vídeos
Além das fotos, a guerra propagandística do governo de Kim Jong-un usa vídeos para indicar o que poderia fazer contra adversários. Na última montagem, o Exército do Norte invade Seul com milhares de paraquedistas e toma milhares de americano como reféns no sul a península. Nos vídeos anteriores, a ofensiva foi contra a Casa Branca e Capitólio , ambos destruídos por mísseis, e Nova York, que aparece em chamas.
Se depender dos efeitos especiais dos vídeos, o vizinho do Sul e os Estados Unidos não têm com o quê se preocupar. A guerra de palavras reforça as versões alucinadas da realidade, ao mirar alvos estratégicos nos EUA que a Coreia do Norte esta longe de poder alcançar.
Como sempre, ao longo das últimas décadas, os rugidos de rato de Pyongyang têm o objetivo de arrancar da comunidade internacional os recursos básicos – a começar por alimentos – de que o regime precisa para se sustentar. O realismo socialista das fotos e vídeos da Coreia do Norte é tao somente um motivo de piadas. O motivo de preocupação se encontra, infelizmente, no eventual irrealismo socialista de Kim Jong-un e seus generais, que podem, sim, causar danos reais à Coreia do Sul e talvez ao Japão – sem falar no dano profundo que continuam a causar à sua própria população.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
O rato que ruge e o elefante indeciso: receita para o desastre na peninsula coreana (e alhures...)
Foi ela que também sustentou o regime autocrático da Birmânia durante tanto tempo, e agora se permite oferecer abertura porque ela também precisa disso para seus planos de chegar aos "mares do Sul", sem precisar atravessar o Vietnã e o estreito dos piratas, ops, das Molucas, ou dos malucos, segundo um antigo romancista.
Se e quando a China quiser, a Coreia do Norte acaba, vagarosamente, ou num estrépido capaz de provocar arrepios. Vamos ver...
Paulo Roberto de Almeida
China reavalia política em relação à Coreia do Norte
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
ISIS: sobre o teste nuclear da Coreia do Norte
Paulo Roberto de Almeida
ISIS Reports
ISIS Statement on North Korean Nuclear Test
by David Albright and Andrea StrickerFebruary 12, 2013
Download PDF
On Tuesday, February 12 at 2:57 GMT/UTC, North Korea claims that it tested its third nuclear device. The official KCNA news agency stated: “It was confirmed that the nuclear test, that was carried out at a high level in a safe and perfect manner using a miniaturized and lighter nuclear device with greater explosive force than previously, did not pose any negative impact on the surrounding ecological environment.” The Comprehensive Test Ban Treaty Organization recorded a seismic event 5.0 in magnitude and the U.S. Geological Survey recorded a shallow earthquake of 5.1 in magnitude. The test occurred at Punggye-ri, site of its 2006 and 2009 tests, which recorded magnitudes of 4.1 and 4.52, respectively. ISIS assessed on February 3 that North Korea was likely preparing for a third nuclear test based on preparations at the site visible in overhead satellite imagery.
While much information is still unknown about the nature of North Korea’s nuclear test, several key points should be made:
North Korea’s stated miniaturization capability, if true, should not be a surprise. It should not come as a surprise to the international community that North Korea may now have the capability to explode a miniaturized nuclear device. ISIS (and key members of the U.S. intelligence community) have assessed for some time that North Korea likely has the capability to miniaturize a nuclear weapon for its 800 mile range Nodong missile. Although more information is needed to make a sound assessment, this test could, as North Korea has stated, demonstrate this capability. ISIS has also assessed that North Korea still lacks the ability to deploy a warhead on an ICBM, although it shows progress at this effort. North Korea would need to conduct missile flight tests with a re-entry vehicle and mock warhead, increase the explosive yield of the warhead, possibly requiring its further miniaturization, and improve the operational reliability of the warhead and missile.
North Korea does not appear to have detonated a more sophisticated nuclear device, such as a thermonuclear device. Before the test, concern was expressed by some analysts that North Korea could test a more advanced nuclear weapon. The data from this test so far indicate that this is not the case. One important question is whether the nuclear test used only plutonium or involved highly enriched uranium either alone or in combination with plutonium.
It is time to accelerate efforts to stop North Korea’s foreign procurements for its nuclear programs and increase efforts to halt its proliferation financing efforts. North Korea’s efforts to procure nuclear and dual-use goods and raw materials for its nuclear programs must be addressed by targeted countries through improved United Nations sanctions resolutions and domestic trade control laws and the enforcement of those measures. North Korea continues to improve its nuclear programs through its access to such goods and materials, particularly through trading companies and citizens located in neighboring China.
The United Nations Security Council should incrementally increase proliferation financing sanctions on North Korea as a result of this test.
The international response to the test should be measured and should circle back to engagement. Despite the likely demonstration of an improved North Korean nuclear capability, the international response to the test should be carefully constructed. Ironically, North Korea’s previous nuclear tests, despite being followed by sanctions and international condemnation, eventually paved the way for engagement. North Korea’s historical use of brinkmanship to gain concessions is well documented. A new formulation is necessary to break this cycle of provocation/engagement that has too often ended with a more advanced North Korean nuclear weapons program. A strategy of engagement that does not reward the test but seeks to moderate the regime’s behavior through sustained dialogue may be most productive going forward. A key element is for the United States to deepen cooperation with China and resist seeking renewed bilateral U.S./North Korean dialogue. There are signs that China is listening more to U.S. concerns about North Korea’s nuclear provocations. A goal must be the United States developing common positions with China, along with South Korea and Japan, making it harder for North Korea to play China against the United States.
A response must not provoke even worse behavior. Faced with a draconian response to this third nuclear test, it is possible that North Korea could retaliate by causing minor military skirmishes with its neighbors, conducting another test, or even deploying nuclear-tipped Nodong missiles. Remaining cognizant of the need to prevent and mitigate worse behavior by North Korea should be the goal of any international or regional response. This again argues for seeking solidarity among China, Japan, South Korea, and the United States.
http://isis-online.org/isis-reports/detail/isis-statement-on-north-korean-nuclear-test/10
Institute for Science and International Security
236 Massachusetts Avenue, NE - Suite 305
Washington, DC 20002
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
A bomba nuclear norte-coreana e a fome de seu povo: comentario recebido...
Talvez não seja apenas a Coreia do Norte, a dispor de bombas atômicas e um povo miserável. A Índia também enfrenta, ocasionalmente, problemas desse tipo, por acidentes naturais e desorganização da distribuição, mais do que por incapacidade produtiva.
Quanto ao Paquistão, um dos responsáveis pelo seu programa nuclear, o finado líder político Zulfikar Ali Buttho, teria dito, uma vez, que o Paquistão teria a bomba atômica, mesmo se o povo precisasse comer grama, durante muitos anos. Exemplo de atitude responsável, como vemos.
Mas a Coreia do Norte é diferente, pelo grau alcançado pela fome regular de sua população, e o país vem sendo objeto de assistência alimentar bilateral e de órgãos multilaterais há muitos anos. O Brasil também participa desse esforço, como registra um comentarista neste blog, em tom crítico, mesmo se a iniciativa pode, justamente, ajudar as forças armadas norte-coreanas a desviar recursos para seus projetos nucleares. Triste situação.
Transcrevo aqui o que acabo de receber de um leitor deste blog.
Paulo Roberto de Almeida
Gilrikardo deixou um novo comentário sobre a sua postagem...:
TERÇA-FEIRA, 12 DE FEVEREIRO DE 2013
Criando corvo
Coréia do Norte e Brasil
__Aquilo que se temia, lá atrás, infelizmente se revelou hoje. A Coréia do Norte mostrou ao mundo que já desenvolveu a bomba nuclear e que daqui para frente será apenas uma questão de aperfeiçoar a técnica. Eu pergunto, e para quê? Qual a utilidade das bombas se não é para matar... destruir... aniquilar... enfim, por a baixo aquilo que levou anos, séculos, milênios para ser erguido. Esse episódio trouxe-me a lembrança do post onde abordei o tratamento vip que os "cumpanheiros" tem dispensado aos comunistas coreanos.
__Abaixo reproduzo com a impressão de que talvez eu seja um dentre a meia dúzia de brasileiros que lembraram desse episódio no dia de hoje.
**************************
20 de maio de 2012.
O PT que a maioria não vê.
Gilrikardo disse: Enquanto a companheirada faz festa com a dinheirama ao doar 21 mil toneladas de alimentos aos comunistas da Coréia do Norte, os militares coreanos investem pesado em armamentos e em energia nuclear. Seria verdadeiro afirmar que a companheirada está financiando, mesmo que indiretamente, os alucinados XING LINGS comunistas. Enquanto isso, aqui em nosso Brasil, lugares miseráveis ignorados pela "falta de recursos", dizem eles.
Só para melhor entender o tamanho da ofensa imaginem que uma carreta transporta vinte toneladas, então para cem toneladas são cinco carretas, vezes dez, então teremos cinquenta carretas para transportar mil toneladas de alimentos. Como serão vinte e uma mil toneladas, serão necessárias vinte e um multiplicado por cinquenta, ou seja MIL E CINQUENTA CARRETAS abastecidas com alimentos e pagas com dinheiro de nossos impostos. Singelamente doadas aos famintos coreanos do norte que estão mais preocupados em produzir armas a alimentos.
**********************
Coreia do Sul critica ajuda brasileira a vizinho do norte
O diretor-geral do departamento para a América Latina do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Jang Keun-ho, criticou a ajuda humanitária que o Brasil vem dando ao seu vizinho do norte. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o diplomata reconheceu que a atitude do Brasil de enviar alimentos à Coreia do Norte é boa, mas pode ter um efeito negativo.O governo sul-coreano teme que o vizinho, com quem está tecnicamente em guerra, use as doações para ganhar fôlego e continuar seu programa nuclear.
A Coreia do Norte vive uma crise humanitária, e o Brasil já enviou 16 mil toneladas de alimento ao país, número que deve chegar a 21 mil toneladas nos próximos meses, segundo a Folha de S.Paulo. A Coreia do Norte já enfrentou crises de alimentos, e o governo americano interrompeu a ajuda humanitária ao país depois que o governo lançou um foguete em abril. O temor é que o lançamento tenha sido o teste de um míssil.
De acordo com a Folha, o Itamaraty afirma que a doação de alimentos é regulamentada por uma lei de junho do ano passado, que prevê a ajuda a países com carências alimentares.
**********************
LEI Nº 12.429, DE 20 DE JUNHO DE 2011.
Conversão da Medida Provisória nº 519, de 2010
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
|
domingo, 30 de dezembro de 2012
A arquitetura stalinista kitsch da Coreia do Norte - book review (WSJ)
Kingdom of Kitsch
The oversize public monuments and buildings in the capital of North Korea confirm the subservience of the citizen to the state and display the ghastly aesthetic imperatives of totalitarian art.
By ERIC GIBSON
The Wall Street Journal, December 28, 212
Browse the travel section of any bookstore and along with old reliables such as Michelin you'll find a plethora of other titles and brands covering just about every destination and taste. Surely the strangest addition to this genre is the two-volume "Architectural and Cultural Guide: Pyongyang," edited by Philipp Meuser, a German architect and architectural historian. Strange because Pyongnang is unlikely to be on anyone's "see before you die" list and because, even if it were, it's not an easy place to see. The capital of the Hermit Kingdom receives only a few hundred visitors a year, the bulk of them officially sanctioned and accompanied every step of the way by government minders.
Architectural and Cultural Guide: Pyongyang
Edited by Philipp Meuser
DOM, 368 pages, $49.95
DOM
not to scale The Grand Monument on Mansu Hill features a 60-foot statue of Kim Il-sung; a sculpture celebrating the founding of the Communist Party (below).
"Architectural and Cultural Guide: Pyongyang" must also count as the only travel guide that comes with a warning to leave it behind. "It is possible that some of the information published is classified under North Korean law," reads an advisory note. "The publisher cannot accept liability for any problems with local authorities that may arise from taking this publication into North Korean territory."
Why write a guide to such a place? Mr. Meuser's stated aim is to "lend normalcy to the abnormal." He writes of the "pervasive feeling . . . of bemusement and perplexity in the face of the totalitarian regime" when you visit North Korea. Some of this feeling stems from the near-ghost-town character of Pyongyang. A city of some 1,200 square miles (about double New York's geographical size), it has a population of about three million. Although the book's photographs show vast residential areas populated by thick clusters of high-rise apartment buildings, the streets are virtually empty. One of the most memorable images in the book is of a traffic cop on duty at an intersection, without a single car in sight.
Enlarge Image
DOM
But the city's air of unreality derives in the main from the fact that Pyongyang is a suffocating propaganda hothouse where everything—the layout, buildings, monuments, billboards, signage—is designed to express the ideology of "Juche," or national self-reliance. As such, everything is geared to glorifying the state and its leader and reminding all the citizens that their primary raison d'être is to continue the revolutionary struggle. Mr. Meuser tries to understand all this by taking us through Pyongyang's streets "as though exploring this city were no different from rambling through Tokyo, Copenhagen or Berlin."
The book is not so much a Baedeker—there are no transportation tips, no business hours, no walking tours or other standard guidebook information—as an attempt to parse a city that Mr. Meuser describes as "an architectural cabinet of curiosities. . . . arguably the world's best preserved open-air museum of socialist architecture."
The first volume of the book consists primarily of photographs and is divided into sections such as "Urban Planning," "Residential Buildings" and "Monuments." The second is a collection of essays, three by Mr. Meuser and the rest by two other architectural historians, one South Korean and the other, like Mr. Meuser, German. As a bonus of sorts, "Architectural and Cultural Guide: Pyongyang" includes a 10,000-word excerpt from a manifesto titled "On Architecture" (1991). It was written—or so we are asked to believe—by Kim Jong-il, North Korea's leader from 1994 until his death in 2011. "It is more important that architectural structures reflect revolutionary ideals," reads a typical sentence.
For all its mix of elements, Mr. Meuser has produced a book that is at once unique and invaluable, the most in-depth study of totalitarian art and aesthetics since the Russian art historian Igor Golomstock published his sweeping history of the subject 12 years ago. Only this book has the advantage of being focused on work that is still standing and visible, unlike the material from the Nazi and Soviet eras discussed by Mr. Golomstock.
Pyongyang was 90% destroyed during the Korean War. So its later, ground-up rebuilding as a communist capital makes it a textbook showcase of totalitarian kitsch—that perverse byway of genuine art. The animating principle of totalitarian kitsch is the glorification of the state and its leader. The style borrows its vocabulary from the forms of legitimate art—the figure, the equestrian statue, the landscape—but it empties them of all but the most cloying, shallow emotion, relying on an inflated sense of scale and an off-the-shelf, formulaic realism.
Indeed, totalitarian kitsch uses scale as an autonomous aesthetic element. This quality is abundantly on display in Pyongyang, in its 60-foot statues of Kim Il-sung, the country's founding leader, and in the official buildings, with their floor areas running to hundreds of thousands of square feet. The idea here is that size is the message. By dwarfing the populace, such gigantism conveys the subservience of the individual to the state. Still, when it comes to size, Kim Il-sung and Kim Jong-il were pikers. Pyongyang's Arch of Triumph (1982) is about equal to Paris's Arc de Triomphe. The triumphal arch that Albert Speer designed for Hitler—part of a redesign of Berlin that was carefully planned but never built—was so vast that Paris's would have fit snugly into its aperture.
In Pyongyang, sometimes straining for the Big Statement has backfired, as in the case of the Ryugyong Hotel. Under construction since 1987, this 105-story, 6,000-bed pyramid is still unfinished, partly because its source of funding dried up with the collapse of the Soviet Union. "Looming over the city like a portent of doom, it is a daily reminder of the biblical Tower of Babel,'" writes Mr. Meuser. Or of a Potemkin village. Unusually for a building of that kind, the hotel is made entirely out of concrete. But "while a steel construction would have made better structural sense," writes Mr. Meuser, "it would have cost three times as much." Over the years, Pyongyang has moved away from Soviet-inspired concrete-block structures, seemingly the bastard children of Le Corbusier and a government planning bureau, to more modernistic, steel-and-glass structures like this hotel, all in an effort to appear more cosmopolitan.
If North Korea could be said to have made any "contribution" to the totalitarian-kitsch aesthetic, it is in Pyongyang's two giant memorial complexes, the Grand Monument on Mansu Hill (1972) and the Victorious Fatherland Liberation War Memorial (1993). Both consist of enormous plazas, some 450,000 square feet in area, dominated by a statue and subordinate sculptural groups. The Mansu Hill monument features, at its center, a 60-foot-high statue of Kim Il-sung; flanking him are two 150-foot-long sculptural groups, each with more than 100 figures parading ecstatically alongside a stylized, 75-foot-long flag. The war memorial is similarly designed but even more elaborate.
These memorial complexes allow us to speak of something totally new: the theater of totalitarian commemorative art. They are a hybrid form, a fusion of the traditional, stand-alone, single-figure monument and the Party rally. Think Nuremberg, only with dictator and martial attendants frozen in a perpetual act of exhortation. Visitors to these monuments become participants in a display of coercive propaganda as much as if they were attending a live outdoor assembly.
It's easy to make fun of Pyongyang's Ozymandias statuary, its comical anachronisms (such as the monument, unveiled in April, showing the late Kim Jong-il astride a rearing charger) and its government buildings dolled up with Vegas levels of glitz. But this book takes us beyond the laughter to see the cost to the Korean people of this preening ideological environment. Public monuments and buildings in Pyongyang are illuminated at night, but private residences are largely dark. Artists aren't independent creators but cogs working in teams with hundreds of others to crank out propaganda images of the Kims. Official buildings may be constructed of lavish materials—quarried stone and solid-gold door pulls—but housing for "the masses" is made from pre-cast concrete that quickly begins to crack and leak. The $100 million cost of the mammoth Mangyongdae Schoolchildren's Palace (1989), notes Mr. Meuser drily, "exceeds the total monthly income of the entire working population of North Korea." No wonder this book carries a warning.
One day the regime will fall and democracy will come to North Korea. We can only hope that, when it does, the successor government will preserve the monumental, public, propagandistic Pyongyang in all its perverse glory. It would be a real tourist destination, the world's only totalitarian-kitsch theme park—a kind of lopsided Disneyworld—and an object lesson in what happens when art is hijacked by the state, and the individual is ground beneath the wheels of a repressive ideology.
—Mr. Gibson is the Journal's Leisure & Arts Features editor.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Coreia do Norte = Somalia? Nao! Muito pior...
Na Coreia do Norte, esse tipo de atividade de alto risco, totalmente capitalista, não é sequer permitida. Acho que os habitantes desse imenso campo de concentração que é a Coreia do Norte estão pior do que os somalis...
It's official: Dingo did take that baby
Nearly a third of children under age five show signs of stunting, particularly in rural areas, and chronic diarrhea due to a lack of clean water, sanitation and electricity has become the leading cause of death among children.
Hospitals are spotless but bare; few have running water or power, and drugs and medicine are in short supply, the UN said in a detailed update on the humanitarian situation in North Korea.
"I've seen babies ... who should have been sitting up who were not sitting up, and can hardly hold a baby bottle," said Jerome Sauvage, the UN's Pyongyang-based resident coordinator for North Korea.
The UN has called for US$198 million in donations this year - mostly to help feed the hungry.
Last month, North Korea's premier, Choe Yong Rim, urged farmers to do their part to alleviate food shortages, according to a report from the state-run Korean Central News Agency.
Worries of another drought have been raised by a reported shortfall of rain this spring, which will likely lead to a reduced harvest.
"I have been working at the farm for more than 30 years, but I have never experienced this kind of severe drought," An Song Min, a farmer at the Tokhae Cooperative Farm in the Nampho area, said as he stood in parched fields where the dirt crumbled through his fingers.
North Korea does not produce enough food to feed its 24 million people, and relies on limited purchases of food from other countries as well as outside donations to make up the shortfall.
About 16 million North Koreans - two-thirds of the country - depend on government rations, the UN report said. There are no signs the government will undertake the long-term structural reforms needed to spur economic growth, it said.
The land in the mountainous north is largely unsuitable for farming, and deforestation and outmoded agricultural techniques - as well as limited fuel and electricity - mean farms are vulnerable to natural disasters, including flooding, drought and harsh, cold winters, the UN report said. Provinces in the southern "cereal bowl" produce most of the country's grains, but the food does not always reach the far northeast.
A crop assessment last October indicated that 3 million people would need outside food help this year.
Sauvage noted that North Korea, proud of its free health care system, runs spotlessly clean hospitals but with limited facilities. "The proportion of doctors to households is very high," Sauvage said. "Unfortunately, there's not a lot in the doctor's toolkit."
sábado, 26 de maio de 2012
Livro: inferno dantesco, na Coreia do Norte
Que o Brasil se tenha empenhado em manter relações com tal regime, e que o governo tenha fornecido alimentos para o governo norte-coreano -- que serve para alimentar os vinculados ao próprio governo -- apenas testemunha, mais uma vez, sobre as opções dos companheiros no poder, e suas simpatias por todo regime repressivo (desde que anti-americano) e supostamente socialista.
Abaixo um relato sobre um caso extraordinário: um "subhumano", nascido em campo de concentração, consegue escapar do inferno terrível que é aquele país, para testemunhar livremente, e sobretudo comer fartamente...
Paulo Roberto de Almeida
Addendum: o livro existe em edição brasileira, como me comunicou um leitor, a quem agradeço:
FUGA DO CAMPO 14
domingo, 20 de maio de 2012
Brasil ajuda Coreia do Norte: certo, um pais que precisa...
Faz sentido! A Coreia do Norte exibe vários tipos de carências, inclusive a alimentar, que deve ser dramática "a nível de" população. Mas isso ocorre há anos, e não sei se os companheiros refletiram sobre isso: o socialismo, como um todo, é um caso emergencial, de UTI, uma enorme catástrofe humanitária, talvez até civilizacional. Finalmente, os companheiros precisam de aliados, pois nem os socialistas reformistas europeus são tão anti-imperialistas e anti-hegemônicos como deveriam; afinal de contas eles estão na OTAN e continuam a aplicar políticas neoliberais.
Nada como um bom socialismo, puro e duro, sobretudo isso, duro...
Paulo Roberto de Almeida