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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Patrimônio belga no Brasil: Enciclopédia das Memórias Belgas no Brasil

A Bélgica é, de certa forma, a minha segunda pátria: todos os meus diplomas superiores – graduação, mestrado e doutorado – são emitidos por universidades belgas, nas quais estudei durante a ditadura militar no Brasil, durante quase sete anos de um exílio voluntário.

Novos verbetes na enciclopédia das presenças belgas no Brasil

Enciclopédia das Memórias Belgas no Brasil, disponível no site www.memoriasbelgas.com.br, segue em constante expansão. No último mês, foram adicionados novos verbetes que destacam trajetórias pouco conhecidas de belgas que, neste caso, deixaram sua marca na história e na cultura do país.

Entre os novos perfis, está o de Edmond van Parys, fundador da empresa Citrobrasil, uma exportadora de frutas cítricas que se tornou, em meados da década de 1960, a maior do setor no Brasil.
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Outro destaque é Laurent De Wilde, empreendedor que desempenhou um papel relevante na cena das belas artes do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. Ainda há lacunas sobre sua vida e formação e o site convida pesquisadores e leitores a contribuir com informações adicionais.
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Também foi incluído o verbete de Paul Burlandy, um operário belga assassinado em 1922, no bairro da Pompeia, na cidade de São Paulo — episódio que ganhou grande repercussão na imprensa da época.
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Por fim, graças a informações fornecidas pelo Cônsul da Bélgica no Rio de Janeiro, Emmanuel De Groof, o projeto identificou que Gustavo Snoeck foi o descobridor do Poço Encantado, uma das atrações naturais mais visitadas da Chapada Diamantina (BA).
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A equipe do Memórias Belgassegue aberta a colaborações de pesquisadores, descendentes e interessados em ajudar a reconstruir essa fascinante história compartilhada entre a Bélgica e o Brasil.
 

Ruas com toque belga

O leitor Ricardo Planca chamou a atenção para um curioso detalhe da presença belga em Santa Catarina: duas ruas da região levam sobrenomes de descendentes de imigrantes belgas — e ambos pertencem à sua própria família.

Trata-se da Rua Cesar Blanck, localizada no bairro Santa Teresinha, em Gaspar (SC), e da Rua Zeni Planca Pereira, no bairro Itajuba, em Barra Velha (SC). Esses logradouros foram incluídos na lista de “ruas com toque belga”, disponível no site Memórias Belgas, que reúne nomes de vias batizadas em homenagem a descendentes dos imigrantes que chegaram à cidade catarinense de Ilhota entre 1844 e 1846.

Este levantamento contribui para a preservação da memória da presença belga no Vale do Itajaí e o reconhecimento da contribuição dessas famílias à formação da região.
Se você conhece outras pessoas, locais, patrimônios ou histórias ainda não mencionadas no site, entre em contato para ajudar a ampliar esse mapa da herança belga no Brasil.
 

As Aventuras de Zé e Maria: quando os quadrinhos belgas conquistaram o Brasil


A Bélgica ocupa um lugar de destaque no universo da nona arte. Reconhecida mundialmente por sua rica tradição em histórias em quadrinhos, o país já foi descrito pela revista Time como tendo “a cultura de HQs mais rica da Europa”, enquanto o Calgary Suna chamou de “lar das histórias em quadrinhos”. Personagens como Tintim, criado por Hergé, e os Smurfs (Les Schtroumpfs), de Peyo, tornaram-se ícones globais e marcaram gerações — inclusive no Brasil.

Não é raro encontrar brasileiros que cresceram acompanhando as aventuras do Tintim e seu fiel cachorro Milou, ou que visitaram a famosa Rota dos Quadrinhos na cidade de Bruxelas. O encanto também atravessou o Atlântico de outras formas: em Ilhota (SC), o tradicional “Passeio dos Smurfs”, promovido pela Associação Ilha Belga, sempre atraiu grande público.

Mas a influência belga nas HQs publicadas no Brasil vai além dos nomes mais conhecidos. Para surpresa de muitos, a série “De avonturen van Suske en Wiske”, de Willy Vandersteen, chegou ao país no final da década de 1950, lançada pela Editora Marcel Beerens, do Rio de Janeiro, com o título “As Aventuras de Zé e Maria”. Pelo menos três histórias foram traduzidas: Os Mosqueteiros Endiabrados, O Hipopótamo Cantor e O Toureiro Gaiato.



Outro exemplo é o quadrinho “De laatste diligence” (A Última Diligência), da série “De avonturen van Betsy”, que ganhou versão brasileira como “As Aventuras de Diana”, também publicada pela mesma editora carioca.

Essas descobertas revelam apenas uma parte da presença belga nos quadrinhos editados no Brasil. Muitos títulos ainda permanecem esquecidos. Por isso, convidamos nossos leitores a contribuir com informações que ajudem a completar essa lista e resgatar mais um capítulo dessa fascinante história cultural compartilhada entre a Bélgica e o Brasil.
  


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