Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Criminosos no poder: qualquer semelhanca... - Cesar Maia
segunda-feira, 11 de março de 2013
Cacete nao e' santo, mas costuma fazer milagres...
No Brasil, desde 2003, a autoridade deixou de ser exercida contra aqueles que desrespeitam a lei, destroem o patrimônio público, invadem propriedades privadas, danificam produção, enfim, agem criminosamente.
Volto a repetir: cacete não é santo, mas faz milagres.
Um bom cacete nos baderneiros e cadeia em seus líderes deveria diminuir o problema.
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 28 de outubro de 2012
Os neobolcheviques e o Mensalao - Ricardo Velez-Rodriguez
domingo, 10 de junho de 2012
UNE e PCdoB: entidades fechadas e dirigentes presos...
O título do post é apenas porque eu sonhei que estava na Alemanha, ou nos Estados Unidos, onde bandidos desse tipo são procurados pela polícia -- no caso de crimes federais, como esses, pelo FBI -- saem algemados, com direito a rádio, TV ao vivo, jornais, etc, e depois ganham um belo pijama amarelo, vistoso, e amargam uma bela cadeia, até serem julgados, em três meses, em média, e do tribunal vão direto para a penitenciária.
Em seis meses, por exemplo, o ladrão de gravata Maddof, que roubou menos do que certos políticos no Brasil, era sentenciado a 150 anos de prisão. Eu disse 150 anos...
Imaginem como eu sou bobo: por um momento pensei que estivesse em países em que criminosos vão para a cadeia, não continuam roubando dinheiro público como se nada tivesse acontecido...
Paulo Roberto de Almeida
As contas da UNE
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Republica Mafiosa do Brasil: aprendendo metodos made in Brazil...
Importar? Para quê?
Coluna Carlos Brickmann, 30/08/2011
A notícia está no portal do Superior Tribunal de Justiça: um cavalheiro acusado de participar da Yakuza, a temida máfia japonesa, foi condenado a dois anos e oito meses, em regime semi-aberto. É uma decisão judicial; que se cumpra.
A dúvida, exposta por uma grande advogada, Tania Liz Tizzoni Nogueira, fiel leitora desta coluna, é outra: que é que faz a Yakuza no Brasil? Já não bastavam o PCC e similares? Simples: a Yakuza deve ter vindo ao Brasil para aprender.
Eu fico imaginando se os nossos políticos não poderiam ao menos ser condenados a um regime semi-fechado. Que tal experimentar?
Paulo Roberto de Almeida
domingo, 3 de abril de 2011
Crimes menos que perfeitos: o Mensalao do PT e o mentiroso contumaz
Isso destrói a história de um grande mentiroso, que costuma dizer que o mensalão não existiu e que tudo foi invenção da imprensa e da oposição.
Mentirosos contumazes não costumam se redimir.
Mas se a polícia e a justiça fossem um pouco mais rápidos no Brasil, a carreira desse tipo de mentiroso já estaria encerrada, por descrédito público.
Muita gente pode desmentir mentirosos, mas nesse tipo de máfia poucos o fazem. Quando o fazem, podem se arriscar a encerrar a carreira, de uma forma dramática, digamos assim.
Já aconteceu antes, pode acontecer novamente.
Esperemos...
Paulo Roberto de Almeida
Relatório da PF confirma mensalão no governo Lula
Agência Estado, 2/04/2011
Relatório final da Polícia Federal confirma a existência do mensalão no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de seis anos de investigação, a PF concluiu que o Fundo Visanet, com participação do Banco do Brasil, foi uma das principais fontes de financiamento do esquema montado pelo publicitário Marcos Valério. Com 332 páginas, o documento da PF, divulgado pela revista “Época”, joga por terra a pretensão do ex-presidente Lula de provar que o mensalão nunca existiu e que seria uma farsa montada pela oposição.
O relatório da PF demonstra que, dos cerca de R$ 350 milhões recebidos do governo Lula pelas empresas de Valério, os recursos que mais se destinaram aos pagamentos políticos tinham como origem o fundo Visanet. As investigações da PF confirmaram que o segurança Freud Godoy, que trabalhou com Lula nas campanhas presidenciais de 1998 e 2002, recebeu R$ 98,5 mil do esquema do valerioduto, conforme revelou o Estado, em setembro de 2006. A novidade é que Freud contou à PF que se tratava de pagamento dos serviços de segurança prestados a Lula na campanha de 2002 e durante a transição para a Presidência - estabelecendo uma ligação próxima de Lula com o mensalão. No depoimento, Freud narrou que o dinheiro serviu para cobrir parte dos R$ 115 mil que lhe eram devidos pelo PT.
O relatório da PF apontou o envolvimento no esquema do mensalão, direta ou indiretamente, de políticos como o hoje ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do PT. Rastreando as contas do valerioduto, os investigadores comprovaram que Rodrigo Barroso Fernandes, tesoureiro da campanha de Pimentel à prefeitura de Belo Horizonte, em 2004, recebeu um cheque de R$ 247 mil de uma das contas da SMP&B no Banco Rural. As investigações confirmaram também a participação de mais sete deputados federais, entre eles Jaqueline Roriz (PMN-DF), Lincoln Portela (PR- MG) e Benedita da Silva (PT-RJ), dois ex-senadores e o ex-ministro tucano Pimenta da Veiga.
Segundo a revista “Época”, a PF também confirmou que o banqueiro Daniel Dantas tentou mesmo garantir o apoio do governo petista por intermédio de dinheiro enviado às empresas de Marcos Valério. Dantas teria recebido um pedido de ajuda financeira no valor de US$ 50 milhões depois de se reunir com o então ministro da Casa Civil José Dirceu. Pouco antes de o mensalão vir a público, uma das empresas controladas por Dantas fechou contratos com Valério, apenas para que houvesse um modo legal de depositar o dinheiro. De acordo com o relatório da PF, houve tempo suficiente para que R$ 3,6 milhões fossem repassados ao publicitário.
As investigações comprovaram ainda que foram fajutos os empréstimos que, segundo a defesa de Marcos Valério, explicariam a origem do dinheiro do mensalão. Esses papéis serviram somente para dar cobertura jurídica a uma intrincada operação de lavagem de dinheiro. De acordo com o relatório da PF, houve duas fontes de recursos para bancar o mensalão e as demais atividades criminosas de Marcos Valério. A principal, qualificada de “fonte primária”, consistia em dinheiro público, proveniente dos contratos do publicitário com ministérios e estatais. O principal canal de desvio estava no Banco do Brasil, num fundo de publicidade chamado Visanet, destinado a ações de marketing do cartão da bandeira Visa. As agências de Marcos Valério produziam algumas ações publicitárias, mas a vasta maioria dos valores repassados pelo governo servira tão somente para abastecer o mensalão.
A segunda fonte de financiamento, chamada de “secundária”, estipulava que Marcos Valério seria ressarcido pelos pagamentos aos políticos por meio de contratos de lobby com empresas dispostas a se aproximar da Presidência da República. Foi o caso do Banco Rural, que tentava obter favores do Banco Central e do banqueiro Daniel Dantas, que precisava do apoio dos fundos de pensão das estatais.
============
Complemento:
Relatório da PF não traz novidade, mas é relevante; informação mais importante tinha sido antecipada por Diogo Mainardi em maio de 2006
Reinaldo Azevedo, 02/04/11
O que há de propriamente novo no relatório da PF sobre o mensalão? De essencial, nada! Então é irrelevante? Ao contrário! É relevantíssimo! Ele comprova fatos a que a imprensa já havia chegado, muito especialmente a VEJA. Vamos ver:
1 - Já se sabia que Daniel Dantas havia abastecido o esquema do mensalão. Quem revelou foi Diogo Mainardi;
2 - Já se sabia que dinheiro da Visanet — parte dele, público — havia abastecido o mensalão;
3 - Já se sabia que Freud Godoy havia sido pago com dinheiro do esquema Marcos Valério;
4 - Já se sabia que os “empréstimos” alegados por Marcos Valério eram fajutos.
O que o relatório traz de novidade é o envolvimento de alguns outros políticos com o esquema. O mais graúdo é o atual ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel (PT-MG).
Reitero: isso não quer dizer que o relatório seja irrelevante. Ele confirma, em suma, tudo o que já se sabia, trazendo consigo o peso de uma investigação oficial. É um elemento a mais a desmoralizar a afirmação de Lula e de sua turma, segundo a qual o mensalão nunca existiu.
Abaixo, reproduzo uma coluna de Diogo Mainardi de 17 de maio de 2006. Ele entrevista Daniel Dantas, que fala sobre o “pedido” de dinheiro. Dantas nega que tenha pago. Diogo encerra a coluna informando: pagou! Agora, o relatório da Polícia Federal confirma tudo. E pensar que a canalha petralha, numa tentativa fabulosa de inverter os fatos, acusava Diogo, vejam que espetáculo!, de ligação com Dantas! Como se vê, ainda que tarde, a investigação da própria PF comprova o que ele informou.
Segue a coluna:
Daniel Dantas não fala. Para quem não fala, até que ele falou muito. O suficiente para mandar um monte de gente para a forca. Em primeiro lugar, Lula e seus ministros.
Passei quatro horas no escritório de Daniel Dantas, no Rio. No fim, arranquei dele meia hora de entrevista. Vale sobretudo como registro histórico. Lendo com cuidado, dá para ver o instante exato em que o Brasil acabou.
O PT PEDIU PROPINA AO OPPORTUNITY?
O que houve foi uma sugestão de que, se déssemos uma quantia expressiva ao partido, eles poderiam nos ajudar a resolver as dificuldades que estávamos tendo com o governo.
ENTÃO FOI PIOR DO QUE PROPINA: FOI EXTORSÃO. QUEM PEDIU O DINHEIRO?
Delúbio Soares.
QUAL A QUANTIA?
Entre 40 e 50 milhões de dólares. Era a necessidade de recursos que eles tinham. E Delúbio queria saber se poderíamos ajudá-los.
A QUEM FOI FEITO O PEDIDO?
A Carlos Rodenburg, que na época (julho de 2003) trabalhava conosco.
MARCOS VALÉRIO PARTICIPOU DO ENCONTRO?
Foi ele que marcou. Mas não estava presente quando foi feito o pedido.
VOCÊ PAGOU OS 50 MILHÕES DE DÓLARES?
Perguntei ao meu advogado, Nélio Machado, se o pagamento seria ilegal ou não. Ele respondeu que isso é tipificado no artigo 316 do Código Penal, e que não estaríamos incorrendo em crime algum.
PORQUE ERA UMA EXTORSÃO?
Não é exatamente esse o termo.
O QUE ACONTECEU DEPOIS?
Eu marquei uma reunião com o Citibank em Nova York e expliquei à diretora Mary Lynn que, se contribuíssemos com uma quantia muito grande para o PT, talvez nossas dificuldades cessassem, mas acrescentei que não era essa a minha expectativa. Ela me autorizou a dizer, em nome do Citi, que não seria possível pagar, porque isso contrariaria a lei americana.
ESSE FOI O PRIMEIRO PEDIDO DE DINHEIRO DO PT AO OPPORTUNITY?
Durante a campanha presidencial de 2002, Ivan Guimarães foi ao nosso escritório e entregou um kit do partido ao Carlos Rodenburg, com o objetivo de conseguir algum apoio financeiro. Rodenburg mandou devolver o kit, porque não sabia quem era Ivan Guimarães. Isso foi interpretado pelo PT como um ato hostil, mas nós éramos politicamente neutros e não tínhamos nada contra o partido.
POR QUE O GOVERNO QUERIA TIRAR O OPPORTUNITY DO COMANDO DA BRASIL TELECOM?
Porque havia um acordo entre o PT e a Telemar para tomar os ativos da telecomunicação, em troca de dinheiro de campanha.
A TELEMAR ACABOU COMPRANDO A EMPRESA DO LULINHA. POR QUE VOCÊS TAMBÉM NEGOCIARAM COM ELE? ERA UM AGRADO AO PRESIDENTE LULA?
Nós procuramos de todas as maneiras diminuir a hostilidade do governo.
O EX-PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL CÁSSIO CASSEB DISSE AO CITIBANK QUE LULA ODEIA VOCÊ.
Casseb disse também que ou a gente entregava o controle da companhia ou o governo iria passar por cima.
LULA SE REUNIU COM A DIRETORIA DO CITIBANK. ELE PRESSIONOU OS AMERICANOS A TRAIR O OPPORTUNITY E FECHAR UM ACORDO COM OS FUNDOS DE PENSÃO?
Não posso comentar nenhuma notícia que eu tenha obtido através dos documentos que constam do processo em Nova York.
VOCÊ CONFIRMA QUE A BRASIL TELECOM SÓ CONSEGUIU TER ACESSO AO DINHEIRO DO BNDES DEPOIS DE CONTRATAR O ADVOGADO KAKAY, AMIGO DE JOSÉ DIRCEU?
Houve uma sincronia entre os fatos.
Agora releia a entrevista. Mas sabendo o seguinte: Daniel Dantas cedeu aos achacadores petistas. Ele e muitos outros.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Pequena reflexao sem dor..., a maneira de Millor
Pois a minha reflexão, muito simples, é a seguinte: um programa de TV, talvez um filme inteiro, juntando todos os pedaços com cenas desse tipo em todos os filmes estrangeiros, desde que os roteiristas de cinema (e até de seriados de TV) começaram a colocar essa fatídica frase em seus filmes e produções, o que deve ter começado aí pelos anos 30 do século 20 (mais um pouco a gente comemora cem anos de impunidade...).
Acho até que daria para fazer dois filmes.
Aliás, um cineasta verdadeiramente inovador (ou gozador), poderia fazer uma nova produção, juntando todo esse povo "fugitivo" no Brasil, comemorando o sucesso da empreitada entre taças e serpentinas com algum cenário do Corcovado ao fundo. Passistas à la carte, por favor...
Indo para o lado sério da questão, todos esses fugitivos da justiça de seus países poderiam até criar uma associação de classe, cujo dirigente poderia ser alguém como, deixe-me ver...,
Cesare Battisti.
O presidente de honra vocês já sabem quem seria: elle mesmo!
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Integracao: a visao paraguaia (nao podia ser mais sincera)
Mas, isso também é integração, como reconhece esse jornal paraguaio.
Paulo Roberto de Almeida
ANÁLISIS DE LA REGIÓN
Brasil y Paraguay: Integración amplia y mejorable
Ultima Hora, Sábado, 04 de Septiembre de 2010
Nuestra integración al Brasil, primera potencia económica de América Latina y octava del orbe, es abarcante. Tiene lugar no sólo con transacciones legales, sino también con clandestinas, ilegales y en casos extremos incluso criminales.
Como se constataba ya aquí mismo en columnas anteriores, el gigante sudamericano es, por razones de tamaño, nuestro principal mercado comprador y vendedor, uno de los principales orígenes de inversión extranjera directa así como de cooperación empresarial y de transferencia de tecnología. Mega-bisagra de este estrecho acercamiento es la Itaipú Binacional. Esta corriente integradora de bienes y servicios se realiza en términos legales, es buena y puede ser mejorada aún más.
INTEGRACIÓN LEGAL E ILEGAL. Pero la integración en términos ilegales es igualmente importante: se articula por un lado en el contrabando de mercaderías de comercialización expresamente prohibida, como drogas, armamentos, rollos de madera y pieles silvestres. Las estimaciones son diversas, pero de difícil confiabilidad en precisión cuantitativa. Es obvio. En los casos de drogas y armamentos la clandestinidad e ilegalidad es total. En los de rollos de madera y pieles silvestres, si bien su comercialización es ilegal, su transporte se realiza frecuentemente a plena luz del día. Esto habla poco a favor de las instituciones y de los controles en la frontera de Paraguay.
Por otro lado, en el contrabando de aquellas mercaderías de comercialización permitida, la cuantificación fidedigna también se hace difícil por tratarse de exportaciones o importaciones ilícitas. Ejemplos son diversos bienes de capital, intermedios y de consumo, entre los cuales descuellan el de tabaco y sus derivados por su magnitud extraordinariamente grande. Algunas aproximaciones: el 90% de la producción local de cigarrillos se exporta de contrabando, la mayor parte del cual va al Brasil. Hoy en día ya el 10% del comercio ilícito mundial de cigarrillos tiene lugar en Paraguay.
TRANSACCIONES CRIMINALES. Existe también simultáneamente otro tipo de integración, directamente criminal: tiene que ver con las mafias, los sicarios y el terrorismo. Estas actividades criminales en auge en la mencionada frontera paraguayo-brasileña están directamente relacionadas con el contrabando múltiple de mercaderías de comercialización prohibida, llegando a los extremos del asesinato por encargo. Son las de las transnacionales del delito cruento.
Todas estas actividades ilegales mueven una inmensa cantidad de dinero tanto en la compraventa cash de mercaderías y servicios como en las transferencias monetarias de diverso tipo, ya sea emitiendo órdenes de pago como recibiéndolas. Esta actividad financiera se realiza, como es obvio, también de forma ilegal, a través de diversos entes financieros al margen de la ley a lo largo de la mencionada zona limítrofe, pero que pululan en la así llamada "Zona de las Tres Fronteras" (Ciudad del Este, Paraguay; Foz do Iguaçu, Brasil, y Puerto Iguazú, Argentina). Como del lado paraguayo las instituciones son débiles y los controles laxos, es de suponer que la mayor parte de dicha actividad financiera clandestina se realiza en el territorio de nuestro país.
Tales actividades de la ilegalidad criminal y de las transnacionales del delito tienen, en parte significativa, como origen o destino el Brasil, frecuentemente con complicidad de ciudadanos argentinos, brasileños y paraguayos (aquí en orden meramente alfabético) así como de otras múltiples nacionalidades con radicación en uno de estos países o de paso en ellos. No es de extrañar que una parte considerable de dichas transferencias se realice a otras partes del mundo, con objetivos non-santos. El lavado de dinero en estas actividades, con estos ciudadanos y con tales destinos, se supone masivo. Con seguridad, una parte importante del mismo se invierte en Paraguay.
UN NUEVO GRITO DE IPIRANGA... CONTRA LAS TRANSACCIONES ILEGALES Y CRUENTAS. El Día de la Independencia de Brasil se conmemora cada 7 de septiembre. En esa fecha del año 1822, a orillas del río Ipiranga que baña São Paulo, el príncipe regente Pedro renunció al dominio portugués. Este hecho es conocido como El grito de Ipiranga. Al conmemorar ese día de emancipación del vecino país del yugo colonial, podríamos exhortar a lanzar dicho grito de liberación de nuevo, esta vez en forma conjunta, contra las mafias, los terroristas, los evasores, los contrabandistas y los demás ilegales u organizaciones criminales.
El desorden que reina en esa zona trinacional hace necesaria ya la acción mancomunada de los tres países para mejorar los controles, fortaleciendo la formalización y, con ello, la legalidad y la transparencia. La acción coordinada de los poderes del Estado de los tres países involucrados directamente puede ser acompañada por acuerdos de cooperación binacionales. En el caso de Paraguay, urge la articulación de tales acuerdos especialmente con Brasil. Y aunque el camino sea largo y difícil, hay que empezarlo cuanto antes para por lo menos disminuir el riesgo de la columbianización o mexicanización de la inseguridad en tales fronteras. Por la vigencia real de la democracia, del estado de derecho y del desarrollo sostenible