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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

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sexta-feira, 10 de julho de 2015

Brics: China um exemplo de cibersecurity totalitária. Um exemplo a ser seguido pelos demais? (NYT)

Logo ao abrir as notícias do dia, nesta sexta-feira 10 de julho, em Anápolis, deparo-me com uma matéria do New York Times da véspera, enquanto se desenvolvia o encontro do ano do grupo Brics, reunido na Rússia, em Ufá.
A chamada da matéria é a seguinte:

SINOSPHERE
What You Need to Know About China’s Draft Cybersecurity Law

By AUSTIN RAMZY
China, which has some of the world’s tightest Internet restrictions, has released a draft of a bill that authorizes broad powers to control the flow of online information.
The New York Times, Compiled: July 9, 2015 6:01 AM

Logo, um assunto altamente relevante para todos os cidadãos que se preocupam com a intrusão do Estado, dos governos mais exatamente, em suas vidas privadas.
Carmen Lícia e eu estávamos na China, em 2010, quando soubemos, por acaso, em agosto daquele ano, que finalmente havia sido levantada a barreira total imposta por Beijing no acesso à internet, por toda uma imensa província chinesa (no nome), Xinjiang (na verdade o chamado Kazaquistão chinês), em consequência dos distúrbios causados pelos rebeldes uigures contra dominação Han naquela região, inclusive na capital Urumqi. Uma província inteira, cortada do mundo, durante mais de um ano, segundo dispositivos que integram a atual lei de segurança na internet agora implementada.
E o que constato pela matéria abaixo?
Isto abaixo, que continua a ser preocupante do ponto de vista dos direitos cidadãos.
Paulo Roberto de Almeida 

What You Need to Know About China’s Draft Cybersecurity Law




Surveillance cameras in Tiananmen Square, Beijing. The release of draft legislation on cybersecurity in China followed the recent passage of a law on national security. Credit Wu Hong/European Pressphoto Agency
China, which has some of the world’s tightest Internet restrictions, has released a draft of a new cybersecurity law that authorizes broad powers to control the flow of online information. The bill, which has been translated into English on the website China Law Translate, comes after the recent passage of a law on national security and with the expected approval of bills on nongovernmental organizations and counterterrorism.
Here is a look at some of the main provisions of the cybersecurity bill, and what the measure tells us about the structure of China’s Internet control apparatus:
The Cyberspace Administration of China has a crucial role. Perhaps the most interesting aspect of the bill is not the powers that it spells out, but who holds them. Analysts say the draft shows clear signs that the Cyberspace Administration and its director, Lu Wei, drive Internet policy and that it gives the body great powers to guide research and education.
Near the beginning, the draft says that the “state Internet information department” is “responsible for comprehensively planning and coordinating network security efforts and related supervision and management efforts.”
Rogier Creemers, a research scholar at Oxford University, said this is a clear reference to the Cyberspace Administration of China and puts it in the driver’s seat for policy-making going forward. “They are clearly in charge,” Mr. Creemers said.
“They are are a coordination and decision-making body at the highest political level,” he said, adding that with this law the Cyberspace Administration has set a broad agenda, and that it will be up to other ministries to then work out more specific laws, such as rules governing e-commerce or what hardware banks can use.
Most of the provisions are not new. China has long taken steps to restrict many types of online content, from pornography to political discussions. Many foreign sites are blocked, and domestic sites use automated censorship mechanisms as well as staff members to remove posts on restricted topics.
Even the most aggressive measures discussed in the draft, restricting Internet access in a particular region to “safeguard the national security, social stability or handle a sudden major incident of concern for social safety,” have been used. In 2009, China shut off nearly all Internet access and international calls in the far western region of Xinjiang for months, after deadly riots in the city of Urumqi.
But often such powers were defined in lower-level regulations or even Internet companies’ contracts. By elevating them to a national law, Chinese authorities are signaling that they are placing a high priority on compliance and that they want to “make it harder for Internet companies to avoid or drag feet on implementation,” said Maya Wang, a researcher with Human Rights Watch based in Hong Kong.
“The law is meant to say the party is serious about controlling the Internet,” she said.
A warning to global companies. China has long been a difficult place for foreign technology companies to thrive. Many sites, including Facebook, Google, Twitter and YouTube, are partly or completely blocked.
Some clauses, such as a requirement for the development of safeguards on “critical information infrastructure,” could further curtail the activities of foreign companies, but the details are still unclear.
“The foreign business community will be reading the law closely, trying to determine how the cybersecurity standards and procurement provisions will be implemented,” Adam Segal, an expert on China and digital policy at the Council on Foreign Relations, wrote. “The past few months will not give them great comfort, as Beijing has adopted a national security law and other provisions to make technology used in China ‘secure and controllable’.”

Paul Mozur contributed reporting.
Follow Austin Ramzy on Twitter at @austinramzy, and Paul Mozur at @paulmozur.



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Republica Popular dos Hackers: um enxame a servico do Estado

As profecias de George Orwell, em 1984, podem estar erradas na sua formatação específica, mas elas estavam absolutamente certas no seu conteúdo substantivo. O Big Brother quer sempre se meter na sua vida, e determinar o que você pode, ou não pode fazer.
Eu mesmo fui testemunha da censura aplicada diversas vezes aos meios televisivos internacionais na China, cada vez que CNN, BBC ou outro canal "ocidental" abordava os assuntos sensíveis aos olhos do PCC: direitos humanos, Tibete, repressão política, prêmio Nobel a Liu Xiaobo, etc. A tela simplesmente ficava preta, e depois voltava ao normal. Quando a censura era muito extensa, os funcionários do setor até se davam ao trabalho de colocar no lugar publicidade do mesmo canal, para tentar sinalizar que tudo estava em ordem. A hipocrisia junta com desfaçatez e a mentira.
Um dos artigos sempre mais buscados em Hong Kong são justamente livros e revistas proibidos no continente. Junto com alguns outros que sofrem dos abusos do capitalismo desenfreado chinês.
Os companheiros adorariam dispor desse poder e dessa capacidade para penetrar na grande mídia, nos veículos do PIG, o partido da imprensa golpista, como eles dizem, para atrapalhar a vida de quem se opõe a seus instintos e vocação totalitários.
Vão precisar fazer novo convênio entre partidos amigos, para importar alguns dos hackers a serviço do Big Brother asiático...
Paulo Roberto de Almeida

Après le "New York Times", le "Wall Street Journal" victime de hackers chinois

Le Monde.fr avec AFP |


Le Wall Street Journal a indiqué, jeudi, que ses ordinateurs avaient été la cible de pirates informatiques chinois et dénoncé les tentatives de Pékin d'espionner ses journalistes.

Le quotidien économique a fait cette annonce au lendemain de celle du New York Times, celui-ci ayant affirmé que des pirates informatiques chinois avaient infiltré ses propres ordinateurs ces quatre derniers mois, en réponse à son reportage paru le 25 octobre sur la fortune amassée par les proches du premier ministre, Wen Jiabao, dans des affaires commerciales.
Le Wall Street Journal souligne ainsi que ces attaques avaient pour "but apparent de contrôler la couverture de la Chine" par ses journalistes, et laisse entendre que la pratique chinoise d'espionner les médias américains était devenue "un phénomène courant". "Des preuves montrent que ces efforts d'infiltration visent à contrôler la couverture par le journal de la Chine, et non à réaliser des gains commerciaux ou à détourner l'information des clients", souligne dans un communiqué Paula Keve, de l'agence Dow Jones, qui fait également partie avec son cousin Wall Street Journal du groupe News Corp du magnat Rupert Murdoch.
Le Wall Street Journal n'a pas précisé quand ces attaques informatiques avaient commencé mais a annoncé qu'une révision de son réseau informatique pour renforcer la sécurité avait été effectuée jeudi. "Nous avons la ferme intention de poursuivre notre pratique du journalisme de façon battante et indépendante", a assuré Paula Keve.


Jeudi en fin d'après-midi, la chaîne CNN a à son tour annoncé que le système informatique de son service international avait été bloqué pendant plusieurs minutes en réponse à son reportage sur le piratage du New York Times. "CNNI est devenu noir pendant six minutes", a tweeté l'une des journalistes de CNN International Hala Gorani. "La Chine a bloqué CNN en raison de l'interview de à Hala Gorani sur le piratage informatique du New York Times", pouvait-on lire.