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terça-feira, 3 de junho de 2014

Viva o Brasil da Copa! Da Copa???!!! Nao acredito... Galeao, receminaugurado, so fica pronto em 2017...

Apenas transcrevendo. Ninguem precisa acrescentar nada...
Paulo Roberto de Almeida 
Pâmela Oliveira
VEJA.com, 3/06/2014

Para um país carente de aeroportos, bem como de tudo que diz respeito à infraestrutura, a agenda dominical da presidente Dilma Rousseff parecia um alento. Acompanhada do governador do Rio – o atual, Pezão, acompanhado do ex, Sérgio Cabral – e do prefeito Eduardo Paes, Dilma foi “inaugurar” no domingo uma nova área de embarque no terminal 2 do Galeão, o local por onde vão chegar os turistas, delegações e jornalistas para os jogos do Maracanã na Copa do Mundo. O passageiro que leu os jornais desta segunda-feira e passou pelo aeroporto deve ter ficado confuso. Afinal, como pode um local recém-inaugurado parecer tão caótico e desconfortável para os usuários?

Não pode, na verdade. Mas a inauguração do que não está pronto foi o padrão da visita de Dilma ao Rio, onde também festejou a entrega de um conjunto habitacional sem documentação e mangueiras de incêndio. Nesta segunda-feira, em um ato simbólico, Dilma ergueu a taça que será entregue aos campeões de 2014, festejando por antecipação um evento mundial que, até o momento, causou mais apreensão que alegria aos brasileiros.
O Galeão, mesmo depois da inauguração, ainda é o velho aeroporto cheio de percalços para quem planeja deixar ou chegar ao Brasil pelo Rio de Janeiro. A reforma dos terminais 1 e 2 do Galeão custou 354,75 milhões de reais, segundo a Infraero, mas está inacabada e não ficará pronta para a Copa do Mundo. O terceiro andar do terminal 2, onde funciona o embarque internacional, está cheio de tapumes que escondem obras inacabadas. Os passageiros encontram dificuldades para descer do terceiro piso porque funcionam apenas quatro das oito escadas rolantes que ligam o terceiro ao segundo andar. Outras quatro estão inoperantes, isoladas por tapumes. A interdição de metade das escadas obriga os que precisam descer e que estão ao lado dos equipamentos Interditados a percorrer um longo caminho. Os elevadores também apresentam problemas. Dos oito elevadores do andar, apenas três estão funcionando. Um deles está parado e os outros quatro estão isolados por tapumes devido a obras. Do lado de fora do aeroporto é possível ver a estrutura destinada aos quatro elevadores vazias, sem os equipamentos.
No segundo andar, onde estão as áreas de alimentação, lojas, bancos e farmácia do terminal 2, a sinalização é precária. Uma na saída da escada com a inscrição “T1″ leva o turista a entender que ele está no terminal 1. A única farmácia de todo aeroporto funciona no segundo piso do terminal 2, mas a sinalização que indica a existência do estabelecimento está no segundo piso e não aponta a direção correta. No primeiro e no segundo pisos não há referência à farmácia. As esteiras no corredor de 550 metros que deveriam levar os passageiros um terminal ao outro estão inoperantes e os carrinhos elétricos são insuficientes. Dos quatro carrinhos, apenas um funcionava na tarde desta segunda-feira. Segundo um funcionário, apenas dois carros estão transportando passageiros e um deles para quando o motorista vai lanchar. Cada carro tem capacidade para cinco passageiros e o motorista.
Moradora de Porta Alegre, a médica Fabiane Vargas, de 35 anos, desembarcou no fim da tarde desta segunda-feira no Galeão com o marido e o filho de oito meses. A família voltou de Nova York e fez uma escala no aeroporto da cidade, onde se aborreceu desde que chegou. Os problemas começaram com a demora na entrega do carrinho do bebê e das malas. Depois do desembarque no terminal 2, o casal precisou ir a pé até o terminal 1 por causa das esteiras inoperantes. Além disso, o carrinho do bebê e as malas do casal não cabiam no carro elétrico. Depois de fazer a reserva das passagens para Porto Alegre no terminal 1, o casal precisou voltar ao terminal 2 para comprar um remédio de gripe para o bebê.
“Nota zero para o Galeão. Nem parece um dos aeroportos das cidades-sede da Copa. A sinalização é péssima e a mobilidade também. Agora, estamos procurando um elevador e a maioria está quebrada”, disse Fabiane, que precisava sair do terceiro piso do terminal 2 para o segundo em busca da única farmácia do Galeão. Quem precisa usar os caixas eletrônicos não tem melhor sorte. Os bancos estão no fim do corredor, em um local que parece abandonado e que transmite sensação de insegurança. A iluminação é precária e parte do teto está inacabado, deixando a mostra tubos de refrigeração e fios. Passageiros reclamam da demora paga pegar as malas e do barulho das esteiras. “Esse aeroporto é uma vergonha. Saí do avião e esperei uma hora até minha mala ser colocada na esteira. Todos os passageiros cansados, esperando e ninguém deu qualquer informação. Era como se a demora fosse normal”, disse a fotógrafa Rita Tavares, que voltou de Portugal no fim da tarde desta segunda- feira.
As esteiras no corredor de 550 metros que deveriam levar os passageiros um terminal ao outro estão inoperantes e os carrinhos elétricos são insuficientes. Dos quatro carrinhos, apenas um funcionava na tarde desta segunda-feira. Segundo um funcionário, apenas dois carros estão transportando passageiros e um deles para quando o motorista vai lanchar. Cada carro tem capacidade para cinco passageiros e o motorista. O estacionamento é outra reclamação frequente de quem passa pelo Galeão. Motoristas não entendem a sinalização e dizem que o estacionamento é escuro. “Entrei no estacionamento e subi uma rampa sem qualquer placa ou marcação no chão. Quase sofri um acidente porque outro carro estava descendo pela mesma pista. Tive que descer de ré e não sei até agora quem estava na direção certa”, contou a professora aposentada Regina Lúcia Dias, 63 anos, que embarcou para Suécia nesta segunda- feira.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

"Por favor: nao viajem!", pede o governo brasileiro

Não, não pediu, ainda, mas talvez devesse fazê-lo...
Paulo Roberto de Almeida 

O previsível caos aéreo

18 de dezembro de 2013
Editorial O Estado de S.Paulo
O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, assegurou que não haverá caos nos aeroportos neste final de ano, mas talvez nem ele mesmo acredite nisso.
Moreira Franco anunciou uma série de medidas para tentar melhorar a vida dos passageiros nos 12 principais aeroportos do País nessa época crítica. O pacote, no entanto, depende de um reforço de pessoal que a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal não têm plenas condições de fornecer, por causa de restrições orçamentárias. O próprio ministro admitiu a dificuldade: "Para não pintar tudo de azul, devo lembrar que teremos essas questões ainda por resolver".
Números de um relatório enviado à Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias, divulgados pelo jornal O Globo, mostram que são necessários mais 94 agentes da PF e mais 62 fiscais da Receita para dar conta do aumento do fluxo de passageiros.
Para tentar contornar o problema, decidiu-se em reunião na última segunda-feira, a poucos dias do início da alta temporada nos aeroportos, que o Ministério do Planejamento vai autorizar a cobertura de gastos extras, e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que igualmente enfrenta cortes profundos em seu orçamento, deslocará funcionários para reduzir a fila do passaporte.
O claro improviso não abala a estratégia do governo de esbanjar confiança. "Estamos no século 21, e nossos aeroportos e prestadores de serviços aéreos devem atender os viajantes com a qualidade que nosso tempo exige", disse Moreira Franco. É realmente o que todos esperam, mas, como sabem aqueles que precisam usar os serviços aeroportuários, esse setor enfrenta um atraso que envergonha o País - e não será graças a remendos, costurados da noite para o dia, que daremos o salto de qualidade apregoado pelo ministro.
Ao discurso otimista do governo, somem-se os truques das companhias aéreas para camuflar seus constantes atrasos, conforme mostrou recente reportagem do Estado. Em vez de prestarem melhores serviços, fazendo com que os passageiros cheguem a seu destino o mais rápido possível, as empresas aumentaram o tempo previsto para os voos. Com isso, apenas 8% dos voos atrasaram neste ano. Em compensação, um voo entre São Paulo e Rio de Janeiro, que antes levava cerca de 50 minutos, com atraso médio de 4 minutos, agora é estimado em 64 minutos, com os mesmos 4 minutos de atraso.
A maior parte do tempo excedente é gasta com o avião ainda no chão. Para mostrar "agilidade", as companhias usam diversos mecanismos para embarcar rapidamente os passageiros, como o check-in em máquinas de autoatendimento, mas sabem que a autorização para que o avião levante voo ainda vai demorar. As empresas argumentam que a previsão do tempo de voo aumentou porque passou a levar em conta o tempo do taxiamento na pista, cuja média saltou de 10 minutos em 2005 para 18 minutos hoje, em decorrência da deficiência de infraestrutura dos aeroportos.
Enquanto isso, o passageiro segue seu calvário, quer nas enormes filas nos balcões, quer enfurnado num avião que demora a decolar, quer na interminável espera das malas nas esteiras - tudo isso amplificado pelo grande fluxo de turistas nessa época de férias. O caos aéreo não é novidade, mas as autoridades e as empresas o têm tratado como se fosse, sempre com ações paliativas, destinadas a dar a falsa impressão de que alguma providência está sendo tomada.
Além disso, aeronautas e aeroviários, como fazem todos os anos, ameaçam entrar em greve, para aproveitar o momento em que cresce o movimento nos aeroportos - o governo calcula que o número de viajantes em dezembro será de 16,6 milhões, contra 16,4 milhões no mesmo mês do ano passado.
Mesmo que a greve não ocorra e que as medidas anunciadas pela Secretaria de Aviação Civil surtam algum efeito, minorando os transtornos habituais nos aeroportos, o fato é que o governo tem agido sempre de forma atabalhoada e sem planejamento, para enfrentar um problema que, no entanto, já é bem conhecido
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

E por falar em Copa do Mundo...

Bem, ninguém falou aqui, mas eu falo.
Vejam este filme promocional:
http://www.youtube.com/watch?v=WdcRbaXH2kA
Não, não é do Brasil.
Pode ser que a realidade seja muito diferente da que está no filme. Provável.

Mas será que a nossa realidade vai ser muito diferente da que está nesta foto, abaixo?
Não creio...
Paulo Roberto de Almeida  

Augusto Nunes, 0/02/2013 às 19:01 \ Direto ao Ponto

Aeroporto de Confins, 9 de fevereiro de 2013


Foto: Luzia Lacerda
Há dias, ao reinaugurar o Mineirão, Dilma Rousseff desandou no ufanismo delirante: em 2014, viajou, o planeta verá mais uma vez que com o Brasil ninguém pode. Como profetizou Lula em 2007, a Copa do Mundo será um espetáculo para argentino nenhum botar defeito. Só duvidam disso os pessimistas profissionais (e a elite golpista, naturalmente).
A foto mostra como ficou neste sábado o principal portão de entrada e saída de Belo Horizonte. Alguém precisa contar ao neurônio solitário que os viajantes passarão pelo aeroporto de Confins antes de chegar ao Mineirão. Na Copa, o movimento será muito maior em todas as capitais. A imagem antecipa o que vai acontecer nos aeroportos daqui a pouco mais de um ano.
O País do Carnaval não está preparado para festejar Carnaval. E o País do Futebol não se preparou para a festa do futebol.
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Addendum credível: também acho, pois o Papa estava cotado para aparecer no Rio no meio do ano, para o tal Festival da Juventude:

Tutty Vasques

Desembarque no Galeão pesou na renúncia do papa