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domingo, 1 de novembro de 2015

Momentos Decisivos da História do Brasil, ou Momentos Depressivos? -Paulo Roberto de Almeida

O grande intelectual Antônio Paim tem um pequeno livro, que sempre admirei, pela pertinência de suas análises, e pela clareza de ideias (e também pelo fato de eu ter no pipeline um projeto de "história virtual do Brasil"), que se chama:

Momentos Decisivos da História do Brasil

no qual ele faz as cogitações necessárias sobre aquelas etapas em torno das quais a história poderia ter se desenvolvido de uma outra forma, mas, por desatinos da nossa trajetória, o resultado é este que todos conhecemos: um país que se perdeu em sua própria construção e que não perde oportunidades de perder oportunidades, como dizia Roberto Campos.

Pois bem, observando todas as denúncias, todas as falcatruas, todas as roubalheiras e a desfaçatez impressionante dos mafiosos no poder (em vários deles), eu me pergunto se, em lugar de um novo:

Momentos Decisivos da História do Brasil

nós não estamos conhecendo

Momentos Depressivos da História do Brasil
ou
Momentos Deprimentes da História do Brasil

Como é possível a nação aguentar tantos larápios mandando no destino do país?
Daria até para compor umas estrofes à la Castro Alves, do Navio Negreiro...

Paulo Roberto de Almeida
Anápolis, 1/11/2015

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dez medidas contra a Corrupcao: assine o documento

Aqui: http://www.combateacorrupcao.mpf.mp.br/10-medidas

Agora, a sociedade é chamada a apoiar e defender as medidas, conclamando o Congresso para que promova as alterações estruturais e sistêmicas necessárias para prevenir e reprimir a corrupção de modo adequado. Mesmo que algum parlamentar proponha as medidas, as assinaturas são importantes como manifestação de apoio à aprovação no Congresso. Essa iniciativa não tem qualquer vinculação partidária.

Smiley face

ATENÇÃO: pela legislação, as assinaturas para os Projetos de Lei de iniciativa popular devem ser encaminhadas fisicamente, não por meio digital. O nome completo deve ser preenchido, sem abreviações. Se estiver sem o título de eleitor, esse campo pode ser deixado em branco. Se quiser consultar o número do seu título de eleitor, clique aqui. Após impressão e preenchimento, o formulário deve ser entregue em uma das unidades do MPF ou remetido fisicamente para: Procuradoria Geral da República - 5ª Câmara de Coordenação e Revisão - SAF/SUL Quadra 04 Conjunto C - Bloco B – 3ª Andar, Sala 305 - CEP: 70050-900 Brasília/DF.

domingo, 30 de agosto de 2015

A Marcha do (des)Impeachment: Preposto Garantidor da Roubalheira, vulgo PGR, garante que tudo segue bem...

Apenas registrando para a história.
Sem palavras, como se diz nos bons cartoons self-explaining...
Só que não é um cartoon...
Paulo Roberto de Almeida

Ao arquivar ação contra Dilma, Janot aponta ‘inconveniência’ do TSE

Procurador-geral da República recusa investigação que ministro Gilmar Mendes pediu sobre contas da campanha da presidente 

Brasília - Em resposta ao pedido preliminar feito pelo ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para investigar as contas de campanha da presidente Dilma Rousseff, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apontou a “inconveniência” de a Justiça e o Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia” e o receio de uma “judicialização extremada”. Para ele, os atores principais do processo democrático devem ser “candidatos e eleitores”.
As declarações constam em despacho do procurador-geral obtido pelo Estado no qual Rodrigo Janot decide arquivar uma notícia de fato (fase inicial da investigação) que pede a apuração de eventuais ilicitudes na contratação da empresa VTBP para a prestação de serviços da campanha petista.
“Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobrevêm, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”, escreveu Janot, falando sobre o papel da Justiça eleitoral na “pacificação social”.
Em resposta a Gilmar Mendes, Rodrigo Janot apontou “inconveniência” de Justiça e MP se tornarem “protagonistas exagerados” e o receio de uma “judicialização extremada”
Em resposta a Gilmar Mendes, Rodrigo Janot apontou “inconveniência” de Justiça e MP se tornarem “protagonistas exagerados” e o receio de uma “judicialização extremada”
No despacho, o procurador-geral da República entendeu que não era o caso de estender a investigação nem no âmbito eleitoral tampouco na esfera criminal. A decisão de arquivamento proferida por Janot é de 13 de agosto, dia em que Gilmar Mendes concedeu o primeiro de três despachos realizados nas últimas três semanas referentes à prestação de contas de Dilma, caso do qual é relator.
A manifestação de Janot pelo arquivamento, acompanhada da mensagem a Gilmar Mendes, acontece num momento em que o governo federal trabalha para evitar que se estabeleça definitivamente no TSE uma nova via para que a oposição possa impedir a presidente Dilma de concluir seu mandato.
Após a aprovação com ressalvas das contas de campanha da presidente, em dezembro do ano passado, o vice-presidente do TSE, Mendes, fez uma série de encaminhamentos a órgãos competentes por investigação dos trechos da prestação de contas considerados “com indícios de irregularidades”.
Entre os órgãos que receberam documentos estavam, além do Ministério Público, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a Polícia Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU). Em julgamentos na corte eleitoral e em seus despachos, Gilmar Mendes tem levantado a suspeita de que a campanha de Dilma teria recebido recursos desviados da Petrobrás, principal alvo da Operação Lava Jato.
Vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes encaminhou trechos da prestação de contas da campanha de Dilma Rousseff considerados “com indícios de irregularidades” a órgãos competentes
Vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes encaminhou trechos da prestação de contas da campanha de Dilma Rousseff considerados “com indícios de irregularidades” a órgãos competentes
Acordão. Ao ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na quarta-feira, Janot teve de responder à oposição sobre um suposto acordo do qual ele faria parte para preservar a presidente Dilma Rousseff de investigações. Um dos questionamentos foi feito diretamente pelo presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG). Janot negou qualquer tipo de “acordão”.
No documento em que pede o arquivamento, o procurador-geral da República utiliza dois julgamentos realizados no TSE, ambos de relatoria de Gilmar Mendes, para dizer que a corte eleitoral tem um entendimento consolidado de que, após a diplomação do candidato eleito, não cabe questionamento das contas de campanha.
“Admitir a juntada de documentos em processo de prestação de conta, após o seu julgamento, seria permitir a ‘eterna’ instrução do feito, o que não é cabível”, diz um trecho do documento, citando o julgamento de uma ação, em 2014, que teve o ministro Gilmar Mendes como relator. Ao entender que não há irregularidade a ser investigada sobre a prestação de serviços da gráfica à campanha, Janot aponta o receio de que haja uma “judicialização extremada” da Justiça Eleitoral e usa trechos de julgamentos relatados por Gilmar Mendes para sustentar a visão de que a Justiça Eleitoral precisa ser “minimalista”. A decisão foi assinada por Janot, embora assuntos eleitorais sejam despachados normalmente pelo vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão. 
Durante a sabatina de Janot na CCJ do Senado na quarta-feira, o procurador-geral foi bastante questionado por senadores de oposição sobre a atuação de Aragão, com insinuações de que o responsável pela condução dos trâmites eleitorais seria um nome “governista”.
Ao fazer perguntas para Janot, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou Aragão, a quem acusou de ter uma atuação “próxima aos interesses do PT”. Ele disse que o procurador atua com “dois pesos e duas medidas”
Em resposta, Janot defendeu o colega e afirmou que a atuação de Aragão tem índice de acerto de mais de 90%, que considera o total de sugestões do Ministério Público Eleitoral que foram acatadas pelo TSE.
O nome de Janot acabou sendo aprovado na sabatina e, na sequência, pelo plenário da Casa, o que garantiu sua recondução ao comando do Ministério Público por mais dois anos. A operação contou com apoio do PMDB do Senado.
Procurada ontem, a assessoria de Gilmar Mendes declarou que o ministro não iria se pronunciar sobre o assunto.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Congresso em Foco ou Corrupcao em Foco - um boletim realista

O boletim se chama "Congresso em Foco", mas a edição desta segunda-feira 29 de junho de 2015 tem 80% de suas matérias concentradas em questões de corrupção, mais exatamente 77%.
O Congresso e os políticos são isso mesmo?
Paulo Roberto de Almeida

Oposição discute pedido de impeachment
Lideranças oposicionistas se reúnem, nesta segunda-feira, para discutir que estratégia adotar em relação às revelações da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa. Petistas pretendem traçar defesa em encontro com Lula Leia mais

‘Sérgio Moro tem traços de paranoia’, diz deputado do PT
Ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous afirma que a Operação Lava Jato deveria ser anulada pelo STF devido às “arbitrariedades” do juiz responsável pelas investigações, Sérgio Moro. “Ele usa a prisão para chantagear”, acusa. Para deputado, delação é “farsa” Leia mais

PT cobra Cardozo por atuação da PF na Lava Jato e na Acrônimo
Executiva do partido aprova convite para ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, dar explicações sobre operações da Polícia Federal, subordinada a ele. Petistas responsabilizam colega de partido por ações contra Vaccari e Fernando Pimentel Leia mais

Lista da UTC reúne políticos do PT ao PSDB
De acordo com a revista Veja, Ricardo Pessoa citou 18 políticos que receberam como doação eleitoral dinheiro desviado do esquema de corrupção na Petrobras. Campanha de Dilma foi beneficiada com R$ 7,5 milhões, segundo delator Leia mais

Campanha de Dilma teve ‘caixa dois’, diz delator
Denúncia é do ex-presidente da UTC, Ricardo Pessoa. Segundo ele, R$ 3,6 milhões foram repassados sem que os recursos fossem declarados durante a disputa presidencial de 2010 Leia mais

CPI da Petrobras quer ouvir Ricardo Pessoa na próxima semana
Convocação de ex-presidente da UTC Engenharia foi aprovada em abril, mas deputados aguardavam pela homologação da delação premiada. Delator citou repasses de recursos obtidos de maneira ilícita a 18 políticos, inclusive para a campanha de Dilma Leia mais

Oposição quer convocar Edinho Silva, Filippi e Mercadante na CPI da Petrobras
Deputada Eliziane Gama vai apresentar requerimento nesta segunda-feira para ouvir ex-tesoureiros da campanha de Dilma e Lula e ministro da Casa Civil sobre informações prestadas pelo empresário Ricardo Pessoa, da UTC, em sua delação premiada Leia mais

Mercadante vê ‘ênfase’ no ataque ao PT em delações
Em entrevista coletiva, ministro da Casa Civil diz que, embora reconheça que ‘problemas graves’ ocorreram, há também luta política por trás de denúncias contra o governo e o seu partido Leia mais

Edinho se diz indignado com ‘vazamento seletivo’ de delação
Coordenador financeiro da campanha de Dilma, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência afirma que há ‘criminalização seletiva’ das doações para o PT. Segundo ele, toda a arrecadação foi feita com base em princípios éticos e legais Leia mais

Empresário afirma que pagou R$ 1 milhão por liberação de obra no TCU
Ricardo Pessoa disse que quantia foi pedida pelo advogado Tiago Cedraz, filho do atual presidente do tribunal de contas, para liberar licitação de obra da usina nuclear Angra 3. Segundo ele, Tiago lhe repassava informações privilegiadas em troca de repasses mensais de R$ 50 mil Leia mais

Delator diz que pagou R$ 20 milhões a grupo de Collor
Em sua delação premiada, dono da UTC afirma que repassou a um amigo do ex-presidente, que dizia falar em seu nome, comissão equivalente a 3% por um contrato de R$ 650 milhões fechado pela empreiteira com subsidiária da Petrobras, afirma revista Veja Leia mais

Pimentel é apontado como ‘chefe da organização’ de lavagem de dinheiro, diz revista
Governador de Minas e sua esposa são suspeitos de ter praticado os crimes de corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro, de acordo com reportagem. Eles negam envolvimento com irregularidades Leia mais

Ex-ministro Guido Mantega é hostilizado pela terceira vez
Ex-ministro da Fazenda é chamado de “ladrão”, “sem vergonha” e “palhaço” em restaurante em São Paulo enquanto almoçava com a família. Ele já havia sido insultado em outro restaurante e no Hospital Albert Einstein, também na capital paulista Leia mais

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Crimes economicos do lulo-petismo: o balanco subavaliado da Petralhabras - Veja.com

Não sou contador, obviamente. Não sou sequer economista. Mas tenho certo feeling para a chamada economia política, neste caso para a economia política do crime.
Sem conhecer exatamente o relatório, o balanço e as estimações de perdas anunciadas nessa peça, posso afirmar, com poucas chances de estar errado, que só pela ordem de grandeza das coisas, o relatório tem 100% de chances de estar errado, ou melhor, está tremendamente subavaliado quanto à magnitude da roubalheira. Eu simplesmente dobraria os valores anunciados pelo homem que foi ali colocado justamente para maquiar a amplitude da roubalheira petralha.
Digo mais: quanto à definição da natureza dos crimes perpetrados,o relatório está 150% errado, pois pretende que a empresa foi vítima de alguns poucos diretores e de empresas malvadas.
Isso está completamente errado: a empresa foi assaltada em bilhões a mais do que foi anunciado, sob as ordens diretas do chefe da quadrilha e de seu preposto como presidente da companhia, com a conivência direta e explícita de quem estava no Conselho de Administração.
Volto a repetir: Pasadena, Abreu e Lima, Comperj, não foram empreendimentos mal sucedidos por erros de gestão. Ao contrário: foram empreendimentos extraordinariamente bem sucedidos nos seus objetivos precípuos, aliás único, o de extrair bilhões, em reais e em dólares, para os membros da gang.
Quando é que os procuradores, os investigadores, os parlamentares, a sociedade vão ver isso e tomar consciência da verdadeira extensão dos crimes?
Paulo Roberto de Almeida
Sempre adiado, enfim sai o relatório de 2014 da Petrobras, quebrada pelos gafanhotos petistas. A estatal teve que depreciar ativos em 44,34 bilhões de reais por causa do superfaturamento de contratos, da queda do valor do barril de petróleo e do atraso em obras de refinarias. E Dilma não sabia de nada? A grande maioria dos brasileiros demonstrou que já não acredita na presidente reincidente, cujo pedido de impeachment não sai da boca do povo:

Com cinco meses de atraso, o tão esperado balanço de 2014 da Petrobras foi divulgado no início da noite desta quarta-feira. O documento aponta que a empresa teve prejuízo de 21,58 bilhões de reais em 2014. O resultado desta quarta contabiliza as perdas do terceiro e quarto trimestres de 2014, de 5,3 bilhões e 26 bilhões de reais, respectivamente. Em 2013, a Petrobras teve lucro de 23 bilhões de reais. Trata-se do primeiro prejuízo anual desde 1991, quando a empresa teve perdas de 92 mil reais, em dados ajustados pela consultoria Economática.

O balanço também mostra que a Petrobras assume ter perdido 6,2 bilhões de reais devido a atos de corrupção de seus ex-diretores. Esse número se refere ao período de 2004 a 2012, período em que 31 contratos firmados com 27 empresas investigadas no âmbito da Lava Jato foram. A empresa reportou ainda perdas de 44,34 bilhões de reais no valor de seus ativos, que precisaram ser recalculados devido à constatação de superfaturamento em alguns de seus contratos, aos atrasos em obras e à queda do preço do petróleo no mercado internacional. Essa reavaliação é chamada, na linguagem contábil, deimpairment. Os principais alvos desse recálculo são a refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

No caso do Comperj, a baixa contábil foi de 21,8 bilhões de reais, enquanto em Abreu e Lima a depreciação foi de 9,1 bilhões de reais. No complexo de Suape, a queda foi de 3 bilhões de reais. Já a queda do preço do petróleo fez com que os ativos da empresa fossem reavaliados em 10 bilhões de reais para baixo. Outras razões não detalhadas pela empresa provocaram queda de 800 milhões de reais.

No total, a Petrobras confirma perdas de 50,8 bilhões de reais decorrentes dos desvios apurados na Operação Lava Jato. Para se chegar a esse resultado, a empresa usou o porcentual de 3% de propina sobre o valor dos contratos relatado pelos delatores da Lava Jato: o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o empreiteiro da Toyo Setal, Julio Camargo.

Segundo Mario Jorge Silva, gerente-executivo da estatal, a metodologia usada para calcular as perdas teve como base as investigações do Ministério Público nas operações da estatal com empreiteiras. Do total de perdas com a corrupção, 3,4 bilhões foram drenados da área de Abastecimento, 2 bilhões de reais da área de Exploração e 700 milhões de reais de Gás e Energia.

A publicação do balanço da estatal era aguardada com ansiedade por investidores e também pelo próprio governo. Se não ocorresse até o dia 30 deste mês, poderia destravar um artigo da lei que rege o mercado de capitais e prevê que, em caso de omissão de balanço, os credores da dívida da empresa podem adiantar os pagamentos de seus títulos. Diante do endividamento bilionário da estatal, que o balanço atual marcou 351 bilhões de reais, um adiantamento dos pagamentos poderia ser suficiente para quebrar a empresa.

O ministro da Fazenda Joaquim Levy afirmou, no início da semana, que o balanço será um marco para virar a página e acabar com a preocupação dos investidores em relação à empresa. "A expectativa é de que teremos o balanço auditado, e isso é algo muito bom. Marca um novo passo na reconstrução da Petrobras", disse.

Lava Jato - Em comunicado a investidores, a estatal reconheceu participação de seus diretores em corrupção passiva e afirmou que os atos ilícitos impuseram gastos adicionais às compras de ativos da companhia. A estatal também reconheceu a prática de cartel organizado por empreiteiras para conseguir licitações bilionárias.

A empresa disse, no entanto, que "não consegue identificar especificamente os valores de cada pagamento realizado no escopo dos contratos com as empreiteiras e fornecedores que possuem gastos adicionais ou os períodos em que tais pagamentos adicionais ocorreram". Desta forma, a metodologia usada pela empresa estimar o valor total desviado com a corrupção levou em conta o porcentual de 3% pagos em propina sobre os contratos. No caso do impairment, o cálculo foi feito com base nos valores dos ativos apurados no terceiro trimestre do ano passado.

A Petrobras disse ainda que não recuperou nenhum valor referente à corrupção. Contudo, o presidente da empresa, Aldemir Bendine, afirmou em coletiva à imprensa que todos os valores recuperados na Lava Jato serão revertidos para os cofres da estatal. Ele disse ainda que a petroleira deverá divulgar seu plano de negócios 2015-2019 em aproximadamente 30 dias.

Mudança de estratégia - Em carta aos acionistas, Bendine afirmou que há uma mudança estratégia em curso: a estatal deixará de apostar seus esforços na atividade de refino - instensificada durante o governo Lula - e voltará a direcionar seus esforços à exploração, que é mais rentável.

Os investimentos em refino sempre foram alvo de crítica da parte dos investidores, pela alta demanda de aportes financeiros e baixo retorno aos acionistas - devido ao alto custo de produção no Brasil. Também foram as refinarias os principais dutos de desvio de dinheiro da estatal, conforme apuração da Polícia Federal e do Ministério Público ao longo das investigações da Lava Jato. "Estamos revendo nossos investimentos com o objetivo de priorizar a área de exploração e produção de petróleo e gás, nosso segmento mais rentável. Almejamos construir um plano sustentável sob a ótica do fluxo de caixa, levando em consideração os potenciais impactos na cadeia de suprimentos e, por conseguinte, na nossa curva de produção", disse Bendine. (Veja.com).

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domingo, 5 de abril de 2015

Republica Corrupta da Lulandia: para onde se olha, tem bilhoes sendo roubados - Jorge Oliveira


POR QUE ESCONDEM AS NEGOCIATAS DO BTG PACTUAL COM A PETROBRÁS?
JORGE OLIVEIRA
4/04/2015
 
Amsterdam, Holanda - A pergunta que mais se ouve por aqui é se o Brasil terá condição de sair da crise econômica e se os responsáveis pelo roubo da Petrobrás serão presos. As opiniões estão divididas entre os europeus com os quais tenho conversado. Os mais otimistas dizem que todos serão penalizados, a exemplo do que ocorreu com o mensalão. Outros, mais céticos, desconfiam que o STF não vai andar com os processos e que tudo terminará em pizza. Estes, suspeitam que os ministros, nomeados no governo petista, vão empurrar os processos com a barriga até o esquecimento. E que dificilmente aparecerá um “Joaquim Barbosa” para peitar os poderosos envolvidos no escândalo da Petrobrás.

Antes de deixar Portugal, fui envolvido numa discussão com jornalistas brasileiros e locais ávidos em saber como o PT conseguiu derreter os ativos da Petrobrás ao acobertar uma quadrilha que agiu durante muito tempo nas licitações fraudulentas e no recebimento de propinas das empresas que prestavam serviços à estatal, tudo isso para alimentar os petistas no poder. Nessa conversa fiquei surpreso com a informação que eles têm da negociata que envolveu a Petrobrás e o Banco BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, amigo do peito de Lula.
Confesso que fiquei horrorizado com o que ouvi dos jornalistas europeus. Na verdade, a palavra certa é envergonhado com a informação que eles dispõem de  que a Petrobrás privatizou em 2013 a sua participação nos campos de petróleo de sete países africanos. 

À frente do negócio, o banqueiro André Esteves, que, por um momento, deixou de atuar no mercado de capitais para se apoderar de poços de petróleo na gestão da Graça Foster.  Dois desses campos, na Nigéria,  produziam até 55 mil barris/dia, 60% de todo petróleo que o Brasil importa, ou 25% do que refina. O curioso de tudo isso é que pouca gente no Brasil atentou para essa privatização da Petrobrás no exterior, enquanto Lula e a Dilma se esgoelavam para acusar a oposição na campanha da “venda” da Petrobrás.

Agora, veja que coisa fantástica, aliás, que negócio da China entre a Petrobrás e o banqueiro André Esteves. Especialistas da área petrolífera analisaram que esses ativos da Petrobrás estavam avaliados em US$ 7 bilhões. Mas esses valores misteriosamente caíram para US$ 4,5 bilhões, US$ 3,16 bilhões até chegar aos US$ 1,5 bilhão oferecidos pelo BTG Pactual. Tudo ocorreu na surdina, sem que os acionistas soubessem que os ativos da empresa estavam sendo leiloados a preço de banana.

O que se sabe aqui na Europa é que houve um silêncio conveniente entre os políticos brasileiros, normalmente financiados por banqueiros, e os ministros do Tribunal de Contas da União. Vamos aos fatos: em 2014, o deputado tucano Antonio Imbassahy , líder do PSDB na Câmara, revestiu-se da mais alta envergadura cívica para apurar a negociata. Pediu informações ao Ministério das Minas e Energia, mas não as recebeu. Nem por isso desistiu. Entrou com um pedido de investigação no Tribunal de Contas da União que abriu processo para analisar a operação. Se você disser que nada aconteceu até hoje, garanto-lhe: acertou na mosca.

Os jornalistas europeus, que até então publicavam informações distorcidas de que as manifestações de rua contra a Dilma e o PT são coisa da direita, agora começam a entender que os brasileiros estão indo para as passeatas para, no mínimo, tentar salvar o que resta do seu patrimônio vandalizado pela quadrilha petista que se instalou no país.
Depois de quase um ano dessa nebulosa operação, espera-se que o deputado Antonio Imbassahy responda aos brasileiros e, principalmente aos seus eleitores baianos, porque parou de pressionar o Ministério das Minas e Energia por uma resposta convincente sobre as vendas do ativos da Petrobrás na África. E por que o Tribunal de Contas da União esqueceu na gaveta as investigações que iriam desvendar esse misterioso negócio do banqueiro?

Com a palavra Lula, Dilma, Graça Foster, Imbassahy, o PSDB e o TCU.