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sábado, 16 de novembro de 2013

Qual a fonte das dificuldades economicas e sociais brasileiras, alem dacorrupcao? - Carlos Brickmann

Além da roubalheira generalizada, que ocorre em todos os níveis e para todos os lados, mas sempre envolvendo ou dinheiro público ou alguma (des)regulação pública, feita justamente para isso mesmo, a fonte mais visível, evidente, inevitável, do baixo crescimento, das desigualdades sociais e de todas as deformações e distorções que atingem (é o caso de se empregar esse verbo) o Brasil e seu sistema bizarro de (des)organização orçamentária é o agigantamento estatal, o crescimento desmesurado do ogro famélico, e com ele a proliferação de todos os mandarins e marajás que se julgam no direito de exigir (e extorquir) tratamento compatível com suas pretensões megalomaníacas.
Poucos países no mundo são tão idiotas a ponto de exigir, e impor, uma carga tributária total de aproximadamente 40% do seu sistema produtivo e de seus consumidores.
Os que praticam a primeira distorção se tornam absolutamente inviáveis no plano da competitividade internacional (e para dentro do país, cabe lembrar) e suas empresas perdem os dois mercados até fecharem.
Os que praticam a segunda distorção, possuem rendas per capita cinco ou seis vezes superiores à dos brasileiros, e compensam a extração fiscal com o oferecimento de serviços públicos compatíveis com tal carga fiscal.
Em todo caso, países normais que exibem níveis elevados de taxação possuem também graus elevados de produtividade do capital humano e do sistema produtivo em geral, podendo, portanto, funciobar e ser competitivo ainda assim (Alemanha, Japão, EUA).
O Brasil, simplesmente, não é um país normal, a começar pela praga dos "dez vezes sem juros" ( um disfarce para juros embutidos de 50 a 100% do preço final do bem ou serviço) e por algumas outras distorções como estas relatadas na coluna do jornalista Carlos Brickmann.
Paulo Roberto de Almeida

Por trás das notícias
Coluna Carlos Brickmann
17/11/2013

OK, Mensalão, prisões, corrupção - chega! Noticiário político virou noticiário policial e esta coluna cansou. O mais importante é o que a fumaça da ladroeira encobre: que um assalto muito maior esfola o cidadão. O total de impostos pagos neste ano já superou R$ 1,4 trilhão. Esse monumental volume de dinheiro entregue aos governos reduz a capacidade de investimentos das empresas e a possibilidade de compra dos indivíduos; desestimula a iniciativa individual - pois, num bom número de casos, ganhar mais significa receber menos, já que o imposto dá um salto. É tanto dinheiro que permite gastos públicos injustificáveis - dos milhares de funcionários do Congresso à gigantesca frota de carros para governantes e políticos em geral, de recursos para o Mensalão às mordomias oficiais.

No ano passado o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo levou 12 dias a mais para atingir R$ 1,4 trilhão. São os impostos crescendo, ano a ano.
Corrupção? Café pequeno, mesmo sendo muita. No excelente Blog do Noblat (http://oglobo.globo.com/pais/noblat/) do dia 15, além do Mensalão, há cinco casos de corrupção, envolvendo diversos partidos, diversos Estados e Municípios, diversos níveis de poder. O ministro Luís Roberto Barroso diz que "a corrupção não tem partidos (...) Nestes poucos meses, explodiram escândalos em um Ministério, em um importante Estado e em uma importante prefeitura". 

É muita corrupção e combatê-la é importante. Mas não tão importante quanto a Grande Esfola Tributária, mãe de todos os casos de ladroeira governamental.

Lá...
O ex-presidente alemão Christian Wulff está sendo julgado em Hannover. Motivo: um amigo, produtor de cinema, pagou sua visita à Oktoberfest de Munique e sua conta de hotel, no alor total de R$ 2.170 (700 euros). É pouco? Por isso, Wulff teve de renunciar à Presidência e abandonou os planos de candidatar-se a primeiro-ministro, na sucessão de Angela Merkel. Os promotores lhe ofereceram um acordo, desistindo da acusação se admitisse a culpa e pagasse € 20 mil de multa. 

Wulff recusou: disse que preferia ser julgado e defender sua honra.

...e cá
Sete deputados federais brasileiros, para cumprir três compromissos em Nova York nesta segunda, 18, viajaram na última quarta, recebendo diárias pelo período integral. Henrique Alves (PMDB) tem direito a US$ 550 por dia; Fábio Faria (PSD), Márcio Bittar (PSDB), Esperidião Amin (PP), André Figueiredo (PDT), Danilo Fortes (PMDB) e Eduardo da Fonte (PP) recebem US$ 428 de diária. Os sete pegaram jatinho da FAB de Brasília para São Paulo, seguindo então, sempre por conta da Câmara, para Nova York. Todos foram com as esposas - estas sem diárias. Dois assessores viajaram antes, para preparar tudo. 

E quais os compromissos tão importantes? Na segunda, encontrarão o presidente da Assembléia Geral da ONU, John Ashe, e o presidente do Conselho de Segurança, Liu Ji-ey. E darão entrevista à Rádio ONU. Cada passagem custa R$ 19 mil, ida e volta.

A prisao dos quadrilheiros e as trapalhadas do Congresso - editorial Estadao

Editorial O Estado de S.Paulo, 15/11/2013

O julgamento da Ação Penal 470 teve seu ponto culminante há 11 meses, em dezembro de 2012, quando o Supremo Tribunal Federal (STF), após 49 sessões que se estenderam por quatro meses e meio, condenou 25 dos 40 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por vários crimes relacionados com o plano urdido por então dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) para garantir apoio parlamentar ao governo Lula mediante o pagamento de propina a parlamentares e dirigentes da chamada base aliada.

A decisão tomada por unanimidade na última quarta-feira pela Suprema Corte, de determinar a execução imediata das penas ─ inclusive para condenados, como o ex-ministro José Dirceu, que ainda podem ter revistas partes de suas sentenças ─, é apenas o desdobramento natural de um processo longo, quase interminável, complexo e extremamente polêmico, que apesar de todos os pesares permitiu à consciência cívica do país vislumbrar o início do fim da histórica tradição de impunidade dos poderosos.
O desdobramento natural do processo do mensalão, de qualquer modo, representa mais um episódio relevante na história jurídica e política do país, não apenas porque só era esperado pela maioria dos observadores para o próximo ano, mas, principalmente, porque dá uma resposta clara aos cidadãos que já começavam a se sentir afrontados pela desfaçatez e empáfia com que alguns condenados ─ não por acaso os mais notórios ─ vinham tentando desqualificar a decisão da Suprema Corte e desmoralizar os ministros por ela responsáveis.
Não é fácil para o cidadão comum compreender a razão pela qual o julgamento do mensalão se arrasta já por oito anos e ainda tem pela frente um tempo indefinido que será consumido na apreciação de recursos que o processo penal brasileiro garante aos réus ─ especialmente àqueles que dispõem de meios para pagar as melhores bancas advocatícias. Essa é uma distorção que, desde logo, compromete a prática da boa justiça. Mas é de esperar que, ao colocar em evidência essa faceta perversa da Justiça, o processo do mensalão enseje a abertura de uma ampla discussão nacional sobre a necessidade de expurgar do ordenamento jurídico o viés retrógrado que aqui e ali ainda perdura.
Por outro lado, o avanço no processo do mensalão com a decretação da prisão dos condenados vai colocar mais uma vez em xeque o Congresso Nacional. Depois de, em nome de uma visão equivocada de autonomia que reflete apenas um corporativismo primário, terem cometido o absurdo de garantir o mandato de um deputado condenado e preso, os parlamentares terão que decidir o que fazer com os quatro colegas que a Ação Penal 407 está colocando atrás das grades.
Senadores e deputados estão aparentemente empenhados na aprovação de projeto de emenda constitucional que acaba com o voto secreto nas decisões sobre a cassação de mandatos de seus pares. Seria uma maneira de inibir a repetição do vexame que transformou em deputado-presidiário Natan Donadon, que cumpre pena no presídio da Papuda, no Distrito Federal, e que por essa singela razão está impedido de comparecer à Câmara dos Deputados para cumprir as obrigações que o mandato impõe. Esse absurdo seria apenas cômico, se não fosse revelador do ponto a que chegou a degradação dos valores éticos entre os representantes eleitos pelo povo.

Mas, como senadores e deputados não se entendem, patrocinando projetos conflitantes, o impasse será certamente debitado, por parlamentares docemente constrangidos, aos regimentos internos das duas Casas. E tudo permanecerá como lhes é de gosto, até que o instinto de sobrevivência diante de eventual recrudescimento das manifestações populares e da proximidade das eleições acabe colocando algum juízo nas nobres cabeças dos representantes do povo. Afinal, o processo do mensalão, agora revigorado pela decisão unânime dos ministros do Supremo, continua estimulando a consciência cívica do povo brasileiro.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Condenados, mas vivissimos - Milton Simon Pires

CONDENADOS E LEGISLADORES

Milton Simon Pires

Tenho seguido com interesse a reação da grande imprensa à condenação do deputado Natan Donadon. Livrado da cassação de mandato pelos seus colegas, ele chegou e saiu algemado da sessão de hoje da Câmara dos Deputados. Retornou, depois da sua atividade parlamentar, ao Presídio da Papuda. Ainda não estou entendo, de fato, por que essa sensação toda de estranhamento..o porquê de tanta perplexidade..Me ajudem a compreender.
Imaginem vocês um lugar onde simplesmente não existe qualquer espaço para a mais simples noção de bem comum. Onde algumas poucas pessoas são inocentes e a grande maioria é de bandidos.  Um lugar onde se combina a noite tudo que será feito durante o dia. Um espaço onde não tem valor nenhuma lei escrita, onde impera o mundo dos interesses escusos, dos conchavos, das ameças e das delações..Imaginem um lugar de onde se pode, uma vez combinados alguns interesses, parar todo país e quem sabe até mudar a sua história. Uma instituição onde o que manda é o dinheiro e o narcotráfico..onde se pode contratar a morte de pessoas e onde, garantidas algumas condições, se pode desfrutar de regalias inimagináveis...Imaginaram? Pois bem, agora eu pegunto a vocês – Vocês conseguiram definir com certeza se eu estou falando de uma penitenciária de segurança máxima ou do Congresso Nacional? Se conseguiram; me mostrem como o fizeram pois eu mesmo me atrapalhei com o que escrevi!
Meus amigos, o que torna um homem perigoso não é sua força...não é seu dinheiro, nem suas armas  
mas sim o seu caráter. Não vou perder tempo aqui tentando demonstrar isso. Faço o caminho inverso afirmando que isso é tão verdadeiro, tão simples e tão evidente, que – como todas as coisas que guardam essas três qualidades – foi esquecido. Sendo esquecido, uma vez demonstrado de forma cabal provoca o falso deslumbramento. É dessa sensação que se vale quem quer vender jornal e fazer notícia afirmando “escandalizado” que agora o Brasil tem deputados presidiários. Guardasse o nosso povo a certeza de que não há diferença entre os valores que imperam num presídio e aqueles que regem nosso Congresso e não teria a restrição da liberdade de ir e vir de um marginal de terno provocado tamanha polêmica.
Há muito, mas muito tempo mesmo a democracia no Brasil acabou. Governa o país uma ditadura dos medíocres onde a noção de justiça cedeu a de “participação popular” e onde a mera noção de verdade foi trocada pela de consenso. Já escrevi antes sobre o tema.
Deputados bandidos sendo algemados e mesmo assim mantendo seu cargo não são causa disso. São a consequência. Afirmo ser pré-requisito essencial para vida politica no nosso país um caráter em absolutamente tudo idêntico ao dos sociopatas assassinos, estupradores e traficantes que lotam as prisões mais vigiadas. Sustento que a semelhança entre esses dois mundos é tamanha que não há  dinheiro nem luxo capaz de dissimular as coincidências. Essa afinidade funciona como um tapa na cara para quem acredita nas instituições acima dos homens, para quem coloca o mundo da economia acima da cultura e para quem crê que o “hábito faz o monge”. Ela desafia a máxima das faculdades de Direito ao proclamarem que não existem criminosos; mas sim crimes e atira perante toda sociedade brasileira a vulgaridade do seu cidadão mediano – aqueles entre os quais nos incluímos todos nós, que não somos presidiários nem deputados, mas que nosso silêncio covarde permitimos o surgimento de condições em que não se pode mais fazer a distinção moral deles. Quando um deputado brasileiro, bandido ou não, permanece indo e vindo algemado às sessões do Congresso, somos todos nós que estamos ali junto com eles. Somos 190 milhões de “depenados” - termo que define a mistura de deputados e apenados, que reflete o brasileiro médio e escandaliza o cidadão mínimo em qualquer republiqueta africana. Triste maneira de fazer um país gigantesco perceber que o que tem de mais importante não são as suas instituições, mas sim o seu povo, que esse povo, crente numa religião civil de adoração ao poderes colocou neles os piores dentre seus homens e que já não há mais diferença alguma entre condenados e legisladores.


PORTO ALEGRE, 30 DE AGOSTO DE 2013.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O deputado-presidiario importa menos: o objetivo sempre foi salvar outros bandidos, maiores - Reynaldo Rocha

Reinaldo Rocha
Blog de Augusto Nunes, 29/08/2013

No país de pernas para o ar, da inversão absoluta de valores, não são os mensaleiros que serão beneficiados com a absolvição de Natan Donadon. Foi Donadon que se beneficiou do processo do mensalão.

A causa primeira do apodrecimento do Congresso está no PT e no projeto de poder sem limites, sem vergonhas e sem respeito ao país.
Os que roubaram se associaram à maior quadrilha de bandidos já vista no Brasil, que usa o poder como pé-de-cabra para arrombar cofres públicos e protege bandidos como membros da Cosa Nostra. São os responsáveis diretos pela absolvição parlamentar de um criminoso condenado a 13 anos de cadeia.
Isto não exime os covardes que zombaram da nossa cara nesta quarta-feira, em mais uma noite de infâmia. São venais e esperavam somente a oportunidade de reafirmar ao Brasil o que sempre fazem: viver no esgoto fétido onde convivem na alegre confraria das ratazanas.
Mas que não se acuse o salafrário condenado pela alegria incontida dos mensaleiros. Ou se debite ao Donadon o que é do PT. A César o que é de César. Ao PT a primazia da canalhice. O deputado que reclama do banho frio e da qualidade do repasto servido somente seguiu a trilha do PT e repetiu a cantilena dos inocentes ladrões de Ali Baba.
Que não se acuse o presidiário-deputado de ser a falta de decência explícita. Somente copiou quem nunca foi decente.
São estes os pioneiros que merecem – na visão de alguns ministros da defesa em ação no STF – uma pena minorada? É este exemplo – seguido por Donadon, que exige o mandato mesmo precisando de camburão para ir ao trabalho – que protege os mandatos de João Paulo Cunha e Genoíno?
Não seria a “elasticidade” das penas, tão citada por Ricardo Lewandowski, o argumento usado ontem por centenas de juízes? O ministro deve estar feliz. Ao menos uma de suas teses foi aplicada.
A interpretação a favor do réu (mesmo contra a sociedade) foi levada ao extremo. Preso? Sim. Condenado? Também. Mas deputado sempre!
Natan Donadon se valeu da desavergonhada exegese jurídica que ministros do STF propõem como uma nova prestação jurisdicional. A que se rebela contra a sentença (direito de qualquer réu) e consegue apoios entre os próprios julgadores.
Não foi isso que aconteceu onde no Circo dos Farsantes? Um ajuntamento de bandidos inocentando e protegendo um deles que – coitado – caiu em desgraça.
O exemplo está sendo dado há mais de oito meses em outro prédio da Praça dos Três Poderes. O Estado de Direito substituído pelo direito de alguns que lesam o Estado.
Donadon será eternamente grato ao PT, aos mensaleiros, aos blogueiros “progressistas” e chapas-branca, aos milicianos histéricos, aos movimentos sectários que defendem o indefensável, aos ministros que caíram de para-quedas no Plenário do Supremo, aos cordatos que mesmo discordando aceitam a podridão como normal, aos advogados medalhões regiamente pagos, ao poder.
Os mensaleiros nada devem a Donadon. Este sim deve e muito aos mensaleiros. Eles criaram o caldo de cultura onde mais é menos, onde roubo é malfeito, onde a mentira é dado oficial e onde o poder é passagem liberada para a corrupção.

Os mensaleiros devem ao Brasil. E esta conta – juro! – eu vou cobrar.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Bandidos de todos partidos, uni-vos... na cadeia ! (Qual lugar seria melhor?)

Augusto Nunes, 06/08/2013

Trecho de um post aqui publicado em outubro de 2011:
Os companheiros desmoralizados pelo mensalão e os quadrilheiros da base alugada fazem o possível para entregar à oposição, já desfraldada, a bandeira do combate à ladroagem. Os tucanos fazem questão de devolvê-la, arriada, para não tropeçar em bandidos domésticos. Durante a campanha presidencial de 2010, por exemplo, Dilma Rousseff ofereceu a José Serra a bandeja com a cabeça da melhor amiga Erenice Guerra. O candidato tucano rejeitou-a para livrar-se de perguntas sobre um certo Paulo Preto.
De novo para não topar com esqueletos de estimação, agora é Geraldo Alckmin quem se recusa a abrir os armários da Assembleia Legislativa. É um deslize moral e um equívoco político: a devassa acabará escancarando as bandalheiras que assombram a 1ª Secretaria da Assembleia. Historicamente explorado pelo PT, esse porão está hoje sob a guarda de Rui Falcão, presidente nacional do partido.
Nenhuma sigla conseguiu enxergar as dimensões da indignação do Brasil decente com a corrupção institucionalizada e impune. É natural que sejam todos tratados como gente que não merece confiança. Se a oposição oficial não acordar a tempo, repousará para sempre na mesma cova rasa escavada para acolher os protetores de ladrões federais.
Em abril de 2012, também neste espaço, outro post reiterou a advertência:
Um abismo separa a oposição oficial da oposição real, formada por brasileiros que respeitam a lei, os valores morais e as normas éticas, não cedem à tentação de justificar o injustificável, não fazem concessões ao farisaísmo, à hipocrisia e à pouca vergonha, não aceitam a tese de que, em política, só é feio perder a eleição. O eleitorado  honesto está farto de votar por exclusão e escolher o mal menor. O país que presta teima em ver as coisas como as coisas são. E não tem bandidos de estimação.
Até que o Brasil descobrisse que o templo das vestais camuflava um bordel, o PT fez de conta que era o único partido que, nas palavras de José Dirceu, “não róba nem dêxa robá”. Desmascarada a fraude, a sigla que institucionalizou a corrupção impune e organizou a maior roubalheira federal de todos os tempos não perdeu uma única chance de engrossar a falácia segundo a qual todas se igualam na ladroagem.É o que tem feito desde que pousaram no noticiário jornalístico denúncias envolvendo o metrô de São Paulo. Enquanto recitam que a condenação dos quadrilheiros pelo STF resultou de um “julgamento político”, os companheiros berram que a gatunagem alheia é muito maior. Haja cinismo.
É evidente que as histórias sobre o cartel de que fez parte a Siemens têm as impressões digitais do Planalto. É óbvio que informações em poder dos integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) vazam de torneiras controladas por Gilberto Carvalho. E até os bebês de colo e os índios das tribos isoladas sabem que o barulho foi programado para abafar o ruidoso começo do último capítulo do julgamento do mensalão.
Feitas as ressalvas, está claro que há um escândalo a investigar, suspeitos a identificar e culpados a punir. Já se comprovou que, durante alguns anos, grandes empresas se acumpliciaram para tungar muitos milhões de reais dos pagadores de impostos. São esses, não os milicianos que patrulham a internet insones com a iminente prisão dos mensaleiros, que merecem o completo esclarecimento do caso.
O PSDB tem mais uma oportunidade ─ talvez a derradeira ─ de provar que é diferente do PT. Ao longo do mês, os devotos de Lula estarão tentando livrar da cadeia os delinquentes amigos e acusando qualquer um que se mova fora das fronteiras da sigla. O país que pensa entende que o Código Penal vale para todos. Ficha de filiação partidária não é prova de culpa nem atestado de inocência.

A revolta da rua deixou claro que milhões de brasileiros exigem o fim da corrupção impune. Se a oposição oficial ignorar a mensagem transmitida aos gritos, multidões de manifestantes deduzirão que nenhum partido respeita normas éticas e nenhum político merece confiança. Ou o PSDB joga ao mar a carga malcheirosa ou é enlaçado pelo PT no abraço de afogado. Não existe uma terceira opção.
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REYNALDO ROCHA
Blog de Augusto Nunes, 06/08/2013

“O homem infeliz procura consolo mesclando e misturando as suas penas com as penas de outro.” (Milan Kundera).
Chega a ser surreal a incontida alegria de petralhas, milicianos e militontos com o caso da Siemens envolvendo o governo de São Paulo, objeto de reportagem da Folha de S. Paulo.
Lembra-me o pedófilo que, levado à delegacia por estuprar uma criança de 5 anos, lá descobre outro que estuprou uma de 10. Extasiado, grita: “Somos iguais! Não estou só!”

Não vou analisar os fatos da Siemens, que me parecem dignos de credibilidade, mas a euforia incontida dos ladrões de outra gangue.
Eles, os militontos petralhas, não mostraram a mesma satisfação com a CONDENAÇÂO ─ e não investigação inicial ─ que colocou na cadeia José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha et caterva. Não ficaram tão contentes com as provas irrefutáveis contra Lula sobre o uso de NOSSO dinheiro para bancar a amante Rosemary Noronha! Nem se espantaram quando a OI Telecomunicações pagou R$ 5 milhões ao Lulinha para tornar-se sócia minoritária de uma empresa sem clientes, inovação, produto ou passado.
Não vi enxurradas de posts no Facebook e outras redes quando se descobriu que Antonio Palocci era proprietário do apartamento de R$ 6 milhões onde morava e de outro, calculado em R% 11 milhões. que nem estava à venda ou alugado. Fechado, servia de “reserva técnica”, com uma taxa de condomínio mensal de R$ 4,8 mil.
Fernando Pimentel ganhou R$ 2 milhões para dar consultoria a uma fábrica de tubaína no interior de Pernambuco que foi à falência sem que o conselheiro desse as caras por lá.
São apenas alguns dos incontáveis exemplos.
Estamos em algum campeonato nacional de ladroagem?
Não tenho bandido de estimação. Não obedeço à ordem unida de nenhuma quadrilha. Se morasse num morro deste país abandonado, não protegeria marginais, como acontece tristemente em nossas favelas. Não cultuo marginais. E não preciso de mais ninguém que queira entender isto comigo! Sinto que somos muitos.
A histeria incontrolável dos seguidores de bandido é tão cega que não conseguem, mesmo tateando, entender que o recado é: ¨”VIU? Não são só os nossos que são ladrões! Os SEUS também!”
Erraram, idiotas! Não temos os “nossos”. E vocês demonstram que TAMBÉM não os têm: VOCÊS é que são deles! Assumidamente, declaradamente, sem vergonha e sem medo.
Não sei desenhar! Se algum dos opositores (integrantes dessa oposição quase oficial sem coragem que não diz a que veio) for preso por corrupção, ficarei FELIZ! Tanto como fiquei com a condenação de José  Dirceu e ficarei mais ainda quando cruzar o portão de entrada do presídio.
Lugar de BANDIDO é na cadeia! Simples assim. Se for do PCC, Amigo dos Amigos, Comando Vermelho ou qualquer outra associação, que cumpram PENA na mesma pocilga!
Sei que os adoradores do Escadinha (do Comando Vermelho) vibram quando um outro (como o Beira-Mar do AMA) é preso! Soltam foguetes!
Hoje escuto os rojões da petralhada que perdeu a vergonha, a decência, o rumo e o senso de ridículo! (Não há UMA análise sobre O QUE FOI FEITO! Com repúdio e exigência de punição! Basta imaginar QUEM fez!
O ladrão A será absolvido porque descobriram o ladrão B? Celebrem, lulopetistas adoradores da Era de Mediocridade e incentivadores da apologia da ignorância, da mentira e da desfaçatez.
Mas tentem entender, no meio da bacanal que promovem, que alguém roubou vocês! E a nós! Que tal exigir que sejam punidos?
É absurda a festa pela suposta equalização de bandidos. Que riem juntos do uso que fazem dos OTÁRIOS!
Me incluam fora disto. É só o que eu exijo!
“A desonestidade só se consola com a desonestidade dos outros.” Henri Montherlant 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Pornografia eleitoral sendo montada no Congresso, pelo partido hegemonico - Editorial Estadao

Certas pessoas não se avexam, como dizem em certas partes do Brasil.
Mesmo com a sociedade recusando os partidos, os políticos, suas pequenas e grandes trapaças, eles continuam fazendo pequenas, médias, grandes, enormes trapaças, como revela este editorial do venerável jornal conservador, ou da direita, como diriam os companheiros fraudadores...
Paulo Roberto de Almeida

Convite ao protesto

02 de agosto de 2013 | 2h 07 Editorial O Estado de S.Paulo
A Câmara dos Deputados está chamando a população a voltar em massa às ruas para se manifestar contra a desfaçatez dos políticos - a sua prontidão para agir em causa própria e dar de ombros ao desgosto dos brasileiros com o que fazem em seu nome e com o seu dinheiro. A Casa sugere ainda que os manifestantes não se esqueçam de trazer consigo o cartaz que mais bem define o que milhões de eleitores pensam de seus representantes: "Eles não me representam".
Claro que a Câmara não fez nada disso. Mas a tanto equivale a decisão dos seus líderes de confeccionar um projeto que afrouxa desavergonhadamente as responsabilidades de partidos e candidatos na disputa pelo voto. A chamada "minirreforma eleitoral", descrita ontem pela Folha de S. Paulo, é capitaneada pelo deputado Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo. Ele foi nomeado pelo peemedebista Eduardo Henrique Alves, que preside a Casa, coordenador da comissão incumbida de formular em até 90 dias uma proposta de reforma política.
Se e quando for aprovada em plenário, ela começará a produzir efeitos, na melhor das hipóteses, nos pleitos municipais de 2016. Já o desfiguramento da legislação eleitoral deverá valer já em 2014. Para garantir que assim seja, o projeto poderá ser votado logo na próxima semana, quando o Congresso retoma as suas atividades depois do recesso.
Um dos capítulos mais escabrosos da lambança é o que "flexibiliza", para usar o eufemismo em moda, as normas sobre prestação de contas dos candidatos e suas legendas. Hoje em dia, a Justiça Eleitoral confere se os dados contábeis que os partidos têm a obrigação de apresentar batem com a sua movimentação financeira declarada. Além disso, os candidatos devem informar o que entrou e saiu do caixa da campanha - valores arrecadados e despendidos. Mesmo assim, como se sabe, o sistema não é à prova de fraude.
"Imagine na Copa", é o caso de dizer, se a esbórnia se confirmar nos termos divulgados. No caso dos partidos, os tribunais eleitorais ficarão limitados a examinar apenas os aspectos formais dos documentos recebidos - ou seja, praticamente aceitá-los pelo valor de face. Os juízes estarão proibidos de tomar, com base nesse exame, qualquer providência que possa ser interpretada pelas agremiações políticas como "interferência" na sua autonomia.
Por sua vez, os candidatos ficam livres de demonstrar no que gastaram o dinheiro que azeitou as suas campanhas. Os dispêndios que não conseguirem documentar - "gastos não passíveis de comprovação", segundo o indecoroso projeto - terão apenas de ser declarados na internet. Como se fala em português corrente, estamos conversados. As regras do financiamento eleitoral também mudarão para beneficiar os culpados.
Doações a partidos e candidatos estão limitadas, no caso de empresas, a 2% do faturamento bruto do ano anterior, e a 10% dos rendimentos brutos auferidos no mesmo período, no caso de pessoas físicas. Os doadores que furarem o teto ficam sujeitos à multa de até 10 vezes o valor desembolsado. Pela proposta, a multa equivalerá, no máximo, a esse montante. O facilitário vai além.
Autoridades, associações privadas sem fins lucrativos e concessionárias de serviços públicos não podem financiar campanhas. A proibição cairá para as entidades que não recebam aportes oficiais. E as doações das concessionárias serão canalizadas para o Fundo Partidário, mantido pelo contribuinte. A propósito, a aplicação da pena de suspensão do acesso dos partidos aos seus cofres, em casos de transgressão, ficará drasticamente restrita. Também serão eliminadas as restrições à publicidade eleitoral na mídia impressa - instituídas para combater o abuso do poder econômico, portanto, a desigualdade de oportunidades eleitorais. Completando o relaxamento, será admitida a propaganda paga na internet, para infernizar a vida dos usuários.
A cereja no bolo é a extinção da responsabilidade dos candidatos pelas violações da legislação eleitoral cometidas em seu favor no curso das campanhas. Doravante, será preciso provar que participaram pessoalmente do malfeito. E o deputado Vaccarezza ainda vem dizer que a intenção é "coibir a malandragem" e tornar as eleições "menos burocráticas"!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sorry mensaleiros: "decisoes finais e irrecorriveis"- Ellen Gracie Northfleet

ELLEN GRACIE NORTHFLEET
O Globo, 24/07/2013

Após longo e criterioso trabalho de análise de fatos e provas, o julgamento da Ação Penal STF nº 470 resultou na condenação de algumas figuras de relevo no partido que ora detém o poder.
Quando seria de se esperar que o julgado tivesse a normal execução, eis que se revelam tentativas de toda ordem, com o objetivo de impedir esse desfecho. Das iniciativas de intimidação da Casa pela redução de seus poderes constitucionais às de desmoralização de alguns de seus membros, tudo vale no esforço de obter a impunidade dos réus.

Exigem-se novos e protelatórios recursos de há muito decaídos do ordenamento vigente. Por isso, creio seja importante esclarecer que os embargos infringentes, por meio dos quais se pretende o rejulgamento da Ação Penal nº 470, são letra morta no Regimento Interno do Supremo.
Tudo porque a lei nº 8.038/1990 deu nova configuração ao processamento das causas de competência originária dos tribunais superiores.
Quem consultar o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal encontrará, de fato, entre os artigos 230 e 246 a normativa que regia o processamento da Ação Penal Originária. Ela, porém, foi substituída por lei posterior que sobre a matéria dispôs integralmente. Essa lei nova, a de nº 8.038/1990, não previu recorribilidade às decisões de única instância dos tribunais superiores, em matéria penal. E, não o tendo feito, a disposição regimental constante do art. 333, I, cai por terra, revogada nos termos do § 1º, do art. 2º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro: A lei posterior revoga a anterior (…) quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Nem nas hipóteses de condenação pelos Tribunais Regionais Federais e pelos Tribunais de Justiça, nas ações penais originárias, cabem embargos infringentes, pois esse tipo de recurso só é oponível a acórdão proferido em apelação ou em recurso em sentido estrito. Foi o que ficou magistralmente estabelecido pelo ministro Celso de Mello no julgamento do HC 72.465, em 5/9/95.

Nos julgamentos que se procedem em instância única ─ resultante da prerrogativa de foro por exercício de função de relevo político ─, as decisões finais são terminativas e irrecorríveis, salvo os esclarecimentos que se verifiquem necessários e que serão produzidos mediante o julgamento dos Embargos de Declaração.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Novos companheiros unidos, ainda assim serao vencidos...

Quem diria??!!
Zé Caroço, vulgo José Dirceu, e Paulo Maluf, unidos na mesma causa deletéria, da promoção da desfaçatez, da falta de vergonha, da criminalidade, pura e simples...
Nossas homenagens à honestidade bandida de cada um deles, agora unidos na mesma ação imoral.
Paulo Roberto de Almeida

José Dirceu critica em blog ‘falso moralismo’ e defende eleição de Renan

'O que estamos assistindo em relação ao senador Renan Calheiros é, de novo, uma ofensiva midiática', afirmou o ex-ministro da Casa Civil

Maluf defende candidatura de Calheiros para o Senado

31 de janeiro de 2013 | 21h 25
 
De novo:
Eles se merecem...
Paulo Roberto de Almeida

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Moralidade politica nao existe mais; mas podemos impedir um imoral de ascender ao poder...

Não concordo com tudo, ou com muita coisa do que vem proposto por essa comunidade de politicamente corretos, e de ecologistas irracionalistas, mas nesta causa é preciso embarcar, do contrário eu passaria vergonha por permitir que o Brasil passe mais essa vergonha em face do mundo.
Que o principal partido governista apoie um imoral, não é mais surpreendente...
Paulo Roberto de Almeida

Caros amigos do Brasil,

O Senador Renan Calheiros é o favorito para ser o próximo presidente do Senado. Ele acaba de ser denunciado criminalmente ao STF pelo Procurador-Geral da República. Somente uma mobilização gigantesca pode impedir esta vergonha e garantir que a presidência do Senado seja assumida por um candidato Ficha Limpa. Clique abaixo e assine:

O Senador Renan Calheiros, que acaba de ser denunciado criminalmente ao STF pelo Procurador-Geral da República, é o favorito para ser o próximo presidente do Senado. Somente uma mobilização gigantesca pode impedir esta vergonha.

A última vez que Renan Calheiros foi Presidente do Senado, em 2007, ele teve que renunciar após sérias denúncias de que um lobista pagava suas despesas pessoais, paralisando o Senado por meses. A denúncia agora é que para se defender daquelas acusações ele apresentou notas falsas. Após a aprovação da lei da Ficha Limpa e do julgamento do Mensalão o país precisa deixar claro que não aceita mais que a moralidade pública fique em segundo plano.

Antes da denúncia ao STF, Renan era franco favorito, mas agora está surgindo uma forte articulação entre os Senadores contra sua candidatura e uma mobilização popular gigantesca nas próximas 48 horas -- antes da eleição na sexta-feira -- pode enterrar de vez os Planos de Renan. Assine agora essa petição, que foi criada pela ONG Rio de Paz, e ao atingirmos 100.000 assinaturas ela será lida no plenário do Senado por Senadores que se opõem a Renan: 

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_no_senado_renan_nao/?bnoVzdb&v=21486

Não podemos assistir de braços cruzados um Senador que acaba de ser denunciado criminalmente ser eleito Presidente de um dos Poderes da República, que tem o poder de decidir quais os projetos devem ser ou não votados e é o terceiro na linha sucessória da Presidenta da República.

A acusação mais recente contra o Senador é que ele apresentou notas falsas para se defender das acusações anteriores. Além dos danos à imagem de nossas instituições causados por essa eleição, está claro que Renan passará sua gestão se defendendo de acusações ao invés de conduzir votações importantes no Senado. Um país que se orgulha de ter uma lei como a Ficha Limpa deve se mobilizar contra isso.

Nossos informantes em Brasília afirmam que apenas uma enorme mobilização popular pode fazer os Senadores perceberem que suas reputações estarão em risco caso insistam em conduzir Renan Calheiros para a Presidência do Senado. Por isso, é fundamental espalhar essa petição por todos os cantos para chegarmos a 100.000 assinaturas e podermos ter nossas vozes amplificadas no plenário do Senado durante a votação. Assine aqui e compartilhe com todos:

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_no_senado_renan_nao/?bnoVzdb&v=21486

Nos últimos anos a comunidade da Avaaz tem se fortalecido e lutado contra a corrupção no Brasil. Juntos ajudamos a aprovar a Lei da Ficha Limpa, proteger comunidades indígenas e os direitos dos trabalhadores. Vamos nos unir mais uma vez pela eleição de um presidente Ficha Limpa para o Senado, uma conquista de todos nós.

Com esperança e determinação,

Pedro, Diego, Carol, Alice, Laura, Dalia, Ricken e toda a equipe da Avaaz

MAIS INFORMAÇÕES:

Gurgel afirma que provas contra Renan Calheiros são consistentes (Terra)
http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/gurgel-afirma-que-provas-contra-renan-calheiros-sao-consistentes,a60ea4522f68c310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

Gurgel apresenta denúncia no Supremo contra Renan Calheiros (G1)
http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/01/gurgel-apresenta-denuncia-no-supremo-contra-renan-calheiros.html

Senadores articulam nome alternativo a Renan Calheiros para presidir Senado (Zero Hora)
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2013/01/senadores-articulam-nome-alternativo-a-renan-calheiros-para-presidir-senado-4026909.html

Gurgel diz que acusação contra Renan é 'extremamente consistente' (G1)
http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/01/gurgel-diz-que-acusacao-contra-renan-e-extremamente-consistente.html

Eduardo Suplicy pede que Renan Calheiros desista de candidatura (Gazeta do Povo)
http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1340001

Renan Calheiros é denunciado por supostas notas frias (UOL)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2013/01/27/renan-calheiros-e-denunciado-por-supostas-notas-frias.htm

Aécio Neves sugere que Renan Calheiros desista de presidir Senado (Gazeta do Povo)
http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=133999
==========
Depois da minha assinatura: 

Obrigado por agir para impedir o senador Renan Calheiros de se tornar o presidente do Senado e para manter aqueles que são acusados seriamente de corrupção fora do poder.

Uma enorme mobilização está crescendo em todo o país e dentro do Senado. Ajude a influenciar essa decisão encaminhando este email para todos os seus amigos e familiares e publicando o link abaixo no Facebook, Orkut e Twitter:

http://www.avaaz.org/po/ficha_limpa_no_senado_renan_nao/?tnoVzdb

Obrigado mais uma vez pela sua ajuda,

A equipe da Avaaz 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Retrato do Brasil atual (nao chore, por favor...)

Sim, não tem porque você gastar suas lágrimas de desespero com tanta gente desprezível, no limite da criminalidade (e alguns já cairam nela). Como é final de ano, seria melhor não entristecer o ambiente pensando em coisas ruins, como as que são relatadas (infelizmente, por puro realismo) neste blog (que só pode ser sado-masoquista). Tente pensar em coisas boas, no que você vai empreender em 2013e, por exemplo, mas fora da vida política, porque esta não tem qualquer chance de melhorar no futuro previsível.
Pense em poesia, em crianças sorrindo, nos seus novos projetos, enfim, em qualquer coisa menos nos personagens pouco (ou nada) recomendáveis que são listados abaixo.
Como disse, espaireça neste fnal de ano, coisas leves, descompromissadas.
Mas tenha certeza de uma coisa: não existe a menor chance, a mais mínima hipótese de melhorar. Tudo indica que vai continuar piorando, por um bom tempo ainda...
Paulo Roberto de Almeida

Apesar de tudo, Feliz Ano Novo
Coluna Carlos Brickmann, 29/12/2012

José Genoíno, condenado pelo STF no processo do Mensalão, assume a cadeira de deputado federal como suplente de Carlinhos de Almeida, que se elegeu prefeito de São José dos Campos. A pena de Genoíno é de 6 anos e 11 meses de prisão, em regime semiaberto. Sessões à noite, nem pensar.
A família vai bem, obrigado. O deputado federal José Nobre Guimarães, irmão de Genoíno, é líder da bancada petista. Lembra do cavalheiro preso com cem mil dólares na cueca? Era assessor do Nobre parlamentar.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, engordou o cofrinho aposentando-se como ex-senadora. Saiu no Diário Oficial do dia 27.

O Governo paulista, forçado pela Lei de Acesso à Informação, revelou que paga pensão vitalícia a 266 políticos ou parentes de políticos. São R$ 33 milhões, para, entre outros, dois ex-ministros, dois ex-governadores, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, a viúva de um ex-governador e um ex-candidato à Presidência da República. Nomes? Ex-ministros, Almir Pazzianoto e Wagner Rossi; ex-governadores, José Maria Marin - sim, o presidente da CBF - e Alberto Goldman; conselheiro do TCE, Robson Marinho (que acumula a pensão com o salário do tribunal); viúva de ex-governador (Mário Covas), Lila Covas; ex-candidato à Presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio.

Tudo isso está na lei. E esqueça Chico Buarque: amanhã não vai ser outro dia.

Detalhes...
Uma das pensionistas do Governo paulista é Roseli Fátima Gonzalez, viúva do deputado estadual Nunes Ferreira. Ferreira exerceu o mandato de 1954 a 1962. A Carteira de Previdência dos parlamentares foi criada em apenas em 1976, 14 anos depois. Mas tudo, não se preocupe, está dentro da lei.
Pague, pois.

...tão pequenos
As pensões variam de R$ 10 mil a R$ 19 mil para ex-deputados e de R$ 7.500 a R$ 19 mil para dependentes.
Mas não se preocupe, isso sobe agora em janeiro.

Quem procura acha
Renan Calheiros já teve de renunciar à Presidência do Senado para não ser abatido por um escândalo. Agora é favorito por ter o apoio de Sarney, dos partidos governistas (com raras exceções, como Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, PMDB, Pedro Taques, PDT, Randolfe Rodrigues, PSOL), mais o do PSDB. E por que os tucanos apoiam Renan? Simples: é o retorno do trabalho de Renan para livrar o governador goiano Marconi Perillo, do PSDB, da CPI do Cachoeira.

Luz não, choque sim
Pode ficar tranquilo, diz a presidente Dilma Rousseff: não há uma crise no setor de energia do Brasil, apesar dos múltiplos apagões que têm ocorrido. "Acho ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento de energia".
A presidente tem razão: racionamento é coisa organizada, em que se distribui da melhor maneira possível um produto insuficiente e se comunica à população como as coisas vão funcionar. Aqui não há racionamento: a luz cai, e volta um dia desses.

Gargalhe no escuro
A presidente disse também que devemos gargalhar quando alguém atribuir a raios os problemas no sistema elétrico. "É falha humana", assegurou. Mais uma vez, tem razão: quem será a pessoa que falhou ao nomear um político maranhense sarneyzista, cujo conhecimento de energia se limita a acender e apagar a luz da sala, para comandar o abastecimento e distribuição de eletricidade no Brasil?

Imexível
A presidente Dilma garantiu também que seu ministro da Fazenda, Guido Mantega, só deixa o cargo se quiser. Por ela, fica. E mais uma vez tem razão. Na mitologia grega, Cassandra, princesa troiana, negou-se a dormir com o deus Apolo, e foi condenada a ter o dom da profecia precisa, sem que ninguém nela acreditasse (e, por rejeitar suas previsões, Troia foi vencida pelos gregos). O nome de Cassandra é lembrado até hoje.
E Guido Mantega é superior: ninguém acredita nele, mas como suas profecias nunca estão certas, isso não faz mal a ninguém.

Quem sabe
Triste com as informações desta coluna? Mas este, convencionou-se, é um dia de festa, de alegria, de esperanças no novo ano. Então, colaboremos: o senador José Sarney, do PMDB do Amapá, está dizendo que, ao final de seu mandato (daqui a exatamente dois anos), deixará de se candidatar. Na política, claro, continua, que osso bom não se larga: deve participar da campanha de sua filha Roseana à reeleição para o Governo maranhense, e continuará comandando seu grupo, que inclui o atual ministro das Minas e Energia, Édison Lobão.
Sarney assumiu seu primeiro mandato (deputado federal) em 1955 - há 58 anos. Há 50 anos manda no Maranhão. Esteve em quatro partidos - PSD, UDN, Arena, PMDB - sempre no Governo.
E o Maranhão? Está onde sempre esteve.

domingo, 10 de junho de 2012

UNE e PCdoB: entidades fechadas e dirigentes presos...

Calma, calma, nada disso aconteceu. E claro que não acontecerá. Pelo menos não neste país do "nunca antes", que admite todo tipo de falcatrua, todo tipo de crime, todo tipo de mentira, fraude, enganação, corrupção, desvio de recursos públicos, com a benção do companheiro maior que adora dar dinheiro público -- ou seja, nosso -- para seus amigos bandidos.
O título do post é apenas porque eu sonhei que estava na Alemanha, ou nos Estados Unidos, onde bandidos desse tipo são procurados pela polícia -- no caso de crimes federais, como esses, pelo FBI -- saem algemados, com direito a rádio, TV ao vivo, jornais, etc, e depois ganham um belo pijama amarelo, vistoso, e amargam uma bela cadeia, até serem julgados, em três meses, em média, e do tribunal vão direto para a penitenciária.
Em seis meses, por exemplo, o ladrão de gravata Maddof, que roubou menos do que certos políticos no Brasil, era sentenciado a 150 anos de prisão. Eu disse 150 anos...
Imaginem como eu sou bobo: por um momento pensei que estivesse em países em que criminosos vão para a cadeia, não continuam roubando dinheiro público como se nada tivesse acontecido...
Paulo Roberto de Almeida 

As contas da UNE

Editorial O Estado de S.Paulo, 10 de junho de 2012
Convertidas em entidades chapa-branca desde a ascensão do PT ao poder e apoiando todas as iniciativas administrativas e políticas do Palácio do Planalto nos últimos dez anos, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes) de São Paulo estão sendo investigadas pelo Ministério Público (MP) Federal por malversação no uso de verbas públicas.
A investigação, informa o jornal O Globo de sexta-feira, foi aberta pelo procurador Marinus Marsico, que atua no Tribunal de Contas da União (TCU). Ao examinar as prestações de contas das duas entidades, entre outras irregularidades, ele identificou o uso de notas fiscais frias e descobriu que parte dos recursos liberados pelo governo para promoção de atividades culturais e "caravanas da cidadania" foi gasta com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca e com a aquisição de búzios, velas e celulares.
Entre 2006 e 2010, a UNE e a Umes receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos para implementar projetos de capacitação de estudantes e promover eventos esportivos, além de iniciativas culturais. Segundo o procurador Marinus Marsico, as duas entidades gastaram perdulariamente esses recursos em atividades que nada tinham a ver com os objetivos dos convênios firmados com os Ministérios da Educação, Saúde, Cultura, Turismo e Esporte.
No caso dos convênios firmados pela Umes com o Ministério da Saúde, no valor de R$ 234,8 mil, por exemplo, a entidade não teria realizado licitação pública para a escolha das escolas beneficiadas nem apresentou qualquer justificativa para a dispensa de concorrência, como exige a legislação.
Segundo o MP Federal, quatro notas da empresa WK Produções Cinematográficas apresentadas para justificar gastos com a Caravana Estudantil da Saúde, realizada em 2009 para promover a "conscientização da importância de doar sangue", são "inidôneas". Gastos de R$ 20 mil previstos para assessoria jurídica foram elevados para R$ 200 mil, sem qualquer justificativa.
As investigações também constataram duplicidade de pagamentos, imprecisão do objeto do convênio e até a transferência de recursos da conta oficial da entidade para contas bancárias pessoais dos responsáveis pela Caravana Estudantil da Saúde. Na representação que encaminhou ao TCU, o procurador Marinus Marsico afirma que as irregularidades são graves, sugerindo "possíveis atentados aos princípios da moralidade, da legalidade, da legitimidade e da economicidade, além de evidenciarem possíveis danos ao erário público".
No caso dos convênios firmados há quatro anos pela UNE com os Ministérios da Cultura e do Esporte, para "implantação de atividades esportivas e debates" durante a 6.ª Bienal de Artes, Ciência e Cultura, as prestações de contas não foram enviadas até hoje pela entidade. "É lamentável, especialmente pela história de lutas dessas entidades. Elas teriam que ser as primeiras a dar à sociedade o exemplo de zelo no uso do dinheiro público", diz o procurador.
Por não prestar contas de como gasta dinheiro vindo de convênios firmados com a União, a UNE foi, no ano passado, inscrita pela Procuradoria-Geral do Ministério da Fazenda como inadimplente no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). E, se for condenada pelo TCU, com base nas provas que estão sendo coletadas pelo MP Federal, poderá ser obrigada a devolver as vultosas quantias que já recebeu.
No passado, a UNE lutou efetivamente, tanto contra a ditadura de Getúlio Vargas quanto contra a ditadura dos militares. Hoje, a UNE é um reduto do PC do B - partido que se destacou no escândalo dos repasses irregulares de recursos públicos a organizações não governamentais fantasmas, denunciado no ano passado. Além de viver de regalias do governo e do monopólio na expedição de carteiras estudantis, a UNE é manipulada por estudantes profissionais que fazem do lazer e da bajulação sua principais "especializações".
É por isso que as "tomadas de posição" da UNE já não valem o papel em que são escritas.